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Elementos geométricos de

estradas
Prof. Fabrício Guimarães
Disciplina: Planejamento e construção de vias
Instituto Federal de Goiás / Anápolis, 2019
Introdução
A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do
seu eixo em planta e pelos perfis longitudinal e
transversal.
Eixo de uma estrada é o alinhamento longitudinal da
mesma. O estudo de um traçado rodoviário é feito com
base neste alinhamento. Nas estradas de rodagem, o
eixo localiza-se na região central da pista de
rolamento.
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Introdução

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Introdução
A apresentação de um projeto em planta consiste na
disposição de uma série de alinhamentos retos,
concordados pelas curvas de concordância horizontal.
Alinhamentos retos são trechos situados entre duas
curvas de concordância. Por serem tangentes a essas
mesmas curvas, são denominados simplesmente
tangentes. Os demais alinhamentos retos são
chamados de tangentes externas.
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Introdução
Um alinhamento caracteriza-se pelo seu
comprimento e pela sua posição relativa (quando se
refere à deflexão) ou absoluta (quando se refere ao
azimute).

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Os trechos retilíneos 𝐴𝐵, 𝐷𝐸 𝑒 𝐺𝐻 são as tangentes
Os trechos retilíneos 𝐵𝐶, 𝐶𝐷, 𝐸𝐹𝑒 𝐹𝐺 são as tangentes externas
∆1 𝑒 ∆2 são os ângulos de deflexão
𝛼1 , 𝛼2 𝑒 𝛼3 são os azimutes dos alinhamentos
Os arcos 𝐵𝐷෢ 𝑒 𝐸𝐺෢ são os desenvolvimentos das curvas de concordância

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Azimutes, rumo e ângulos de deflexão
Azimute é o ângulo formado pela direção do norte
verdadeiro ou magnético até outra direção qualquer no
sentido horário;
Rumo é o ângulo medido a partir da direção norte ou sul até
a direção qualquer, identificado o correspondente quadrante;
Deflexão é o ângulo formado pelo prolongamento de um
segmento da poligonal com alinhamento seguinte,
identificado o sentido a direita ou esquerda da medida.

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Azimutes, rumo e ângulos de deflexão
Pode-se calcular o azimute e o comprimento de um
alinhamento a partir de suas coordenadas
retangulares (N, E).

Os azimutes obtidos estão compreendidos entre 0º e 180º


porque o traçado das estradas é uma poligonal aberta e nos
projetos seus alinhamentos têm desenvolvimento da esquerda
para a direita.
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Curvas de concordância horizontal
As curvas de concordância horizontal são os elementos
utilizados para concordar os alinhamentos retos. Essas
curvas podem ser classificadas em:
Simples: quando se emprega apenas arco de círculo;
Compostas com transição: quando são empregados
radióides na concordância dos alinhamentos retos;
Compostas sem transição: são utilizados dois ou mais
arcos de círculo de raios diferentes.

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Curvas de concordância horizontal

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Curvas de concordância horizontal
Quando duas curvas se cruzam em sentidos opostos com o ponto de
tangência comum, recebem o nome de curvas reversas.

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Curvas de concordância horizontal

Elementos de uma
curva composta com
dois centros
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Curvas de concordância horizontal

Elementos de uma
curva composta com
três centros
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Curvas de concordância horizontal
A AASHTO recomenda que a utilização generalizada das
curvas circulares compostas nos traçados de rodovias
deverá ser evitada sempre que possível.
Curvas compostas são elementos importantes na
adaptação do traçado de uma estrada a uma
topografia acidentada, especialmente em terrenos
montanhosos.

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Greides
A apresentação de um projeto em perfil é também
constituída por uma série de alinhamentos retos
(elementos altimétricos), concordados por curvas de
concordância vertical.
O perfil longitudinal do terreno é a representação no
plano vertical das diferenças de nível, cotas ou
altitudes, obtidas do nivelamento feito ao longo do eixo
da estrada.
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Greide
Greide de uma estrada é o conjunto das alturas a que
deve obedecer o perfil longitudinal da estrada quando
concluída. Os greides são classificados em retos e
curvos. Os greides são curvos quando se utiliza uma
curva de concordância para concordar os greides retos.
A curva normalmente usada para essas concordâncias é a
parábola de 2º grau.

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Greide

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Condições para lançamento do greide
• Minimização das rampas • Nas rampas ascendentes
longitudinais longas é preferível colocar
• Otimização de massas rampas maiores no início e
diminuí-las no topo
• Cuidados com a drenagem
superficial • Harmonizar projetos
geométricos horizontal e
• Quebras no greide devem
vertical
ser evitadas

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Condições para lançamento do greide
• Onde houver rampas de • Garantir amplas condições
comprimento acima do de visibilidade
crítico e volume de tráfego • Evitar cortes profundos,
lento, prever uma 3ª faixa principalmente em rochas
• Cálculo de ordenadas da
curva vertical, projetar
greides retos de forma que
o PIV coincida com estacas
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Perfil longitudinal

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Tipos de greides

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Tipos de greides

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Seções transversais
Seção transversal é a representação geométrica, no
plano vertical, de alguns elementos dispostos
transversalmente, em determinado ponto do eixo
longitudinal da estrada. A seção transversal da estrada
poderá ser em corte, aterro ou mista.

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Seção transversal em corte

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Seção transversal em aterro

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Seção transversal mista

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Seções transversais
São perpendiculares ao eixo, indicam a linha do terreno
natural e a seção projetada. Há a indicação de taludes, os
limites do terreno e o acabamento lateral da seção para
sua adaptação ao terreno adjacente.
Nas estradas a inclinação transversal mínima
aconselhável de um pavimento asfáltico é de 2 a 1,5%,
podendo chegar a 5%.

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Seções transversais
A largura das faixas de rolamento é obtida
adicionando à largura do veículo de projeto a largura
de uma faixa de segurança, função da velocidade
diretriz e do nível de conforto de viagem que se deseja
proporcionar.

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Seções transversais
Relevo
Classes de projeto
Plano Ondulado Montanhoso
0 3,60 3,60 3,60
I 3,60 3,60 3,50
II 3,60 3,50 3,30
III 3,50 3,30 3,30
IV-A 3,00 3,00 3,00
IV-B 2,50 2,50 2,50
Largura das faixas de rolamento em tangentes em função do relevo (m).

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Seções transversais
Todas as vias rurais deverão possuir acostamentos,
pavimentados ou não. Quando pavimentados, os
acostamentos contribuem para conter e suportar a
estrutura do pavimento da pista. É importante que os
acostamentos possuam textura, rugosidade, coloração ou
outras características contrastantes com a pista.

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Seções transversais
Relevo
Classes de projeto
Plano Ondulado Montanhoso
0 3,00 3,00 3,00
I 3,00 2,50 2,50
II 2,50 2,50 2,00
III 2,50 2,00 1,50
IV-A 1,30 1,30 0,80
IV-B 1,00 1,00 0,50
Largura dos acostamento externos (m).

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