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A Itália das Ilhas

Eis que vem de Roma, vende à vida a sua história e vem de todos os povos que a
nós chegaram, eis a Itália das Ilhas, Sicília, Sardenha, Vulcano, Lipari e tantas mais.
Como não querer conhecer o berço de nós? Da história do mundo sobre o qual
jamais poderíamos “parlar” se não falássemos em Itália. Quantos de nós, brasileiros, não
temos em nossa genealogia um pouco de Da Vinci e Michelangelo? Quantos de nós já
não embarcamos gôndolas, apaixonados, com nossos amados em comédias românticas
no cinema?
Não há o que se falar sobre toda a linda e emblemática atmosfera que carregamos
conosco, ainda que apenas em pensamento, das ruas de Veneza e sua Acqua Alta, nem
mesmo do humano que nos tornos aos olhos de todos os estados graças à Renascença.
Não obstante, temos que nos lembrar das perigosamente deliciosas massas e dos
risotos, das bruschettas e dos carpaccios, dos cappuccinos e dos gelattos que cercam
nossos dias e nos maltratam de alegria com o doce sabor da península mais famosa do
mundo.
Se sonhamos por tantas vezes em nos tornarmos Pink Floyd por um dia para tocar
do alto do Vesúvio para uma multidão de estatuas em Pompéia, é porque não se trata
apenas de história e cultura, se trata ainda de cultura “Pop”, se trata do nosso cotidiano
mais prazeroso e de nossas mais indeléveis aspirações à felicidade.
Ir à Itália é mais do que uma simples viagem, é uma “egotrip”, viagem ao fundo
de nós, um abraço ao nosso ancestral gladiador, um aceno à nossa arte cheia de ciência e
à nossa ciência criada pela arte.
É nessa língua que fala os sonhos daquele que não pode deixar de amar em êxtase
a experiência desse mundo tão antigo e moderno, é em italiano que se diz “existo”.
De tanto mar a se navegar é só mais um “nadar” da Itália continental para Sicília,
para aprender a sentir o cheiro das laranjeiras e das tangerinas, para aprender a falar sobre
o que nosso olfato pode cheirar.
É só mais um nado para a Eólia ilha de Lipari, onde aprendemos a dizer como se
sente as águas translúcidas fazendo boiar nosso corpo em serenidade e leveza.
Uma gôndola para Burano e podemos experimentar todos os sabores que a mesma
boca que saliva ao paladar mais apurado do mundo poderá descrever em palavras.
Como vamos descrever todas as velhas construções vistas pelas Ilhas Italianas e
todas as histórias dos velhos Mecenas Italianos? Na única língua em que se merece contar
essa história.
Para contar a meus filhos, num futuro não tão distante, de onde vem o mundo em
que vivem e amam, fazendo jus à sua magnitude, a Itália será contada como se deve, em
Italiano.

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