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Instituto Federal de Goiás Campus Anápolis / Curso de Engenharia Civil da Mobilidade / Projeto e Construção de Vias

Curvas horizontais de
transição
Prof. Fabrício Guimarães
Disciplina: Projeto e Construção de Vias
Instituto Federal de Goiás / Anápolis, 2019
Instituto Federal de Goiás Campus Anápolis / Curso de Engenharia Civil da Mobilidade / Projeto e Construção de Vias
CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO

Tipos de curvas de transição


No Brasil é bastante
difundido o uso de
espirais como curvas
de transição.
Recomenda-se o uso
de espirais simétricas
no cálculo de curvas
horizontais com
transição.

Curvas de raio variável

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Tipos de clotóides
Para cada um dos pontos de uma
clotóides, o produto do raio de
curvatura 𝑅 pelo seu
comprimento desde a origem 𝐿, é
igual a uma constante 𝐾 2 . A
magnitude 𝐾 é chamada
parâmetro da clotóide.

Quanto maiores os parâmetros da clotóide estas podem ser percorridas com altas velocidades.

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Dispensa de curvas de transição


O DNER permite a dispensa do uso da curva de transição
quando a aceleração centrífuga a que o veículo é
submetido na curva for igual ou inferior a 𝟎, 𝟒 𝒎Τ𝒔𝟐 .

Valores limite dos raios 𝑅 acima dos quais podem ser dispensadas curvas de transição
𝑽𝒑 (𝒌𝒎Τ𝒉) 30 40 50 60 70 80 90 100

𝑅 (𝑚) 170 300 500 700 950 1200 1550 1900


Fonte: DNER

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Curva horizontal com transição

Curva horizontal com espirais de transição


simétricas.

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Cálculo dos elementos da espiral


Para a introdução das espirais de transição numa curva
circular, há a necessidade do afastamento da curva em
relação à tangente. Este afastamento 𝒑 pode ser
obtido de três modos (1) método do centro conservado,
(2) método do raio conservado e (3) método do raio e
centro conservados.
O método do raio conservado é geralmente o mais
usado, pois não altera o valor do 𝑹𝒄 da curva circular e
a posição das tangentes.
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Cálculo dos elementos da espiral


A clotóide é uma curva tal que os raios
de curvatura em qualquer um de seus
pontos é inversamente proporcional
aos desenvolvimentos de seus
respectivos arcos:
𝑅 ∙ 𝐿 = 𝑘2
No ponto SC temos 𝑅 = 𝑅𝑐 e 𝐿 = 𝐿𝑠 ,
assim temos que a equação da espiral
é:
𝑅 ∙ 𝐿 = 𝐾 2 = 𝑅𝑐 ∙ 𝐿𝑠

Elementos da espiral

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Cálculo dos elementos da espiral


𝐿2 Estacas dos pontos notáveis:
𝜃= 𝑘 = 𝑋𝑠 − 𝑅𝑐 ∙ sin 𝜃𝑠
2 ∙ 𝑅𝑐 ∙ 𝐿𝑠
𝐿𝑠 𝐸 𝑇𝑆 = 𝐸 𝑃𝐼 − [𝑇𝑇]
𝜃𝑠 = , 𝑐𝑜𝑚 𝜃𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝 = 𝑌𝑠 − 𝑅𝑐 ∙ (1 − cos 𝜃𝑠 )
2 ∙ 𝑅𝑐 𝐸 𝑆𝐶 = 𝐸 𝑇𝑆 + [𝐿𝑆 ]
𝜃𝑠2 𝜃𝑠4 Δ 𝐸 𝐶𝑆 = 𝐸 𝑆𝐶 + [𝐷]
𝑋𝑠 = 𝐿𝑠 ∙ 1 − + 𝑇𝑇 = 𝑘 + 𝑅𝑐 + 𝑝 ∙ tan
10 216 2
𝐸 𝑆𝑇 = 𝐸 𝐶𝑆 + [𝐿𝑆 ]
𝜃𝑠 𝜃𝑠3 Rc + p
𝑌𝑠 = 𝐿𝑠 ∙ − E= − Rc
3 42 Δ
cos 2
O valor de 𝐷 necessariamente deverá ser não
𝜙 = Δ − 2 ∙ 𝜃𝑠 negativo. Quando forem escolhidos valores de 𝐿𝑠
𝑅𝑐 ∙ 𝜙° ∙ 𝜋 muito grandes, pode acontecer 2𝜃𝑠 > Δ, isto é, 𝐷 <
v3 𝐷= 0. Nesse caso, os valores de 𝐿𝑠 devem ser
J= , v em m/s 180°
R c ∙ 𝐿𝑠 diminuídos de forma que tenhamos sempre 𝐷 ≥ 0.

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Comprimento mínimo de transição


Além de se usar uma curva de transição, seu
comprimento deve ser adequado para que o efeito da
força centrífuga apareça de maneira gradual.

𝑉3 𝐿𝑠 𝑚í𝑛 = 0,556 ∙ 𝑉
𝐿𝑠 𝑚í𝑛 = 0,036 ∙
𝑅𝑐 Pelo critério de tempo

Sempre que possível devem ser adotados para 𝐿𝑠 valores maiores que o mínimo calculado pela
equação acima, de preferência (𝐿𝑠𝑚í𝑛 + 𝐿𝑠𝑚á𝑥 )/2 ou 3 ∙ 𝐿𝑠𝑚í𝑛 , desde que estes valores sejam
menores que 𝐿𝑠𝑚á𝑥 .

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Comprimento máximo de transição


Corresponde a um valor nulo para o desenvolvimento do
trecho circular (𝐷 = 0), ou seja, as espirais se
encontram:
𝑅𝑐 ∙ Δ° ∙ 𝜋
𝐿𝑠𝑚á𝑥 =
180°

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CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO

Exercícios
1) Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: 𝑉 = 80 𝑘𝑚/ℎ, Δ = 35°, 𝑅𝑐 = 500 𝑚 e 𝐸 𝑃𝐼 =
228 + 17,00. Determinar 𝐿𝑠𝑚í𝑛 ,
𝐿𝑠𝑚á𝑥 , 𝜃𝑠 , 𝑋𝑠 , 𝑌𝑠 , 𝜙, 𝐷, 𝑘, 𝑝, 𝑇𝑇, 𝐸, 𝐸 𝑇𝑆 , 𝐸 𝑆𝐶 , 𝐸 𝐶𝑆 , 𝐸(𝑆𝑇).

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CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO

Exercícios
2) Calcular as estacas dos pontos notáveis das curvas e a
estaca final do traçado (ponto B), sendo dados:
a) Estaca inicial do traçado (ponto A) = 0+ 0,00
b) Raio da curva 1 = 600 m (transição)
c) Raio da curva 2 = 1000 m (circular)
d) 𝑉𝑝 = 60 km/h

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