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Trabalho Escravo Contemporaneo PDF
Trabalho Escravo Contemporaneo PDF
TRÁFICO DE PESSOAS
E AO TRABALHO ESCRAVO
CONTEMPORÂNEO
10. Conclusões.....................................................................................................................................105
Anexos....................................................................................................................................................107
CÓDIGO PENAL....................................................................................................................................108
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 93, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2010.......................................114
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 91, DE 05 DE OUTUBRO 2011.................................................118
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 90, DE 28 DE ABRIL DE 2011....................................................127
(...)
1
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 15ª edição, Malheiros Editores, 1998.
(...).”
(...)
(...)
(...).”
2
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional, São Paulo: Max Limonad, 5ª ed., 2002.
(...)
(...).” (grifamos)
É importante considerar, ainda, que a Constituição Brasileira
adotou o sistema econômico fundado na valorização do trabalho humano
e na iniciativa privada, reconhecendo o direito de propriedade, desde
que observado o princípio da função social. É o que se extrai do artigo 170
combinado com artigo 186, verbis:
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valo-
rização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
(...)
(...)
(...)
3
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988.
2 ed. revista e ampliada. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2002, p. 62.
4
BRITO FILHO, José Claudio Monteiro de. In Trabalho com redução do homem à condição análoga à de escravo
e dignidade da pessoa humana. Monografia. http://www.oit.org.br/sites/all/forced_labour/brasil/documen-
tos/dignidadetrabalhoescravo.pdf
19
5
BRITO FILHO, José Cláudio Monteiro de. Trabalho decente: análise jurídica da exploração, trabalho forçado e
outras formas de trabalho indigno. São Paulo, LTr, 2004. p.14.
2
RAMOS FILHO, Wilson. Trabalho degradante e jornadas exaustivas: crime e castigo nas relações de trabalho
neoescravistas - Rev. TRT - 9ª R. Curitiba, a 33, v. 61. jul/ dez. 2008
MÉRITO
(...)
38
1
OLIVEIRA SILVA, J. A. R. A flexibilização da jornada trabalho e seus reflexos na saúde do trabalhador. Artigo.
http://www.sinait.org.br/arquivos/artigo738eb0e8743bedf620aeb1becf986810.pdf
42
7.1.3 Fundamento social
O outro fundamento importante para a limitação da jornada de
trabalho tem caráter social, vinculado ao respeito à dignidade da pessoa hu-
mana e se traduz em dois aspectos: na garantia do direito ao trabalho e na ga-
rantia de um tempo livre destinado ao seu desenvolvimento pessoal e social.
2
KARL MARX. O Capital - Crítica da Economia; Política, Livro Primeiro: O processo de produção do capital. Ter-
ceira Secção: A Produção da mais-valia absoluta. Oitavo capítulo: O dia de trabalho.
Bem claro fica o caminho indicado pela Igreja para coibir a opres-
são aos trabalhadores: a lei. Apontava a encíclica alguns dos principais proble-
3
BARRETO, Margarida. Pressão e opressão nas relações de trabalho: uma avaliação necessária para prevenir
adoecimentos. Artigo publicado em Hora Extra: o que a CUT tem a dizer sobre isto/São Paulo: CUT Brasil, 2006.
5
LIMA, Claudia R. Hora extra e saúde no contexto da produção enxuta. Artigo publicado em Hora Extra: o que
a CUT tem a dizer sobre isto/São Paulo: CUT Brasil, 2006.
6
OLIVEIRA SILVA, J. A. R. A flexibilização da jornada trabalho e seus reflexos na saúde do trabalhador. Artigo.
http://www.sinait.org.br/arquivos/artigo738eb0e8743bedf620aeb1becf986810.pdf
Portanto, cabe notar, desde logo, que a lei autoriza exagerado nú-
mero de horas extras. A permissão de 2 horas extras por dia permite, potencial-
mente, um volume de até 50 horas extras por mês, ou 552 horas extras por ano.
Em outras palavras, nada menos do que 27% do volume da jornada normal de
trabalho podem ser realizadas na forma de horas extras. Isto, não levando em
conta as horas extras que o trabalhador pode fazer aos domingos e feriados.
A maioria das empresas faz largo uso das horas extras porque
esta é uma forma tradicional de flexibilização do tempo de trabalho que,
apesar de todos os novos métodos de flexibilização criados nas décadas de
80 e 90, continua a ser um dos preferidos pelos empresários. Alguns dos
motivos alegados são:
7
Em HORA EXTRA: O QUE A CUT TEM A DIZER SOBRE ISSO disponível em http://www.smabc.org.br/Interag/
temp_img/%7B03B2DD09-BB49-4688-85DF-9CB94AF11665%7D_horaextra.pdf
j) o ritmo de trabalho;
k) a fixação de metas;
l) a forma de gestão;
ACÓRDÃO
...
MÉRITO
...
...
74
Observa-se na última década um crescimento significativo na ati-
vidade da construção civil, seja em grandes obras de infraestrutura ou mesmo
na área habitacional. Tal fenômeno se faz acompanhar pelo crescimento eco-
nômico do conjunto das atividades empresariais, tendo como consequência
uma diminuição da mão de obra disponível, fazendo com que as empresas do
setor recrutem a força de trabalho em locais distantes da execução da obra.
Normalmente, este recrutamento tem recaído sobre populações
tradicionalmente vulneráveis economicamente e que, não raro, migram de ati-
vidades rurais, especialmente do setor sucroalcooleiro.
Os trabalhadores recrutados em local diverso daquele da presta-
ção de serviços são contratados com a promessa de fornecimento de, entre
outras vantagens, a garantia de alojamento.
Ainda na fase de contratação nos locais de origem, tem-se observado
a utilização dos chamados “gatos” ou prepostos da empresa, sem que sejam cum-
pridos os procedimentos relacionados ao empregador, ainda no local de origem,
bem como o adequado deslocamento dos trabalhadores. Aí se destacando a co-
municação ao órgão local do MTE, onde ocorrer o recrutamento, por intermédio
da Certidão Declaratória de Transporte de Trabalhadores – CDTT, conforme previs-
to na Instrução Normativa nº 90, de 28 de abril de 2011.
8.2 Confecções
Trata-se de setor econômico cuja realidade histórica tem demons-
trado a crescente ocorrência de episódios de trabalho análogo ao de escravo.
Tais fatos têm sido identificados, principalmente, na capital do Estado de São
Paulo e interior, com algumas ocorrências em outros Estados da Federação.
EMPRESA: _______________________________________________________
CNPJ: ___________________________________________________________
84
CNAE: __________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________.
______________________________________________________________
Assinatura e identificação da autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego
________________________________________________________________
Assinatura e identificação do empregador ou preposto
RELATÓRIO TÉCNICO
1 - Da identificação do empregador
86
- Nome: XXXXXXXXX LTDA
- CNPJ: 00.000.000/0000-00
- ter área mínima de 3m2 (três metros quadrados) por módulo cama/
armário, incluindo a área de circulação; 93
3.5- Disponibilizar aos trabalhadores alojados local para refeições que aten-
da aos requisitos estipulados na NR-18, quais sejam:
_________________________________
CIF
98
____________________________________”
Empregador ou preposto
RELATÓRIO TÉCNICO
99
1- Da identificação do empregador
- CNPJ: 00.000.000/0000-00
- CNAE: 47.11-3/02
________________________________________________________________
2. Piso lavável;
_________________________________
106
Auditor Fiscal do Trabalho
CIF 00000-0
____________________________
Empregador ou preposto
CÓDIGO PENAL
...
CAPÍTULO VI
SEÇÃO I
...
Redução a condição análoga à de escravo
110 Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o
a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições de-
gradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção
em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: (Redação dada
pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
...
TÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Atentado contra a liberdade de trabalho
à violência;
...
Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legis-
lação do trabalho:
...
Art. 205. Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa:
Art. 206. Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para
território estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 8.683, de 1993)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. (Redação dada pela Lei nº
8.683, de 1993)
Art. 207. Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra locali-
dade do território nacional:
Pena - detenção de um a três anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.777,
de 29.12.1998)
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
115
Art. 2º Para fins desta Resolução, será considerado tráfico de pessoas, conforme
definido no Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime
Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico
de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças: “O recrutamento, o transporte, a
transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça
ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao
abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação
de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que
tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.
Art. 4º Até trinta dias antes do término do prazo de estada autorizado na forma 117
do art. 1º, o estrangeiro deverá manifestar, a uma das autoridades públicas en-
volvidas na persecução criminal, a intenção de permanecer no Brasil e se está
disposto a colaborar voluntária e efetivamente com eventual investigação ou
processo criminal em curso.
§ 2º O parecer técnico a que se refere o caput deste artigo deverá estar funda-
mentado à luz da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas,
aprovada pelo Decreto nº 5.948, de 26 de outubro de 2006, especificando os
indícios de que o estrangeiro se enquadra na situação de vítima de tráfico de
pessoas.
Parágrafo único. O pedido a que se refere o caput será analisado à luz dos se-
guintes requisitos:
Art. 7º Para instrução do pedido na forma desta Resolução, deverão ser junta-
II - declaração sob as penas da lei de que não responde a processo nem possui
condenação penal no Brasil nem no exterior; e
Art. 8º Sempre que a SRTE, por meio da chefia superior, nos termos do art. 18,
II, da Portaria nº 546, de 11 de março de 2010, receber denúncia que relate a
existência de trabalhadores reduzidos à condição análoga à de escravo e deci-
dir pela realização de ação fiscal local para a apuração dos fatos, deverá antes
de iniciar a inspeção comunicar à Secretaria de Inspeção do Trabalho.
Art. 10. A SRTE, por meio da chefia superior, nos termos do art. 18, II, da Portaria
n 546, de 11 de março de 2010, deverá buscar a articulação e a integração com
III – O pagamento dos créditos trabalhistas por meio dos competentes Termos
de Rescisões de Contrato de Trabalho;
Art. 18. No prazo de cinco dias úteis após o encerramento da ação fiscal, o co-
ordenador de grupo e/ou equipe deverá elaborar o competente relatório de
fiscalização e entregá-lo à Chefia da Fiscalização imediata, que deverá verificar
a adequação de todos os dados e informações nele inseridos, para posterior
encaminhamento à SIT, no prazo máximo de cinco dias úteis a contar da data
de seu recebimento.
Art. 21. A Fiscalização do Trabalho monitorará pelo período de dois anos após
a inclusão do nome do infrator no Cadastro para verificação da regularidade
das condições de trabalho, devendo, após esse período, caso não haja reinci-
dência, proceder sua exclusão do Cadastro.
Art. 22. A presente Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publi-
128 cação.
ANEXO I
CERTIDÃO DECLARATÓRIA DE TRANSPORTEDE TRABALHADORES – CDTT...