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1. O AGRAVO DE INSTRUMENTO
1.1. Referências: art. 897, alínea “b” e §§ 2º, 5º, 6º e 7º do mesmo artigo da
CLT;
1.2. Definição:
É o recurso que no sistema do processo do trabalho serve para destrancar um
recurso cujo seguimento foi negado na instância que proferiu a decisão atacada.
Como sabemos, as decisões interlocutórias no processo do trabalho não são
recorríveis de imediato - § 1º do art. 893 da CLT. Assim, o Agravo de Instrumento do
processo do trabalho não guarda qualquer semelhança com o AI do processo civil no
que respeita ao cabimento.
No processo do trabalho, o AI só tem cabimento para atacar decisão que nega
seguimento na origem ao recurso interposto pela parte, ainda assim observando-se a
regra do art. 897-A da CLT quanto à possibilidade da reforma desse tipo de decisão
pelo próprio órgão que negou seguimento ao recurso por meio de Embargos de
Declaração.
1.5. Competência:
O julgamento do AI é pelo órgão que conheceria o recurso cujo seguimento foi
negado. O juízo que efetuou a admissibilidade negativa não pode negar seguimento
ao AI em hipótese alguma.
1.7. Preparo:
Tendo em vista a Lei n. 12.275/2010, o AI passou a exigir o depósito recursal,
restrito à metade do valor previsto para o recurso principal que tenha sido negado. A
medida foi prevista com o fito de desencorajar o uso do AI pela parte que sabe que o
seu recurso não será provido pelo órgão recursal. O preparo desse teor será exigido
das pessoas das quais se exige o preparo do recurso principal e no limite da
condenação. A completa garantia da condenação por depósito anterior ou penhora
torna desnecessário o preparo. O TST editou a Resolução 168 sobre o tema.
2. O AGRAVO INTERNO
2.1. Definição
É o Agravo previsto na legislação processual, com o prazo de cinco dias, para
atacar decisão proferida por juiz de Tribunal – Parágrafo único do art. 120, 532, 545 e
§ 1º do art. 557, todos do CPC. Parágrafo único do art. 9º da Lei n. 5.584/70.
2.2. Cabimento
Nas hipóteses previstas em lei. No caso do Parágrafo único do art. 9º da Lei n.
5.584/70, o recursio é para o enfrentamento da decisão do relator que nega
seguimento a Recurso de Revista, Recurso de Embargos e Agravo de Instrumento,
todos os atos de Ministro do TST.
2.3. Prazo e efeito
O prazo para a interposição do recurso é de oito dias, conforme a Instrução
Normativa n. 17/2000 do TST com a redação dada pela Resolução Normativa n.
131/2005. O TST considerou que o recurso em questão deveria assumir o prazo para
os recursos previstos na ordem trabalhista. O efeito do recurso é meramente
devolutivo, ou seja, não impede a exigência imediata e provisória da decisão
impugnada.
2.4. Objetivo
O agravo interno objetiva conduzir um recurso ao órgão natural de julgamento
no tribunal. A legislação processual reconhece aos relatores dos recursos o poder
para negar seguimento a recurso ou mesmo para decidi-lo em seu mérito. Nesses
casos, o julgamento do recurso que teria no órgão colegiado o seu “juízo natural” é
substituído pelo julgamento do relator. Assim, interpretando a parte que foi
prejudicada pela decisão do relator, apresenta o agravo interno para levar a questão
ao órgão colegiado de julgamento do recurso. Ao colegiado cumprirá analisar se a
decisão do relator foi correta e, caso reforme a decisão, passará a analisar o recurso
apresentado.
3. O AGRAVO REGIMENTAL
3.1. Definição
Poderíamos definir o Agravo Regimental como sendo o recurso previsto nos
Regimentos dos Tribunais para atacar decisão de juiz monocrático (Relator) em ação
da competência originária do Tribunal. No processo do trabalho, contudo, temos
previsões legais do Agravo Regimental, conforme observamos do § 1º do art. 709 da
CLT, que impedem essa definição que encontramos para o AR do processo comum.
3.2. Cabimento: §1º do art. 709 da CLT; art. 2º, II, d e art. 3º, III da Lei n.
7.701/88. Nas demais hipóteses previstas nos Regimentos.