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O que é a beleza?

São Tomás de Aquino: “O belo é aquilo que nos


agrada quando é visto (significa que intuitivamente há
uma apreensão imediata da coisa como um todo). O
belo é aquilo que satisfaz nossos desejos
simplesmente por nosso conhecimento intuitivo dele”.
Immanuel Kant: “O belo é o objeto de um prazer
inteiramente desinteressado”. Nós não estamos
interessados em possuir ou usar a coisa de outra
maneira que não seja apenas para conhecê-la. E esse
desejo desinteressado e prazeroso, que vem de sua
própria satisfação.

Qual a distinção entre a beleza a verdade e a bondade?


A verdade é uma qualidade das afirmações que
podemos fazer sobre as coisas do mundo.
A bondade é uma qualidade inerente às coisas
que desejamos ou usamos.
A beleza é algo que associamos normalmente em
obras de arte.

Qual a relação entre a beleza a verdade e a bondade?


O belo (beleza) é como o bom (bondade) na
medida em que nos agrada e satisfaz o desejo, mas
ele também é como o verdadeiro (verdade) na medida
em que é um objeto de conhecimento, e não da ação.
A beleza é subjetiva (é apenas uma questão de gosto
pessoal) ou é objetiva (no objeto em si)?
A única coisa que chamamos de bela é aquela
que, em relação à nossa capacidade, é apenas difícil
o suficiente para exigir algum esforço de nossa parte
para reconhecê-la individualmente; e não muito difícil
para que nosso esforço obtenha êxito e que, diante do
sucesso do entendimento, fiquemos satisfeitos. E o
prazer do sucesso em entendê-la, o esforço de
conhece-la transforma-se na experiência da beleza.
Estes fatos, indicam evidentemente, o aspecto
subjetivo da beleza, mas também aponta para algo no
aspecto objetivo que é em si bonito.
Quanto melhor for o gosto do indivíduo, mais belo
serão os objetos que ele pode apreciar, ou, quanto
mais belos forem os objetos que um indivíduo pode
apreciar, melhor será seu gosto.

O que existe na coisa que a torna bela, independentemente


de como a vemos ou de nossa própria experiência?
Um objeto é belo se, em primeiro lugar, ele for
um, se ele se encaixar como uma coisa, se tiver
unidade. Em segundo lugar, se for uma coisa
complexa, como é quase tudo que examinamos, sua
unidade deve ser constituída por uma proporção, uma
ordem e um arranjo de partes, a estrutura delas como
um todo deve ter clareza de ordem. A unidade, a
ordem e a clareza nas coisas são os elementos de
sua beleza objetiva.
Tudo que fazemos pode ser bem feito ou mal
feito. É bem feito quando é bem organizado, quando é
unificado, quando suas partes estão devidamente
relacionadas e sua estrutura é clara. E dizer que algo
é bem feito é dizer que algo é bonito.

Conhecemos a beleza através da arte, mas também não


existe beleza na natureza?
Aristóteles: “Para ser bela, uma criatura viva,
com cada conjunto composto por partes, não deve
apenas apresentar certa ordem em seu arranjo de
peças, mas também deve ter certa magnitude. Se
algo for demasiado grande para ser visto, ou pequeno
demais para que sua estrutura possa ser claramente
vista, ele não será belo. Deve ser de tal porte, com
suas partes ordenadas de tal maneira, com unidade
clara e estrutura evidente, para que assim possamos
chamá-lo de um belo conjunto”.
A beleza que existe na natureza, sem qualquer
esforço artístico de nossa parte, é aquela que se
encontra nas flores, nas árvores ou nos animais.
Todos sabem a diferença entre uma rosa bem
formada e uma deformada, entre um animal bem
formado e um deformado. Todos nós reconhecemos a
feiura da deformidade e a beleza daquilo que é bem
formado. O que entendemos por coisas bem formadas
são aquelas cuja noção de unidade esteja clara, que
suas peças estejam bem ordenadas, e sua estrutura,
evidente.

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