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A divulgação das decisões do Copom será feita na data da segunda sessão da reunião
ordinária, após as 18:00.
Os membros do COPOM – Comitê de Política Monetária são 8 (oito), conforme ata da
reunião de outubro/2009. É composto do Presidente do BACEN e dos 7 (sete) diretores do
mesmo BACEN.
CARTÕES DE CRÉDITO
O cartão de crédito foi criado no ano de 1950 de uma jogada esperta de um cliente de um
restaurante. Frank MacNamara foi jantar no restaurante Major’s Cabin Grill em Nova York e,
para surpresa do mesmo, percebeu não ter dinheiro nem cheque para pagar a conta do
restaurante. Diante do problema, MacNamara foi socorrido por sua esposa. Certo de que não
passaria por este papel outra vez, voltou ao restaurante e, quando a conta chegou, ofereceu
ao dono um pequeno cartão, e com sua assinatura se comprometeu a pagar a conta.
Foi então que MacNamara percebeu que poderia haver uma outra forma de pagamento além
das convencionais. Com isso, criou, no mesmo ano, o Diners Club Card, um cartão de papel (o
cartão de plástico veio anos depois), com poucas unidades e aceito em apenas alguns
restaurantes.
São cartões que facilitam o dia-a-dia das pessoas e representam um enorme incentivo ao
consumo e segurança de quem recebe.
Glossário:
Portador – pessoa física ou jurídica usuária do cartão que tem um limite de crédito
estabelecido pela administradora;
Bandeira – instituição que autoriza o emissor a gerar cartões com sua marca;
Administradora - autorizada pela bandeira a emitir cartões de crédito com seu nome.
Acquirer (adquirente) – é a instituição que afilia estabelecimentos ao sistema de cartão da
bandeira da qual é associada. Tem a função de gerenciar, pagar e dar manutenção aos
estabelecimentos afiliados da bandeira;
Estabelecimento – empresa que aceita os cartões;
Instituição financeira – bancos autorizados a efetuarem o financiamento do valor não pago
pelo portador à administradora.
Utilizados para a aquisição de bens ou serviços em estabelecimentos credenciados. No
período entre a compra e o vencimento do cartão não incidem juros. No vencimento, pode-se
financiar parte do total do débito, pagando juros sobre a parte não paga. Podem ser utilizados
no Brasil e no exterior, conforme o caso. Gastos feitos no exterior são em dólar e convertidos
pela taxa do dólar turismo (flutuante) no pagamento da fatura.
Haverá correção caso ocorra alteração do dólar entre a emissão da fatura e o pagamento.
Esta correção dar-se-á na próxima fatura.
As administradoras desses cartões não são instituições financeiras, não podendo ser
fiscalizadas pelo Bacen, exceto quando são coligadas a instituições financeiras.
PRIVATE LABEL
Um cartão private label é um cartão com crédito pré-aprovado que leva a marca da sua
empresa e que pode ser utilizado nos estabelecimentos de sua rede. Funciona como um cartão
de crédito qualquer, com a diferença de poder ser administrado pela sua rede.
As redes de varejo e serviço estão descobrindo as vantagens de possuir um cartão de crédito
personalizado para sua bandeira. Lojas de calçados, confecções, supermercados, drogarias e
outros segmentos, estão cada vez mais aderindo a este grande aliado para alavancagem de
negócios e aumento da base de seus clientes. Principais vantagens:
• Fidelização de seus clientes à marca
• Ganho no volume de vendas por aumento no número de clientes
• Redução de pagamentos de taxas dos cartões abertos (Visa, Mastercard etc)
• Ganho com novas campanhas de marketing usando o cartão
• Substituição do carnê de pagamentos e cheques pré-datados
• Melhoria do relacionamento com o cliente
• Permite conquistar consumidores que normalmente não têm acesso a um cartão de crédito
tradicional
Ex: C&A, Renner, Riachuelo, Marisa, Pão de Açúcar.
CARTÃO AFINIDADE
O cartão de afinidade é a parceria entre uma instituição ou fundação e a administradora. O
cartão possui um apelo e enfoque emocional visando a identificação do cliente com a
empresa. O cliente é informado quanto e como ele está contribuindo com a empresa.
CO-BRANDED
É uma variação do cartão de afinidade. O cartão de marca compartilhada carrega o logotipo da
empresa associada e a bandeira, trazendo vantagens específicas para seus associados como,
por exemplo: milhas áreas e descontos progressivos nas compras. Ex: Ipiranga.
CARTÕES DE DÉBITO
Os cartões de débito podem ser utilizados em caixas automáticos, de uso exclusivo (rede
proprietária de um banco) ou compartilhados, ou em estabelecimentos comerciais que contam
com máquinas apropriadas para a realização de transferências eletrônicas de fundos a partir
do ponto de venda.
Os principais produtos são o Visa Electron, da Visa, o Maestro e o RedeShop, da Mastercard, e
o Cheque Eletrônico da TecBan. A exemplo dos cartões de crédito, os cartões de débito com
tarja magnética estão sendo paulatinamente substituídos por unidades dotadas de
microprocessador (chip).
O débito na conta do titular do cartão é normalmente feito no momento do pagamento,
enquanto o crédito na conta do estabelecimento comercial é feito em determinado prazo,
maior ou menor conforme o contrato estabelecido com a administradora do cartão.
SMART CARD
Um "smart card" (cartão inteligente), assemelha-se a um cartão de crédito em tamanho e
formato, mas seu interior é completamente diferente. Primeiramente, ele possui um interior,
enquanto um cartão de crédito normal é um simples pedaço de plástico. O interior de um
cartão inteligente normalmente contém um microprocessador embutido. Este
microprocessador fica sob uma placa de contato de ouro em uma das faces do cartão.
Pense no microprocessador como um substituto da usual fita magnética em um cartão de
crédito ou débito.
Os smart cards são muito mais populares na Europa que nos Estados Unidos. No Brasil, estão
sendo adotados por bancos e até operadoras de vale-refeição. Na Europa, seguradoras de
saúde e bancos utilizam amplamente esses cartões. Todo cidadão alemão possui um cartão
inteligente de plano de saúde. Apesar de esse tipo de cartão já existir no seu formato atual por
pelo menos uma década, somente agora eles estão se tornando mais populares.
PRODUTOS BANCÁRIOS
CRÉDITO RURAL
Custeio
Para preparação do solo, plantio e manutenção das lavouras até a colheita. Inclui aquisição de
adubos, sementes, defensivos, etc. Os vencimentos dos empréstimos são coincidentes com as
épocas de comercialização das safras.
Comercialização
Os empréstimos para comercialização incluem as operações de descontos e os empréstimos
do governo federal. Nas operações de desconto são negociadas as notas promissórias ou
duplicatas rurais emitidas na comercialização de produtos agrícolas.
Empréstimos do Governo Federal – EGF são financiamentos p/estocagem aguardando preço
melhor de venda.
Aquisições do Governo Federal – AGF são compras realizadas pelo governo p/garantir
preços.
Prazos máximos para custeio:
Agrícola: 2 anos;
Pecuário: 1 ano;
Beneficiamento ou industrialização: 2 anos.
(estipula-se 90 dias após a colheita)
CADERNETA DE POUPANÇA
A poupança, criada originalmente para captar recursos para o Sistema Financeiro Habitacional
instituído em 1964.
A poupança é uma aplicação pós-fixada, pois apesar de a Taxa de Referência ser válida até a
data de aniversário do mês seguinte, esta só é divulgada pelo Bacen no dia útil seguinte, ou
seja, com um dia de atraso em relação à aplicação, de modo que o aplicador não tem como
calcular com exatidão o valor a receber ao final da aplicação.
O rendimento da caderneta de poupança é isenta de cobrança de imposto de renda para
poupadores pessoa física e empresas sem fins lucrativos.
Os valores depositados em poupança são atualizados com base na taxa referencial (TR),
acrescida de juros de 0,5% ao mês.
Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês não recebem
nenhuma remuneração.
Os rendimentos são calculados sobre o menor saldo apresentado pela conta no período
base.
A TR utilizada é aquela do dia do depósito.
O banco pode cobrar pela manutenção de conta de poupança desde que os depósitos de
poupança apresentem saldo igual ou inferior a R$ 20,00 e que não apresentem registros de
depósitos ou saques pelo período de 6 meses.
A data de remuneração de depósitos em cadernetas de poupança efetuados nos dias 29, 30
e 31 será o dia 1º de cada mês, aplicando-se o índice correspondente ao dia 1º do mês
anterior.
O depósito em conta de poupança feito em cheque vale para remuneração desde a data do
depósito, desde que não devolvido, e independentemente do prazo de sua liberação, devem
ser considerados a partir do dia do depósito.
Remuneração mensal;
Empresas sem fins lucrativos: TR + 05% a.m., créditos mensais.
Empresas com fins lucrativos: TR + 1,5 ao trimestre. Créditos trimestrais.
Imposto de Renda, somente para empresas com fins lucrativos: 22,5% sobre rendimentos.
Pode-se ter quantas contas quiser;
TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO
Tipo de investimento que combina características de jogo e de poupança. Com os títulos
concorre-se a prêmios em dinheiro além de haver o rendimento de parte do valor investido.
Do valor aplicado, a instituição financeira separa um percentual para a poupança, outro para o
sorteio e um terceiro pra cobrir despesas.
O percentual separado para a poupança rende TR (taxa referencial) ou outro indicador.
Além da correção pelo indexador a instituição pode pagar um percentual de juros, que é
facultativo.
Normalmente rende menos que a poupança.
São interessantes para quem gosta de jogar, com a vantagem que, caso não ganhe, parte de
seu investimento será recuperado.
Caso o investidor queira efetuar o resgate do valor investido antes do término do plano,
receberá um percentual da parte reservada a poupança, cerca de 90%. Só após o término do
plano é possível resgatar 100% deste valor.
Possuem carência, normalmente de 12 meses. Existem títulos de pagamento mensal e de
pagamento único. Os sorteios podem ser mensais ou semanais, conforme o plano.
Os mais comuns são os títulos PM e PU
PM – Plano Mensal
É um plano em que os seus pagamentos, geralmente, são mensais e sucessivos. É possível que
após o último pagamento, o plano ainda continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode
ser maior do que o prazo de pagamento estipulado na proposta.
Nos planos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos
planos com vigência superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a cada período de 12
meses, por aplicação de um índice oficial.
PU – Plano Único
É um plano em que o pagamento é único (realizado uma única vez), tendo sua vigência
estipulada na proposta.
GLOSSÁRIO
Subscritor
– é a pessoa que subscreve a proposta de aquisição do Título, assumindo o compromisso de
efetuar o pagamento na forma convencionada nestas Condições Gerais.
Titular
– é o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada pelo mesmo. É o
proprietário do Título, a quem devem ser pagos todos os valores originados pelo mesmo.
Carência para resgate
- prazo que investidor não pode resgatar o valor investido;
Carregamento
- despesas de administração, comercialização e operação.
Períodos de capitalização
- quantidade de pagamentos.
Vigência
- Duração do plano.
Prazo
-Não podem existir planos com prazo inferior a 12 meses;
Prêmio
- é quanto o investidor paga pelo título. As mensalidades são reajustadas.
Provisão matemática
- é a parcela da prestação que vai compor a poupança do investidor.
Exemplo:
Plano: CAPTorcedor – 60 meses – PM.
A Reserva de Capitalização será constituída durante o período de vigência do Título, por um
percentual de cada parcela paga, atualizada mensalmente pela taxa de remuneração básica
aplicada à caderneta de poupança da data de aniversário do título e capitalizada a taxa de
juros de 0,35% a.m., gerando o valor de resgate do Título.
O capital formado neste Título será atualizado pela Taxa de Remuneração Básica aplicada às
cadernetas
de poupança (TR), que corresponde ao rendimento das cadernetas de poupança sem a parcela
de juros mensais.
Ao final do prazo de vigência do Título, o Titular terá direito a 100% do valor constituído na
reserva de capitalização.
1 9,03%
...................................................
60 100,00%
PU com Sorteios
Tradicional / Compra
- 70%
Programada
Exemplo:
Plano: Caixacap Sucesso – 36 meses – PU.
O capital formado neste título será atualizado pela Taxa de Remuneração Básica aplicada às
cadernetas de poupança (TR), que corresponde ao rendimento das cadernetas de poupança
sem a parcela de juros mensais.
Ao final do prazo de vigência do Título, o Titular terá direito a 100% do valor constituído na
reserva de capitalização.
MÊS VIGENTE % DE RESGATE
1 79,64%
.............................................................
36 100,00%
Planos Fechados:
Também chamados de Fundos de Pensão. Destinam-se aos funcionários de uma empresa ou
ao conjunto de empresas - privadas ou estatais - patrocinadoras do plano.
Exemplos: PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil ou FUNCEF –
Fundação dos Economiários Federais.
VGBL - Desenvolvido com base no PGBL, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é um seguro
de vida que garante cobertura em caso de sobrevivência, funcionando, portanto, como um
plano de previdência.
Periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo
de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro
vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.
Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir
com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma
única parcela ou então em quantias mensais.
A grande diferença entre o PGBL e o VGBL está no tratamento fiscal conferido a cada um
deles.
Enquanto no PGBL há incidência de imposto de renda sobre o total resgatado ou recebido
como renda, no VGBL a tributação incide somente sobre o ganho das aplicações financeiras, ou
seja, o rendimento do plano.
Sendo assim, o VGBL é mais indicado para quem faz declaração simplificada ou não é
tributado na fonte, como os autônomos.
Além disso, é uma ótima opção para investidores que já excederam o limite de dedução do
imposto em um plano de previdência complementar, como o PGBL, mas querem investir mais
no seu futuro financeiro.
TRIBUTAÇÃO
Progressiva:
No resgate: 15% na fonte. Na declaração anual efetuar reajuste;
No recebimento da renda: I.R. de acordo com tabela vigente na época.
Apropriado para quem vai permanecer MENOR tempo.
Regressiva
No resgate: I.R. na fonte de acordo com tabela. 35% reduzindo 5% a cada 2 anos, até
10% em 10 anos.
No recebimento da renda: alíquota de acordo com o prazo médio ponderado (PMP) da
realização dos aportes.
PLANOS DE SEGUROS
O seguro, como o próprio nome diz, surge da necessidade de segurança das pessoas diante
das incertezas e riscos que corremos na vida. Todos querem uma segurança, uma garantia
futura que nos proteja dos prejuízos e perdas de fatos inesperados.
O seguro é o instrumento legal que permite aos segurados garantir, a cada membro do
grupo, através do segurador, a compensação econômica por um evento futuro e incerto,
chamado risco. É o caso de um incêndio, roubo ou acidente, evento que sabemos ser possível,
mas ninguém é capaz de prever quando nem onde ou com quem.
Para garantir que as perdas sejam compensadas, cada pessoa do grupo paga um valor
proporcional ao risco corrido para o segurador. Este valor vai ser usado para pagar as
indenizações e também cobrir os custos e lucros da seguradora. É o segurador que assume os
riscos pelo grupo em troca desta remuneração, chamada de prêmio.
O prêmio é uma forma de baixo custo para cobrir eventos ocasionais de pessoas que estão
expostas a riscos semelhantes. E deve ser proporcional ao risco de cada evento ocorrer.
Cálculos de probabilidades, com base também na observação do comportamento destes
eventos no passado, ajudam a estimar o prêmio.
Tipos de seguros
São três os riscos básicos que podem ser segurados: patrimônio, pessoa e responsabilidade.
Uma mesma apólice pode combinar a cobertura de diversos riscos destes grupos. Um
seguro de carro, por exemplo, cobre a perda patrimonial do veículo, a vida do segurado, e os
danos que pode causar a terceiros. Um seguro de imóvel também pode cobrir perdas
patrimoniais diversas, como incêndio, roubo e responsabilidade civil, caso um vidro, por
exemplo, caia e atinja um terceiro.
A maioria dos seguros voltados para pessoas físicas é vendida como contrato padrão. O
segurado apenas adere ao plano, sem poder discutir cada um dos seus parâmetros.
Dessa forma, os contratos saem mais baratos, porque não é preciso recalcular todos os
parâmetros a cada proposta. Com a modernização do mercado, alguns padrões já foram
diversificados. É possível, por exemplo, encontrar seguros de automóveis mais baratos apenas
pelo fato de o contratante ser mulher ou ter mais idade.
Seguro de veículos: Costuma ter o prazo de um ano, cobre a reparação dos danos ocorridos ao
veículo segurado ou causados por ele a terceiros ou a coisas. Os danos não cobertos devem vir
relacionados no contrato. Existe, ainda, a FRANQUIA, que é o valor a partir do qual a
seguradora passa a arcar com os prejuízos. Até este valor, o custo é do segurado.
Seguro de vida: Dá cobertura aos riscos de morte natural ou acidental e invalidez por acidente
ou doença. Casos de suicídio, regra geral, estão excluídos da cobertura. Seu pagamento
costuma ser mensal, por prazo indeterminado, havendo exceções, de contratos por prazo
determinado.
O prêmio é maior quanto maior for o número de coberturas escolhidas e o risco do próprio
segurado, que depende de sua expectativa de vida e do tipo de risco a que se expõe. Pessoas
com saúde debilitada pagam prêmios maiores. Fumantes podem pagar mais. Pessoas que se
expõem em esportes radicais também têm maior risco.
Seguro de viagem: cobre riscos de acidentes em viagem, como extravio de bagagem, despesas
médico-hospitalares, odontológicas, problemas jurídicos e até traslado do corpo, em caso de
morte. Não assume os riscos de catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Os
contratos duram o tempo da viagem, mas também podem cobrir viagens que aconteçam
durante um ano inteiro, no caso de pessoas que viajam com freqüência. O seguro pode ser
feito na própria agência de viagem, em bancos ou corretoras.
Seguro saúde: Dá cobertura facultativa aos riscos que envolvem assistência médica hospitalar.
MERCADO DE CAPITAIS
MERCADO DE CÂMBIO
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo,
quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o
agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe do turista
brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista
estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no
mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os
reais correspondentes.
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações de câmbio
entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou
por meio de seus correspondentes.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as
operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional
entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no
exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das
instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou
por meio de seus correspondentes.
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos,
pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso
internacional, bem como as operações referentes às transferências financeiras postais
internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais.
À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. São ilegais os
negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de
atividades ilícitas.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e vender moeda estrangeira desde que a
outra parte na operação de câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no
mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais operações) e que seja observada a
regulamentação em vigor, incluindo a necessidade de identificação em todas as operações. É
dispensado o respaldo documental das operações de valor até o equivalente a US$ 3 mil,
preservando-se, no entanto, a necessidade de identificação do cliente.
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio: bancos
múltiplos; bancos comerciais; caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de
desenvolvimento; bancos de câmbio; agências de fomento; sociedades de crédito,
financiamento e investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio.
Esses agentes podem realizar as seguintes operações:
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as
operações previstas para o mercado de câmbio;
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento e
agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo Banco Central;
c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de
títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:
o c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100
mil ou o seu equivalente em outras moedas; e
o c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de
banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior.
Pessoais ou Fidejussórias:
Aval
Fiança.
Reais:
Alienação fiduciária;
Penhor;
Hipoteca.
AVAL
Garantia plena e solidária, prestada por terceiro(s), a favor de obrigado por letra de
câmbio, nota promissória, ou título semelhante, caso o emitente, sacador ou aceitante não o
possa liquidar.
Formaliza-se pela assinatura do garantidor em um título de crédito. Não existe aval em
contrato, somente em título de crédito. O avalista responde apenas e tão somente pelo valor
expresso no título de crédito.
O aval pode ser completo/em preto, quando traz o nome da pessoa em favor de quem
é dado; e aval em branco, quando não traz o nome da pessoa a quem é dado o aval.
Com a entrada em vigor do novo Código Civil, em 2003, tornou-se obrigatória a
assinatura conjunta do cônjuge para dar validade ao aval (outorga uxória).
O que diz o DECRETO Nº 57.663 DE 24 DE JANEIRO DE 1966 sobre aval:
Art. 30 – O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por
aval.Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
Art. 31 – O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa.
Exprime-se pelas palavras “bom para aval” ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado
pelo dador do aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da
letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo
sacador.(nota: refere-se, aqui, sobre a letra de câmbio).
Art. 32 – O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por
qualquer razão que não seja um vicio de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a
pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da
letra.
O que diz o CÓDIGO CIVIL sobre o aval:
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do
avalista.
§ 2o Considera-se não escrito o aval cancelado.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente
ou devedor final.
§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais
coobrigados anteriores.
§ 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se
equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
FIANÇA
Contrato pelo qual uma pessoa se obriga por outra, para com o credor desta, a
satisfazer a obrigação, caso o devedor não a cumpra.
É um contrato, sempre escrito, pelo qual a pessoa física ou jurídica garante a obrigação
do devedor.
A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva, isto é, a lei não
aceita que seja entendido o contrato de forma a ir além do que está pactuado, tanto nas
obrigações como da duração.
Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua
vontade. Portanto, a lei determina que a dívida futura também é de responsabilidade do
fiador. Como exemplo, podemos citar quando a cobrança chega a justiça em ação de execução
onde durante o caminho possam surgir despesas processuais e o fiador deverá paga-las pois a
fiança acompanha o contrato principal, logo ao acabar o principal o acessório deixa de existir.
Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal,
inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições
menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá
senão até ao limite da obrigação afiançada.
As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas
de incapacidade pessoal do devedor.
. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo
se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não
possua bens suficientes para cumprir a obrigação.
Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
Tratando agora da participação do fiador durante a possível execução da dívida,
quando informado, pode para salvar seus bens que se encontram como garantia, indicar bens
do devedor que não estejam comprometidos, pois a fiança é acessória e subsidiária. A
obrigação principal é originária do devedor e não do fiador, esse está prestando auxílio ao
devedor, este argumento vem do benefício de ordem ou benefício de execução, ou seja, dar a
possibilidade de primeiro serem vistos os bens do devedor.
“art. 827 do C.Civil – O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a
contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.”
Porém existem algumas restrições, onde não poderá ser invocado tal benefício quando
o fiador :
renunciou expressamente;
obrigou-se como principal pagador, ou devedor solidário;
se o devedor for insolvente, ou falido.
O fiador ainda pode utilizar o benefício de divisão, para que se existirem outros
fiadores haverá solidariedade, portanto, cada um contribuirá de acordo com o combinado.
Pode ainda o fiador requerer o que pagou ao devedor, bem como todas as perdas e
danos que sofreu em razão da fiança, pode também auxiliar no devido andamento da
execução iniciada pelo credor, pois o fiador está interessado na exoneração, ou seja, solução
do caso para se ver livre da responsabilidade.
Vale lembrar que a fiança que não possui prazo determinado, a qualquer momento
pode o fiador exigir sua exoneração, que se dará por sentença judicial através de ação
declaratória, ou também tem se admitido pela simples notificação ao credor, independente da
concordância do devedor principal ou do credor, porém durante os 60 dias determinados por
lei, contados da notificação ao credor, continuará ligado a função de fiador.
“art. 835. do Código Civil – O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança,
durante sessenta dias após notificação do credor.”
Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair
em insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicado
eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada.
(excussão: ato de executar judicialmente os bens do devedor principal)
No caso de fiador casado, sob os regimes de comunhão parcial ou universal de bens, a
fiança só terá validade com a assinatura do outro cônjuge (outorga uxória).
Desquitados ou divorciados podem assinar isoladamente uma fiança, desde que apresentem
cópia da sentença judicial ou da averbação da separação na certidão de casamento.
Na fiança por pessoa jurídica, o credor deverá analisar os estatutos sociais (S.A.) ou
contrato social (Ltda.), para verificar se a empresa pode prestar esse tipo de garantia.
Se nada constar expressamente, não pode.
FIANÇAS BANCÁRIAS
Garantia de uma obrigação contratada pelo cliente da instituição financeira junto a terceiros,
onde a instituição financeira é o fiador; e o cliente da instituição é o afiançado; e o terceiro é o
favorecido.
Principais modalidades de fiança:
Adiantamentos de contratos de fornecimentos de bens e serviços;
Participação em concorrências públicas e privadas;
Substituição de cauções;
Execução de contratos (cumprimento do cronograma de obras ou fabricação de máquinas
ou equipamentos sob encomenda);
Operações em Bolsas de Mercadorias, Futuros, e Valores;
Interposição de recursos fiscais ou de ações judiciais;
Aluguel de imóveis;
Garantias em operações de crédito;
Performance.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
É a cessão temporária de bens, sendo aplicável a bens móveis e imóveis, que dá ao
devedor a posse e o uso do bem, mantendo a propriedade do credor. O devedor como
depositário, tem a responsabilidade de conservar o bem e indenizar o credor por quaisquer
danos que o bem sofra.
A alienação fiduciária é o instituto de direito real sobre coisa alheia, que se define com
o direito do fiduciário sobre o bem do fiduciante.
Portanto, na alienação fiduciária, o fiduciante (devedor ou terceiro que entrega o bem
para garantia) tem a posse direta e o depósito do bem, sendo que o fiduciário (credor), que
realiza o financiamento para a aquisição, fica com o direito à propriedade do bem e a sua
posse indireta, podendo reter este, em caso do não pagamento.
Ocorrendo inadimplência do devedor, vencidas todas as tentativas de composição
amigável, a lei faculta ao credor propor as ações a seguir: ação de busca e apreensão
(retomada do bem, caso não seja encontrado o bem, é cabível a ação de depósito); ação de
execução (cobrança de toda dívida e seus acréscimos legais, caso a simples retomada do bem
não satisfaça ao credor, podendo ser penhorados os bens necessários para quitação integral
das obrigações do devedor).
O que reza o Código Civil sobre alienação fiduciária:
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível
que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.(*)
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por
instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos
do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o
licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-
se o devedor possuidor direto da coisa.
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento,
a transferência da propriedade fiduciária.
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
I – o total da dívida, ou sua estimativa;
II – o prazo, ou a época do pagamento;
III – a taxa de juros, se houver;
IV – a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa
segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
I – a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
II – a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das
despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada
em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa
em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das
despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no
crédito e na propriedade fiduciária.
(*) A lei 9.514, de 20/11/1997, no seu artigo 22, estipula a alienação fiduciária de bem imóvel.
(*) A lei 10.931/04 passou a permitir a alienação fiduciária de bem móvel fungível.
HIPOTECA
Direito real constituído a favor do credor sobre imóvel do devedor ou de terceiro,
como garantia exclusiva do pagamento da dívida, sem, todavia, tirá-lo da posse do dono.
A hipoteca, é formalizada por intermédio de instrumento público registrado em
Cartório de Registro de Imóveis, pode ser constituída sobre imóveis, aeronaves e
embarcações. Os bens móveis que estejam no imóvel hipotecado podem ser dados em penhor
rural, não sendo obrigatória a anuência do credor hipotecário.
É considerada melhor garantia que o penhor por oferecer menor vulnerabilidade em
relação à deterioração, obsolescência e oscilações nos preços.
Observar que o bem de família é impenhorável em ação de execução e não responde
por qualquer tipo de dívida, seja ela civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer outra
natureza.
Código Civil:
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I – os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II – o domínio direto;
III – o domínio útil;
IV – as estradas de ferro;
V – os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se
acham;
VI – os navios;
VII – as aeronaves.
VIII – o direito de uso especial para fins de moradia;
IX – o direito real de uso;
X – a propriedade superficiária.
§ 1o A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial.
§ 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo
ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos
por período determinado
Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel.
Subsistem os ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo
imóvel.
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.
Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel for
alienado.
Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante
novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.
Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora
vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das
obrigações garantidas por hipotecas posteriores à primeira.
Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela primeira hipoteca não se oferecer, no
vencimento, para pagá-la, o credor da segunda pode promover-lhe a extinção, consignando a
importância e citando o primeiro credor para recebê-la e o devedor para pagá-la; se este não
pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento, se sub-rogará nos direitos da hipoteca
anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor comum.
Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, o credor da
segunda depositará a importância do débito e as despesas judiciais.
Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
I – pela extinção da obrigação principal;
II – pelo perecimento da coisa;
III – pela resolução da propriedade;
IV – pela renúncia do credor;
V – pela remição;
VI – pela arrematação ou adjudicação.
GLOSSÁRIO
(Adjudicação: Ato judicial em que tem por objetivo a transmissão da propriedade de uma
determinada coisa de uma pessoa para outra. Esta terá todos os direitos de domínio e posse. É
o caso, por exemplo, da adjudicação dos bens penhorados como forma de pagamento ao
credor no processo de execução por quantia certa contra devedor solvente.)
PENHOR MERCANTIL
Contrato acessório pelo qual o devedor, ou terceiro, entrega ao credor ou a quem o
represente uma coisa móvel, que é por ele retida com o fim de assegurar, preferencialmente,
o cumprimento da obrigação. É a garantia na qual o bem empenhado faz parte integrante do
negócio comercial.
O penhor mercantil pode abranger tanto os estoques de matérias-primas quanto os
estoques de produtos acabados de empresa cliente.
Os estoques, que são objeto de penhor mercantil, são confiados obrigatoriamente à
guarda dos fiéis depositários, os quais se tornam responsáveis pela guarda, existência e
conservação dos bens dados em garantia, embora estes permaneçam de posse do cliente em
locais próprios ou de terceiros.
Na descrição dos bens, devem ser fornecidos todos os detalhes que permitam sua
completa e imediata identificação, avaliação e localização:
1 – espécie, características, marca de identificação, classificação, tipo, safra (se houver) etc.
2 – valor unitário (preço de custo).
3 – quantidade (de cada tipo de bem penhorado).
4 – valor total (para cada tipo de bem penhorado e total).
5 – local ou locais onde estão depositados os bens penhorados.
Quando a mercadoria a ser penhorada esteja depositada em armazém geral, os títulos
que a representam, conhecimento de depósito e warrants, devem ser endossados, com firmas
reconhecidas em cartório e entregues na empresa/instituição que está realizando a operação.
Não devem ser tomados em penhor mercantil ou vinculados aqueles bens passíveis de
deteriorização, bens obsoletos ou de difícil comercialização.
A validade na constituição do penhor mercantil é calçada na figura do fiel depositário.
Por isso, essa figura deve ser completa e corretamente identificada no contrato, devendo, no
caso de operações com pessoa jurídica, ser escolhida uma pessoa que não possua controle
acionário ou cargo diretivo na empresa.
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas,
nas situações de:
2. Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada pessoa, devem ser
observados os seguintes critérios:
a) titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na
escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela
emitido ou aceito;
b) devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro;
3. Na hipótese de aplicação em título de crédito garantidos pelo FGC cuja negociação seja
intermediada por instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), a
titularidade dos créditos contra as instituições associadas ao FGC deve ser comprovada,
pelo cliente da instituição intermediária na operação, mediante a apresentação da nota
de negociação do título na forma da Circular n.º 915, de 13 de fevereiro de 1985.
d) Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma com
saldo de R$ 280.000,00:
Conta AB = R$ 280.000,00
Conta AC = R$ 280.000,00
Conta AD = R$ 280.000,00
Conta AE = R$ 280.000,00
Cálculo do valor da garantia por conta:
AB = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AC = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AD = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AE = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
A cada um deles caberá:
A = R$ 250.000,00
B = R$ 125.000,00
C = R$ 125.000,00
D = R$ 125.000,00
E = R$ 125.000,00
Detectada a ocorrência de procedimentos que possam propiciar, mediante utilização
de artifícios, o pagamento de valor superior ao limite de R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais), com o intuito de beneficiar uma mesma pessoa, o FGC, mediante
decisão fundamentada referente ao específico depositante ou investidor, poderá
suspender o pagamento até o esclarecimento do fato, cabendo ao interessado
demonstrar a lisura dos procedimentos adotados, ficando a critério do FGC acatar ou
não os argumentos e provas apresentadas.