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“Adevogado”
Qual deles você quer ser?
Geraldo Cossalter
Advogado
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“Adevogado”
Qual deles você quer ser?
Direção Editorial:
Marco Aurélio Lucchetti
Edição:
Marco Aurélio Lucchetti
Programação Visual:
Gabriel “Billy” Castilho
ISBN 978-85-917905-0-0
Inclui bibliografia
CDU: 340
SUMÁRIO
PREFÁCIO 21
INTRODUÇÃO 23
ESCLARECIMENTO SOBRE A PRONÚNCIA
“ADVOGADO” 29
O ADVOGADO E O “ADEVOGADO” 31
O CONCEITO DA CHAVE MESTRA 35
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA 39
A IMPORTÂNCIA DOS TEXTOS ORAIS E ESCRITOS 43
A PRODUÇÃO DE TEXTOS 49
A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 53
O POLIGLOTA DA LÍNGUA MÃE 59
TEXTOS ÉTICOS E OBJETIVOS 63
A ORATÓRIA COLOQUIAL, CULTA E TÉCNICA 67
A ARTE DA PERSUAÇÃO ORAL E ESCRITA 73
A ANÁLISE HUMANA 77
A REFLEXÃO 81
A ALTERIDADE 85
A VOCAÇÃO 91
A HUMILDADE, A SIMPLICIDADE E A SOBERBA 95
EPÍLOGO 99
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HOMENAGEM
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DEDICATÓRIA
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AGRADECIMENTO
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OUTRO AGRADECIMENTO
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ÚLTIMO AGRADECIMENTO
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MENSAGEM ESPECIAL
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PREFÁCIO
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INTRODUÇÃO
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O ADVOGADO E O “ADEVOGADO”
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do Direito. Pense bem e não deixe que isto aconteça em sua vida,
porque, apesar da tecnologia que pode ser usada para corrigir textos
– leiam-se programas de correção ortográfica –, o conhecimento
sempre será insubstituível.
Segure a sua “chave mestra” e abra todas as portas do
mundo do Direito, começando por conhecer a nossa língua e a nossa
linguagem.
Desenvolva um vocabulário rico e seja um(a) profissional
admirado(a) e respeitado(a), pois o início de tudo deverá ser “a
primeira palavra dita e a primeira palavra escrita”.
E, sendo assim, “bem dita e bem escrita” farão de sua
reputação o seu maior patrimônio.
Aliás, existe ainda um componente da maior importância.
E tal componente chamamos de mestres. Sim, os nossos mestres,
pois tenham a certeza de que eles sempre estarão lá para ajudá-lo
(a), bastando criar um relacionamento honesto com cada um deles;
eles irão retribuir com lições que o (a) tornarão um (a) profissional
gabaritado (a). Quando falo em um relacionamento honesto, eu falo
de honestidade consigo mesmo (a), isto mesmo, consigo mesmo (a),
pois os mestres não são ingênuos e sabem perfeitamente quando estão
sendo enganados; porém, o (a) grande enganado (a) nesta história
será você mesmo (a), já que o resultado final, sendo ele bom ou
ruim, será destinado 100% a você. Seja honesto (a) consigo mesmo
(a) e terá para sempre os mestres. Seja honesto (a) consigo mesmo
(a) e terá para sempre seus amigos e futuros clientes. Seja honesto
(a) consigo mesmo (a) e tenha o privilégio de se tornar um exemplo
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a ser seguido. Seja honesto (a) e colha uma safra tão abundante que
você irá se surpreender com você mesmo (a). O (a) maior esperto (a)
de todos (as) é o honesto (a).
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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Para o (a) advogado (a), ler deve ser o mesmo que respirar.
O hábito da leitura deve sempre começar na infância; porém, não é
bem isto o que ocorre na vida de muitos, pelo menos foi assim comigo.
Entretanto, ainda é possível na universidade começar a prática diária,
não importando a preferência do leitor, já que todo tipo de obra
pode ser considerada essencial para o conhecimento e gradualmente
o crescimento do vocabulário. Quando falo em leitura, falo em
bons livros, bons informativos, boas revistas e jornais. Bons livros,
além de ajudar a evoluir o vocabulário, nos abrem os horizontes,
que, de uma forma ou de outra, acabam por contribuir para o
aprimoramento da cultura e o conhecimento. Sim, o conhecimento
que acabamos adquirindo por meio da leitura muitas vezes nos leva
a viajar sem sair do lugar, o que irá resultar em mais conhecimento,
cultura e vocabulário. Criar e cultuar o hábito da leitura é ponto
fundamental para o sucesso profissional, pois, além da construção de
um vocabulário rico, o leitor poderá se tornar culto, o leitor poderá
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Veja:
Leia e verifique se compreendeu;
Escreva perguntas sobre o texto;
Quando o texto não for compreendido, leia novamente;
Destaque as principais ideias;
Após ler, repita o texto, usando suas próprias palavras;
Grife termos desconhecidos e consulte o dicionário;
Escreva um resumo;
Consulte seu mestre sempre.
Bons estudos...
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A PRODUÇÃO DE TEXTOS
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A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
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Perceberam a diferença?
Temos aqui exatamente as mesmas palavras; porém,
com significados diferentes, que demonstram a necessidade da
interpretação correta, o que irá garantir sucesso na vida profissional.
O primeiro exemplo nos mostra em sentido figurado que
Sócrates ao tomar a cicuta bebeu a morte, ingeriu a morte.
O segundo exemplo nos mostra que Sócrates comemorou
a morte, tudo por conta de uma “simples crase”.
Interpretar textos é uma arte. Interpretar textos é uma
ciência que requer imaginação e, acima de tudo, um permanente
conhecimento com uma dose de filosofia. Como nos ensina o Prof.
Luiz Vicente Ribeiro Corrêa, “filosofar sobre uma determinada frase
ou um determinado texto não é exagero algum; pelo contrário, pois se
trata de uma ciência que irá expandir os horizontes”.
Quando falo em expandir horizontes, falo da forma
que devemos enxergar o que o texto nos apresenta muitas vezes
implicitamente. Pois um pequeno detalhe fará a diferença.
É muito comum comprarmos um jornal ou revista devido a
uma manchete e, ao lermos a notícia, acabamos por nos decepcionar,
já que a manchete era melhor que a notícia.
Da mesma forma, assim são os textos que iremos encontrar
em nosso dia a dia profissional.
Cuidado! Todo cuidado é pouco, porque muitas vezes
lemos o que não está escrito e entendemos o que não foi dito, ou
melhor, acabamos por entender de uma forma equivocada.
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nada adiantará falar cultamente com ele. É mais fácil ser simples em
uma situação como esta, falando pouco e usando palavras coloquiais
para ser compreendido, ao invés de utilizar palavras desconhecidas
do cliente (muitas vezes até palavras do cotidiano profissional
jurídico, mas que não pertencem ao vocabulário do cliente). Vencer
uma ação poderá ter relação direta com uma situação como esta, em
que, mais que utilizar um palavreado culto com o cliente, significa
compreender o palavreado coloquial do cliente. O (a) advogado (a)
jamais poderá se colocar como alguém que não compreende tudo o
que o cliente diz e deseja, até porque isto é fundamental para se saber
quais os melhores caminhos jurídicos devem ser adotados. Como já
dizia o mestre da viola caipira Tião Carreiro na música “O Mineiro
e o Italiano”, a simplicidade e inteligência do mineiro venceram a
arrogância do italiano. Tratava-se de uma demanda de terras, em
que os personagens tinham diferenças enormes, pois o mineiro era
muito pobre e o italiano muito rico. O mineiro temia perder a ação,
e o italiano se gabava do poder financeiro que tinha e dizia que iria
ver o mineiro voltar a pé para Minas Gerais. O mineiro pensou
em pedir ao juiz que lhe desse razão na demanda e, em troca, lhe
daria de presente a única leitoa que tinha. Nesta bela música raiz de
nossa cultura interiorana, o advogado do mineiro impede que seu
cliente mande uma leitoa de presente para o juiz, já que ambos (o
advogado e o juiz) eram profissionais sérios e jamais iriam contrariar
a lei e a ética. Por sua vez, o advogado explica ao cliente mineiro o
sentido da ética em linguagem simples; e o mineiro compreende,
mas é matreiro. Prestes a perder a ação, preocupado, o advogado
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Por exemplo: uma petição, que é o meio que o (a) advogado (a) se
comunica formalmente com o magistrado, necessita muitas vezes
de explicações detalhadas, porém sintética nos dias atuais, contendo
ainda assim argumentos que possam convencer o magistrado a
aceitar a ação. Classificar um (a) advogado (a) de “bom de papo” não
significa que ele (a) seja um (a) bom (a) advogado (a), pois persuação
nada tem a ver com ser “bom de papo”. Ao contrário, o (a) bom
(a) advogado (a) persuasivo (a), que consegue o convencimento do
magistrado, está baseado em ser eficaz quanto à fundamentação
de seu pedido, sendo eficiente quanto ao texto que criou e sendo
persuasivo quanto aos argumentos que utilizou para conceber tal
texto. Um texto persuasivo ou uma fala persuasiva geralmente tem
as mesmas bases; entretanto, a diferença está no fato da ausência ou
presença do interlocutor. Ou seja, quando se fala para uma plateia,
ou até para um interlocutor apenas, temos o fator “presença”, pois
estamos diante de outras pessoas e geralmente acabamos por utilizar
a entonação, os gestos, as expressões faciais e outros meios que,
no caso da escrita, não podemos usar. Quando tratamos da forma
oral de persuação, logo nos lembramos daquele vendedor que nos
convenceu a comprar algo. Já na forma escrita, as necessidades de
uma boa persuação são muito diferentes, pois é necessário despertar
o interesse, apresentar motivos concretos, apresentar um texto ético
e, acima de tudo, convincente, além de apresentar argumentos que
irão concretizar literalmente o objetivo do texto. A arte da persuação
significa conseguir ser persuasivo sob os aspectos da ética, da
tolerância, da fundamentação no que se afirma e conhecimento do
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que se fala, porque sempre iremos encontrar alguém que saberá algo
que não sabemos. Geralmente, iremos encontrar alguém que sabe
mais que nós; e isto nunca poderá ser descartado. Tanto oral quanto
escrita, a boa persuação dependerá do conhecimento linguístico,
do conhecimento filosófico, do conhecimento hermenêutico
e do conhecimento dos códigos. A arte da persuação tem nos
conhecimentos linguísticos, filosóficos, hermenêuticos, técnicos e
humanos, sob o prisma da ética, o caminho para o sucesso neste
campo tão importante do Direito. A arte da persuação não está
ligada ao campo da mentira, jamais se esqueça disto; até porque
a mentira não pode jamais estar contida na arte da persuação.
Persuadir significa convencer com propriedade, com exatidão, com
certeza, com meios lícitos que levem ao resultado pretendido. Ser um
profissional brilhante também é meta para muitos; mas poucos são
os que realmente conseguem compreender rapidamente o conceito
da persuação, já que somos levados a ser persuadidos e nunca
persuasivos. Assim é a sociedade que vivemos; entretanto, como
futuros profissionais do Direito, é preciso compreender que a arte
da persuação está para o (a) advogado (a), assim como o bisturi está
para o (a) médico (a). Digamos que a arte da persuação tem de ter
precisão cirúrgica, porque um pequeno engano poderá colocar em
xeque todo o trabalho até então desenvolvido. Portanto, é preciso
aprender e jamais esquecer que para ser persuasivo (a) é necessário
compreender suas etapas e praticá-las sempre. Tenho um amigo que
por meses a fio falava consigo mesmo diante do espelho, pois, apesar
de saber os fundamentos da boa persuação, tinha muito medo de
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boas amizades. Ser humilde não significa deixar de ser alguém com
conhecimento e cultura. Ao contrário, os que detêm conhecimento
e cultura devem ser humildes, uma vez que este é o princípio da
sabedoria. Ser simples não tem qualquer relação com a forma de se
vestir. Ao contrário, a simplicidade está na forma de se portar, de se
dirigir às pessoas; está na forma de compreender os semelhantes. Ser
simples é ser acessível, é ser alguém de fácil compreensão, de fácil
comunicação. Ser simples é compreender que somos imperfeitos
e sabermos que esta é a única igualdade entre todos os humanos.
Ser humilde e simples é ter generosidade, é ter compaixão e saber
reconhecer em outrem as deficiências de si mesmo.
Como diz o Prof. Luiz Henrique Beltramini:
“Ser humilde e simples é bom demais, pois a vida fica prática,
serena, fica mais amena e menos dura.”
Enfim, combata a soberba com humildade e simplicidade.
Combata a soberba, que é própria da essência humana. Combata
a soberba e seja um profissional respeitado; porém, seja sempre e,
simplesmente, humano, simples e humilde, já que, quando não mais
estivermos nesta vida, certamente o que aprendemos e praticamos
para o bem passará de alguma forma a fazer parte de nossa essência.
Humildade e simplicidade sempre, soberba jamais!
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Este livro foi impresso pela São Francisco Gráfica e
Editora Ltda., de Ribeirão Preto.
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