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Instituto Federal de Goiás Campus Anápolis / Curso de Engenharia Civil da Mobilidade / Projeto e Construção de Vias

Curvas Verticais
Prof. Fabrício Guimarães
Disciplina: Projeto e Construção de Vias
Instituto Federal de Goiás / Anápolis, 2019
Instituto Federal de Goiás Campus Anápolis / Curso de Engenharia Civil da Mobilidade / Projeto e Construção de Vias
CURVAS VERTICAIS

Introdução
O projeto de uma estrada em perfil é
constituído de greides retos, concordados
dois a dois por curvas verticais.

PCV – Ponto e curva vertical


PIV – Ponto de interseção vertical
PTV – Ponto de tangência vertical

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CURVAS VERTICAIS

Introdução
A medida do comprimento de uma curva vertical 𝐿 é
feita sobre a projeção horizontal da curva. As curvas
clássicas são:
• Parábola de 2º grau (recomendada DNER)
• Curva circular
• Elipse
• Parábola cúbica

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Parábolas de 2º grau: (a) simples; (b) composta.


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Introdução
Vantagens da parábola de segundo grau:
• A equação da curva é simples
• A taxa de variação da declividade da parábola é constante
• O PCV e o PTV podem ser locados em estaca inteira ou +
10,0, como convém no projeto e no perfil definitivo
Variação total da
𝐿 = 𝐿1 + 𝐿2 , (𝐿1 ≠ 𝐿2 )
declividade do greide:
𝐿1 ∙ 𝐿2
𝐹= ∙𝑔 𝑔 = 𝑖1 − 𝑖2
2𝐿
𝐹 2
𝐹 2
𝑓1 = 2 ∙ 𝑥1 𝑓2 = 2 ∙ 𝑥2
𝐿1 𝐿2
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Introdução
A parábola simples é uma curva muito próxima a uma
circunferência, por isso é usual referir-se ao valor do raio
𝑅𝑣 da curva vertical, que deve ser entendido como o
menor raio instantâneo da parábola.

𝐿 = 𝑅𝑣 ∙ 𝑔 = 𝑅𝑣 ∙ 𝑖1 − 𝑖2

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Tipos de curvas verticais


Em curvas de mesmo raio, o conforto
nas convexas é maior que nas
côncavas. Nas côncavas, a aceleração
da gravidade terrestre e a aceleração
centrífuga se somam. Nas convexas,
as referidas acelerações são
subtrativas, gerando um certo efeito
de flutuação.

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Cálculo das cotas e flechas da parábola


−𝑔 2
𝑦= ∙ 𝑥 + 𝑖1 ∙ 𝑥
2𝐿
A equação acima fornece a
ordenada y de qualquer
ponto da abcissa x da curva,
permitindo a determinação
das coordenadas dos pontos
da curva em relação ao
PCV.
−𝑔 2
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃 = ∙ 𝑥 + 𝑖1 ∙ 𝑥 + 𝐶𝑜𝑡𝑎(𝑃𝐶𝑉)
2𝐿

Cálculo das cotas de um


ponto genérico P

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Cálculo das cotas e flechas da parábola


𝑔 Cálculo da flecha 𝑓 da parábola, em que 𝐿 é o comprimento da
𝑓= ∙ 𝑥2 curva vertical e 𝑔 é a diferença algébrica das rampas.
2𝐿

𝑔∙𝐿
𝐹= Cálculo da flecha máxima, no ponto PIV, em que 𝑥 = 𝐿/2
8

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Cálculo do ponto de ordenada Máx e Mín


𝑑𝑦
No ponto máximo ou mínimo, temos: 𝑥 = 𝐿0 e 𝑑𝑥 = 0

𝑖1 ∙ 𝐿
𝐿0 =
𝑔
𝐿0 é a abcissa e 𝑦0 a ordenada do vértice 𝑉 em relação ao 𝑃𝐶𝑉.
∙𝐿𝑖12
𝑦0 =
2𝑔

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Cotas e Estacas do PCV e PTV


Para o cálculo das estacas e cotas dos pontos PCV e PTV utilizamos as
seguintes relações:

𝐸 𝑃𝐶𝑉 = 𝐸 𝑃𝐼𝑉 − [𝐿Τ2]


𝐸 𝑃𝑇𝑉 = 𝐸 𝑃𝐼𝑉 + [𝐿Τ2]
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐶𝑉 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑉 − 𝑖1 ∙ 𝐿Τ2
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝑇𝑉 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑉 + 𝑖2 ∙ 𝐿Τ2

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Comprimento mínimo de curvas convexas


Determinadas em função das condições de
visibilidade para dar segurança à frenagem. O
critério recomendado requer que um motorista
com seu campo de visão situado a uma altura 𝐻 =
1,10 𝑚 acima do plano da pista enxergue um
obstáculo situado sobre a pista, com altura ℎ =
0,15 𝑚.

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Curvas Convexas: CASO I


Distância de visibilidade 𝑆 é menor ou igual ao comprimento da curva 𝐿, isto é, 𝑆 ≤ 𝐿.

𝐷𝑝2
𝐿𝑚í𝑛 = ∙ 𝐴 = 𝐾𝑚í𝑛 ∙ 𝐴
412

𝑳𝒎í𝒏 = comprimento mínimo


da curva vertical, em metros.
𝑫𝒑 = distância de visibilidade
de parada, em metros.
𝑨 = distância algébrica das
rampas, em %.
𝑲 = parâmetro da parábola,
em metros.

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Condições recomendadas

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Condições excepcionais

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Curvas Convexas: CASO II


Distância de visibilidade 𝑆 é maior que o comprimento da curva 𝐿, isto é, 𝑆 > 𝐿.

412
𝐿𝑚í𝑛 = 2𝐷𝑃 −
𝐴

𝑳𝒎í𝒏 = comprimento mínimo


da curva vertical, em metros.
𝑫𝒑 = distância de visibilidade
de parada, em metros.
𝑨 = distância algébrica das
rampas, em %.

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Comprimento mínimo de curvas côncavas


Considerando problemas de visibilidade noturna,
onde a pista deve ser iluminada à distância de
visibilidade de parada pelo farol do veículo, por
hipótese situado a 0,61 𝑚 acima do plano da pista,
supondo que o seu facho luminoso diverge de 1º
do eixo longitudinal do veículo.

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Curvas Côncavas: CASO I


Distância de visibilidade 𝑆 é menor ou igual ao comprimento da curva 𝐿, isto é, 𝑆 ≤ 𝐿.

𝐷𝑃2
𝐿𝑚í𝑛 = ∙ 𝐴 = 𝐾𝑚í𝑛 ∙ 𝐴
122 + 3,5 ∙ 𝐷𝑃

𝑳𝒎í𝒏 = comprimento mínimo


da curva vertical, em metros.
𝑫𝒑 = distância de visibilidade
de parada, em metros.
𝑨 = distância algébrica das
rampas, em %.
𝑲 = parâmetro da parábola,
em metros.

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Condições recomendadas

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Condições excepcionais

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CURVAS VERTICAIS

Curvas Côncavas: CASO II


Distância de visibilidade 𝑆 é maior que o comprimento da curva 𝐿, isto é, 𝑆 > 𝐿.

122 + 3,5 ∙ 𝐷𝑃
𝐿𝑚í𝑛 = 2𝐷𝑃 −
𝐴

𝑳𝒎í𝒏 = comprimento mínimo


da curva vertical, em metros.
𝑫𝒑 = distância de visibilidade
de parada, em metros.
𝑨 = distância algébrica das
rampas, em %.

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Comprimento das curvas


Para facilidade de locação, os valores adotados para 𝐿
são geralmente arredondados para múltiplos de 20
metros.
Em função da velocidade de um tempo mínimo de 2
segundos, o comprimento mínimo 𝐿𝑚í𝑛 pode ser dado
pela fórmula a seguir:

𝐿𝑚í𝑛 = 0,6 ∙ 𝑉

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