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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA [...

] VARA DO TRABALHO DA
COMARCA DE [...]

JOSÉ DA SILVA, pessoa física de direito privado, (nacionalidade), (estado civil),


professor, portador da Carteira de Identidade (RG) sob o nº. [...] – [...]/UF, inscrito no CPF sob o nº. [...],
e ainda inscrito na CTPS sob o nº. [...] e série [...] e PIS sob o nº. [...], residente e domiciliado à [...],
(bairro), (CEP), (cidade/UF), por seu advogado que esta subscreve (doc. proc. em anexo), vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840, § 1º, da CLT, e 319, do NCPC,
propor,

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de EDUCANDO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ


sob o nº. [...], situada à [...], (bairro), (CEP), (cidade/UF), pelos seguintes fatos e fundamentos.

I – DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

Nos termos do artigo 14, § 1º, da Lei nº. 5.585/70, das Leis nsº. 1.060/50 e 7.115/38,
bem como do artigo 790, § 3º, da CLT, o Reclamante declara para os devidos fins e sob pena da lei,
ser pobre, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento de custos e
demais despesas processuais sem o prejuízo de seu sustento, pelo que requer os benefícios da justiça
gratuita.

II – DO CONTRATO E DA JORNADA DE TRABALHO

O Reclamante vinha prestando serviço a Reclamada, quando houve a dispensa sem


justa causa no curso das férias escolares.
Ressalta-se que a Reclamada tinha ciência de que o Reclamante era diretor do
sindicato de classes, cujo mandato havia vencido exatamente no dia da dispensa. Ademais, o
Reclamante cumpriu 10 (dez) meses de contrato de trabalho e recusou-se a receber aviso prévio, férias,
13º salário e FTGS com multa. Por fim, salienta-se que a Reclamada não lhe pagou o salário do período
dos meses escolares respectivos, apesar de admitir o débito.

III – DO DIREITO

Da reintegração do trabalho, salienta-se que o Reclamante foi dispensado sem justa


causa pela Reclamada, sabendo que o mesmo era diretor do sindicato de classes. Assim, tendo o
Reclamante estabilidade provisória atinente ao supramencionado, haja vista o artigo 543, § 3º, CLT, e
ainda, artigo 8º, VIII, da CF, que preceitua que o empregado eleito para cargo de administração sindical,
tem-se estabilidade até 1 (um) ano após o final do mandato, a partir do registro da candidatura. Deste
modo, ressalta-se que a Reclamante tinha ciência da estabilidade provisória do mesmo, o que
consequentemente acarreta a reintegração deste.
Do pagamento do saldo de salário, salienta-se que o Reclamante não o recebeu.
Neste sentido, observa-se o artigo 322 e seus parágrafos, e ainda, Súmula 10, do TST, assegurando
aos professores o pagamento na mesma periodicidade contratual, da remuneração percebida.
Da tutela antecipada atinente a dispensa sem justa causa do Reclamante,
requeresse-a com fulcro no artigo 273, do NCPC, em face do princípio da celeridade, haja vista a
reintegração do mesmo.

IV – DOS PEDIDOS

Diante das considerações expostas, requer o Reclamante:


1. Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à difícil
situação econômica do autor, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo próprio;
2. A notificação da Reclamada para comparecer à audiência a ser designada, para,
querendo, apresentar defesa a presente reclamação e acompanha-la em todos os seus termos, sob as
penas da lei;
3. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, bem
como a CONCESSÃO LIMINAR da Tutela Antecipada, e ainda, declarando o vínculo empregatício
existente entre as partes, condenando a empresa RECLAMADA a:
a) Reintegração do Reclamante, com fulcro no artigo 543, § 3º, CLT, e ainda, artigo
8º, VIII, da CF;
b) Pagar o Aviso Prévio Indenizado, Saldo de Salário, Décimo Terceiro salário
proporcional, Férias Proporcionais + 1/3, os depósitos de FGTS de todo o período acrescido de multa
de 40% à título de indenização;
c) Liberar as guias do seguro-desemprego ou pagar indenização correspondente;
h) Aplicação de multa dos artigos 467 e do 477, ambos da CLT;
i) Honorários advocatícios;

Além disso, condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, do


artigo 477, da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja
aplicada a multa do artigo 467, da CLT, tudo acrescido de correção monetária e juros moratórios.
Requer, ainda, seja a Reclamada condenada ao pagamento das contribuições
previdenciárias e imposto de renda devido em face do pagamento das verbas acima requeridas, visto
que, caso tivessem sido pagas na época oportuna, não acarretariam a incidência da contribuição
previdenciária e do imposto de renda.
Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito permitidos, notadamente
oitiva de testemunhas e depoimento pessoal.
Dá-se à causa o valor de R$ [...] para efeitos fiscais.

Nestes termos, Pede e espera deferimento.

Local, data
Advogado/OAB

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