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1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 4
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 5
4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
5 DIRETRIZES ................................................................................................................................... 5
6 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 6
6.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ................................................... 6
6.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE GERAÇÃO, DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E DOS CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE
LIVRES ........................................................................................................................................... 7
6.3 AGENTES DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 8
6.4 AGENTES DE GERAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMIDORES ......................................... 8
6.5 CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE LIVRES E DOS AGENTES DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO...................................................................................................... 8
7 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ..................................................................... 9
7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 9
7.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES .............................................................................................. 9
7.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 10
8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA .............................................................................................. 10
8.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 10
8.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES ............................................................................................ 11
8.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 11
9 INDICADORES DE TENSÃO ....................................................................................................... 12
9.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 12
9.2 TENSÃO DE ATENDIMENTO EM REGIME PERMANENTE ........................................... 12
9.3 FLUTUAÇÃO DE TENSÃO ............................................................................................... 14
9.4 DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO ......................................................................................... 17
9.5 DISTORÇÃO HARMÔNICA DE TENSÃO ......................................................................... 18
9.6 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO – VTCD .............................................. 19
10 ETAPAS DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE QEE ................. 22
11 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ....................... 23
11.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 23
11.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 23
11.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 23
11.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 24
12 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE FREQUÊNCIA .................................................. 24
12.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 24
12.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 24
12.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 25
12.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 25
13 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE TENSÃO ........................................................... 25
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 PRODUTOS
4.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de sua adequação ao Módulo
25, que estabelece as formas de apuração de dados para cálculo de indicadores e a periodicidade
de divulgação dos indicadores; da revisão dos prazos para divulgação dos relatórios gerenciais
dos indicadores de QEE e de desempenho das FT, anteriormente tratados no Módulo 25; da
revisão da abrangência do gerenciamento de indicadores de tensão (flutuação, desequilíbrio,
distorção harmônica e VTCD), que passam a ser em barramentos sob responsabilidade de
concessionária de transmissão, e não apenas em barramentos da Rede Básica ou dos
transformadores de fronteira,; da revisão da definição dos termos ponto de controle, para
caracterizar que a medição de grandezas elétricas deve ocorrer na conexão de usuários com as
instalações de transmissão, e não apenas com a Rede Básica ou com barramentos dos
transformadores de fronteira; da alteração dos títulos dos relatórios de divulgação dos indicadores
de desempenho; e da revisão da forma de avaliação do impacto de instalações não lineares para
sua conexão às instalações de transmissão. Realizada ainda a alteração do título do submódulo,
de “Gerenciamento dos indicadores de desempenho da Rede Básica e dos barramentos dos
transformadores de fronteira, e de seus componentes” para “Gerenciamento dos indicadores de
qualidade da energia elétrica da Rede Básica e de desempenho das funções transmissão”,
visando mais bem caracterizar o disposto em seu conteúdo.
5 DIRETRIZES
5.1 Os indicadores apresentados neste submódulo terão seus valores apurados, analisados,
gerenciados e disponibilizados pelo ONS para:
(a) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação à continuidade do serviço, de forma a
avaliar os impactos, nos usuários da Rede Básica, de eventuais desvios em relação ao
desempenho esperado e propor alternativas de solução para a adequação do desempenho
aos limites estabelecidos;
(b) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à frequência em regime permanente e sob
distúrbio e à tensão de atendimento em regime permanente, de forma a indicar as causas
de violações observadas e recomendar medidas para adequação do desempenho aos
limites estabelecidos;
(c) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à flutuação, ao desequilíbrio e à distorção
harmônica de tensão, recomendando medidas corretivas, no caso de violação dos limites,
ou preventivas, acompanhando sua implantação;
(d) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação aos eventos de VTCD; e
(e) verificar a conformidade do desempenho das FT em relação ao estabelecido nos
Procedimentos de Rede e nos editais de licitação das instalações de transmissão.
5.2 Para a avaliação do desempenho da Rede Básica quanto aos fenômenos de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são dois os limites de desempenho global: limite
global inferior e limite global superior. A filosofia para utilização desses limites é apresentada no
item 13.2.3.1 deste submódulo.
5.3 O limite de desempenho individual, no que concerne aos fenômenos mencionados no item 5.2
deste submódulo, corresponde ao valor máximo de perturbação que pode ser causado no sistema
por um único agente.
5.4 Os valores dos indicadores são obtidos a partir dos seguintes meios: registro de interrupções,
medição através de campanha ou de forma contínua, monitoração de eventos e simulação.
5.5 Os fenômenos de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão têm os valores de
seus indicadores apurados por meio de campanhas de medição realizadas em períodos de 7
(sete) dias consecutivos. Em alguns casos, contudo, em função de análises técnicas e situações
específicas, pode-se adotar medição por período mais longo, ou mesmo medição contínua.
5.6 Os fenômenos que ocorrem de forma intermitente, com ocorrência aleatória, ou que, mesmo
estando presentes todo o tempo, necessitam de avaliação contínua, terão os valores de seus
indicadores apurados por monitoração e/ou supervisão.
5.7 No gerenciamento do desempenho da Rede Básica são utilizados os recursos de medição e
supervisão disponíveis no ONS, como, por exemplo, o Sistema de Medição para Faturamento –
SMF.
6 RESPONSABILIDADES
(c) Levantar, consistir, tratar os dados, analisar e disponibilizar as informações referentes aos
indicadores de QEE.
(d) Especificar, contratar e coordenar os serviços relativos à apuração de indicadores de QEE
tanto sob a forma de medição contínua como através de campanhas de medição.
(e) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de
Continuidade do Serviço.
(f) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Frequência
e de Tensão de Atendimento em Regime Permanente.
(g) Emitir, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada campanha de medição, o Relatório
Gerencial dos Indicadores de Flutuação, Desequilíbrio e Distorção Harmônica de Tensão.
(h) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Variação de
Tensão de Curta Duração.
(i) Coordenar, no caso de violação dos limites globais de desempenho, as ações a serem
empreendidas em conjunto com os agentes responsáveis pelos sistemas elétricos
envolvidos, relacionadas aos estudos, análises e medições de grandezas elétricas
necessárias à identificação das causas da violação, bem como à definição da
responsabilidade pelas ações necessárias ao restabelecimento do adequado desempenho.
(j) Recomendar a adoção de medidas corretivas visando ao restabelecimento do adequado
desempenho.
(k) Disponibilizar os dados relativos a configurações e parâmetros elétricos da Rede Básica,
no formato do programa de Análise de redes em regime permanente, necessários à
realização, pelos agentes, dos estudos de desempenho associados a novos acessos.
(l) Acompanhar as medições executadas pelos agentes relativas à apuração dos indicadores
de desempenho no processo de implantação de conexão de agentes consumidores ou
empreendimentos de geração às instalações de transmissão sob responsabilidade de
concessionárias de transmissão ou de instalação de transmissão que tenha equipamentos
com características não lineares ou especiais, tais como compensadores estáticos e
estações retificadoras/conversoras.
(m) Fornecer aos agentes, mediante consulta, os valores dos indicadores apurados.
6.2 Agentes de transmissão, de distribuição, de geração, de importação/exportação e dos
consumidores livres e potencialmente livres
(a) Participar do processo de análise dos indicadores de desempenho, sob a coordenação do
ONS.
(b) Fornecer os dados e parâmetros do sistema elétrico sob sua responsabilidade para que
seja possível a modelagem do sistema e a realização de estudos relativos à avaliação do
desempenho da Rede Básica.
(c) Realizar medições e estudos específicos, quando solicitados pelo ONS, relacionados à
análise de indicadores de desempenho da Rede Básica.
(d) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos limites dos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.
(e) Disponibilizar os dados relativos ao sistema de monitoramento sob sua responsabilidade,
quando solicitado pelo ONS.
Tipo Descrição
Desligamentos programados
P1 Manutenção
P2 Novas conexões, modificações e melhorias
Outros desligamentos
O1 Emergências
O2 Urgências
O3 Fenômenos naturais e ambientais
O4 Acidente
O5 Falha de equipamentos de potência
O6 Falha de equipamentos de proteção e controle
O7 Outros
8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA
9 INDICADORES DE TENSÃO
Precária Precária
1,05
Adequada Adequada
Adequada
0,95
Precária
Precária
0,93
Precária
0,90
Crítica
Crítica Crítica
0,00
1 kV < TN < 69 kV 69 kV ≤ TN < 230 kV TN ≥ 230 kV
Tensão nominal - TN (kV)
9.3.1.2 Cintilação, aplicada a sistemas elétricos, é a impressão visual resultante das variações do
fluxo luminoso nas lâmpadas causada pelas flutuações da tensão de alimentação.
9.3.1.3 A severidade de cintilação é uma representação quantitativa do incômodo visual percebido
pelas pessoas expostas ao fenômeno de cintilação.
9.3.1.4 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é quantificado por meio de
indicadores obtidos através de campanha de medição e no ponto de acoplamento comum (PSC)
correspondente da instalação.
9.3.2 Definição de indicadores
9.3.2.1 Os níveis de severidade de cintilação, causados pela flutuação de tensão, são
quantificados pelos indicadores Indicador de Severidade de Cintilação de Curta Duração – Pst e
Indicador de Severidade de Cintilação de Longa Duração – Plt, conforme descrição e
recomendação da Comissão Internacional de Eletrotécnica na Publicação IEC 61000-4-15
(Flickermeter – Functional and design specifications).
9.3.2.2 O indicador Pst representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 10 (dez) minutos e é calculado a partir dos níveis
instantâneos de sensação de cintilação, conforme a seguinte expressão:
P st
0,0314 P0,1 0,0525 P1 0,0657 P3 0,28 P10 0,08 P50
Onde:
Pi corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi ultrapassado durante
i% do tempo, resultante do histograma de classificação por níveis, calculado
conforme estabelecido na Publicação IEC-61000-4-15.
9.3.2.3 O indicador Plt representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 2 (duas) horas e é calculado a partir dos valores de
Pst conforme a seguinte expressão:
P lt
3
1 12
12 i 1
P sti 3
processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para a tensão de 220 V, por
corresponder a resultados mais conservadores.
9.3.3 Avaliação de desempenho
9.3.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é avaliado a partir da
comparação dos indicadores PstD95% e PltS95% com os respectivos limites global e individual.
9.3.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum (PAC). Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de
cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos.
9.3.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferior e superior, considerados para avaliar a qualidade da tensão
quanto à flutuação de tensão, estão apresentados na Tabela 3. Esses valores são
expressos em função dos limites globais para tensão secundária de distribuição (220 V ou
127 V) e da atenuação esperada quando a flutuação de tensão se propaga para os
barramentos da rede secundária de distribuição.
(b) FT é o fator de transferência aplicável entre o barramento sob responsabilidade de
concessionária de transmissão sob avaliação e o barramento da rede secundária de
distribuição eletricamente mais próximo. FT é calculado pela relação entre o valor do
PltS95% do barramento sob avaliação e o valor do PltS95% do barramento da rede
secundária de distribuição. No caso de os FT entre os barramentos envolvidos não terem
sido medidos, os FT apresentados na Tabela 4 devem ser aplicados para a avaliação da
flutuação de tensão nos barramentos sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.
(c) Os limites globais apresentados na Tabela 3 foram estabelecidos com a premissa de que o
limite global inferior para as tensões secundárias nos sistemas de distribuição (220 V ou
127V) é 1 pu. Caso esse limite seja alterado, por determinação da ANEEL, os valores
estabelecidos devem ser revisados.
Tabela 3 – Limites globais para os indicadores de flutuação de tensão
PstD95% PltS95%
0,8 pu 0,6 pu
FT FT
V2
K x 100 [%]
V1
9.4.2 Definição de indicador
9.4.2.1 Para a avaliação do desequilíbrio de tensão é utilizado o indicador KS95%, assim obtido:
(a) determina-se o valor que foi superado em 5% dos registros de K obtidos no período de 1
dia (24 horas), considerando os valores das componentes de sequência positiva e negativa
integralizadas em intervalos de 10 (dez) minutos; e
(b) o valor do indicador corresponde ao maior valor entre os sete valores obtidos, em base
diária, ao longo de 7 (sete) dias consecutivos.
9.4.3 Avaliação de desempenho
9.4.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto ao desequilíbrio de tensão é avaliado a partir da
comparação do indicador KS95% com os limites global e individual.
9.4.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanha de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum. Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de cálculos
específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não lineares
que produzam tais efeitos.
9.4.3.3 Limite global
(a) O limite global é de:
KS95% 2%
9.4.3.4 Limite individual
(a) O limite individual é de:
KS95% 1,5%
DTHT = DTHI 2
h (em %)
cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos..
9.5.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados
na Tabela 6.
(b) Os limites globais superiores são determinados pela multiplicação dos limites globais
inferiores correspondentes pelo fator 4/3. Por exemplo, os limites globais superiores
relativos aos indicadores DTHTS95% para V< 69 kV e V 69 kV são, respectivamente,
8% e 4%.
(c) Para cada ordem harmônica h, a tensão harmônica resultante em qualquer ponto do
sistema é obtida com a combinação dos efeitos provocados por diferentes agentes.
Tabela 6 – Limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95%
V < 69 kV V 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
8 1% 8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
27 1% 27 0,5%
DTHTS95% = 6% DTHTS95% = 3%
9.5.3.4 Limites individuais
(a) Os limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados na
Tabela 7.
Tabela 7 – Limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95%
13,8 kV V 69 kV V 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3 a 25 1,5% 3 a 25 0,6%
todos 0,6% todos 0,3%
27 0,7% 27 0,4%
DTHTS95% = 3% DTHTS95% = 1,5%
9.6.1.3 A duração da VTCD é definida pelo intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o
valor eficaz da tensão ultrapassa determinado limite e o instante em que essa variável volta a
cruzar esse limite.
9.6.1.4 A análise do desempenho da Rede Básica quanto à VTCD é feita com base em
indicadores quantificados em barramentos sob responsabilidade de concessionárias de
transmissão e nos pontos de observação da tensão.
9.6.1.5 A partir da duração e amplitude, as VTCD são classificadas de acordo com o Quadro 2.
9.6.1.6 A variação momentânea de tensão compreende os eventos com duração inferior ou igual
a 3 (três) segundos, sendo classificada em interrupção, afundamento e elevação momentâneas de
tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.7 A variação temporária de tensão compreende os eventos com duração superior a 3 (três)
segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto, sendo classificada em interrupção, afundamento e
elevação temporárias de tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.8 Denomina-se Interrupção Momentânea de Tensão (IMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.9 Denomina-se Afundamento Momentâneo de Tensão (AMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.10 Denomina-se Elevação Momentânea de Tensão (EMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.11 Denomina-se Interrupção Temporária de Tensão (ITT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração superior
a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.12 Denomina-se Afundamento Temporário de Tensão (ATT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.13 Denomina-se Elevação Temporária de Tensão (ETT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.14 As configurações de disparo dos equipamentos de monitoração das VTCD, para início de
gravação do evento e de reinício de gravação para o mesmo evento, devem ser de 0,90 e 0,92
p.u. para registro de afundamento de tensão e de 1,10 e 1,08 p.u. para registro de elevação de
tensão, respectivamente.
Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1 s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
(0,85 - 0,90]
(0,80 - 0,85]
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
(0,50 - 0,60]
(0,40 - 0,50]
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
[0,10 - 0,20]
< 0,10
9.6.2.9 A contabilização das combinações amplitude e duração de elevações de tensão deve ser
feita em intervalos discretizados conforme Tabela 9, para cada barramento sob avaliação, onde a
amplitude é quantificada em p.u. da tensão nominal do barramento.
Tabela 9 – Contabilização de elevações de tensão no barramento sob avaliação, em função da
amplitude e duração do evento.
Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
[1,10 - 1,40]
> 1,40
10.1 O processo de gerenciamento dos indicadores do desempenho da Rede Básica sob o ponto
de vista da QEE engloba ações voltadas tanto para a prevenção de violações como para o
restabelecimento do nível adequado de desempenho. Abrange as seguintes etapas:
11.3.5 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência são determinados a
partir de simulação preditiva ou do desempenho histórico do ponto de controle. Na simulação, são
considerados os seguintes parâmetros que influenciam no desempenho do ponto de controle e
são obtidos a partir de dados apurados pelo ONS e/ou fornecidos pelos agentes:
(a) taxa de falha de equipamentos;
(b) configuração de barra; e
(c) tempos de indisponibilidade para manobra e reparo de equipamentos.
11.3.6 Esses indicadores estabelecem o desempenho médio de longo prazo do ponto de controle
e se mantem inalterados até que se altere algum parâmetro utilizado na sua determinação ou
alguma característica da instalação.
11.3.7 Quando da inclusão de novo ponto de controle no processo de gerenciamento, o ONS
deve determinar os valores de referência para esse ponto.
11.3.8 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência, para cada ponto de
controle, devem ser disponibilizados no site do ONS, com a respectiva data de vigência.
11.3.9 O ONS, quando da identificação de um ponto de controle com comportamento atípico,
deve buscar as causas de tal desempenho e propor as ações corretivas cabíveis ao agente
responsável.
11.3.10 O agente ao qual couber alguma ação corretiva deve atender ao compromisso resultante
da notificação.
11.3.11 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, uma base de dados com o
detalhamento de cada caso estudado, contendo os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
submódulo deve ser substituído pelo resultado da expressão 1440 - X, em que X corresponde ao
número de intervalos em que tenham ocorrido distúrbios desse total diário.
12.2.4 Os valores apurados de frequência devem ser armazenados pelo ONS para determinação
dos indicadores DFP e DFD. Tais valores podem ser consultados pelos agentes envolvidos em
cada uma das medições.
1
Critérios e Procedimentos para o Atendimento a Consumidores com Cargas Especiais - Revisão 1; Nov/97;
GCOI/SCEL e GCPS/CTST
13.2.2.4 Uma campanha de medição deve ter duração de 7 (sete) dias consecutivos, de acordo
com protocolo de apuração estabelecido para o indicador em análise, considerando os valores dos
indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos. Entretanto, quando a campanha de
medição for realizada para a conexão de agente de geração, com fonte eólica/solar, esse período
poderá ser estendido, em função de sua característica de operação, conforme estabelecido no
item 14.714.7.6 deste submódulo.
13.2.2.5 O instrumento de medição utilizado no processo de apuração dos indicadores deve ter
desempenho compatível com equipamento classe A da IEC 61000-4-30, bem como nas
publicações listadas a seguir, desempenho esse que deve ser comprovado segundo critérios a
serem estabelecidos pelo ONS:
(a) Flutuação de tensão: IEC 61000-4-15; e
(b) Distorção harmônica de tensão: IEC 61000-4-7.
13.2.2.6 Não obstante o estabelecido no item 13.2.2.5 deste submódulo, a adequação do
desempenho dos equipamentos de medição e transdutores pode ser avaliada, a critério do ONS,
por meio de testes em laboratório.
13.2.3 Gerenciamento do desempenho
13.2.3.1 A avaliação do desempenho global é realizada por meio da comparação dos valores dos
indicadores obtidos através de processo de apuração, por fase, com os valores dos limites globais
inferior e superior desses indicadores, limites esses estabelecidos de acordo com os itens 9.3.3.3
(a) e 9.3.3.3 (b) deste submódulo. Para a avaliação do desempenho, adota-se o seguinte
procedimento:
(a) quando o valor apurado do indicador for menor ou igual ao limite global inferior, o
desempenho é considerado adequado;
(b) quando o valor apurado do indicador encontra-se entre os limites globais inferior e
superior, o desempenho é considerado em estado de observação. Caso se verifiquem
reclamações ou evidências de problemas relativos ao desempenho e/ou à integridade de
alguma instalação, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, deve buscar
alternativas de soluções e atribuir responsabilidades; e
(c) quando o valor apurado do indicador for maior que o limite global superior, o desempenho
é considerado inadequado. Nesse caso, as ações corretivas ou mitigadoras devem ser
definidas logo após a realização de investigações para a identificação de causas e
responsabilidades.
13.2.3.2 Ocorrendo a violação do desempenho global em determinado barramento sob
responsabilidade de concessionária de transmissão, conforme estabelecido no item 13.2.3.1 deste
submódulo, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, realizará:
(a) medições adicionais no barramento sob análise e nos sistemas dos agentes a ele
conectado, de maneira a caracterizar o efeito da violação.; e
(b) simulações computacionais para subsidiar o processo de análise e identificação das
causas da violação e de estabelecimento de medidas corretivas ou mitigadoras.
13.2.3.3 Se a inadequação do desempenho tiver causa de caráter sistêmico, o ONS deve propor
alternativas de solução para a implantação de reforço ou ampliação das instalações de
transmissão.
13.2.3.4 Se a inadequação do desempenho for causada pela violação do limite individual por
parte de algum agente, esse agente deve atender às recomendações estabelecidas pelo ONS.
13.2.3.5 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, os relatórios contendo o
detalhamento de cada caso estudado, com os índices apurados e as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
13.2.4 Divulgação dos resultados
13.2.4.1 Os indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são
divulgados conforme estabelecido no Submódulo 25.6.
devem ser atualizados considerando a instalação como um todo, ou seja, a instalação existente
acrescida de sua expansão.
14.5.2 No caso em que centrais de geração eólica/solar tenham obtido junto a ANEEL
autorização para compartilhamento de suas instalações de interesse restrito com outras centrais
geradoras de mesma fonte, tais centrais serão caracterizadas como uma única instalação
individual no que diz respeito à avaliação do seu desempenho quanto a QEE. O mesmo se aplica
a consumidores que venham a compartilhar instalações de interesse restrito, como por exemplo,
subestação abaixadora.
14.6 Estudos para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.6.1 Estudos de QEE tratam das avaliações de desempenho quanto à flutuação, desequilíbrio e
distorção harmônica de tensão no PAC. Observa-se que, em função dos resultados obtidos pelos
estudos, podem ser solicitados procedimentos complementares de medição, durante as
campanhas de medição tratadas no item 14.7 deste submódulo.
14.6.2 Os estudos devem ser realizados pelo agente e submetidos à apreciação do ONS, dentro
do prazo estabelecido no Submódulo 3.3, sob a forma de relatório, incluindo informações
detalhadas quanto aos dados, modelos e metodologias utilizadas, bem como os resultados obtidos
e as eventuais ações a serem desenvolvidas no sentido de adequar o desempenho da instalação
aos limites individuais estabelecidos.
14.6.3 No Submódulo 23.3, o ONS apresenta um guia básico para a realização desses estudos,
que deve ser utilizado pelo agente como referência para o desenvolvimento das suas análises.
14.6.4 Após avaliação dos relatórios de estudo, o ONS pode apresentar comentários e
recomendações relacionadas com as metodologias de cálculo utilizadas, atendendo aos
procedimentos estabelecidos no processo de acesso. Os dados utilizados e os resultados obtidos
são de responsabilidade do agente.
14.6.5 O ONS deve repassar ao agente todas as informações disponíveis relativas aos estudos a
serem realizados.
14.7 Campanhas de medição para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.7.1 De forma a atender e complementar o processo de conexão de uma instalação não linear
devem ser realizadas campanhas de medição, a cargo do agente.
14.7.2 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação
14.7.3 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação. Entretanto, dependendo das
características da instalação e da sua conexão, também devem ser medidos valores de correntes
harmônicas obtidos através de campanha de corrente. Essas correntes harmônicas são obtidas na
saída dos aerogeradores, dos inversores das células fotovoltaicas e na entrada do ramal dos
equipamentos elétricos com características não lineares dos consumidores livres. As campanhas
de corrente e de monitoramento são realizadas posteriormente à campanha pré e antes da
campanha pós tensão, ou seja, no período mais favorável à realização dessas campanhas. As
medições de corrente, especificamente para parques eólicos e solares deverão ser realizadas de
acordo com os requisitos estabelecidos pela IEC 61400-21.
14.7.4 As campanhas de medição devem ser realizadas em dois momentos, quais sejam:
imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação.
14.7.5 A campanha de corrente tem por finalidade permitir reavaliar o estudo de desempenho da
instalação quanto à distorção harmônica de tensão.
(a) As correntes harmônicas no caso de aerogeradores devem ser medidas por uma unidade
geradora representativa de cada parque;
(b) Para módulos fotovoltaicos a medição é obtida por um conjunto de inversores que define
cada central fotovoltaica.
14.7.6 Os relatórios com os resultados das campanhas de medição de corrente deverão ser
encaminhados ao ONS e a partir da entrada em operação comercial da central geradora.
14.7.7 A campanha a ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da
instalação deve ser realizada por um período de 7 (sete) dias consecutivos, incluindo a apuração
dos indicadores de tensão listados no item 14.7.2 deste Submódulo.
14.7.8 O período das campanhas de corrente e monitoramento estão condicionados aos objetivos
de cada uma.
14.7.9 As campanhas de medição de QEE são pré-requisitos para a emissão das declarações de
atendimento aos Procedimentos Rede para os acessantes à Rede Básica, que possuem cargas
não lineares (consumidores livres e distribuidores) de acordo com o Módulo 24. O mesmo aplica-
se às instalações de geração que acessam a Rede Básica e possuem dispositivos que ocasionem
injeção de harmônicos nessa rede. A emissão dos termos de liberação para integração de
instalações de transmissão à Rede Básica que possuem componentes não lineares e para
integração de interligações internacionais ao SIN, também está condicionada às campanhas de
medição de QEE.
14.7.10 No caso de instalações não lineares com regime de operação definido, como por
exemplo, mineradoras, siderúrgicas, compensadores estáticos, etc., a campanha de medição deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) Ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação e a cada
implemento no patamar de demanda de carga da instalação por um período de 7 (sete)
dias consecutivos, incluindo a apuração dos indicadores de tensão listados no item 14.7.3
deste submódulo; e
(b) Medir os valores de correntes harmônicas geradas pelos dispositivos não lineares de sua
instalação de maior capacidade, por período que englobe o seu ciclo de operação em
regime de acordo com o item 14.7.3 deste submódulo.
14.7.11 No caso de instalação de geração eólica e solar, tendo em vista que o impacto da sua
operação na QEE do PAC depende do regime de ventos ou da irradiância solar da região onde se
encontra instalada, a campanha a ser realizada após a entrada em operação da instalação deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) A data de início da campanha de medição, após entrada em operação do complexo eólico
ou solar, e a sua duração (a priori, mínima será de 7 (sete) dias), poderão ser
postergada/estendida considerando os seguintes fatores:
(1) Pelo menos noventa por cento das unidades geradoras que compõem o complexo
eólico ou solar devem estar em operação ao longo de todo o período de medição;
(2) A produção do complexo eólico ou solar, durante o período de medição, deverá
corresponder, no mínimo, àquela estabelecida pelo seu fator de capacidade.
(b) Os relatórios com os resultados das campanhas de medição a que se referem os itens
(a) e (b) deverão ser encaminhados ao ONS em um prazo máximo de 1 (um) ano
contado a partir da entrada em operação comercial da central geradora.