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RESUMO
Com a Reforma administrativa e a assunção do caráter gerencial por parte do Estado, a sua função
administrativa cada vez mais vem ganhando notoriedade diante da prestação de suas atividades em razão
da implantação da eficiência como princípio. Diante disso é que o presente artigo visa analisar a função
administrativa do estado, o princípio da eficiência e sua aplicabilidade dentro de tal função. Para tanto,
proceder-se-á à decomposição dos conceitos atribuídos a função administrativa e a eficiência,
examinando-se suas características. Ao final, buscar-se-á pontuar a aplicação de tal princípio dentro
dessa função, fazendo uma análise da contribuição da Eficiência na administração pública.
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INTRODUÇÃO
O presente artigo terá por fim analisar o princípio da eficiência, examinar os efeitos
concretos decorrentes da sua implantação, analisar a sua importância na função administrativa
do Estado para atender a esse novo comando, ressaltando-se especialmente as obrigações que
recaem sobre os administradores e servidores públicos no Brasil. O estudo consistirá na
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Este trabalho tem por finalidade por em destaque a função administrativa do estado, a importância do princípio
da eficiência sobre esta função, as mudanças sofridas pela máquina administrativa após sua instituição e a
influência da eficiência na atividade precípua do estado. Para atender tal objetivo foi utilizada como metodologia
a pesquisa bibliográfica, tendo um caráter descritivo.
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Bacharel em Desenho Industrial. Atua nas áreas de planejamento e orçamento de obras da construção civil. E-
mail: silene.silva@hotmail.com
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Advogado e Professor Universitário. Mestre em Direito Tributário pela PUC/SP. Pós-graduado em Direito
Constitucional pela PUC/SP. Pós-graduado em Direito Tributário pelo IBET. Professor orientador do Curso de
Pós Graduação Latu Sensu da UCDB/MS. E-mail: Guilherme@acvsadvogados.com.br.
abordagem teórica do princípio da eficiência, introduzido no ordenamento jurídico, em
decorrência do processo de Reforma do Estado, através da Emenda Constitucional nº 19/1998
que modificou a redação do art. 37, caput, da Constituição Federal Brasileira, a saber:
2 EFICIÊNCIA
A palavra eficiência tem origem no termo latim efficientia e refere-se à capacidade
de dispor de algo ou alguém para conseguir um efeito determinado. Em outras palavras, a
eficiência é o uso racional dos meios dos quais se dispõe para alcançar um objetivo pré-
determinado. Trata-se da capacidade de alcançar os objetivos e metas programadas com o
mínimo de tempo e recursos disponíveis, conseguindo desta forma a sua otimização.
Para Holanda (1999), eficiência é sinônimo de eficácia, que, por sua vez, significa
uma ação “que produz um efeito”, ou ainda, “que dá bom resultado”. Já o dicionário HOUAISS
(2001,p.1102) define-a como “poder, capacidade de uma causa produzir um efeito real”. Para
os léxicos, portanto, eficiência e eficácia são sinônimas que representam a capacidade de se
produzir determinados feitos.
No nosso estudo não é razoável apoiar-se somente no sentido gramatical da palavra
para dar sentido a um princípio jurídico. Todavia, esta análise serve para que, ao menos,
inicialmente, possa ser feita a seguinte afirmação: exigir de alguém eficiência é exigir que seus
atos deem bons resultados.
Contudo, é necessária conceituação mais completa, que será extraída da doutrina.
E essa necessidade de completude conceitual se deve ao fato de que a eficiência pode ser
interpretada de formas diferentes, dependendo da área em que é pesquisada.
Na Ciência da Administração, por exemplo, constata-se através das palavras de
Andrade e Amboni (2007) que:
Logo, tem-se que a preocupação da administração pública vai além dos fatores
econômicos, visto que, seu principal objetivo não é o lucro e sim o interesse da coletividade, o
bem estar social e o atendimento das necessidades do cliente/cidadão, primado pela excelência
nos resultados a custos menos onerosos.
Desses conceitos se extrai que Controle Interno nada mais é que o conjunto de
métodos implantados para a fiscalização das diversas atividades de uma entidade.
A função do Controle Interno exige que a Administração pública volte sua atenção
para a execução de planos e programas, para que metas e objetivos previamente delineados
sejam atingidos.
Para Cruz e Glock o Controle Interno é:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CRUZ, Flávio da; GLOCK, José Osvaldo. Controle Interno nos municípios: orientação para a
implantação e relacionamento com os tribunais de contas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2008.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 7 ed. Belo Horizonte. Editora
Forum, 2011.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 14 ed. rev. atual e
ampl. São Paulo: Malheiros, 2015.
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 7 ed. São Paulo.Editora: Revista dos
Tribunais, 2003.
OSÓRIO, Fabio Medina. Novos Rumos da Gestão Pública Brasileira: dificuldades teóricas
ou operacionais? Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado – RERE, Salvador, Inst.
de Direito Público da Bahia, n.1, março/abril/maio, 2005. Disponível na internet
HTTP://direitodoestado.com.br. Acesso em 10/08/2015.
TOLOSA, Filho Benedicto de. Direito Administrativo: noções fundamentais. São Paulo.
Editora Iglu, 1999.