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URUAÇU/GO
2017
JÔSE CHRISTYANE OLIVEIRA ROCHA
URUAÇU/GO
2017
JÔSE CHRISTYANE OLIVEIRA ROCHA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Prof.(a) Orientador(a) Ms. Irani Camilo de Souza Silva
IFG – Campus Uruaçu
_________________________________
Prof.(a) Ms. Alécia Maria Gonçalves
IFG-Campus Uruaçu
___________________________________
Prof.(a) Ms. Rodrigo de Freitas Amorim
IFG- Campus Uruaçu
URUAÇU/GO
2017
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, prof. Ms. Irani Camilo, que acreditou em mim; que ouviu
pacientemente as minhas considerações partilhando comigo as suas ideias, conhecimento que
sempre me motivou. Quero expressar o meu reconhecimento e admiração pela sua
competência profissional, por ser uma profissional extremamente qualificada e pela forma
humana que conduziu minha orientação.
A professora Ms. Alécia Maria Gonçalves, pela sensibilidade e profissionalismo que
a diferencia como educadora e pela presença marcante em minha vida acadêmica
/profissional, agradeço pelas lições de humildade, respeito pela diversidade, lições de vida e
também por participar da minha banca examinadora.
O professor Ms. Rodrigo de Freitas Amorim, que pacientemente me ajudou em
minhas dificuldades dando apoio e aconselhando nesta etapa tão difícil que para mim foi o
pré-projeto e por carinhosamente aceitar a participar da minha banca examinadora.
Às minhas amigas Cristiane, Roberta, Edlaine, Maísa e Tatielly, mesmo com
algumas seguindo caminhos diferentes, sempre se fizeram presente em minha vida com
palavras de encorajamento e apoio na graduação, tivemos e teremos muitos momentos de
lazer que foram essenciais neste percurso onde rimos, choramos e nos ajudamos
bravamente. Obrigada pela paciência, pelo abraço, pela mão que sempre se estendia quando
eu precisava. Esta caminhada não seria a mesma sem vocês.
E aos grandes amores da minha vida, meu esposo Mário Diogo, minhas filhas Anna
Karollyna e Marillya Gabriella, agradeço a paciência, compreensão, força quando pensava
não conseguir continuar. Vocês foram o alicerce desta caminhada.
Obrigada a todos que, mesmo não estando citados aqui, tanto contribuíram para a
conclusão desta etapa.
“Que todo o meu ser louve ao Senhor, e que
eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!”
Salmos 103:2.
RESUMO
This work aimed to understand the conception of evaluation of chemistry teachers, as this
influences their pedagogical practice and the evaluation tools used by them. For that,
fieldwork was used, with questionnaire application to six chemistry teachers from three public
high schools in Uruaçu / GO and two neighboring municipalities. The results indicate that in
spite of repeating evaluative practices that were used by their own teachers, they demonstrate
that to understand is not only to apply tests, but to understand the student as a whole and to
reflect on their pedagogical practice.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: CONSTRUÇÃO HISTÓRICA ....................... 11
3 CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM .......................................... 14
4 AVALIAÇÃO EM QUÍMICA: CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES ........................ 16
5 METODOLOGIA................................................................................................................ 19
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 20
6.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E DIFICULDADES RELACIONADAS ............ 20
6.2 FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE ............................................................................ 22
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 25
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 26
APÊNDICE ............................................................................................................................. 28
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1 INTRODUÇÃO
Entretanto, pode-se afirmar que não somente o termo avaliação, como sua associação
com outros componentes pedagógicos (objetivos, conteúdos, procedimentos, etc.) avançaram
em termos de elaboração teórica e ação pedagógica.
Segundo Luckesi (2011) a palavra avaliação é originária do latim a-valere, que
significa “dar valor a...” um valor ou qualidade a alguma coisa. É preciso diferenciar
avaliação e verificação, esta última se daria em apenas um instante, não implica atribuir
valores, mas constatar uma situação. Avaliar significa investigar uma realidade/situação.
Para Esteban (2002, p. 24) a avaliação da aprendizagem representa:
Um processo de reflexão sobre e para a ação, contribui para que o professor se torne
cada vez mais capaz de recolher indícios, de atingir níveis de complexidade na
interpretação de seus significados, e de incorporá-los como eventos relevantes para a
dinâmica ensino/aprendizagem. Investigando, refina seus sentidos e
exercita/desenvolve diversos conhecimentos com o objetivo de agir conforme as
necessidades de seus alunos, individual e coletivamente considerados.
13
[...] perceber que a prova não é avaliação, mas uma ferramenta útil para avaliar,
desde que bem aproveitada, passando a reconhecê-la como integrante do processo e
a utilizá-la não apenas para verificar a aprendizagem adquirida, mas como um
instrumento de coleta de informações para qualificar a realidade.
avaliação processual e formativa serão organizados nas redes de ensino por meio de
atividades teóricas e práticas, „provas orais e escritas‟, seminários, projetos e atividades on-
line” (BRASIL, Art 35ª & 8º, grifo nosso). Percebe-se é uma preocupação em enumerar
outros instrumentos de avaliação além de provas demonstrando-se uma preocupação com a
diversificação de instrumentos avaliativos.
permitisse entender e controlar todas as hipóteses para explicar o aprendizado dos alunos.
A concepção interpretativa entende que a avaliação orienta e estimula o
conhecimento de educadores e educandos, tendo em vista que há diferentes formas de visão
do mundo e do que se considera objeto de estudo. Nesta concepção avaliação é vista como
fator de construção social, pois considera os valores da sociedade, ou seja, a realidade do
aluno.
A pesquisa evidenciou que os docentes têm recorrido à metodologia tradicional de
ensino e o conceito de avaliação tem remetido à ideia de quantificação, sem reflexões
qualitativas. Ou seja, a avaliação em prol de nota tem supremacia em vista da qualidade.
Como fatores que justifiquem essa atitude, estão as condições de trabalho a que os professores
são submetidos e sua má remuneração, havendo pouca discussão acerca do avaliar como
ferramenta de aprendizado. Além disso, a própria escola, exige dos docentes que estes
atribuam notas de acordo com os méritos dos alunos, dificultando que o objetivo da avaliação
seja repensado e o aprendizado dos alunos apresente-se como objetivo principal.
Grande parte dos professores que participaram da pesquisa de Maceno e Guimarães
(2013) demonstraram recorrer a métodos baseados na mecanização de conteúdos para ensinar
química, pois para estes docentes a química precisa ser trabalhada de forma sequencial,
seguindo a ordem de conteúdos dispostos nos currículos e sumários de livros didáticos. Estes
professores apresentaram uma postura empirista na avaliação e afirmaram utilizam
basicamente testes e provas como instrumentos avaliativos. Para estes professores os alunos
são como uma folha de papel ou tábua rasa, incapazes de produzir algum conhecimento, mas
somente reproduzir aquilo que lhes é ensinado.
De acordo com este posicionamento a avaliação torna-se um mecanismo de
preparação para processos seletivos, como é o caso de vestibulares.
Esta pesquisa evidenciou que apesar das discussões em torno do tema da avaliação
observa-se que há dificuldades no que diz respeito a entender o objetivo principal da
avaliação e como proceder de modo a formar o indivíduo, ultrapassando os limites de notas.
19
5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Todos eles (seis professores) disseram que utilizam provas somadas a trabalhos.
Torna-se artificial parar a aula para fazer prova, ou entrar em período de prova. Tal
atitude coincide, a demais, com a praxe do aluno que tende estudar somente para a
prova. Passa a vida escutando aula, tomando nota, armazenando informações.
Advindo a prova, dedica-se a memorizar conteúdos (DEMO, 2004, p.59).
Em cada uma das duas últimas questões os participantes tinham cinco opções e
foram orientados a enumerá-las de 1 a 5, sendo 1 a maior dificuldade e 5 a menor. Entretanto,
houve repetição de números na classificação, evidenciando que a proposta inicial não foi bem
compreendida. Isso não invalida os resultados. A análise dos resultados destas questões
ocorreu através da somatória de pontos que cada item obteve. Considerando que aqueles que
alcançaram maior pontuação são os de menor intensidade.
evidenciadas em sua resposta. Os demais (83%) disseram avaliar de modo semelhante aos
professores de sua graduação: “Sim na graduação éramos avaliados conforme o que
produzíamos com qualidade, e com os alunos do ensino médio também ocorre da mesma
maneira” (Professor D).
Seria interessante considerar, como indica Vasconcelos (2005), que “não há intenção
nova que se sustente se não estiver apoiada em uma nova forma de avaliar”. Lembrando que
deixaram claro que reproduzem o tipo de avaliação dos professores que tiveram em sua
formação. Esta repetição não significa que reproduzem apenas erros, mas que não
aconteceram alterações significativas na forma.
Porém, não se pode afirmar que não ocorreram avanços, porque ficou indicado que
em sua formação eles tiveram o tema tratado e a concepção que eles têm sobre avaliação é
boa. Isto já um começo porque “a mudança da intencionalidade, mesmo quando não
acompanhada, a princípio, por mudanças maiores nas outras dimensões, já pode produzir
mudanças significativas na prática” (VASCONCELOS, 2005).
Por fim, foi questionado se os professores acreditam que as avaliações de química
auxiliam os alunos no aprendizado. A maioria dos professores (83%) afirmaram que sim,
acreditam que a avaliação permite o aluno perceber os erros e constatar os conteúdos que
estão com dificuldade a fim de melhorar seus estudos:
Sim, porque a avaliação, seja ela qual for, desperta a autocrítica no aluno, e o
convida a novos desafios, preparando o aluno para a vida e fixando os
conhecimentos adquiridos. Já a avaliação em grupo, que envolve o aluno na
construção do seu próprio conhecimento, como experimentos e oficinas, além de
contribuir no que foi citado anteriormente, favorece também a relação interpessoal, a
responsabilidade e o comprometimento, ou seja, contribui também para a formação
do cidadão (P B).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa evidenciou que os professores que participaram dela são jovens, com
pouca experiência e fazem afirmações coerentes sobre avaliação. Para eles avaliação é
ferramenta de análise, tanto para o aprendizado dos alunos quando para o professor pensar e
[re] repensar sua prática pedagógica. A concepção de avaliação destes professores não está
absolutamente presa à perspectiva classificatória de nota. Podemos afirmar que esta
concepção é originária da formação na licenciatura.
Entretanto tal concepção não representou grandes alterações em suas decisões
práticas, uma vez que quase todos dizem repetir ações desenvolvidas por seus professores na
graduação. Todavia, resultados de uma postura mais inovadora podem não aparecer de
imediato porque a “clareza maior da intenção vem com o próprio caminhar [...], a
concretização de uma nova intencionalidade é, a nosso ver, o maior desafio contemporâneo da
avaliação da aprendizagem” (VASCONCELOS, 2005).
Isso quer dizer que a intenção da avaliação precisa ser considerada, ou seja, o
objetivo tem que estar explicito e que a partir disto poderemos ter avanços na prática
avaliativa.
Se o instrumento avaliativo não for utilizado de forma que contemple as
necessidades e particularidades de seus alunos e os faça superar suas dificuldades, a avaliação
continuará classificando-os: “Ocorre que, se os instrumentos não forem utilizados para captar
as necessidades dos alunos e superá-las, continuaremos orbitando o „mundo da nota‟, da
lógica classificatória” (VASCONCELLOS, 2005, p. 03).
Avaliar não é submeter-se a elaboração de provas e colocá-las em práticas, avaliar
vai além, quer dizer compreender os rendimentos dos alunos, não para classificá-los, mas para
permitir condições de reflexão dos mesmos. Desta forma, os próprios professores têm
condições de refletir sobre sua prática e verificar o que pode ser mantido e o que precisa ser
mudado.
26
REFERÊNCIAS
DEMO, P. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.
ESTEBAN, M. T. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 4 ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
ESTEBAN, M. T. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5 ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2003.
APÊNDICE
1) Idade: ________________
2) Formação mais elevada:
( ) Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado
É Licenciado em Química? ___________ Há quanto tempo? ______________
3) Por qual Instituição? ___________________________________________
Ministra disciplina de Química há quanto tempo? ________________________
5) Quais as maiores dificuldades enfrentadas por você ao planejar e aplicar uma avaliação?
Utilize a numeração de 1 a 5, sendo 1 a maior dificuldade e 5 a menor.
( ) Decidir sobre qual (is) instrumento (s) (prova, trabalho, listas etc) utilizar;
( ) A quantidade de questões a serem respondidas dentro do horário estipulado;
( ) Quais conteúdos são mais relevantes;
( ) Qual estratégia utilizar para os alunos conseguirem responder tranquilamente;
( ) Propor questões (ou situações) que demonstrem que o aluno realmente aprendeu.
6) Em sua opinião qual (is) a (s) maior (es) dificuldade (s), enfrentadas pelos estudantes em
relação às avaliações em Química? ? Utilize a numeração de 1 a 5, sendo 1 a maior
dificuldade e 5 a menor.
9) Como você costuma agir mediante o mau desempenho dos alunos nas avaliações de
Química?
10) Existe alguma semelhança entre a (s) forma (s) que você usa para avaliar seus alunos em
Química e as que seus professores utilizaram com você em sua formação?
11) Você acredita que as avaliações auxiliam o aluno na aprendizagem de Química? Por quê?