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“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.”
(Mateus 5:21 – Versão: João Ferreira de Almeida Atualizada)
O sistema de governo vigente, usa de várias falácias para tentar de todas as formas a
legalização do aborto. Líderes esquerdistas e muitos religiosos “ditos evangélicos”
anunciam abertamente essa posição. Há um projeto de lei (desde 2007) em tramitação,
que defende o direito de vida ao feto. Este é chamado de Estatuto do Nascituro.
Isso quer dizer que, o embrião humano adquire originalidade legal. Estatuto entende que
a natureza humana do nascituro já existe desde a sua concepção e também é o que a
doutrina majoritária dentro do Direito Civil aceita. Seguindo assim conforme o artigo 3º,
do presente projeto de Lei:
“Art. 3º O nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua
natureza humana é reconhecida desde a concepção, conferindo-lhe proteção jurídica
através deste estatuto e da lei civil e penal.
O governo atual e tais “líderes ditos evangélicos” tem se levantado contra esse projeto,
alegando que a legalização do aborto pode evitar inúmeros casos de criminalidade;
reduzir a taxa de pobreza, como: fome, doenças infantis, mendicância, etc. Além de
poupar verbas dos cofres públicos, que, respectivamente, deixaria de aplicar o capital em
projetos sociais para essas “pessoas” que viriam ao mundo.
Agora eis a questão: Não é papel do Estado zelar pela família e pela vida? Sim ! A
Constituição de 1988 prevê isso logo em seu preâmbulo:
Podemos ver que, é papel dos “representantes do povo brasileiro” assegurar os direitos
fundamentais e individuais. E, a mesma Constituição vai mais além ao expandir o direito
a vida, a criança e ao adolescente:
O aborto é uma opressão ao direito a vida da criança, que ainda não veio ao mundo, porém
existe. Essa é a resolução de várias afirmações médicas universais. O ponto central da
medicina é a preservação da vida; e a do Estado de Direito, da família e, da sociedade,
garantir que os padrões estejam nos parâmetros de defesa a vida do ser humano em sua
concepção. Note essas declarações:
"O médico deve manter o mais alto respeito pela vida humana, desde a sua concepção”
(DECLARAÇÃO DE GENEBRA - Associação Médica Mundial)
A defloramento do Direito é uma ação que possui reflexo sobre pessoas, sobre Leis
individuais. Nessa mesma ideologia, Dalmo de Abreu Dallari, em sua obra Introdução a
Bioética, declarou:
“Qualquer ação humana que tenha algum reflexo sobre as pessoas e seu ambiente deve
implicar o reconhecimento de valores e uma avaliação de como estes poderão ser
afetados. O primeiro desses valores é a própria pessoa, com as peculiaridades que são
inerentes à sua natureza, inclusive suas necessidades materiais, psíquicas e espirituais.
Ignorar essa valoração ao praticar atos que produzam algum efeito sobre a pessoa
humana, seja diretamente sobre ela ou através de modificações do meio em que a pessoa
existe, é reduzir a pessoa à condição de coisa, retirando dela sua dignidade. Isto vale
tanto para as ações de governo, para as atividades que afetem a natureza, para
empreendimentos econômicos, para ações individuais ou coletivas, como também para a
criação e aplicação de tecnologia ou para qualquer atividade no campo da ciência.”
(http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIIdireitoshumanos.ht
m)
Interessante notar que, se uma pessoa assassinar um feto de um animal em extinção, isso
constitui-se em crime inafiançável contra a natureza. Esse é o nosso governo!
Somente com as declarações acima, podemos perceber que, é papel do governo, elaborar
programas às mães que não possuem condições de criar seus filhos. O Estado deve
oferecer-lhes amparo financeiro, clínico e psicológico durante o período da gestação
(mesmo em casos de estupro). Porém, o que fazer diante de líderes religiosos que tomam
posição favorável ao aborto? Segui-los? Obviamente não!
https://www.facebook.com/486307198057073/videos/1030405590313895/
É papel de líderes e teólogos cristãos, apoiar a cosmovisão Bíblica, não ideologias
políticas e filosofias espúrias que circulam o pensamento moderno. A Bíblia é totalmente
contrária a tal procedimento. Ela entende que a vida começa já na concepção (assim como
as declarações universais citadas). E, qualquer um que se diz cristão deve ter essa
concepção como norma de fé e moral:
“Aquele que me formou no ventre não os fez também a eles? Ou não nos formou do mesmo
modo na madre?” (Jó 31.15).
“Quanto menos aquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima o rico
mais do que o pobre; porque são todos obra de suas mãos” (Jó 34.19).
“Assim diz o Senhor que te criou e te formou desde o ventre e que te ajudará: não temas
ó Jacó, servo meu” (Isaías 44.2).
“Assim diz o Senhor teu Redentor e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que
faço todas as coisas” (Isaías 44.24).
“Antes que eu te formasses no ventre materno, eu te conheci e antes que saísses da madre,
te consagrei; e te constitui profeta às nações” (Jeremias 1.5).
Percebemos que, a Bíblia, diz que a vida tem início já na sua formação fetal. Qualquer
pensamento contrário a isso, constituísse em crime hediondo. Assassinato brutal e
atentado contra uma vida inocente. Por isso na Lei Mosaica existiam cláusulas que
protegiam o feto:
“Se alguns homens pelejarem e ferirem uma mulher grávida e lhe causarem o aborto,
embora não haja morte, certamente serão multados, conforme o que o marido
determinar, e pagarão diante dos juízes. Mas, se houver morte, então darás vida por vida,
olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Êxodo 21.22-24).
Até os gregos antigos (pagãos) tinham como ética médica a valorização e a manutenção
da vida. Por esse motivo Paulo exclamou:
“Porque, quando os gentios, que não te lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei,
não tendo eles lei, para si mesmos são lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus
corações, testificando justamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer
acusando-os, quer defendendo-os... (Romanos 2:14-15)
Tal assertiva paulina torna-se explícita quando atentamos para o juramento de Hipócrates
– considerado Pai da Medicina. Juramento este que todo médico formado o pronuncia,
para assim exercer a profissão:
"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas
todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a
promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta
arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos
por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de
aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos,
das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos
inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca
para causar danos ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio
mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma
mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação
aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano
voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres
ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto
ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida
e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou
infringir, o contrário aconteça." (Juramento de Hipócrates - Jacques Jouanna Fayard.
Paris, 1992)
Mas o “bispo” Edir Macedo nem ensina e pratica o que o Cristianismo Genuíno apregoa;
e, muito menos os que os pagãos praticavam. Drástico! Um conselho aos seus
correligionários é que deixem de ser leigos sublevados por promessas vãs, e deixem de
frequentar as “igrejas” de tais líderes. Não sejam néscios guiados por cegos. O próprio
reformador João Calvino exclamou:
“A fé não consiste na ignorância, mas no conhecimento.” (João Calvino)
Não sejam incapazes à ponto de virar as costas para o Evangelho, dando ouvidos a pessoas
inescrupulosas, que agem de tal forma para terem benefícios políticos e financeiros. É por
isso que o Evangelho narra as próprias palavras do Senhor Jesus instrui-nos
enfaticamente:
“Pois serão muitos os que virão em meu nome, afirmando: ‘Sou eu’; e iludirão
multidões.” (Marcos 13:6)
Rômulo Lima
(Acadêmico em Teologia e Apologética Aplicada)