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SOBRE NÃO SE ANTECIPAR AO JUÍZO DA IGREJA

1. O magistério eclesiástico nunca se pronunciou sobre o problema da perda


ou não do pontificado por um papa que porventura caia em heresia.

2. Santos e teólogos respeitáveis divergem entre si sobre esse assunto. Não


existe sequer consenso majoritário na matéria.

3. Assim, ambas as posições, quais sejam, a que afirma a perda do


pontificado por conta de heresia papal, e a que afirma a manutenção do
pontificado por parte do papa herege tem o mesmo direito de cidadania
dentro do ensino católico.

4. É falta de reverência com a verdade, a chamada “desonestidade


intelectual”, defender sua opinião acerca desse problema como se não
existisse uma outra posição igualmente defensável. É sinal de soberba
intelectual se, ignorando a falta de definição de Roma, nos arvorássemos
em “pequenos papas”, querendo nos antepor ao juízo infalível da Santa
Igreja, pois quem somos nós para dar por decido algo que a coluna e
sustentáculo da verdade não o fez?

5. Talvez a Igreja nunca decida sobre a matéria, e inclusive nenhum fiel é


obrigado a aderir a qualquer das duas teses. Que quiser que quiser defenda
seu ponto de vista, com a humildade e o respeito devido aos adversários de
sua tese em um tema tão delicado.

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