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É importante ressaltar que os ataques feitos a educação pública não começam com
Bolsonaro, mas são intensificados por ele. Em seu segundo governo, Dilma realizou
cortes contra educação e seu partido quando esteve no poder sempre transferiu
dinheiro público para monopólios privados de educação (FIES e PROUNI), que
ofertam educação de baixíssima qualidade e sem nenhum compromisso com o
efetivo desenvolvimento nacional. É importante apontar que os governos petistas
concentraram seus esforços mais na ampliação de vagas na educação privada do
que na pública. Atualmente as universidades privadas contam com 3 vezes o
número de alunos matriculados nas faculdades públicas. Sendo que muitos desses
estudantes que se formam na educação privada pelo FIES saem da faculdade
endividados e se deparam com um mercado de trabalho saturado.
Assim, fica claro que a educação superior pública também sofreu com um processo
de sucateamento tal qual a educação privada. É o caso do REUNI, que foi um
processo de expansão que coloca em risco a qualidade do ensino público e a
permanência estudantil. Com esse programa se ampliou as vagas nas
universidades públicas, mas sem uma estrutura adequada para receber estes novos
alunos.
Devemos também nos questionar sobre qual o papel que a universidade pública tem
em nosso país. Acreditamos que nas universidades se produz majoritariamente
conhecimento alienante e alienado da realidade nacional, garantindo meramente as
condições necessárias para a reprodução e legitimação da ordem vigente.
Precisamos romper com essa lógica e construir uma universidade comprometida
com a superação do subdesenvolvimento e com a produção de conhecimento
crítico: a universidade necessária.