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Resumo Tese Educação - Juventude Pela Revolução Brasileira

Vivemos em um momento de aprofundamento da crise capitalista, na qual o


rentismo e o agronegócio se consolidam como as formas predominantes de
acúmulo de capitais no país, ao mesmo tempo que vivemos um intenso processo de
desindustrialização, não havendo mais necessidade de se formar mão de obra
qualificada para atender a demanda da indústria. Por isso os ataques de Bolsonaro
a educação não são mero obscurantismo, mas sim expressão de um novo
posicionamento do Brasil na divisão internacional do trabalho, na qual as
universidades tem cada vez menos espaço. Nesse contexto, o governo ultraliberal
de Bolsonaro ataca os direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e
sucateia os serviços públicos essenciais, como é o caso da educação pública.

É importante ressaltar que os ataques feitos a educação pública não começam com
Bolsonaro, mas são intensificados por ele. Em seu segundo governo, Dilma realizou
cortes contra educação e seu partido quando esteve no poder sempre transferiu
dinheiro público para monopólios privados de educação (FIES e PROUNI), que
ofertam educação de baixíssima qualidade e sem nenhum compromisso com o
efetivo desenvolvimento nacional. É importante apontar que os governos petistas
concentraram seus esforços mais na ampliação de vagas na educação privada do
que na pública. Atualmente as universidades privadas contam com 3 vezes o
número de alunos matriculados nas faculdades públicas. Sendo que muitos desses
estudantes que se formam na educação privada pelo FIES saem da faculdade
endividados e se deparam com um mercado de trabalho saturado.

Assim, fica claro que a educação superior pública também sofreu com um processo
de sucateamento tal qual a educação privada. É o caso do REUNI, que foi um
processo de expansão que coloca em risco a qualidade do ensino público e a
permanência estudantil. Com esse programa se ampliou as vagas nas
universidades públicas, mas sem uma estrutura adequada para receber estes novos
alunos.
Devemos também nos questionar sobre qual o papel que a universidade pública tem
em nosso país. Acreditamos que nas universidades se produz majoritariamente
conhecimento alienante e alienado da realidade nacional, garantindo meramente as
condições necessárias para a reprodução e legitimação da ordem vigente.
Precisamos romper com essa lógica e construir uma universidade comprometida
com a superação do subdesenvolvimento e com a produção de conhecimento
crítico: a universidade necessária.

Portanto, compreendemos que uma nova universidade só pode surgir quando


construirmos uma nova sociedade. Por isso é fundamental a ruptura com a lógica do
capitalismo dependente e pela construção revolução brasileira.

Por isso somos:


- Pelo fim do vestibular
- Pela estatização dos monopólios privados de educação
- Por uma educação 100% pública
- Por uma reforma universitária que direcione a produção de conhecimento,
ciência e tecnológica a fim de buscar a soberania nacional e a superação da
dependência

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