Você está na página 1de 33

Válvulas de Controle

Introdução

Válvulas são utilizadas largamente pela indústria como mecanismos instalados


em linhas de tubulações que se destinam a diferentes propósitos, tais como:
garantir a segurança da instalação e dos operadores, ou ainda permitir a
realização de manutenções e substituições de elementos da instalação e,
principalmente, estabelecer e controlar a pressão e escoamento de fluidos em
tubulações. Essencialmente, a válvula de controle é um componente que
dissipa energia hidráulica de maneira controlada.

Devido a sua multiplicidade de funções, existe uma grande variedade de tipos e


subtipos de válvulas, cuja escolha depende não só das características de
operação, como da natureza do fluido, condições de pressão, temperatura e
forma de acionamento. A seleção da válvula é, portanto, da maior importância,
tanto sob o ponto de vista da operação normal da instalação quanto do aspecto
dos custos envolvidos, que em alguns casos podem alcançar de 5 a 6% do
custo total do sistema. Uma escolha incorreta pode algumas vezes causar
sérios problemas, provocando alterações consideráveis no desenho original e
danos graves a instalação.

Classificação de válvulas

Existem quatro métodos principais para realização do controle de fluxo através


de válvulas, podendo assim, serem classificadas:

§ Válvula Globo e de Agulha: Um disco ou tampão é projetado dentro ou


contra uma abertura;

§ Válvulas Esféricas e Gaveta: Uma cunha ou uma superfície esférica se


move através de uma abertura;

§ Válvulas Borboleta: Um disco é rotacionado sobre um eixo perpendicular ao


diâmetro de um corpo cilindro;

§ Válvulas de Diafragma: Uma membrana é empurrada em direção ao fluxo,


como nas.

A tabela a seguir apresenta os principais tipos de válvulas empregadas em


instalações industriais, classificadas de acordo com suas funções,
características e aplicação.
Função Geral Tipo de Válvula Características e Aplicações

Válvula Gaveta Grande variedade de aplicações. Não altera a


direção do fluxo quando aberta. Mínima queda de
pressão. Se usada para regulagem de fluxo,
apresenta a tendência de erodir rapidamente por
efeito de cavitação. Existem em grande variedade
de tamanhos e aplicadas em uma ampla faixa de
pressões e temperaturas.

Válvula de Esfera Muito utilizada em industrias onde existem


condições de corrosão aliadas à pressão e
temperaturas altas. São simples, compactas e de
abertura rápida. Existem em pequena variedade de
tamanhos e aplicadas em uma estreita faixa de
pressões e temperaturas. Não se aplicam para
regulagem de fluxo.
CONTROLE ON/OFF

Válvula de Macho Não alteram a direção do fluxo. Abrem e fecham


totalmente com rotação de 90º. Podem ser
adaptadas para desvio do fluxo através de
múltiplas saídas. Não se aplicam para regulagem
de fluxo.

Válvula de Macho Utilizadas para serviços críticos que requerem


Lubrificada proteção contra subpressão. O lubrificante protege
contra a cavitação, reduz o atrito e desgaste e
diminui esforços. Porém, pode causar a
contaminação de produtos e limita a temperatura
máxima de operação.

Válvula de Macho Podem ser fabricadas com materiais baratos, com


Não-Lubrificada plástico revestido. São excelentes para condições
corrosivas, mas, possuem faixa de operação
limitada pela temperatura e pressão.

Válvula Deslizante Possui as mesmas características da válvula de


gaveta. Apresenta boa estanquei. Não se aplicam
para regulagem de fluxo. Boa estanqueidade com
líquidos pressurizados e uso limitado para
regulagem de fluxo.
Função Geral Tipo de Válvula Características e Aplicações

Válvula Globo É a válvula mais usada para regulagem eficiente de


serviços críticos. Usada extensivamente em
controle automático de processos. Encontrada em
grande variedade de tamanhos e aplicada em uma
grande faixa de pressão e temperatura. Disponível
em diferentes tipos de material.

Válvula Angular Similar a válvula globo convencional. Porém, suas


extremidades formam um ângulo entre si. Provoca
menor queda de pressão e reduz o número de
ligações entre os tubos. Deve-se ter o cuidado de
não submeter a válvula à tensões comuns em
curvas de tubulações.

Válvula “Y” Similar a válvula globo, porém, com orifício à 45º


para passagem do fluxo. Boas características de
regulagem e menor queda de pressão do que a
válvula globo comum.
CONTROLE DE FLUXO

Válvula de Agulha Restrita a pequenas dimensões e usada quando se


necessita de um fechamento com regulagem
manual. Disponível para altas pressões.

Válvula Borboleta De construção extremamente simples.


Especialmente para gases, líquidos à baixas
pressões. Aplicada também em serviços tipo liga-
desliga. Apresenta baixa queda de pressão, baixo
custo, limpa e de ação rápida.

Válvula de Diafragma Tipo de válvula usada para fluidos corrosivos,


voláteis e tóxicos, particularmente quando a
cavitação deve ser evitada. Embora sua
especificação seja limitada pela pouca variedade
de materiais de fabricação do diafragma, existe
uma grande variedade de tipos para trabalhar com
fluidos corrosivos. A temperatura e pressão
impõem limites de aplicação. Também podem ser
usadas para serviços liga-desliga.

Válvula de Mangote Também usada em serviços liga-desliga. Baixo


custo, simples e excelente para fluidos pastosos e
abrasivos. Resistente a corrosão e protege contra
contaminação. Faixa de temperatura e pressão
limitadas.
Função Geral Tipo de Válvula Características e Aplicações

PREVENÇÃO DE REFLUXO Válvula de Retenção Previne automaticamente o retorno do fluxo na


tubulação. Existem vários tipos para atender a
variadas condições, tais como fluxo pulsante,
movimento horizontal ou vertical, etc. Existe em
diferentes tamanhos e é aplicada em ampla faixa
de temperatura e pressão.

Válvula de Pé Tipo de válvula de retenção, usualmente utilizada


para manter o liquido na linha de sucção de
bombas. Normalmente empregada com um crivo.

Função Geral Tipo de Válvula Características e Aplicações


CONTROLE AUTOMÁTICO

Válvula de Controle Grande quantidade de válvulas para regulagem e


Automático controle automático de temperatura, pressão, taxa
DE PROCESSOS

de fluxo, níveis de líquido, etc. Cobrem um vasto


campo de operação, incluindo o controle por
computador. São atuadas através de um sinal
recebido do fluido escoando pelo corpo da válvula
ou de um programa computacional contendo
condições pré-estabelecidas. Podem ser operadas
hidraulicamente, por acionamento pneumático,
elétrico ou combinação de ambos.

Válvula de Segurança Usada para proteção contra pressão excessiva de


gases.
SEGURANÇA E PROTEÇÃO

Válvula de Alívio Usada para proteção contra pressão excessiva de


líquidos.

Válvula de Pode ser usado tanto para proteção de gases


Segurança/Alívio quanto para de líquidos.

Ambas as válvulas, de segurança e alívio,


requerem inspeção periódica para se ter certeza do
seu perfeito estado de funcionamento. Existem
subtipos para atender as mais diversas condições.
Válvulas de controle de fluxo
A seguir serão tratados os principais tipos de válvulas utilizadas no controle de
fluxo em processos industriais.

Válvula Globo

O nome dessa válvula de deve ao formato de seu corpo. Seu funcionamento se


dá pelo movimento de um disco ou de uma cunha redonda, tapando um orifício
para bloquear o fluxo de fluido. O movimento do disco e o fechamento do
orifício são feitos no sentido perpendicular ao eixo da válvula, induzindo o fluxo
a mudar de direção duas vezes por noventa graus. Estas mudanças de direção
causam uma turbulência no fluido e conseqüentemente, uma alta perda de
carga (ou energia). A forma do assento ou da cunha pode variar, fornecendo
diferentes características de fluxo. A figura a seguir mostra algumas válvulas
globo em corte com seus principais componentes.

Cuidados especiais devem ser tomados durante a sua seleção quando a perda
de carga for alta. A má especificação pode provocar vibrações excessivas,
danificando a válvula, a tubulação e suportes, ou a equipamentos interligados.
Neste caso, uma cunha cônica ou em “V” poderá solucionar o problema. Caso
se necessite realizar o fechamento do fluxo, em fluidos que contenham
algumas partículas sólidas em suspensão, e onde a regulagem não precisa ser
muito fina, deve-se especificar um disco de material como borracha ou
neoprene. Quando o fluido não contém partículas sólidas em suspensão, o
disco poderá ser de metal para obter uma vida útil mais longa.

O disco poderá ser fixo ou solto na haste. Quando fixo, este gira juntamente
com a haste, proporcionando uma leve abrasão e limpeza do assento da
válvula toda vez que ocorre o fechamento. Quando solto, o disco pode girar
independente da haste, e o fechamento ocorre pelo contato do disco contra o
assento. Válvulas do tipo globo são usadas em geral para diâmetros até 250
mm. Acima desse diâmetro, o disco se torna muito grande e transmite esforços
elevados para a haste, requerendo reforços especiais para suportá-la.

Em sistemas de bombeamento são empregadas em instalações auxiliares ou


quando o problema da perda de carga excessiva for irrelevante frente a
necessidade de absoluta estanqueidade, como no caso de bombeamento de
líquidos voláteis. Fabricam-se válvulas globo dos seguintes materiais:

§ Bronze: Para água, óleo e gás até 13,8 bar; vapor até 8,6 bar. Com
diâmetros de 12.5 mm a 50 mm.
§ Ferro fundido: Para vapor saturado, água, gás, óleo, etc, a 40º C. Com
diâmetros de 40 a 250 mm.
§ Aço carbono fundido classe 150 1b: Para vapor até 260º C. Água, óleo e
gás a 40º C.
§ Aço carbono fundido classe 300 1b: Para vapor até 450º C. Água, óleo e
gás a 40º C.

Podem-se encontrar modelos com duas ou com três vias, como os mostrados a
seguir.
Válvula “Y” ou Obliqua

Esta é uma variação da válvula globo, com a diferença que a haste e o assento
estão posicionados em um ângulo de 45 graus em relação ao eixo da
tubulação, tal como ilustrado a seguir. A vantagem dessa configuração é a
menor queda de pressão com melhor característica de controle. Podem ser
aplicadas no controle de fluidos químicos com alta taxa de corrosão, sendo
fabricadas com um corpo de duas peças e um assento intercambiável preso
entre as duas partes, tornando a substituição mais rápida. As características de
dimensões e material de fabricação são as mesmas da válvula globo comum.

Válvula Angular

Esta é mais uma versão da válvula globo, com as extremidades de entrada e


saída perpendiculares entre si. Possui a vantagem de ajudar a reduzir o
número de conexões do sistema de tubulações. É usualmente constituída de
um único corpo, podendo ser bipartida de forma semelhante à válvula “Y”, com
a mesmo propósito. As características de dimensões e condições de operação
também são similares à válvula globo.

Válvula Agulha

Este é um tipo de válvula globo usada quando se deseja um fino controle do


fluxo. A maior diferença se encontra na cunha de fechamento, que nas válvulas
agulha não são discos, mas sim um plug ou agulha, cujo comprimento é maior
do que o próprio diâmetro. A figura a seguir mostra uma válvula agulha típica.
Quando fechada, a agulha se encaixa num anel no corpo da válvula. A medida
em que a válvula é aberta, a agulha se desencaixa e abre-se uma passagem
anular em volta dela. O grau de regulagem depende da suavidade do ângulo
da agulha e, conseqüentemente, da relação entre comprimento e diâmetro.
Quanto maior o comprimento, maior o grau de regulagem.

A válvula tipo agulha é projetada para controle fino, com alta perda de carga,
podendo provocar vibrações elevadas em altas taxa de fluxo. Por este motivo,
os diâmetros usuais de fabricação vão de 3,2 mm a 25 mm. E em pequenas
dimensões, a pressão de trabalho pode chegar em torno de 700 bar, com faixa
de temperatura de -70º C a 260º C.

Válvula Borboleta

As válvulas borboleta são de construção muito simples, constituindo-se em um


anel do mesmo diâmetro da tubulação, com um disco que gira dentro do anel
em torno de um eixo (lentilha), abrindo ou fechando a passagem do fluido.

O disco é a peça que mais afeta o desempenho da válvula, havendo muitas


diferenças de um fabricante para outro. O disco causa turbulência no fluido,
provocando perda de carga e aumentando a corrosão local, motivo pelo qual
qualquer modificação que possa diminuir esta turbulência torna-se válida, uma
vez que não influi de sobremaneira no custo da válvula, podendo-se encontrar
no mercado discos excêntricos, discos com volutas, dentre outros.
Outro fator importante a ser considerado no projeto do disco é a tendência de
se fechar sozinho com o fluxo do fluido. Para resolver este problema, muitas
válvulas tipo borboleta possuem um mecanismo no atuador para segurar a
válvula na posição desejada.

Para melhorar a vedação do disco, a válvula pode ser fornecida com um anel
de borracha ou material plástico para servir de assento ao disco. Quando o
serviço é corrosivo ou erosivo, o corpo e disco podem ser revestidos com um
material mais resistente. O acionamento é simples, bastando um giro de
setenta a noventa graus para abrir ou fechar completamente a passagem e são
fabricadas com diâmetros que variam de 0,075 m a 6 m

Válvula de Diafragma

Originalmente, as válvulas de diafragma eram utilizadas para controle de ar


comprimido nas minas de carvão da África do Sul. Atualmente este tipo de
válvula é usado nos mais diversos processos, como gases em geral, fluidos
altamente corrosivos ou abrasivos, polpas e em fluidos que possuam um alto
índice de sólidos em suspensão. Este modelo consiste em um corpo tubular,
onde a parte superior possui uma membrana de material plástico, formando um
diafragma. Para fechar a válvula, o diafragma é pressionado para baixo por um
pistão até obstruir por completo a passagem do fluido, ficando todo o
mecanismo de acionamento fora de contato com o fluido. Entre os materiais
mais utilizados na fabricação do diafragma estão a borracha natural, borracha
sintética e vários plásticos.
São encontrados dois tipos básicos de válvulas de diafragma. O mais comum
possui o canal de passagem levantado no centro da válvula, onde o diafragma
é abaixado (a). Possui como desvantagem dificultar a drenagem da linha,
principalmente quando o fluido é corrosivo ou solidificável. O outro tipo é o de
corpo com passagem reta (b), que tem como desvantagem a vida útil mais
curta da membrana. Possui a vantagem de permitir a limpeza da linha. Tais
modelos são mostrados na figura a seguir.

(a) (b)

O acionamento é normalmente feito por volante ou ainda por alavanca de


operação rápida de noventa graus. Pela simples construção, é ideal para
acionamento pneumático com molas. Devido ao material do diafragma, a
válvula possui limites operacionais de pressão e temperatura bem estreitos,
com a pressão variando de 3,5 a 8,3 bar e a temperatura de 70º C a 150º C.

Válvula de Mangote

Esta válvula, de construção bem simples, é semelhante à válvula diafragma. O


corpo consiste em um mangote de borracha flexível com um mecanismo por
fora para estrangulá -lo, fechando a passagem do fluido. Como o corpo é de
borracha, os limites de temperatura são bastante baixos, variando de 70º C
para a borracha e 150º C para alguns mangotes de material plástico. O limite
de pressão não é tão baixo, uma vez que o mangote pode ser reforçado com
lonas de nylon ou outro material resistente. São fabricados normalmente com
diâmetros até 600 mm.

Os flanges da válvula são feitos como próprio mangote e reforçados por trás
com um flange metálico. O mecanismo não entra em contato com o fluido,
sendo por isso, as partes feitas de ferro fundido e aço carbono. O acionamento
pode ser feito por volante, alavanca, ou com acionamento hidráulico,
pneumático ou motorizado para controle remoto. Seu emprego é ideal para
fluidos corrosivos, polpa areia, lamas e fluidos altamente abrasivos, como os
encontrados em industrias de mineração.
Válvula Gaveta

Esta válvula consiste de uma placa que desliza em seu compartimento


estrangulando o fluxo, como mostrado na figura a seguir.

O controle do fluxo se dá pela porcentagem de área coberta pela placa,


restringindo fluxo. A aplicação típica desta válvula se faz especialmente no
controle on/off.
Válvula Esfera

Nesta válvula, o elemento de restrição é uma esfera dotada de um furo para a


passagem do fluxo. A esfera é então rotacionada para controlar o fluxo.
Quando o furo está na direção do fluxo há a liberação para a sua passagem.
Por outro lado, quando a face da esfera está alinhada com fluxo, este tem
liberdade de passagem pela válvula.

Podem existir outros tipos de válvulas esféricas, com diferentes aberturas,


proporcionando as propriedades que se desejar.

Válvula Macho

Este é um outro tipo de válvula de trabalho on/off é, mostrada a seguir. Ao


invés de uma esfera, tem-se um cilindro vazado, por onde passa o fluxo.
Características de Fluxo das Válvulas
Um importante parâmetro das válvulas de regulagem refere-se a sua
característica de fluxo, ou simplesmente característica da válvula, que se define
como a relação existente entre o fluxo que passa através da válvula e a
porcentagem de abertura de seu orifício de passagem, mantida constante a
queda de pressão provocada pela mesma.

As características de fluxo inerentes às válvulas se distinguem em diversos


tipos, dependendo do formato da cunha que controla a abertura do orifício de
passagem. A seguir são apresentadas as formas básicas dos diversos tipos de
cunhas usadas em válvulas de controle.

A figura a seguir mostra as características de fluxo básicas, proporcionadas por


cada uma dessas formas de cunha apresentadas na figura anterior.

Válvula com característica de rápida abertura

A cunha tem o formato de um disco biselado, que faz variar muito rapidamente
a área de passagem do fluido com um único e curto movimento da haste.
Válvula com característica linear

Nesta válvula, a área de passagem do fluido varia linearmente com as


variações do movimento da cunha. Diferentemente da válvula de rápida
abertura, cuja função é geralmente trabalhar de forma que o fluxo seja zero ou
máximo, a válvula linear trabalha com o estrangulamento do fluxo, e sua
conseqüente regulagem. Matematicamente, a característica desse tipo de
válvula pode ser descrita como:

A = k. X

Onde A é área de passagem do fluido; k é a constante da válvula; e, X é


distância entre a cunha e o assento.

Como o fluxo é diretamente proporcional a área, vem:

X
Q= ⋅ QM
XM

Onde Q é a vazão através da válvula; QM é a vazão correspondente a máxima


elevação da cunha, a uma dada queda de pressão; e, XM é a elevação máxima,
a uma dada queda de pressão.

A característica linear é usada onde se requer uma regulagem linear precisa, e


onde a perda de carga do sistema é razoavelmente constante e concentrada
no assento da válvula.

Válvula com característica de igual porcentagem

Este tipo de característica de válvula proporciona, sob condições constantes de


queda de pressão, uma porcentagem igual ao no crescimento da vazão, por
unidade de distância da cunha em relação ao assento. É também o tipo mais
usado para controle de processos industriais. Trabalha, tal como na válvula
linear, estrangulando o fluxo e não proporciona um fechamento completamente
hermético quando fechada.
A cunha pode ser do tipo de corpo sólido ou um cilindro com uma ranhura em
forma de “V”, de maneira que a área de passagem varie geometricamente com
o movimento da haste e, na condição ideal, a equação que traduz as
características desta válvula é:

dQ
= k ⋅Q
dX
A solução desta expressão é feita considerando-se que a válvula se desvia de
suas características ideais de igual porcentagem quando a elevação da haste é
muito pequena. Sendo assim:

Q = Q min, para X = X min

Q = Q max, para X = X max

X
Q  X max
se X min = 0, Q = Q min ⋅  max 

 Q Qmin 

X − X min
Q  X max − X min
se X min ≠ 0, Q = Q min ⋅  max 
 Q min 

As figuras a seguir mostram as curvas características de fluxo apresentadas


por algumas válvulas, que possuem comportamento típico de válvula de igual
porcentagem.
Em muitas instalações, a queda de pressão na válvula é projetada para ser de
10 a 20% da perda de carga total do sistema. Se a válvula em tais instalações
é de igual porcentagem, então a curva característica de todo o sistema irá se
aproximar de uma característica linear. A figura a seguir mostra a influência da
válvula na curva total do sistema.
Fluxos máximo e mínimo

Vários são os fatores que podem limitar o máximo e o mínimo fluxo em uma
válvula, a saber:

§ O próprio orifício da válvula limita o fluxo, mesmo estando a peça


restringente totalmente removida;

§ Quando a resistência do corpo da válvula se torna uma parcela


consideráve l da resistência total da mesma;

§ Quando há a presença de cavitação;

§ Em se tratando de gases, quando a pressão a jusante cai à metade da


pressão a montante, o fluxo pode atingir a velocidade crítica supersônica.

Por outro lado, o fluxo mínimo é uma função de sua vedação.

Rangeabilidade

Rangeabilidade de uma válvula é a relação entre a máxima e a mínima vazão


que a válvula pode efetivamente controlar. Se uma válvula pode controlar a
vazão desde 2% da capacidade máxima até 100%, a sua rangeabilidade será
então:

100
R= = 50 , ou seja, R = 50:1
2

A rengeabilidade é uma função direta da característica de abertura e, por


conseguinte, do formato da cunha de vedação. A tabela a seguir apresenta
alguns valores típicos.

Característica Rangeabilidade
100 ou mais (maior em grandes diâmetros e menores
Abertura Rápida
ângulos de contato)

Linear 30:1 a várias centenas

Parabólica 50:1

Igual Percentagem 30:1 a 60:1


Atuadores

O atuador é a parte da válvula de controle que fornece a força com a qual a


válvula realiza o seu trabalho ou, em outras palavras, é o dispositivo que, numa
válvula de controle, converte alguma forma de energia em movimento. Os tipos
de atuadores mais utilizados são:

§ Pneumático (87% das aplicações)


§ Elétrico ou eletromecânico (11%)
§ Hidráulico (1%)
§ Mecânico (1%)

Atuadores pneumáticos

Atuador de diafragma

Existem vários tipos de atuadores de diafragma, porém, os mais comuns são:


diafragma com retorno por mola, pistão com retorno por mola e duplo pistão.

No primeiro caso, o atuador consiste de um diafragma flexível montado em


uma câmara dupla. Em uma das partes dessa câmara o diafragma recebe o
sinal de controle, na outra, o diafragma é fixado a um prato onde se apóiam
uma haste e uma mola ou conjunto de molas, como mostrado a seguir.
Quando se aplica ar (sinal de controle) em seu lado próprio, produz-se uma
força que se opõe à força da mola, a qual limita o curso e regula a posição da
haste. Outra função do diafragma é agir como selo de pressão entre duas
partes da câmara onde se encontra encerrado. A função da mola é a de opor-
se à força desenvolvida pela pressão do ar que age no diafragma,
posicionando, dessa maneira, a haste do atuador para cada sinal recebido do
controlador.

Observa-se, então, que este tipo de atuador transforma pressão em


movimento. Muitos atuadores têm faixa básica de operação de 3 a 15 psi,
sendo que o diafragma começa a mover-se quando lhe são aplicados 3 psi. A
mola deve ser ajustada de tal modo que a um infinitésimo aumento acima de 3
psi, permita que o diafragma comece a mover-se e, conseqüentemente,
movimente a haste fixada ao diafragma.
O comportamento do movimento em relação ao sinal recebido deve ser linear,
ou seja, quando é aplicado, por exemplo, 9 psi, que é a metade da faixa de
sinal entre 3 e 15 psi, o diafragma deve-se deslocar até 50% do seu curso total.
Com 15 psi no atuador, coloca-se uma carga suficiente na mola para que o
diafragma complete o deslocamento até a outra posição, ou até o final de seu
curso.

É importante salientar que, embora o diâmetro do compartimento interno do


atuador seja constante, a área do pode não diafragma ser, principalmente por
este ser fabricado com material flexível e por sua configuração não ser
absolutamente plana. Isto faz com que as componentes das forças presentes
modifiquem-se a cada nova posição. Por outro lado, o curso da mola deve
também estar dentro de uma faixa em que o seu coeficiente de elasticidade
seja constante. A junção destes elementos e a seleção de materiais
compatíveis de boa qualidade permitem a necessária linearidade do atuador.

Podem-se encontrar dois tipos básicos de atuadores nesta classificação:


Atuador de ação direta, quando há o deslocamento positivo da haste com o
aumento da pressão (sinal de controle), ou atuador de ação inversa, quando se
observa o deslocamento negativo (haste deslocando-se para dentro) com o
aumento do sinal de controle.

Neste caso, a mola faz com que a haste sempre retorne à posição inicial
quando o sinal de controle seja aquele previsto para esta posição, ou seja, 3
psi para o atuador de ação direta ou 15 psi para o atuador de ação inversa. Daí
este atuador vir a ter o nome: Atuador tipo diafragma com retorno por mola.

Para o pistão com retorno por mola, o processo é absoluta mente similar ao
descrito anteriormente, porém, no lugar do diafragma, tem-se o êmbolo de um
pistão. Neste acaso, não se observam alterações na área onde é aplicada a
força gerada pela pressão do sinal de controle versus a área do êmbolo. Este
é, sem dúvida, um fator positivo, tornando esse tipo de atuador bastante
preciso. No entanto, há maior desgaste do anel de vedação do êmbolo que
atrita contra as paredes internas do cilindro. Acontecendo o referido desgaste,
haverá um vazamento do sinal de controle para a segunda câmara perdendo-
se, dessa maneira, a linearidade do atuador. No entanto, no vos materiais vêm
sendo desenvolvidos, aumentando consideravelmente a eficiência desse tipo
de atuador. Assim, observa -se uma certa tendência de que, quanto mais
preciso necessita ser o controle obtido através de sistemas digitais, mais se
requer um atuador eficiente e preciso. Este atuador é, portanto, conhecido por:
Atuador tipo pistão com retorno por mola.

Devido a suas características, os dois tipos descritos são, na maior parte das
aplicações, utiliza dos em serviços modulares ou modulantes onde se requer
um posicionamento preciso em qualquer das infinitas posições entre a válvula
totalmente aberta e fechada. Adicionalmente, deve -se considerar que esses
tipos de atuadores são bastante compactos sem perder, no entanto, a robustez
necessária aos processos mais agressivos.
Por fim, tem-se o atuador conhecido como duplo pistão. Neste caso, todas as
características mencionadas são totalmente aplicáveis. A única diferença é que
a mola é substituída por uma outra câmara de pressão onde é recebido outro
sinal de controle ou ainda, uma pressão constante. Esse tipo de atuador é
muito usado para serviços on/off. O campo de utilização do atuador pneumático
é enorme, sendo encontrado em quase todas as aplicações industriais.

Atuador de pistão

Os atuadores de pistão são atuadores pneumáticos que procuram cobrir as


limitações do atuador diafragma. São projetados para oferecer longos cursos e
operar a altas pressões, necessárias para desenvolver grandes forças.

O atuador é simplesmente um pistão que desliza em um cilindro, sendo o


espaço existente entre o pistão e o cilindro selado por intermédio de anéis.
Este selo, que pode ser um simples o-ring, aumenta a resistência que deve ser
vencida durante o posicionamento da válvula. O atrito resultante insere uma
histerese no sistema de controle.

Podem-se encontrar atuadores com molas destinadas a retornar o pistão à sua


posição original, no entanto, o procedimento mais comum é o uso de duas
pressões atuando sobre ambos os lados do pistão, sendo uma delas
empregada como uma “mola de ar”.
Atuador de pinhão

Este atuador se baseia no princípio da operação de pinhão com cremalheiras


opostas, associadas a pistões, com guias, visando o alinhamento e perfeito
deslizamento.

No atuador de dupla ação, o ar comprimido é aplicado na porta A. O ar flui pelo


canal posterior, entra na câmara empurrando os pistões de modo a afastá-los,
girando o eixo no sentido anti-horário (vista superior) para abrir a válvula.
Durante esta ação, o ar sai pela porta B, através do canal anterior. O
fechamento da válvula se dá com a ação contrária.

Um sistema tolerante à falha elétrica ou na alimentação de ar comprimido é o


atuador com retorno por mola. Na falta da alimentação pneumática a válvula é
fechada automaticamente. Sendo assim, o número de molas existentes
dependerá da pressão do ar comprimido e do torque necessário. A figura a
seguir ilustra este sistema.

Para a abertura da válvula alimenta-se a porta A com ar comprimido. O ar flui


pelo canal posterior, entra na câmara empurrando os pistões de modo a afastá-
los, comprimindo a mola, girando o eixo no sentido anti-horário, e sai pela porta
B. Quando o ar sai pela porta A, usando uma válvula de 3 vias, por exemplo, as
molas empurram os pistões de volta, fechando a válvula.
Atuadores elétricos
Atuadores elétricos ou eletromecânicos consistem de um sistema de moto-
redução, acoplado à haste da válvula. Este tipo de atuador normalmente dispõe
dos acessórios necessários para que sejam cumpridas as determinações do
sistema de controle e segurança. Tais acessórios (como chaves limites de
curso, chaves limite de torque, dispositivos de destravamento do acionamento
manual, reversão, dispositivos de proteção por carga térmica, etc) fazem com
que o conjunto assim formado torne -se muito caro e pesado.

O fato deste tipo de atuador ser bastante lento é uma de suas características.
No entanto, em função da sua robustez, alto torque desenvolvido, e devido ao
fato deste ser de acionamento elétrico, não impondo limites práticos de
distância para o elemento gerador de sinal, faz com que este atuador tenha um
segmento de mercado bastante definido e fiel. Na verdade, existem aplicações
em que não há outra possibilidade de atuação. As aplicações mais comuns
desse tipo de atuador são junto à indústria de extração e transporte de petróleo
e minérios devido as grandes distâncias existentes entre os locais de extração
e de processamento dessas matérias-primas.

Atuadores hidráulicos
Estes atuadores são muito pouco usados em função dos inúmeros dispositivos
e acessórios de que necessita. Consistem em um conjunto formado por
reservatório de óleo hidráulico, bomba de sucção e um conjunto de válvulas
interligadas de maneira a desviar e selecionar o fluxo de óleo para uma ou
outra câmara de um cilindro. Dessa forma, o cilindro que agirá sobre a válvula
desenvolve o curso necessário.

Assim como no caso anterior, os atuadores hidráulicos são robustos, pesados


e desenvolvem alto torque. Porém, são limitados à distância de atuação e por
manipularem pressões mais elevadas de óleo, sendo mais susceptíveis a
vazamentos. Seu campo de atuação está restrito a locais onde, por qualquer
motivo, não é disponível outra fonte de energia.
Atuadores mecânicos
Atuadores Mecânicos são, atualmente, um dos menos usados e consistem de
um dispositivo mecânico que, interligado diretamente com o processo, é capaz
de movimentar uma haste. Devido às perdas mecânicas, este atuador é
apenas usado em aplicações onde seja requerido um baixo torque.

Outras aplicações de atuadores


Análise comparativa
A tabela a seguir apresenta uma análise comparativa dos tipos de atuadores
apresentados, em termos gerais, aplicação e tipo de sinal de controle.

Pneumático Elétrico Hidráulico Mecânico

Torque Bom Alto Alto Baixo

Peso Compatível Alto Alto Médio

Custo inicial Médio Alto Alto Médio


GERAL

Custo de
Médio Alto Alto Baixo
Manutenção

Eficiência Alta Alta Boa Baixa

Velocidade de
Ótima Baixa Baixa Boa
Resposta

Precisão Muito Boa Boa Média Pequena

ON/OFF Sim Sim Sim Não


APLICAÇÃO

Modular Sim Sim* Não Sim

Segurança Sim Sim Não Não

3 a 15 psi Sim Não Não Não


CONTROLE
SINAL DE

4 a 20 mA Sim Sim* Não Sim

Digital Sim Sim Não Não

Tensão Sim Sim Não Não

* O atuador elétrico não foi concebido originalmente para uso em controle, no entanto, existem alguns poucos
fabricantes que desenvolveram um conversor apto a receber um sinal de controle eletrônico (4 a 20mA). Este
dispositivo, no entanto, limita o torque manipulado.
Posicionadores

Introdução

Basicamente um posicionador é um elemento de controle proporcional onde o


set point e o sinal de controle que vêm de um elemento primário, tendo como
variável controlada a posição da válvula. O posicionador deve manter uma
relação pré-determinada entre a haste, ou eixo da válvula, e o sinal de entrada
gerado pelo controlador. O set point ou posição desejada da haste ou eixo da
válvula pode ser gerado manualmente, por um controlador pneumático ou
eletrônico, por um sistema digital de controle ou controlador lógico
programável.
Operação básica
O posicionador compara o sinal de entrada recebido (set point), com a posição
do curso da válvula de controle, em função desta comparação produz o sinal
de saída correspondente amplificado, gerando o comando do atuador. Os
posicionadores geralmente são utilizados como elementos de controle para:

§ Amplificar um sinal de saída;


§ Gerar ação de controle contra histerese e agarramento (fricção);
§ Ajuste preciso de posição de abertura da válvula;
§ Assegurar repetibilidade do sinal de controle;
§ Incrementar velocidade de resposta;
§ Reversão de ação do atuador;
§ Operações de “Split Range” (recebimento de sinal de controle dividido);
§ Modificação da característica inerente da válvula;
§ Quando a banda morta esperada da válvula/Atuador excede 5% do sinal
(0.6 psi ou 0.8 mA).

Como todo controlador, o posicionador possui um tempo morto, constante de


tempo, ganho, que interferem na dinâmica da malha de controle. Estas
variáveis devem ser consideradas nas malhas mais rápidas (geralmente
empregadas para controle pressão ou vazão).

Um recurso bastante explorado é o ajuste de ganho do posicionador, onde


pode-se tornar a resposta mais ou menos agressiva de acordo com o conjunto
válvula posicionador a ser instalado e a característica da malha de controle;
desde que não se torne harmônica, a resposta será mais rápida e
conseqüentemente mais precisa.

Naturalmente, dependendo da velocidade de variação do processo, o ajuste do


posicionador poderá ser feito de diferentes formas. Abaixo são estabelecidas
algumas indicações gerais:

§ Em um processo lento, como temperatura, deve-se ajustar o ganho do


posicionador para próximo ao máximo. Desta forma a válvula irá responder
à menor mudança no incremento do sinal de entrada. Todavia, ajuste a
velocidade (ar de saída) próximo do mínimo para prevenir a instabilidade do
atuador

§ Em um Processo rápido, como malhas de pressão e vazão, o ajuste do


ganho deve ser próximo ao mínimo e o ajuste da velocidade de saída de ar
deve ser próximo ao máximo valor, a resposta é clara e estável.
Classificação de posicionadores
Os posicionadores são classificados dependendo do sinal de entrada, do tipo
de atuador e da função do atuador, como segue:

Quanto ao sinal de entrada

Dependendo do tipo de sinal de entrada no posicionador (manual, controlador


pneumático, elétrico ou digital) tem-se:

§ Pneumático P/P com sinal de entrada e saída em pressão;


§ Analógico l/P com sinal de entrada em corrente ou voltagem e saída em
pressão;
§ Eletrônico I/P com sinal de entrada em corrente, sinal de saída em pressão
e mostrador digital;
§ Digital I/P com sinal de entrada corrente (4 a 20 mA) com comunicação
digital HART;
§ Digital l/P com protocolo de comunicação PROFIBUS PA e sinal de saída
pneumático;
§ Digital I/P com protocolo FOUNDATION Fieldbus e sinal de saída
pneumático.

Quanto ao tipo de Atuador

§ Lineares: utilizados em válvulas tipo globo e diafragma;

§ Rotativos: utilizados em válvulas tipo esfera, plug excêntrico, borboleta,


macho, dampers.

Considerando a grande quantidade de fabricantes de válvulas no mercado


mundial, a NAMUR (Comité para Normas de Instrumentação e Controle) que é
a organização encarregada de padronizar a montagem de acessórios,
instrumentos e válvulas; hoje é possível a montagem de posicionadores nas
válvulas dos diversos fabricantes.
Empresas líderes de mercado atualmente já possuem desenvolvidas
montagens integradas entre posicionador e atuador reduzindo ao máximo a
exposição de partes mecânicas móveis, assim como, os tubos de ar
comprimido.

Quanto à ação do atuador

§ Simples ação: o atuador gera força motriz pneumática somente em um


sentido;

§ Dupla ação: o atuador gera força motriz pneumática em ambos os sentidos,


devendo possuir duas saídas pneumáticas no posicionador.

Acessórios Adicionais
Em função da segurança da malha de controle, torna-se necessário incorporar
elementos adicionais tais como:

§ Válvula sole nóide: Normalmente empregada para levar ou manter a válvula


em uma posição de pré-determinada ou operação de bypass;

§ Chave limite de fim de curso: Utilizada para indicar se a posição da válvula


de controle está aberta, fechada ou ambas;

§ Transmissor de posição: Fornece sinal de saída proporcional para


informação (geralmente de 4 a 20mA), relativo à posição da haste ou eixo
da válvula de controle;

§ Filtro Regulador de ar: Utilizado para limitar a pressão de alimentação, e


assegurar a qualidade do ar. Também é utilizado para limitar a pressão
mínima de operação, abaixo da qual a válvula ficará inoperante.

Existem atualmente posicionadores que já incluem os acessórios citados em


seu invólucro.
Posicionadores Digitais
A tecnologia da microeletrônica tem permitido a utilização de
microprocessadores na fabricação de posicionadores digitais, os quais
permitem um melhor processamento de sinais, funções de diagnóstico e
controle de comunicação.

Em comparação com os posicionadores convencionais, os posicionadores


programáveis permitem adaptar estes dispositivos facilmente ao controle de
processo. Mediante a modulação em pulsos do ar de alimentação e saída
pode-se obter uma precisão e rapidez da posição da haste/eixo da válvula,
utilizando para isto microsolenóides de duas vias diferentemente do sistema
utilizado anteriormente de bico palheta (nozzle -flapper). Esta tecnologia permite
uma economia de ar comprimido com o controle estabilizado, pois as
microsolenóides nesta situação estarão praticamente fechadas.

Adicionalmente a estas melhorias no desempenho de controle, o posicionador


microprocessado apresenta os seguintes benefícios adicionais:

§ Rápido comissionamento, partida e calibração, auto-ajuste, mediante


parâmetros pré-definidos;
§ Funções automáticas de diagnósticos que permitem otimizar a manutenção
preventiva! preditiva;
§ Facilidade da comunicação digital que permite a transferência de dados;
§ Possibilidade de tecnologia de comunicação digital em barramento de
campo.

Alguns critérios de seleção dos posicionadores digitais


A seleção de um posicionador digital não é feita somente em função de sua
característica, mas essencialmente depende do sistema de controle e do
sistema de comunicação da planta.

Adicionalmente devem ser feitas as seguintes considerações:

§ Aplicações em áreas de risco (classificadas): onde o posicionador deve ser


à prova de explosão ou intrinsecamente seguro, para poder-se conectar ou
desconectar durante operação da planta;

§ lnteroperabilidade onde o posicionador deve permitir ser instalado em


válvula de diferentes fabricantes, com diferentes sistemas de comunicação.
Aplicação de posicionadores em diversos tipos de válvulas
Aplicações em controle

Em um processo contínuo, as válvulas de controle são usadas para manipular


o fluxo a fim de controlar certas variáveis tais como pressão, temperatura e
nível. Sendo assim, as tarefas desempenhadas por uma válvula podem ser
agrupadas em três categorias gerais, a saber:

§ Dispensação;
§ Dissipação; e,
§ Distribuição.

Introdução

Texto

Você também pode gostar