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ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - SFN

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN


(Autoridade Monetária)
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro
de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do
SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento,
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. Dentre suas funções estão:
adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor
interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos
recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar
as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo
Banco Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que
se destinem a promover:
- recuperação e fertilização do solo;
- reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
- eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;
- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;
Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão
emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações
patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições
financeiras;
Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições
financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e
agências ou filiais;
Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros
títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou
obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de
recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e
condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este
a) adotar percentagens diferentes em função- das regiões geo-econômicas; - das prioridades
que atribuir às aplicações; - da natureza das instituições financeiras
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em
financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho
Monetário Nacional.
Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de
empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza
bancária;
Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio
quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para
prever a iminência de tal situação;
Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas
transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;
Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a
efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de
responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;
Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;
Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua
solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta
pelo Presidente do Bacen, na qualidade de Coordenador, pelo Presidente da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do Ministério do Planejamento e
Orçamento, pelo Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da
Fazenda e por quatro diretores do Bacen, indicados por seu Presidente.
Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de
Normas e Organização do Sistema Financeiro,de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros,
de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infra-
Estrutura Urbana, de Endividamento Público e de Política Monetária e Cambial. Os seus
membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as
competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por
mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de
caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do
Banco Central do Brasil. O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Executiva do CMN e da
Comoc. Compete ao Banco Central organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar,
assessorar e dar suporte durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico).
As decisões serão tomadas pela maioria simples dos votos.

BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN


(Autoridade Monetária)
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que
também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das
orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da
moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as
reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela
estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas
atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio
circulante; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e
bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a
execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de
compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; exercer a
fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições financeiras;
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições
financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e
controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
A Diretoria se reunirá, ordinariamente, uma vez por semana, e, extraordinariamente, sempre
que necessário, por convocação do Presidente ou a requerimento de, pelo menos, dois de seus
membros.
Constituem receitas do Banco Central do Brasil as rendas:
I - de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos;
II - das suas operações de câmbio, da compra e venda de ouro e de quaisquer outras
operações em moeda estrangeira;
III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora aplicados por força do
disposto na legislação em vigor.
Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará
e Pará.
Glossário:
Liquidez da economia: Dinheiro emitido pelo BACEN em circulação no país.
Executar os serviços do meio circulante: distribuir dinheiro aos bancos, recolher cédulas
dilaceradas, etc.

COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central


O COPOM foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da
política monetária e definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior
transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo
Federal Open Market Committee do Banco Central dos EUA e pelo Central Bank Council do
Banco Central da Alemanha.
Desde 1996, o Regulamento do COPOM sofreu uma série de alterações no que se refere ao
seu objetivo, periodicidade das reuniões, composição, e atribuições e competências de seus
integrantes. Destaca-se a adoção, pelo Decreto no 3.088 em 21 de junho de 1999, da
sistemática de "metas para a inflação" como diretriz de política monetária. Desde então, as
decisões do COPOM passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas
pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem
atingidas, cabe ao Presidente do Banco Central divulgar, em carta aberta ao Ministro da
Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da
taxa de inflação aos limites estabelecidos.
Formalmente, os objetivos do COPOM são "estabelecer diretrizes de política monetária, definir
a meta da taxa SELIC e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação". A taxa de juros
fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamentos
diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. O número de
reuniões ordinárias por ano é de 8 (oito).
O COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco
Central para alterar a meta para a taxa SELIC a qualquer momento entre as reuniões
ordinárias. São três as possibilidades: viés de alta, viés de baixa e viés neutro (ou sem viés). Ou
seja, se o COPOM definir viés de alta, o Presidente do Bacen estará autorizado a aumentar a
meta da taxa SELIC antes da próxima reunião do COPOM; se o Comitê definir viés de baixa, o
Presidente do Bacen estará autorizado a baixá-la. Sendo definido viés neutro ou sem viés, não
há autorização alguma e a taxa estabelecida vigorará até a próxima reunião do COPOM.
As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da
semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo
publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a
imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em
português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a
conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de
inflação.

As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões, a primeira, às terças-feiras, reservada


às apresentações técnicas de conjuntura, e a segunda, às quartas-feiras, para decisões
das diretrizes de política monetária.

A divulgação das decisões do Copom será feita na data da segunda sessão da reunião
ordinária, após as 18:00.
Os membros do COPOM – Comitê de Política Monetária são 8 (oito), conforme ata da
reunião de outubro/2009. É composto do Presidente do BACEN e dos 7 (sete) diretores do
mesmo BACEN.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM


(Entidade Supervisora)
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério
da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por
regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país.
Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos
mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir
modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a
informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham
emitido; assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores
mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular
as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.

CARTÕES DE CRÉDITO

O cartão de crédito foi criado no ano de 1950 de uma jogada esperta de um cliente de um
restaurante. Frank MacNamara foi jantar no restaurante Major’s Cabin Grill em Nova York e,
para surpresa do mesmo, percebeu não ter dinheiro nem cheque para pagar a conta do
restaurante. Diante do problema, MacNamara foi socorrido por sua esposa. Certo de que não
passaria por este papel outra vez, voltou ao restaurante e, quando a conta chegou, ofereceu
ao dono um pequeno cartão, e com sua assinatura se comprometeu a pagar a conta.
Foi então que MacNamara percebeu que poderia haver uma outra forma de pagamento além
das convencionais. Com isso, criou, no mesmo ano, o Diners Club Card, um cartão de papel (o
cartão de plástico veio anos depois), com poucas unidades e aceito em apenas alguns
restaurantes.

São cartões que facilitam o dia-a-dia das pessoas e representam um enorme incentivo ao
consumo e segurança de quem recebe.
Glossário:
Portador – pessoa física ou jurídica usuária do cartão que tem um limite de crédito
estabelecido pela administradora;
Bandeira – instituição que autoriza o emissor a gerar cartões com sua marca;
Administradora - autorizada pela bandeira a emitir cartões de crédito com seu nome.
Acquirer (adquirente) – é a instituição que afilia estabelecimentos ao sistema de cartão da
bandeira da qual é associada. Tem a função de gerenciar, pagar e dar manutenção aos
estabelecimentos afiliados da bandeira;
Estabelecimento – empresa que aceita os cartões;
Instituição financeira – bancos autorizados a efetuarem o financiamento do valor não pago
pelo portador à administradora.
Utilizados para a aquisição de bens ou serviços em estabelecimentos credenciados. No
período entre a compra e o vencimento do cartão não incidem juros. No vencimento, pode-se
financiar parte do total do débito, pagando juros sobre a parte não paga. Podem ser utilizados
no Brasil e no exterior, conforme o caso. Gastos feitos no exterior são em dólar e convertidos
pela taxa do dólar turismo (flutuante) no pagamento da fatura.
Haverá correção caso ocorra alteração do dólar entre a emissão da fatura e o pagamento.
Esta correção dar-se-á na próxima fatura.
As administradoras desses cartões não são instituições financeiras, não podendo ser
fiscalizadas pelo Bacen, exceto quando são coligadas a instituições financeiras.

TIPOS DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO

PRIVATE LABEL
Um cartão private label é um cartão com crédito pré-aprovado que leva a marca da sua
empresa e que pode ser utilizado nos estabelecimentos de sua rede. Funciona como um cartão
de crédito qualquer, com a diferença de poder ser administrado pela sua rede.
As redes de varejo e serviço estão descobrindo as vantagens de possuir um cartão de crédito
personalizado para sua bandeira. Lojas de calçados, confecções, supermercados, drogarias e
outros segmentos, estão cada vez mais aderindo a este grande aliado para alavancagem de
negócios e aumento da base de seus clientes. Principais vantagens:
• Fidelização de seus clientes à marca
• Ganho no volume de vendas por aumento no número de clientes
• Redução de pagamentos de taxas dos cartões abertos (Visa, Mastercard etc)
• Ganho com novas campanhas de marketing usando o cartão
• Substituição do carnê de pagamentos e cheques pré-datados
• Melhoria do relacionamento com o cliente
• Permite conquistar consumidores que normalmente não têm acesso a um cartão de crédito
tradicional
Ex: C&A, Renner, Riachuelo, Marisa, Pão de Açúcar.

CARTÃO AFINIDADE
O cartão de afinidade é a parceria entre uma instituição ou fundação e a administradora. O
cartão possui um apelo e enfoque emocional visando a identificação do cliente com a
empresa. O cliente é informado quanto e como ele está contribuindo com a empresa.

CO-BRANDED
É uma variação do cartão de afinidade. O cartão de marca compartilhada carrega o logotipo da
empresa associada e a bandeira, trazendo vantagens específicas para seus associados como,
por exemplo: milhas áreas e descontos progressivos nas compras. Ex: Ipiranga.

CARTÕES DE DÉBITO
Os cartões de débito podem ser utilizados em caixas automáticos, de uso exclusivo (rede
proprietária de um banco) ou compartilhados, ou em estabelecimentos comerciais que contam
com máquinas apropriadas para a realização de transferências eletrônicas de fundos a partir
do ponto de venda.
Os principais produtos são o Visa Electron, da Visa, o Maestro e o RedeShop, da Mastercard, e
o Cheque Eletrônico da TecBan. A exemplo dos cartões de crédito, os cartões de débito com
tarja magnética estão sendo paulatinamente substituídos por unidades dotadas de
microprocessador (chip).
O débito na conta do titular do cartão é normalmente feito no momento do pagamento,
enquanto o crédito na conta do estabelecimento comercial é feito em determinado prazo,
maior ou menor conforme o contrato estabelecido com a administradora do cartão.

CARTÕES DE LOJA (RETAILER CARDS)


Os cartões de loja, emitidos principalmente por grandes redes varejistas, normalmente só
podem ser usados nas lojas da rede emissora. A utilização do cartão de loja geralmente implica
a postergação do pagamento. No vencimento, quase sempre tendo de voltar ao
estabelecimento comercial, o devedor utiliza dinheiro em espécie ou outro instrumento de
pagamento (dinheiro em espécie, cheque ou cartão de débito) para liquidar sua obrigação.
CARTÕES COM VALOR ARMAZENADO (CHARGE CARDS)
O cartão com valor armazenado é utilizado para pagamento de serviços específicos,
relacionados principalmente com o uso de telefones e meios de transporte públicos, ou
compras de pequeno valor.
No primeiro caso, atualmente o mais comum, os emissores são as próprias concessionárias
dos serviços públicos e a aquisição do cartão é feita principalmente em pequenos
estabelecimentos comerciais credenciados. Nessa situação, os serviços são pré-pagos e o
cartão, quando esgotado seu limite de utilização, é geralmente descartado.
No segundo caso, o cartão é emitido por instituição bancária que o carrega com certo valor,
para utilização pelo cliente nos estabelecimentos comerciais credenciados. Esse tipo de cartão,
que é dotado de microprocessador, pode ser recarregado várias vezes, observando-se, em
cada uma delas, valor limite de carregamento fixado pelo emissor. Nesse formato, o cartão
com valor armazenado ainda se encontra em fase embrionária no Brasil, sendo utilizado no
âmbito de projetos pioneiros desenvolvidos pela Visa e pela Mastercard.

SMART CARD
Um "smart card" (cartão inteligente), assemelha-se a um cartão de crédito em tamanho e
formato, mas seu interior é completamente diferente. Primeiramente, ele possui um interior,
enquanto um cartão de crédito normal é um simples pedaço de plástico. O interior de um
cartão inteligente normalmente contém um microprocessador embutido. Este
microprocessador fica sob uma placa de contato de ouro em uma das faces do cartão.
Pense no microprocessador como um substituto da usual fita magnética em um cartão de
crédito ou débito.
Os smart cards são muito mais populares na Europa que nos Estados Unidos. No Brasil, estão
sendo adotados por bancos e até operadoras de vale-refeição. Na Europa, seguradoras de
saúde e bancos utilizam amplamente esses cartões. Todo cidadão alemão possui um cartão
inteligente de plano de saúde. Apesar de esse tipo de cartão já existir no seu formato atual por
pelo menos uma década, somente agora eles estão se tornando mais populares.

PRODUTOS BANCÁRIOS

CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR


Financiamento direcionado a aquisição de bens de consumo duráveis, de origem nacional
ou estrangeira, que possam ser alienados fiduciariamente, pacotes turísticos, incluindo
passagens e estadia e créditos pessoais. Podem ser financiados prestações de serviços.
É direcionado para pessoa física, mas pode ser utilizado para pessoa jurídica, sendo que é
mais interessante esta utilizar um Finame ou um leasing.
A garantia usual é a alienação fiduciária do próprio objeto do financiamento, que em caso
de inadimplência poderá ser retomado por meio de uma ação de busca e apreensão.
Financiamento concedido por Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) e
bancos múltiplos com carteiras de financiamento e investimento.
CDC COM INTERVENIÊNCIA - CDCI
Empréstimos concedidos às empresas clientes especiais dos bancos, normalmente empresas
comerciais, que passam a ser o interveniente, para repasse aos seus clientes, de
financiamentos vinculados à compra de um bem ou serviço específico, e amortizáveis em
prestações iguais e sucessivas, com taxas pré ou pós-fixadas.
As taxas são menores, pois não envolvem o risco em nível de quem faz a compra e sim do
interveniente.
CRÉDITO DIRETO – CD
O banco assume a carteira dos lojistas e fica com os riscos do crédito. Para o lojista é ótimo,
pois não tem nenhum risco.
CDC AUTOMÁTICO EM CONTA CORRENTE
Crédito concedido para clientes preferenciais. É como um cheque especial parcelado, com
taxas de juros prefixada ou flutuante, informada pelo banco e aceita pelo cliente. Não tem
garantia.

CRÉDITO RURAL

Recursos destinados ao financiamento agropecuário, com condições especiais definidas pela


política governamental.
As linhas de custeio financiam as despesas do dia a dia durante a produção, permitindo
recursos para utilização em qualquer período da atividade.
As linhas de investimento permitem a aquisição dos bens indispensáveis à produção e
modernização da agricultura brasileira, como por exemplo, máquinas e tratores.
Para a comercialização da produção, as linhas de crédito disponíveis permitem melhor
controle do fluxo de caixa. Com dinheiro no bolso, a negociação de melhores condições de
comercialização de sua produção ficam facilitadas.

Beneficiados: produtores agrícolas, cooperativas e agroindústrias.


A produção e comercialização de safras agrícolas, assim como em outros países, desfrutam
de subsídios no crédito.
A normatização do crédito rural é do BACEN, através do Manual de Crédito Rural. Principal
(o resumo deste Manual encontra-se ao final desta apostila).
Executor da política agrícola do governo mediante do crédito rural: Banco do Brasil.
Origem dos recursos p/ aplicação nas operações de crédito rural:
a) 25% dos depósitos à vista ou então recolher como compulsório;
b) parte dos fundos de commodities*;
c) dotações orçamentárias do governo federal;
d) recursos livres dos agentes financeiros.
* commodities - Termo em inglês que significa mercadorias, designa produtos primários ou
básicos, como café, algodão, açúcar, minérios, petróleo, etc.
MODALIDADES DE FINANCIAMENTOS
Investimento
Para bens ou serviços que irão beneficiar vários períodos de produção (safras). São máquinas e
implementos agrícolas, tratores, armazéns e outros. Os recursos, em geral, são do BNDES,
através do FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador).

1 - São financiáveis os seguintes investimentos fixos: (Res 3.137)


a) construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; (Res 3.137)
b) aquisição de máquinas e equipamentos de provável duração útil superior a 5 (cinco) anos;
(Res 3.137)
c) obras de irrigação, açudagem, drenagem, proteção e recuperação do solo; (Res 3.137)
d) desmatamento, destoca, florestamento e reflorestamento; (Res 3.137)
e) formação de lavouras permanentes; (Res 3.137)
f) formação ou recuperação de pastagens; (Res 3.137)
g) eletrificação e telefonia rural. (Res 3.137)

2 - São financiáveis os seguintes investimentos semifixos: (Res 3.137)


a) aquisição de animais de pequeno, médio e grande porte, para criação, recriação, engorda ou
serviço; (Res 3.137)
b) instalações, máquinas e equipamentos de provável duração útil não superior a 5 (cinco)
anos; (Res 3.137)
c) aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves; (Res
3.137)
d) aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras. (Res 3.137)

3 - O orçamento pode incluir verbas para: (Res 3.137)


a) despesas com projeto ou plano (custeio e administração); (Res 3.137)
b) manutenção do beneficiário e de sua família, salvo quando se tratar de grande produtor
(aquisição de animais destinados à produção necessária à subsistência, compra de
medicamentos, agasalhos, roupas e utilidades domésticas, construção ou reforma de
benfeitorias e outros gastos indispensáveis ao bem-estar familiar); (Res 3.137)
c) recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embarcações, veículos e equipamentos,
bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro
coberto por seguro. (Res 3.137)
4 - As máquinas, tratores, veículos, embarcações, aeronaves, equipamentos e implementos
financiados devem destinar-se especificamente à agropecuária. (Res 3.137)

Custeio
Para preparação do solo, plantio e manutenção das lavouras até a colheita. Inclui aquisição de
adubos, sementes, defensivos, etc. Os vencimentos dos empréstimos são coincidentes com as
épocas de comercialização das safras.

Comercialização
Os empréstimos para comercialização incluem as operações de descontos e os empréstimos
do governo federal. Nas operações de desconto são negociadas as notas promissórias ou
duplicatas rurais emitidas na comercialização de produtos agrícolas.
Empréstimos do Governo Federal – EGF são financiamentos p/estocagem aguardando preço
melhor de venda.
Aquisições do Governo Federal – AGF são compras realizadas pelo governo p/garantir
preços.
Prazos máximos para custeio:
Agrícola: 2 anos;
Pecuário: 1 ano;
Beneficiamento ou industrialização: 2 anos.
(estipula-se 90 dias após a colheita)

Prazos para investimentos financiados:


a) investimento fixo: 12 (doze) anos;
b) investimento semifixo: 6 (seis) anos.

CADERNETA DE POUPANÇA
A poupança, criada originalmente para captar recursos para o Sistema Financeiro Habitacional
instituído em 1964.
A poupança é uma aplicação pós-fixada, pois apesar de a Taxa de Referência ser válida até a
data de aniversário do mês seguinte, esta só é divulgada pelo Bacen no dia útil seguinte, ou
seja, com um dia de atraso em relação à aplicação, de modo que o aplicador não tem como
calcular com exatidão o valor a receber ao final da aplicação.
O rendimento da caderneta de poupança é isenta de cobrança de imposto de renda para
poupadores pessoa física e empresas sem fins lucrativos.
Os valores depositados em poupança são atualizados com base na taxa referencial (TR),
acrescida de juros de 0,5% ao mês.
Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês não recebem
nenhuma remuneração.
Os rendimentos são calculados sobre o menor saldo apresentado pela conta no período
base.
A TR utilizada é aquela do dia do depósito.
O banco pode cobrar pela manutenção de conta de poupança desde que os depósitos de
poupança apresentem saldo igual ou inferior a R$ 20,00 e que não apresentem registros de
depósitos ou saques pelo período de 6 meses.
A data de remuneração de depósitos em cadernetas de poupança efetuados nos dias 29, 30
e 31 será o dia 1º de cada mês, aplicando-se o índice correspondente ao dia 1º do mês
anterior.
O depósito em conta de poupança feito em cheque vale para remuneração desde a data do
depósito, desde que não devolvido, e independentemente do prazo de sua liberação, devem
ser considerados a partir do dia do depósito.
Remuneração mensal;
Empresas sem fins lucrativos: TR + 05% a.m., créditos mensais.
Empresas com fins lucrativos: TR + 1,5 ao trimestre. Créditos trimestrais.
Imposto de Renda, somente para empresas com fins lucrativos: 22,5% sobre rendimentos.
Pode-se ter quantas contas quiser;

TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO
Tipo de investimento que combina características de jogo e de poupança. Com os títulos
concorre-se a prêmios em dinheiro além de haver o rendimento de parte do valor investido.
Do valor aplicado, a instituição financeira separa um percentual para a poupança, outro para o
sorteio e um terceiro pra cobrir despesas.
O percentual separado para a poupança rende TR (taxa referencial) ou outro indicador.
Além da correção pelo indexador a instituição pode pagar um percentual de juros, que é
facultativo.
Normalmente rende menos que a poupança.
São interessantes para quem gosta de jogar, com a vantagem que, caso não ganhe, parte de
seu investimento será recuperado.
Caso o investidor queira efetuar o resgate do valor investido antes do término do plano,
receberá um percentual da parte reservada a poupança, cerca de 90%. Só após o término do
plano é possível resgatar 100% deste valor.
Possuem carência, normalmente de 12 meses. Existem títulos de pagamento mensal e de
pagamento único. Os sorteios podem ser mensais ou semanais, conforme o plano.
Os mais comuns são os títulos PM e PU

Título de capitalização não é a mesma coisa que caderneta de poupança. O título de


capitalização é um produto comercializado somente pelas Sociedades de Capitalização através
de títulos que são previamente aprovados pela SUSEP. Seu capital de resgate será sempre
inferior ao capital constituído por aplicações idênticas na caderneta de poupança, já que, dos
pagamentos efetuados num título, desconta-se uma parte para custear as despesas
administrativas das Sociedades de Capitalização e, quando há sorteios, uma parcela para
custear as premiações.

PM – Plano Mensal
É um plano em que os seus pagamentos, geralmente, são mensais e sucessivos. É possível que
após o último pagamento, o plano ainda continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode
ser maior do que o prazo de pagamento estipulado na proposta.
Nos planos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos
planos com vigência superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a cada período de 12
meses, por aplicação de um índice oficial.

PU – Plano Único
É um plano em que o pagamento é único (realizado uma única vez), tendo sua vigência
estipulada na proposta.

PP – Plano Periódico - É um título em que não há correspondência entre o número de


pagamentos e o número de meses de vigência do título.

GLOSSÁRIO
Subscritor
– é a pessoa que subscreve a proposta de aquisição do Título, assumindo o compromisso de
efetuar o pagamento na forma convencionada nestas Condições Gerais.
Titular
– é o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada pelo mesmo. É o
proprietário do Título, a quem devem ser pagos todos os valores originados pelo mesmo.
Carência para resgate
- prazo que investidor não pode resgatar o valor investido;
Carregamento
- despesas de administração, comercialização e operação.
Períodos de capitalização
- quantidade de pagamentos.
Vigência
- Duração do plano.
Prazo
-Não podem existir planos com prazo inferior a 12 meses;
Prêmio
- é quanto o investidor paga pelo título. As mensalidades são reajustadas.
Provisão matemática
- é a parcela da prestação que vai compor a poupança do investidor.

Percentuais mínimos para capitalização de Planos Mensais.


Prazo de Vigência Mês de Vigência
( meses ) 1° 2° 3° 4°
Acima de 12 10% 10% 10% 70% até o final

Exemplo:
Plano: CAPTorcedor – 60 meses – PM.
A Reserva de Capitalização será constituída durante o período de vigência do Título, por um
percentual de cada parcela paga, atualizada mensalmente pela taxa de remuneração básica
aplicada à caderneta de poupança da data de aniversário do título e capitalizada a taxa de
juros de 0,35% a.m., gerando o valor de resgate do Título.
O capital formado neste Título será atualizado pela Taxa de Remuneração Básica aplicada às
cadernetas
de poupança (TR), que corresponde ao rendimento das cadernetas de poupança sem a parcela
de juros mensais.
Ao final do prazo de vigência do Título, o Titular terá direito a 100% do valor constituído na
reserva de capitalização.

Parcela Paga % de resgate sobre


a soma das parcelas pagas

1 9,03%
...................................................
60 100,00%

Percentuais mínimos para capitalização em Planos Únicos:

PU com Sorteios

Prazo de vigência Percentual mínimo destinado à


Modalidade
(meses) capitalização

Tradicional / Compra
- 70%
Programada

Popular / Incentivo Acima de 12 70%

Popular / Incentivo 12 50%

Exemplo:
Plano: Caixacap Sucesso – 36 meses – PU.
O capital formado neste título será atualizado pela Taxa de Remuneração Básica aplicada às
cadernetas de poupança (TR), que corresponde ao rendimento das cadernetas de poupança
sem a parcela de juros mensais.
Ao final do prazo de vigência do Título, o Titular terá direito a 100% do valor constituído na
reserva de capitalização.
MÊS VIGENTE % DE RESGATE
1 79,64%
.............................................................
36 100,00%

PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS


A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar que a pessoa na
aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda. Qualquer pessoa que receba
mais do que o teto de benefício da Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma
poupança, seja através da previdência privada ou de recursos administrados por sua conta.
O processo de poupança consiste de duas fases. Na primeira, o poupador acumula um
capital. Durante todo esse processo, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que
coincide com a aposentadoria para a maioria das pessoas – mas não necessariamente -, é o
momento de receber os benefícios. Quanto maior o capital, maior o benefício.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma simples, é fácil
entender que os saques mensais, aqui chamados de benefícios, devem ter uma relação com o
capital acumulado. Não é possível fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco
de o dinheiro poupado acabar muito rápido.
Planos e fundos de previdência têm uma desvantagem também clara: o custo elevado. Há
planos com taxas de carregamento de 5% e outros cobram até mais do que isso. Ou seja: ao
fazer o depósito, o participante já perde um dinheiro.
Taxa de carregamento: é cobrada pela entidade para arcar com os custos operacionais do
plano de previdência privada. Incide sobre a contribuição mensal ou aportes de capital, de
modo que, quando maior o seu percentual, menor a parcela da contribuição destinada para a
formação da contribuição destinada para a formação do capital do participante.
Taxa de administração: cobrada pela entidade para administrar, sobre o capital total,
incluindo os rendimentos -, também chamada de taxa de gestão financeira, dependendo do
tipo de plano ou fundo.
Portabilidade: Você poderá transferir seus recursos para outro administrador, respeitando as
características de carência do fundo aonde seus recursos estão aplicados. Se você não estiver
satisfeito com a performance do plano, poderá transferir seus recursos para outro
administrador, sendo que, até duas vezes ao ano não paga nenhuma multa ou qualquer tipo
de imposto. Isto significa que no prazo de 1 ano, os recursos devem ficar pelo menos 6 meses
aplicados junto ao mesmo administrador.
Planos
Planos Abertos:
Destinam-se a qualquer indivíduo que deseja formar uma reserva financeira para sua
aposentadoria.
São planos oferecidos por Bancos, Seguradoras e Entidades Abertas de Previdência Privada ao
público em geral, mesmo não existindo nenhum vínculo entre as partes.

Planos Fechados:
Também chamados de Fundos de Pensão. Destinam-se aos funcionários de uma empresa ou
ao conjunto de empresas - privadas ou estatais - patrocinadoras do plano.
Exemplos: PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil ou FUNCEF –
Fundação dos Economiários Federais.

PGBL - O PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre - é um produto de Previdência


Complementar que visa a acumulação de recursos e a transformação destes em uma renda
futura.
Seu funcionamento é bem simples: periodicamente o cliente realiza aportes para o plano,
que são aplicados em um FIC (Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento
Especialmente Constituídos). O dinheiro vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai
formando uma reserva.
Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir
com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma
única parcela ou então em quantias mensais.
É mais vantajoso para quem faz a declaração do imposto de renda através do formulário
completo, já que é possível deduzir o valor das contribuições realizadas ao plano da base de
cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual (desde que o cliente
também contribua para a Previdência Social - INSS ou regime próprio).
O PGBL é bastante flexível e permite que os recursos aplicados no plano sejam resgatados
(respeitando-se o prazo de carência). Neste caso, e também no momento do recebimento da
renda, haverá incidência de Imposto de Renda sobre o total resgatado.

VGBL - Desenvolvido com base no PGBL, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é um seguro
de vida que garante cobertura em caso de sobrevivência, funcionando, portanto, como um
plano de previdência.
Periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo
de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro
vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.
Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir
com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma
única parcela ou então em quantias mensais.

A grande diferença entre o PGBL e o VGBL está no tratamento fiscal conferido a cada um
deles.
Enquanto no PGBL há incidência de imposto de renda sobre o total resgatado ou recebido
como renda, no VGBL a tributação incide somente sobre o ganho das aplicações financeiras, ou
seja, o rendimento do plano.
Sendo assim, o VGBL é mais indicado para quem faz declaração simplificada ou não é
tributado na fonte, como os autônomos.
Além disso, é uma ótima opção para investidores que já excederam o limite de dedução do
imposto em um plano de previdência complementar, como o PGBL, mas querem investir mais
no seu futuro financeiro.

TRIBUTAÇÃO

Progressiva:
 No resgate: 15% na fonte. Na declaração anual efetuar reajuste;
 No recebimento da renda: I.R. de acordo com tabela vigente na época.
 Apropriado para quem vai permanecer MENOR tempo.

Regressiva
 No resgate: I.R. na fonte de acordo com tabela. 35% reduzindo 5% a cada 2 anos, até
10% em 10 anos.
 No recebimento da renda: alíquota de acordo com o prazo médio ponderado (PMP) da
realização dos aportes.

Exemplos de tipos de recebimento de renda:


Renda vitalícia: renda mensal e vitalícia a ser paga depois do período de contribuição
contratado.
Renda vitalícia com prazo mínimo garantido: renda mensal e vitalícia a ser paga depois do
período de contribuição contratado. Porém, durante um prazo determinado entre cinco e
quinze anos a partir da aposentadoria, em caso de falecimento do cliente, a renda é revertida
aos beneficiários.
Renda vitalícia reversível: renda mensal e vitalícia a ser paga depois do período de
contribuição contratado. Em caso de falecimento do cliente, parte da renda (50%, 75% ou
100%) é revertida para o beneficiário, de forma vitalícia.
Renda temporária: renda mensal a ser paga temporariamente (de cinco a 35 anos), após o
prazo de contribuição. O benefício cessa com o seu falecimento ou com o fim do prazo
contratado.

CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (CDB)


RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (RDB)
Tanto o Certificado de Depósito Bancário-CDB quanto o Recibo de Depósito Bancário-RDB
se caracterizam como os principais títulos emitidos por Bancos Múltiplos, Comerciais, de
Investimento e Caixas Econômicas, que tem por objetivo captar recursos dos investidores
(pessoas físicas e jurídicas não financeiras) através da rede de agências. Entre outras coisas,
essas aplicações permitem que as instituições financeiras obtenham dinheiro para
emprestarem às empresas que necessitem de numerário para financiar operações e negócios.
Os recursos captados através desses instrumentos são usados para as carteiras de
empréstimos. O objetivo do banco é ter recursos para financiamento do capital de giro e
capital fixo das empresas.
Os CDB consistem em um depósito a prazo predeterminado e rentabilidade pré ou pós-
fixada. Isto determina dois tipos, portanto de CDB. Os pré-fixados têm a sua rentabilidade
expressas unicamente nas taxas de juros, sempre referidas ao ano. Os títulos pós-fixados tem
sua rentabilidade fixada por um indexador como TR, TBF, CDI, Selic, etc.
CARACTERÍSTICAS:
O CDB e o RDB têm mecanismos idênticos.
O CDB pode ser escritural ou físico.
O RDB somente pode ser recibo.
O CDB pode ser transferido e negociado no mercado secundário.
O RDB é intransferível, por isso não pode ser negociado.
RENDIMENTO – o rendimento é obtido pela taxa de juros ou pela taxa de juros mais a
variação de um indexador. Varia conforme a necessidade de captação de cada banco.
GARANTIAS – São garantidos pela instituição financeira. O controle do sistema CETIP
assegura que o CDB não é falso.
PRAZOS MÍNIMOS:
Pré-fixados: não há;
Pós-fixados:
TR/TJLP – 1 mês;
TBF – 2 meses;
Flutuantes:
CDI/Taxa Média Selic: não exigido;
Índice de Preços: 1 ano.
(Circular Bacen 2.905)
LIQUIDEZ – o CDB tem maior liquidez que o RDB, por poder ser liquidado antes da data do
vencimento e o RDB somente pode ser liquidado no dia do resgate. Caso ocorra negociação
entre as partes, o RDB, excepcionalmente, pode ser liquidado antes, mas o aplicador resgata
somente o capital.
IOF: Tabela decrescente praticada pelo mercado. Há incidência sobre o valor dos
rendimentos, quando a aplicação for efetuada por prazo inferior a 30 dias.
O Imposto de Renda incide sobre o rendimento bruto, no momento do resgate. As alíquotas
do IR são regressivas, de acordo com o tempo em que o valor ficar investido:
até 6 meses, a alíquota é de 22,50%;
de 6 meses a 1 ano, a alíquota é de 20%;
de 1 a 2 anos, a alíquota é de 17,50%;
acima de 2 anos, a alíquota é de 15%.

PLANOS DE SEGUROS
O seguro, como o próprio nome diz, surge da necessidade de segurança das pessoas diante
das incertezas e riscos que corremos na vida. Todos querem uma segurança, uma garantia
futura que nos proteja dos prejuízos e perdas de fatos inesperados.
O seguro é o instrumento legal que permite aos segurados garantir, a cada membro do
grupo, através do segurador, a compensação econômica por um evento futuro e incerto,
chamado risco. É o caso de um incêndio, roubo ou acidente, evento que sabemos ser possível,
mas ninguém é capaz de prever quando nem onde ou com quem.
Para garantir que as perdas sejam compensadas, cada pessoa do grupo paga um valor
proporcional ao risco corrido para o segurador. Este valor vai ser usado para pagar as
indenizações e também cobrir os custos e lucros da seguradora. É o segurador que assume os
riscos pelo grupo em troca desta remuneração, chamada de prêmio.
O prêmio é uma forma de baixo custo para cobrir eventos ocasionais de pessoas que estão
expostas a riscos semelhantes. E deve ser proporcional ao risco de cada evento ocorrer.
Cálculos de probabilidades, com base também na observação do comportamento destes
eventos no passado, ajudam a estimar o prêmio.

Tipos de seguros
São três os riscos básicos que podem ser segurados: patrimônio, pessoa e responsabilidade.
Uma mesma apólice pode combinar a cobertura de diversos riscos destes grupos. Um
seguro de carro, por exemplo, cobre a perda patrimonial do veículo, a vida do segurado, e os
danos que pode causar a terceiros. Um seguro de imóvel também pode cobrir perdas
patrimoniais diversas, como incêndio, roubo e responsabilidade civil, caso um vidro, por
exemplo, caia e atinja um terceiro.
A maioria dos seguros voltados para pessoas físicas é vendida como contrato padrão. O
segurado apenas adere ao plano, sem poder discutir cada um dos seus parâmetros.
Dessa forma, os contratos saem mais baratos, porque não é preciso recalcular todos os
parâmetros a cada proposta. Com a modernização do mercado, alguns padrões já foram
diversificados. É possível, por exemplo, encontrar seguros de automóveis mais baratos apenas
pelo fato de o contratante ser mulher ou ter mais idade.

Seguro de veículos: Costuma ter o prazo de um ano, cobre a reparação dos danos ocorridos ao
veículo segurado ou causados por ele a terceiros ou a coisas. Os danos não cobertos devem vir
relacionados no contrato. Existe, ainda, a FRANQUIA, que é o valor a partir do qual a
seguradora passa a arcar com os prejuízos. Até este valor, o custo é do segurado.

Seguro de vida: Dá cobertura aos riscos de morte natural ou acidental e invalidez por acidente
ou doença. Casos de suicídio, regra geral, estão excluídos da cobertura. Seu pagamento
costuma ser mensal, por prazo indeterminado, havendo exceções, de contratos por prazo
determinado.
O prêmio é maior quanto maior for o número de coberturas escolhidas e o risco do próprio
segurado, que depende de sua expectativa de vida e do tipo de risco a que se expõe. Pessoas
com saúde debilitada pagam prêmios maiores. Fumantes podem pagar mais. Pessoas que se
expõem em esportes radicais também têm maior risco.

Seguro de acidentes pessoais: Oferece cobertura em caso de invalidez permanente, parcial ou


total, ou morte por acidente. Os contratos, regra geral, têm prazo de um ano. A única
diferença em relação ao seguro de vida é que não cobre morte natural. Como tem uma
cobertura a menos, é mais barato. Público alvo: pessoas jovens, com boa saúde e que não
vêem no horizonte probabilidade alta de morrer de causa natural.

Seguro de viagem: cobre riscos de acidentes em viagem, como extravio de bagagem, despesas
médico-hospitalares, odontológicas, problemas jurídicos e até traslado do corpo, em caso de
morte. Não assume os riscos de catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Os
contratos duram o tempo da viagem, mas também podem cobrir viagens que aconteçam
durante um ano inteiro, no caso de pessoas que viajam com freqüência. O seguro pode ser
feito na própria agência de viagem, em bancos ou corretoras.

Seguro saúde: Dá cobertura facultativa aos riscos que envolvem assistência médica hospitalar.

MERCADO DE CAPITAIS

Mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona


liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de capitalização. É
constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras
autorizadas.
Os principais títulos negociados (título mobiliário) representam o capital social das empresas,
tangibilizado em suas ações ou ainda empréstimos tomados pelas empresas, no mercado,
representado por debêntures que são conversíveis em ações, bônus de subscrição e outros
papéis comerciais. Esta constituição permite a circulação de capital e custeia o
desenvolvimento econômico.
No mercado de capitais ainda podem ser negociados os direitos e recibos de subscrição de
valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e outros derivativos autorizados à
negociação.
Seu objetivo é canalizar as poupanças (recursos financeiros) da sociedade para o comércio, a
indústria, outras atividades econômicas e para o próprio governo. Distingue-se do mercado
monetário que movimenta recursos a curto prazo, embora tenham muitas instituições em
comum.

MERCADO DE CÂMBIO

Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo,
quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o
agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe do turista
brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista
estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no
mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os
reais correspondentes.
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações de câmbio
entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou
por meio de seus correspondentes.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as
operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional
entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no
exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das
instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou
por meio de seus correspondentes.
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos,
pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso
internacional, bem como as operações referentes às transferências financeiras postais
internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais.
À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. São ilegais os
negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de
atividades ilícitas.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e vender moeda estrangeira desde que a
outra parte na operação de câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no
mercado de câmbio (ou seu correspondente para tais operações) e que seja observada a
regulamentação em vigor, incluindo a necessidade de identificação em todas as operações. É
dispensado o respaldo documental das operações de valor até o equivalente a US$ 3 mil,
preservando-se, no entanto, a necessidade de identificação do cliente.
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio: bancos
múltiplos; bancos comerciais; caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de
desenvolvimento; bancos de câmbio; agências de fomento; sociedades de crédito,
financiamento e investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio.
Esses agentes podem realizar as seguintes operações:
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as
operações previstas para o mercado de câmbio;
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento e
agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo Banco Central;
c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de
títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:

o c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100
mil ou o seu equivalente em outras moedas; e
o c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de
banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior.

GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Pessoais ou Fidejussórias:
 Aval
 Fiança.

Reais:
 Alienação fiduciária;
 Penhor;
 Hipoteca.

AVAL
Garantia plena e solidária, prestada por terceiro(s), a favor de obrigado por letra de
câmbio, nota promissória, ou título semelhante, caso o emitente, sacador ou aceitante não o
possa liquidar.
Formaliza-se pela assinatura do garantidor em um título de crédito. Não existe aval em
contrato, somente em título de crédito. O avalista responde apenas e tão somente pelo valor
expresso no título de crédito.
O aval pode ser completo/em preto, quando traz o nome da pessoa em favor de quem
é dado; e aval em branco, quando não traz o nome da pessoa a quem é dado o aval.
Com a entrada em vigor do novo Código Civil, em 2003, tornou-se obrigatória a
assinatura conjunta do cônjuge para dar validade ao aval (outorga uxória).
O que diz o DECRETO Nº 57.663 DE 24 DE JANEIRO DE 1966 sobre aval:
Art. 30 – O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por
aval.Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
Art. 31 – O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa.
Exprime-se pelas palavras “bom para aval” ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado
pelo dador do aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da
letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo
sacador.(nota: refere-se, aqui, sobre a letra de câmbio).
Art. 32 – O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por
qualquer razão que não seja um vicio de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a
pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da
letra.
O que diz o CÓDIGO CIVIL sobre o aval:
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do
avalista.
§ 2o Considera-se não escrito o aval cancelado.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente
ou devedor final.
§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais
coobrigados anteriores.
§ 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se
equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.

FIANÇA
Contrato pelo qual uma pessoa se obriga por outra, para com o credor desta, a
satisfazer a obrigação, caso o devedor não a cumpra.
É um contrato, sempre escrito, pelo qual a pessoa física ou jurídica garante a obrigação
do devedor.
A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva, isto é, a lei não
aceita que seja entendido o contrato de forma a ir além do que está pactuado, tanto nas
obrigações como da duração.
Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua
vontade. Portanto, a lei determina que a dívida futura também é de responsabilidade do
fiador. Como exemplo, podemos citar quando a cobrança chega a justiça em ação de execução
onde durante o caminho possam surgir despesas processuais e o fiador deverá paga-las pois a
fiança acompanha o contrato principal, logo ao acabar o principal o acessório deixa de existir.
Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal,
inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições
menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá
senão até ao limite da obrigação afiançada.
As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas
de incapacidade pessoal do devedor.
. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo
se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não
possua bens suficientes para cumprir a obrigação.
Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
Tratando agora da participação do fiador durante a possível execução da dívida,
quando informado, pode para salvar seus bens que se encontram como garantia, indicar bens
do devedor que não estejam comprometidos, pois a fiança é acessória e subsidiária. A
obrigação principal é originária do devedor e não do fiador, esse está prestando auxílio ao
devedor, este argumento vem do benefício de ordem ou benefício de execução, ou seja, dar a
possibilidade de primeiro serem vistos os bens do devedor.
“art. 827 do C.Civil – O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a
contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.”
Porém existem algumas restrições, onde não poderá ser invocado tal benefício quando
o fiador :
renunciou expressamente;
obrigou-se como principal pagador, ou devedor solidário;
se o devedor for insolvente, ou falido.
O fiador ainda pode utilizar o benefício de divisão, para que se existirem outros
fiadores haverá solidariedade, portanto, cada um contribuirá de acordo com o combinado.
Pode ainda o fiador requerer o que pagou ao devedor, bem como todas as perdas e
danos que sofreu em razão da fiança, pode também auxiliar no devido andamento da
execução iniciada pelo credor, pois o fiador está interessado na exoneração, ou seja, solução
do caso para se ver livre da responsabilidade.
Vale lembrar que a fiança que não possui prazo determinado, a qualquer momento
pode o fiador exigir sua exoneração, que se dará por sentença judicial através de ação
declaratória, ou também tem se admitido pela simples notificação ao credor, independente da
concordância do devedor principal ou do credor, porém durante os 60 dias determinados por
lei, contados da notificação ao credor, continuará ligado a função de fiador.
“art. 835. do Código Civil – O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança,
durante sessenta dias após notificação do credor.”
Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair
em insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicado
eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada.
(excussão: ato de executar judicialmente os bens do devedor principal)
No caso de fiador casado, sob os regimes de comunhão parcial ou universal de bens, a
fiança só terá validade com a assinatura do outro cônjuge (outorga uxória).
Desquitados ou divorciados podem assinar isoladamente uma fiança, desde que apresentem
cópia da sentença judicial ou da averbação da separação na certidão de casamento.
Na fiança por pessoa jurídica, o credor deverá analisar os estatutos sociais (S.A.) ou
contrato social (Ltda.), para verificar se a empresa pode prestar esse tipo de garantia.
Se nada constar expressamente, não pode.
FIANÇAS BANCÁRIAS
Garantia de uma obrigação contratada pelo cliente da instituição financeira junto a terceiros,
onde a instituição financeira é o fiador; e o cliente da instituição é o afiançado; e o terceiro é o
favorecido.
Principais modalidades de fiança:
Adiantamentos de contratos de fornecimentos de bens e serviços;
Participação em concorrências públicas e privadas;
Substituição de cauções;
Execução de contratos (cumprimento do cronograma de obras ou fabricação de máquinas
ou equipamentos sob encomenda);
Operações em Bolsas de Mercadorias, Futuros, e Valores;
Interposição de recursos fiscais ou de ações judiciais;
Aluguel de imóveis;
Garantias em operações de crédito;
Performance.

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
É a cessão temporária de bens, sendo aplicável a bens móveis e imóveis, que dá ao
devedor a posse e o uso do bem, mantendo a propriedade do credor. O devedor como
depositário, tem a responsabilidade de conservar o bem e indenizar o credor por quaisquer
danos que o bem sofra.
A alienação fiduciária é o instituto de direito real sobre coisa alheia, que se define com
o direito do fiduciário sobre o bem do fiduciante.
Portanto, na alienação fiduciária, o fiduciante (devedor ou terceiro que entrega o bem
para garantia) tem a posse direta e o depósito do bem, sendo que o fiduciário (credor), que
realiza o financiamento para a aquisição, fica com o direito à propriedade do bem e a sua
posse indireta, podendo reter este, em caso do não pagamento.
Ocorrendo inadimplência do devedor, vencidas todas as tentativas de composição
amigável, a lei faculta ao credor propor as ações a seguir: ação de busca e apreensão
(retomada do bem, caso não seja encontrado o bem, é cabível a ação de depósito); ação de
execução (cobrança de toda dívida e seus acréscimos legais, caso a simples retomada do bem
não satisfaça ao credor, podendo ser penhorados os bens necessários para quitação integral
das obrigações do devedor).
O que reza o Código Civil sobre alienação fiduciária:
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível
que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.(*)
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por
instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos
do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o
licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-
se o devedor possuidor direto da coisa.
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento,
a transferência da propriedade fiduciária.
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
I – o total da dívida, ou sua estimativa;
II – o prazo, ou a época do pagamento;
III – a taxa de juros, se houver;
IV – a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa
segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
I – a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
II – a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das
despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada
em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa
em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das
despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no
crédito e na propriedade fiduciária.
(*) A lei 9.514, de 20/11/1997, no seu artigo 22, estipula a alienação fiduciária de bem imóvel.
(*) A lei 10.931/04 passou a permitir a alienação fiduciária de bem móvel fungível.

HIPOTECA
Direito real constituído a favor do credor sobre imóvel do devedor ou de terceiro,
como garantia exclusiva do pagamento da dívida, sem, todavia, tirá-lo da posse do dono.
A hipoteca, é formalizada por intermédio de instrumento público registrado em
Cartório de Registro de Imóveis, pode ser constituída sobre imóveis, aeronaves e
embarcações. Os bens móveis que estejam no imóvel hipotecado podem ser dados em penhor
rural, não sendo obrigatória a anuência do credor hipotecário.
É considerada melhor garantia que o penhor por oferecer menor vulnerabilidade em
relação à deterioração, obsolescência e oscilações nos preços.
Observar que o bem de família é impenhorável em ação de execução e não responde
por qualquer tipo de dívida, seja ela civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer outra
natureza.
Código Civil:
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I – os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II – o domínio direto;
III – o domínio útil;
IV – as estradas de ferro;
V – os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se
acham;
VI – os navios;
VII – as aeronaves.
VIII – o direito de uso especial para fins de moradia;
IX – o direito real de uso;
X – a propriedade superficiária.
§ 1o A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial.
§ 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo
ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos
por período determinado
Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel.
Subsistem os ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo
imóvel.
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.
Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel for
alienado.
Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante
novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.
Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora
vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das
obrigações garantidas por hipotecas posteriores à primeira.
Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela primeira hipoteca não se oferecer, no
vencimento, para pagá-la, o credor da segunda pode promover-lhe a extinção, consignando a
importância e citando o primeiro credor para recebê-la e o devedor para pagá-la; se este não
pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento, se sub-rogará nos direitos da hipoteca
anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor comum.
Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, o credor da
segunda depositará a importância do débito e as despesas judiciais.
Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
I – pela extinção da obrigação principal;
II – pelo perecimento da coisa;
III – pela resolução da propriedade;
IV – pela renúncia do credor;
V – pela remição;
VI – pela arrematação ou adjudicação.
GLOSSÁRIO
(Adjudicação: Ato judicial em que tem por objetivo a transmissão da propriedade de uma
determinada coisa de uma pessoa para outra. Esta terá todos os direitos de domínio e posse. É
o caso, por exemplo, da adjudicação dos bens penhorados como forma de pagamento ao
credor no processo de execução por quantia certa contra devedor solvente.)

- Domínio direto: diz respeito ao direito de dispor do imóvel rural.


- Domínio útil: diz respeito ao direito de utilizar ou usufruir do imóvel rural.
Usufrutuário – é o titular do direito de usufruto de um bem imóvel rural, através de cessão ou
reserva de usufruto, possuindo, usando, administrando e percebendo seus frutos, não
podendo entretanto, dispor do imóvel rural.
Nu-proprietário – é a pessoa que detém o direito de dispor do imóvel rural (domínio direto),
não podendo entretanto, utilizá-lo ou usufruí-lo, visto que este direito ficou reservado ao
usufrutuário (domínio útil).
Concessão de direito real de uso – é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso
remunerado ou gratuito de terreno
público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de
urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse
social”.

PENHOR MERCANTIL
Contrato acessório pelo qual o devedor, ou terceiro, entrega ao credor ou a quem o
represente uma coisa móvel, que é por ele retida com o fim de assegurar, preferencialmente,
o cumprimento da obrigação. É a garantia na qual o bem empenhado faz parte integrante do
negócio comercial.
O penhor mercantil pode abranger tanto os estoques de matérias-primas quanto os
estoques de produtos acabados de empresa cliente.
Os estoques, que são objeto de penhor mercantil, são confiados obrigatoriamente à
guarda dos fiéis depositários, os quais se tornam responsáveis pela guarda, existência e
conservação dos bens dados em garantia, embora estes permaneçam de posse do cliente em
locais próprios ou de terceiros.
Na descrição dos bens, devem ser fornecidos todos os detalhes que permitam sua
completa e imediata identificação, avaliação e localização:
1 – espécie, características, marca de identificação, classificação, tipo, safra (se houver) etc.
2 – valor unitário (preço de custo).
3 – quantidade (de cada tipo de bem penhorado).
4 – valor total (para cada tipo de bem penhorado e total).
5 – local ou locais onde estão depositados os bens penhorados.
Quando a mercadoria a ser penhorada esteja depositada em armazém geral, os títulos
que a representam, conhecimento de depósito e warrants, devem ser endossados, com firmas
reconhecidas em cartório e entregues na empresa/instituição que está realizando a operação.
Não devem ser tomados em penhor mercantil ou vinculados aqueles bens passíveis de
deteriorização, bens obsoletos ou de difícil comercialização.
A validade na constituição do penhor mercantil é calçada na figura do fiel depositário.
Por isso, essa figura deve ser completa e corretamente identificada no contrato, devendo, no
caso de operações com pessoa jurídica, ser escolhida uma pessoa que não possua controle
acionário ou cargo diretivo na empresa.

FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO - FGC

Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197, de 31.08.1995, o Conselho Monetário


Nacional - CMN, autoriza a "constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a
administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras".

Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova entidade são aprovados. Cria-se,


portanto, o Fundo Garantidor de Créditos - FGC, associação civil sem fins lucrativos, com
personalidade jurídica de direito privado, através da Resolução 2.211, de 16.11.1995.

O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas,
nas situações de:

decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição associada;


reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição
associada que, nos termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes
referidos no item anterior.

Integra também o objeto do FGC, consideradas as finalidades de contribuir para a manutenção


da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e prevenção de crise sistêmica bancária, a
contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo operações de
liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de empresas por estas
indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes Créditos:

I - Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;


II - Depósitos de poupança;
Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado - RDB (Recibo de Depósito
III -
Bancário) e CDB (Certificado de Depósito Bancário);
IV - Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao
registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de
pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
V - Letras de câmbio - LC;
VI - Letras imobiliárias - LI;
VII - Letras hipotecárias - LH;
VIII - Letras de crédito imobiliário - LCI;
IX - Letras de crédito do agronegócio - LCA;
X Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
-
de 2012 por empresa ligada.

Não são cobertos pela garantia ordinária os demais créditos, incluindo:

I - Os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no


exterior;
II - As operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por
lei;
III - Os depósitos judiciais;
Qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado
ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência das
IV -
instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pela
referida Autarquia.

Limite de Cobertura Ordinária


1. O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra
todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até
o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), limitado ao saldo existente.

2. Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada pessoa, devem ser
observados os seguintes critérios:
a) titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na
escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela
emitido ou aceito;
b) devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro;

3. Na hipótese de aplicação em título de crédito garantidos pelo FGC cuja negociação seja
intermediada por instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), a
titularidade dos créditos contra as instituições associadas ao FGC deve ser comprovada,
pelo cliente da instituição intermediária na operação, mediante a apresentação da nota
de negociação do título na forma da Circular n.º 915, de 13 de fevereiro de 1985.

A instituição intermediária da operação deve apresentar ao interventor ou ao


liquidante a relação de seus clientes contendo os valores aplicados, devidamente
registrados na CETIP com identificação de Comitentes na conta cliente 1, a data e as
demais características da aplicação em títulos de responsabilidade de emissor sob
intervenção ou sob liquidação extrajudicial.

4. Os créditos titulados por associações, condomínios, cooperativas, grupos ou


administradoras de consórcios, entidades de previdência complementar, sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização e demais sociedades e associações sem
personalidade jurídica e entidades assemelhadas serão garantidos até o valor de R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) na totalidade de seus haveres em uma
mesma instituição associada.

5. Nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 250.000,00 (duzentos e


cinquenta mil reais), ou ao saldo da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo
número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual.
Exemplos:
a) Conta conjunta de 2 (dois) titulares:
AB = saldo de R$ 280.000,00
Valor Garantido = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00 para cada titular.

b) Conta conjunta de 3 (três) titulares:


ABC = saldo de R$ 280.000,00
Valor Garantido = R$ 250.000,00/3 = R$ 83.333,33 para cada titular.

c) Conta conjunta de 4 (quatro) titulares:


ABCD = saldo de R$ 280.000,00
Valor Garantido = R$ 250.000,00/4 = R$ 62.500,00 para cada titular.

d) Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma com
saldo de R$ 280.000,00:
Conta AB = R$ 280.000,00
Conta AC = R$ 280.000,00
Conta AD = R$ 280.000,00
Conta AE = R$ 280.000,00
Cálculo do valor da garantia por conta:
AB = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AC = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AD = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AE = R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
A cada um deles caberá:
A = R$ 250.000,00
B = R$ 125.000,00
C = R$ 125.000,00
D = R$ 125.000,00
E = R$ 125.000,00
Detectada a ocorrência de procedimentos que possam propiciar, mediante utilização
de artifícios, o pagamento de valor superior ao limite de R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais), com o intuito de beneficiar uma mesma pessoa, o FGC, mediante
decisão fundamentada referente ao específico depositante ou investidor, poderá
suspender o pagamento até o esclarecimento do fato, cabendo ao interessado
demonstrar a lisura dos procedimentos adotados, ficando a critério do FGC acatar ou
não os argumentos e provas apresentadas.

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