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Tipos de texto Texto Literário e Não-Literário

TEXTO NÃO-LITERÁRIO

Importa é a mensagem.
É o texto informativo que serve apenas para informar num curto espaço de tempo tudo
aquilo que o leitor tem interesse em saber.

É o texto de jornal, rádio notícias e revistas, internet e enciclopédias


Textos jornalísticos tem função de informar ""sem expor uma opinião própria do
autor"". um exemplo são as noticias de acidentes. dia/hora/ e motivos são detalhados
e por mais grotescos que sejam, são narrados em sem sentimentos de pena ou
compaixão. É exemplo também as noticias políticas que informam o publico sem que o
autor mencione se tais acoes sao boas ou ruins ao seu olhar. Nesse texto, se usa
língua culta, gírias, jargões ficam em aspas.
Exemplo:

PlayStation 4 vai baixar filmes com resolução Ultra HD. Mas só para quem tiver
internet muito rápida

As televisões Ultra HD já começaram a chegar ao mercado, inclusive no Brasil,


mas além de custar uma fortuna elas enfrentam um problema fundamental:
praticamente não existe conteúdo disponível nesse formato. Não existem canais
de TV, sites (com exceção de alguns vídeos do YouTube) nem locadoras que
ofereçam programação em UHD. E enquanto continuar assim, o novo formato não
irá decolar. Mas a Sony pretende dar o pontapé inicial – e disse que vai lançar um
serviço de filmes em Ultra HD para seu novo videogame, o PlayStation 4, que
chega ao mercado (gringo) até o Natal. Os filmes e os preços do serviço não foram
divulgados, mas um detalhe crucial sim: eles virão via download, e cada filme terá
“100 gigabytes ou mais”. Ou seja, um verdadeiro absurdo. Mesmo com uma
conexão extremamente rápida, de 50 Mbps, baixar tudo isso levaria
aproximadamente 4 horas. É um problema e tanto. Mas não é o fim da linha – já
está em desenvolvimento um novo padrão de compressão de vídeo, o H.265, que
corta pela metade o tamanho dos arquivos.

(Revista Superinteressante, maio 2012)

Texto literário
- tem função estética, ou seja, é um texto bonito de se ler
- não importa apenas o que se diz, mas como se diz
- O leitor desse texto é levado a determinados campos da imaginação, através de
palavras mais rebuscadas, que guardam mais significados e informações.
- O conteúdo literário tem preocupação com a forma e não com o conteúdo.
- “Como treinar o seu dragão” e “Harry Potter “são exemplos de textos literários.
- São textos literários: os contos, as poesias, as peças de teatro, os romances. Já as
crônicas misturam a informação com aspectos mais poéticos, com uso de palavras
e expressões da literatura

Exemplo de texto não-literário:


A bomba de Hiroshima

Na manhã de 6 de agosto de 1945, quase ao fim da Segunda Guerra


Mundial, o bombardeiro B-29 americano Enola Gay lançou a ainda não
testada bomba de urânio Little Boy sobre a cidade de Hiroxima, a
sudoeste de Honshu, a principal ilha japonesa. Ela rebentou no ar a 600
metros de altura e liberou uma energia equivalente a 20 quilotons (20 mil
toneladas) do explosivo químico TNT, matando 64 mil pessoas
instantaneamente. Três dias depois, após sobrevoar inutilmente durante
45 minutos um segundo alvo, a cidade de Kokura, sem visualizá-la, o
avião mudou de rumo. E Fat Man, outra bomba, esta de plutônio,
arrasou mais da metade da área de Nagasaki, no sul do Japão.
Passados seis meses, 40 mil pessoas haviam morrido. O número de
vítimas poderia ter sido ainda maior e incluir cidadãos americanos caso o
mau tempo não tivesse afastado o bombardeiro 1500 metros do alvo:
isso salvou a vida de 1300 prisioneiros de um campo de concentração
japonês desconhecido dos Estados Unidos.

Revista SUPERINTERESSANTE
Novembro de 1989 (SUPER número 11, ano 3)

Agora vejamos o mesmo tema, em uma poesia, texto literário:


A rosa de Hiroxima
Vinícius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

EXERCíCIO
Poema tirado de uma notícia de jornal
Manuel Bandeira

João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia


num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado
Que possível leitura podemos fazer do título do poema?

O poema apresenta dados típicos de uma reportagem. Com base nisso, responda:

a) Quem é o protagonista (= personagem principal)?


b) Qual a ocupação desse protagonista?
c) Qual a situação econômica de João Gostoso?
d) Onde morava João Gostoso?
e) O que aconteceu com João Gostoso? Onde?
f) Quais foram as ações de João Gostoso antes de sua
morte?
g) Por que João Gostoso morreu?

Com toda a característica de reportagem, por que ainda devemos classificar o texto
Poema tirado de uma notícia de jornal como literário?

E esse texto, para você é literário ou não literário? Por quê?

O velho, o menino e a mulinha Esse é um texto literário. Uma fábula. Fábula é


qualquer história com animais como
O velho chamou o filho e disse: personagens e que passa uma lição de moral ao
- Vá ao pasto, pegue a bestinha de pêlo leitor.
claro e crinas amarelas e apronte-se para
irmos à cidade, que quero vendê-la.
O menino foi e trouxe a mula. Passou nela a
raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé,
CADA vez que aparece uma linha assim com esse
puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela
espaço antes, significa um parágrafo do texto. Um
chegasse descansada para melhor parágrafo vai iniciar uma nova idéia, uma outra parte
impressionar os compradores. de desenvolvimento do tetxo ou da história
De repente,- Esta é boa! - exclamou
um viajante ao avistá-los. O animal vazio e o pobre velho a
pé! Que absurdo! Será promessa, penitência
ou caduquice?...
E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e
ordenou ao menino:
- Puxa a mula, meu filho. Eu vou montado e
assim tapo a boca do mundo.
Tapar a boca do mundo, que bobagem! O Esse texto tem três personagens principais:
velho compreendeu isso logo adiante, ao o velho, o menino , a mulinha– são esses
passar por um bando de lavadeiras ocupadas os que desenvolvem a ação da história, o
que acontece. São personagens
em bater roupa num córrego.
secundários, que tem menos importância -
- Que graça! - exclamaram elas. O o viajante, as lavadeiras, Izé Biriba, os
marmanjão montado com todo o sossego e o rapazes, todos que AGEM e FAZEM
pobre menino a pé... Há cada pai malvado por alguma coisa na história.
este mundo de Cristo... Credo!...
O velho danou e, sem dizer palavra, fez
sinal ao filho para que subisse à garupa.
- Quero só ver o que dizem agora...
Viu logo. O Izé Biriba, entregador de
telegramas do correio, cruzou com eles e
exclamou:
- Que idiotas! Querem vender o animal e
montam os dois de uma vez... Assim, meu
velho, o que chega à cidade não é mais a
mulinha; é a sombra da mulinha...
Esse texto é uma fábula. Consta de
- Ele tem razão, meu filho, precisamos não diálogos, por isso a presença de travessão
judiar do animal. Eu apeio e você, que é ( _) para indicar que um personagem está
levezinho, vai montado. falando.
Assim fizeram, e caminharam em paz um
quilômetro, até o encontro de um sujeito que
tirou o chapéu e saudou o pequeno
respeitosamente.
- Bom dia, príncipe!
- Por que príncipe? - indagou o menino.
- É boa! Porque só príncipes andam assim,
com um criado puxando a rédea...
- Criado, eu? - gritou irritado o velho. Que
desaforo! Desce, desce, meu filho, e
carreguemos o burro nas costas. Talvez isso
contente o mundo...
Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a
estranha cavalgadura, começou a vaiá-los: Há também a presença de um narrador. Uma voz
- Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois no texto que está contando a história. Essa voz
de dois pés e um de quatro! Resta saber qual pode ser até um personagem, mas não é o caso
dos três é o mais burro. aqui.
- Sou eu! - respondeu o velho, arriando a
carga. Sou eu, porque venho há uma hora
fazendo o que não quero mas o que quer o
mundo. Daqui em diante, porém, farei o que
me manda a minha vontade, pouco me
importando que o mundo concorde ou não. Já
vi que morre doido quem procura contentar
toda gente... Essa informação entre parênteses sempre acompanha o final
de um texto. Não faz parte da história mas diz sobre ela quem
foi o autor ou autora, ou seja, quem escreveu a história. Qual
(LOBATO, Monteiro. Fábulas. Obra infantil
livro ela foi publicada, e em qual página do livro.
Completa. São Paulo: Editora Brasiliense, “Com adaptações.” Quer dizer que a história era maior e
1982, p. 416 - 417. Com adaptações.) sofreu alguns cortes para publicar na prova, ou seja, a
história foi adaptada.

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