Analise de Curto Circuito Trifasico PDF

Você também pode gostar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 52

IT603 A / EE889 A

Cálculo de Curto-circuito em Sistemas de Energia


Elétrica

ANÁLISE DE CURTO-CIRCUITO TRIFÁSICO


EM SISTEMAS INTERLIGADOS

Fujio Sato

– p.
PERTURBAÇÕES NO SISTEMA ELÉTRICO

Um sistema elétrico está constantemente sujeito


às ocorrências que causam perturbações no seu
estado normal.

Estas perturbações alteram as grandezas


elétricas (corrente, tensão e frequência),
provocando violações nas restrições operativas.

Nestes casos, são necessários ações


preventivas e/ou corretivas para sanar ou limitar
as consequências dessas perturbações.

– p.
CURTO-CIRCUITO NO SISTEMA ELÉTRICO

As perturbações mais comuns e também as


mais severas são os curtos-circuitos, que
ocorrem em decorrência da ruptura da isolação
entre as fases ou entre a fase e terra. A
magnitude das correntes de curtos-circuitos
depende de vários fatores, dentre eles:
• tipo de curto-circuito
• capacidade do sistema de geração
• topologia da rede elétrica
• tipo de aterramento do neutro dos
equipamentos
– p.
ANÁLISE DE CURTO-CIRCUITO

Para a análise de curto-circuito num sistema de


potência é necessário o conhecimento dos
seguintes itens:

a) impedâncias de sequências dos elementos


componentes do sistema
b) grupo fasorial dos transformadores de fôrça
c) tipo de aterramento do neutro dos
equipamentos
d) redes de sequências
e) conexão das redes de sequências de acordo
com o tipo de curto-circuito
– p.
TIPOS DE CURTO-CIRCUITO

Ic
Va

Ia Ia
Ic
φ Va
φ
Ic
Vc Vb
Vc Ib Vb
Condição normal Curto−circuito trifásico

Ic
Va

Ib
Va Ia

Vc Vb
Vc Vb

Ib
Curto−circuito bifásico Curto−circuito monofásico

Para assegurar uma proteção adequada, o comportamento das


tensões e correntes durante o curto-circuito deve ser claramente
conhecido.
– p.
Conhecimento dos valores de curtos-circuitos - Para que?

O conhecimento prévio dos valores de


curtos-circuitos numa rede elétrica é necessário
para estudos e análises de alguns assuntos:
• determinação da capacidade dos
equipamentos
• cálculos de ajustes dos relés de proteção
• seleção de reatores limitadores de corrente
• cálculo de esforço mecânico nos elementos
estruturais dos equipamentos
• cálculos da malha de aterramento

– p.
Equipamentos de proteção - Princípios

Na ocorrência de curtos-circuitos é necessário que a parte


atingida seja isolada rapidamente do restante da rede
elétrica para evitar danos materiais e restringir ao máximo
a sua repercução no sistema. Esta função é
desempenhada pelo sistema de proteção,

Disjuntor Equipamento
TC

+
Relé Bateria

TP

– p.
Equipamentos de proteção - Princípios

1. Disjuntor
A abertura da parte sob curto-circuito de um sistema de
potência, interrompendo corrente várias vezes superior à
da carga é executada pelo disjuntor.
1. Redutores de medidas (TCs e TPs)
Os redutores de medidas são transformadores especiais,
de corrente e de tensão, que têm a função de isolar os
circuitos secundários da alta tensão.
3. Relé de proteção
A função do relé de proteção é, baseando-se nos valores
das medidas elétricas do sistema fornecidos pelos
redutores de medida, comandar a abertura dos
disjuntores.
– p.
Hipóteses simplificadoras para cálculos de curtos-circuitos

Nas simulações de curtos-circuitos são adotadas algumas


simplificações:

1. as máquinas síncronas operando com a tensão de 1,0 pu ∠00


2. os parâmetros shunt das linhas são ignorados
3. as cargas são ignoradas
4. transformadores operando no tap nominal
5. a rede de sequência negativa igual à rede de sequência positiva

Além disso:

• são simulados curtos-circuitos sólidos


• simula-se somente a condição de geração máxima
• as impedâncias de sequência zero das linhas de transmissão são
aproximadas, pelo fato de serem função da resistividade do solo
– p.
CURTO-CIRCUITO TRIFÁSICO

O cálculo de curto-circuito trifásico (também conhecido como


curto-circuito simétrico) é um caso trivial. Por se tratar de um sistema
equilibrado ele pode ser considerado como um caso especial em que
as cargas possuem impedâncias nulas e pode ser analisado por uma
modelagem monofásica.
Barra k
A
iA
Condições de contorno
i A = i B = iC .
B
iB vA = v B = v C = 0

C
iC

– p. 1
Curto-circuito trifásico - Diagrama de sequência positiva

eA

0 vA

k
iA

eA
(1) iA = +
Zk,k

– p. 1
CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO - SISTEMA RADIAL

C
TR1 C#1
SI
∆y
EQU. A B
D1 D2 TC2
LT TC1
10 km
C#2

138 kV 138 kV R1 R2
D3 TC3 f C#3 D
Sb = 100 MVA
800 m
11,95 kV
Curto−circuito trifásico = 4.808 MVA −80 o
A R3
Curto−circuito monofásico = 4.109 MVA −80 o
E
z+ = 0,1902 + j0,4808 ohm/km TR2
LT
zo = 0,4414 + j1,7452 ohm/km
TR1 138,0/11,95 kV − 15 MVA − 8,68 % 11,95 kV
z+ = 0,1903 + j0,3922 ohm/km
220 V
C#3 zo = 0,4359 + j1,8540 ohm/km

TR2 11,950/0,220−0,127 kV − 500 kVA − 5,0 %

f: curto−circuito trifásico próximo à barra C

– p. 1
Conexão da rede para cálculo de curto-circuito trifásico

0,36 + j2,04 A 1,00 + j2,53 B j57,87 C 10,66 + j21,97 D j1000,00 E

100,0 %

– p. 1
CURTO-CIRCUITO EM SISTEMA INTERLIGADO

Sistema-exemplo de 5 barras

− −

+ +

1 2 3

4 5

– p. 1
CURTO-CIRCUITO EM SISTEMA INTERLIGADO

Após as simplificações:
− −

+ +

1 2 3

4 5

– p. 1
CURTO-CIRCUITO EM SISTEMA INTERLIGADO

Após as simplificações:

1,0 pu /0 o
+
0

1 2 3

4 5

– p. 1
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5

Método manual

1,0 pu /0 o
+
0

1 2 3

4 5

– p. 1
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5


1,0 pu /0 o
+
0

Zeq

(2) Zeq = Z5,5


Assim, o curto-circuito trifásico pode ser calculado:

1, 0
(3) icc5 =
Z5,5
– p. 1
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5

Método analógico

o
1,0 pu 0
+
0

1 2 3

V vi V v5

i=1,2,3 e 4

4 5
i5 A

– p. 1
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5

a) injeção de corrente unitária na barra 0,


fechando o circuito pela barra 5
b) medição da ddp entre as barras 0 e 5,
obtendo-se a impedância equivalente, isto é:
v5
(4) Z5,5 =
i5
como i5 = 1,0 pu, então:

(5) Z5,5 = v5
c) medições das ddps entre a barra 0 e as
demais barras, obtendo-se as impedâncias de
transferência, isto é:
– p. 2
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5

vi
(6) Zi,5 = i = 1, 2, ...., 4
i5
ou

(7) Zi,5 = vi
Portanto, no final tem-se:
 
Z1,5

 Z2,5 

(8) Z= Z3,5
 

 
 Z4,5 
Z5,5
– p. 2
Cálculo de curto-circuito trifásico na barra 5

Método digital

1 2 3

4 5

1,0 pu /0 o
+

– p. 2
Simulação de curto-circuito através do método digital

A simulação de curto-circuito consiste em


resolver o sistema de equações lineares:

(9) YBARRA v = i

cuja solução é:

(10) ZBARRA i = v

Perfil real da tensão nas barras é dado por:

(11) vir = 1, 0 + vi
– p. 2
Matriz de impedância nodal - ZBARRA

 
Z1,1 Z1,2 Z1,3 Z1,4 Z1,5

 Z2,1 Z2,2 Z2,3 Z2,4 Z2,5 

ZBARRA = Z3,1 Z3,2 Z3,3 Z3,4 Z3,5
 
(12) 
 
 Z4,1 Z4,2 Z4,3 Z4,4 Z4,5 
Z5,1 Z5,2 Z5,3 Z5,4 Z5,5

Zi,i - impedância equivalente na barra i


Zi,j - impedância de transferência (i 6= j)

Obs.: a matriz ZBARRA é cheia e é simétrica.

– p. 2
ALGORITMO PARA FORMAÇÃO DA MATRIZ ZBARRA

O método de formação da matriz ZBARRA mais difundido


consiste em construir a matriz passo a passo, simulando a
própria construção da rede a partir da barra de referência,
acrescentando-se um ramo por vez. Parte-se da matriz de
dimensão unitária e, através de modificações seqüenciais,
obtém-se a matriz do sistema completo. Este método foi
desenvolvido pelo Prof. Homer Edward Brown na década de 70.
A formação da matriz por este método tem três rotinas distintas,
conforme os tipos de ramos a serem incluídas na rede:

1. Tipo 1: ramo que liga a barra de referência a uma nova


barra;
2. Tipo 2: ramo que liga uma barra já incluída na rede a uma
nova barra;
3. Tipo 3: ramo que liga duas barras já incluídas na rede.
– p. 2
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 1

1,0 pu
0

z
0,k

Rede parcial
k

1,0 pu

(13) Zk,k = z0,k

(14) Zi,k = Zk,i = 0 i 6= k

– p. 2
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 2

1,0 pu
0

Rede parcial

z
p,q

q
1,0 pu

(15) Zq,q = Zp,p + zp,q

(16) Zq,i = Zp,i i 6= q

(17) Zi,q = Zi,p i 6= q


– p. 2
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

Rede parcial

p q

Rede parcial

p q

1,0 pu −1,0 pu

– p. 2
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

2 3 2 3 2 3
Z1,1 Z1,2 ... Z1,p ... Z1,q ... Z1,n 0 Z1,p − Z1,q
6 7 6 7 6 7
6 Z2,1 Z2,2 ... Z2,p ... Z2,q ... Z2,n 7 6 0 7 6 Z2,p − Z2,q 7
6 7 6 7 6 7
6 7 6 7 6 7
6 ... ... ... ... ... ... ... ... 7 6 . 7 6 . 7
6 7 6 7 6 7
6 7 6 7 6 7
6 ... ... ... Zp,p ... Zp,q ... ... 7 6 1, 0 7 6 Zp,p − Zp,q 7
6 7.6 7=6 7
6 ... ... ... ... ... ... ... ... . .
6 7 6 7 6 7
7 6 7 6 7
6 7 6 7 6 7
6 ... ... ... Zq,p ... Zq,q ... ... 7 6 Z
7 6 q,p − Zq,q
7 6 −1, 0 7
6 7 6 7
6 7 6 7 6 7
6 ... ... ... ... ... ... ... ... 7 6 . 7 6 . 7
4 5 4 5 4 5
... ... ... Zn,p ... Zn,q ... Zn,n 0 Zn,p − Zn,p
(18)

– p. 2
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

2 3 2 3
Z1,p − Z1,q v1
6 7 6 7
6 Z2,p − Z2,q 7 6 v2 7
6 7 6 7
6 7 6 7
6
6 . 7 6 .
7 6
7
7
6 7 6 7
6 Zp,p − Zp,q 7 6 vp 7
(19) 6 7=6 7
. 7 6 .
6 7 6 7
6 7
6 7 6 7
6 Z
6 q,p − Zq,q
7 6 v 7
7 6 q 7
6 7 6 7
6
4 . 7 6 .
5 4
7
5
Zn,p − Zn,p vn

(vp − vq )
(20) Zeq =
1, 0

(21) Zeq = Zp,p + Zq,q − 2Zp,q

– p. 3
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

Rede parcial

p q
iloop zp,q

eloop

(22) eloop = (Zeq + zp,q )iloop

(23) eloop = (Zp,p + Zq,q − 2Zp,q + zp,q )iloop

(24) Zloop,loop = Zp,p + Zq,q − 2Zp,q + zp,q


– p. 3
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

   
Z1,loop Z1,p − Z1,q

 Z2,loop  
  Z2,p − Z2,q 

. .
   
   
   
 Zp,loop  
= Zp,p − Zp,q 
(25)  

 .  
  . 

Zq,loop Zq,p − Zq,q
   
   
   
 .   . 
Zn,loop Zn,p − Zn,q

– p. 3
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

 T  T
Zloop,1 Zp,1 − Zq,1

 Zloop,2 


 Zp,2 − Zq,2 

. .
   
   
   
 Zloop,p  
 = Zp,p − Zq,p 
(26)  

 . 


 . 

Zloop,q Zp,q − Zq,q
   
   
   
 .   . 
Zloop,n Zp,n − Zq,n

– p. 3
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

 
Z1,1 Z1,2 ... Z1,p ... Z1,q ... Z1,n Z1,loop
 

 Z2,1 Z2,2 ... Z2,p ... Z2,q ... Z2,n Z2,loop 

 

 ... ... ... ... ... ... ... ... ... 

 

 ... ... ... Zp,p ... Zp,q ... ... Zp,loop 

... ... ... ... ... ... ... ... ...
 
 
 
... ... ... Zq,p ... Zq,q ... ... ...
 
 
 

 ... ... ... ... ... ... ... ... ... 

 

 ... ... ... Zn,p ... Zn,q ... Zn,n Zn,loop 

Zloop,1 Zloop,2 ... Zloop,p ... Zloop,q ... Zloop,n Zloop,loop
(27)

Na inclusão do ramo Tipo 3, apesar de não haver o


acréscimo de uma nova barra, gera uma linha e uma
coluna na matriz de impedância.
– p. 3
Algoritmo para formação de ZBARRA - Tipo 3

Aplicando a redução de Kron na Equação (27):

0 (Zi,p − Zi,q )(Zp,j − Zq,j )


(28) Zi,j = Zi,j −
Zp,p + Zq,q − 2Zp,q + zp,q

A alteração na rede elétrica, provocada pela


inclusão de um ramo do Tipo 3 de impedância
0
zp,q , é refletida nos elementos Zi,j da matriz de
impedância nodal.

– p. 3
REDUÇÃO DE KRON

" # " # " #


Z1 Z2 i1 v1
(29) . =
Z3 Z4 i2 v2

Na matriz ZBARRA da Equação (29), a sub-matriz Z1 pode ser


modificada para incorporar as mudanças na rede elétrica
0
através da redução de Kron, obtendo a nova matriz Z 1 .

(30) Z 1 i1 + Z 2 i2 = v 1

(31) Z 3 i1 + Z 4 i2 = v 2

– p. 3
REDUÇÃO DE KRON

Isolando i2 na Equação (31) e substituindo na


Equação (30):

(32) Z1 i1 + Z2 Z4−1 v 2 − Z2 Z4−1 Z3 i1 = v 1


Reordenando:

(33) [Z1 − Z2 Z4−1 Z3 ]i1 = (v 1 − Z2 Z4−1 v 2 )

0
(34) Z1 = [Z1 − Z2 Z4−1 Z3 ]
0
Z1 = sub-matriz obtida pela redução de Kron

– p. 3
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

Nos cálculos de curtos-circuitos através de um


programa computacional, geralmente, são
determinadas as seguintes grandezas:

a. Correntes de curtos-circuitos na barras


b. Tensões nas barras vizinhas
c. Fluxos de correntes nas linhas vizinhas

– p. 3
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

As formulações que se seguem são aplicadas


para o sistema-exemplo de 5 barras,
considerando-se um curto-circuito trifásico na
barra 5.

a. Corrente de curto-circuito total:

−1, 0
(35) icc5 =
Z5,5

– p. 3
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

b. Tensões nas barras vizinhas:

O vetor corrente i é dada pela Equação (36):


 
0
 0 
 
 
(36) i=  0 

 0 
 
−1,0
Z5,5

– p. 4
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

Multiplicando-se a matriz ZBARRA - Equação (12)


- pelo vetor corrente i - Equação (36) - tem-se:

     
−Z1,5
Z1,1 Z1,2 Z1,3 Z1,4 Z1,5 0 Z5,5
     
−Z2,5
 Z
 2,1 Z2,2 Z2,3 Z2,4 Z2,5  
  0  
  Z5,5


     
. 0 = −Z3,5
 Z3,1
(37) Z3,2 Z3,3 Z3,4 Z3,5 
    Z5,5 
     
 Z4,1
 Z4,2 Z4,3 Z4,4 Z4,5  
  0  
 
−Z4,5
Z5,5


Z5,1 Z5,2 Z5,3 Z5,4 Z5,5 −1,0
Z5,5
−Z5,5
Z5,5

– p. 4
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

Portanto:
 
−Z1,5
Z5,5

 −Z2,5 

 Z5,5 
−Z3,5
(38) v=
 
Z5,5 

 −Z4,5 

 Z5,5 
−Z5,5
Z5,5

– p. 4
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA

que pode se escrita na forma:

−Zi,5
(39) vi = i = 1, 2, ...., 5
Z5,5

Segundo a Equação (11), o perfil real da tensão


nas barras será:

Zi,5
(40) vir = 1, 0 − i = 1, 2, ...., 5
Z5,5

– p. 4
Cálculos de curto-circuito através da matriz ZBARRA
c. Fluxo de corrente na linha 2-4:
O fluxo de corrente nesta linha é calculada pela Equação ( 41):

v2r − v4r
(41) i2−4 =
z2−4
Substituindo-se as tensões das barras 2 e 4 na Equação (41), pelos
valores da Equação (40) tem-se:

Z4,5 − Z2,5 1, 0
(42) i2−4 =( )( )
Z5,5 z2−4
Observando as Equações (35), (40) e (42) pode-se concluir que todos
os cálculos podem ser obtidos diretamente dos elementos da matriz
ZBARRA .

– p. 4
GENERALIZAÇÃO

As equações deduzidas para os cálculos dos


valores de curto-circuito (curto-circuito total na
barra, tensão na barra vizinha e fluxo de
corrente na linha vizinha) foram particularizadas
para um sistema de 5 barras.

Vamos generalizar para um sistema de n barras,


no qual quero calcular:

a. Corrente de curto-circuito na barra k


b. Tensões nas barras vizinhas i
c. Fluxos de correntes nas linhas vizinhas p-q

– p. 4
GENERALIZAÇÃO

a. Corrente de curto-circuito total:

−1, 0
(43) icck =
Zk,k
b. Tensões nas barras vizinhas:

Zi,k
(44) vir = 1, 0 − i = 1, 2, ...., n
Zk,k
c. Fluxos de correntes nas linhas vizinhas:

Zq,k − Zp,k 1, 0
(45) ip−q =( )( )
Zk,k zp−q

– p. 4
Resolução do Exercício 14 da Lista

Sistema-exemplo do Brown

Sb = 100 MVA
Vb = 138 kV
0

1 2 3

4 5

6 7 8

– p. 4
Resolução do Exercício 14 da Lista

a. Corrente de curto-circuito total:

1, 0
(46) icc7 =
Z7,7

1, 0
(47) icc7 = = −j13, 3627pu
j0, 07483526

1000, 0 × 100, 0
Icc7 = −j13, 3627×( √ ) = −j5.590, 5A
3 × 138
(48)

– p. 4
Resolução do Exercício 14 da Lista

b. Tensões nas barras vizinhas:

Z1,7
(49) v1r = 1, 0 −
Z7,7

j0, 00275695
(50) v1r = 1, 0 − = 0, 9631pu
j0, 07483526

r 138 132, 91
(51) V1 = 0, 9631 × ( √ ) = √ = 76, 73kV
3 3

– p. 4
Resolução do Exercício 14 da Lista

Z4,7
(52) v4r = 1, 0 −
Z7,7

j0, 04007839
(53) v4r = 1, 0 − = 0, 4644pu
j0, 07483526

r 138 64, 09
(54) V4 = 0, 4644 × ( √ ) = √ = 37, 00kV
3 3

– p. 5
Resolução do Exercício 14 da Lista

c. Fluxos de correntes nas linhas vizinhas:


Z6,7 − Z1,7 1, 0
(55) i1−6 =( )( )
Z7,7 z1,6

j0, 03364765 − j0, 00275695 1, 0


(56) i1−6 =( )( )
j0, 07483526 j0, 126

(57) i1−6 = −j3, 276pu

1000, 0 × 100, 0
(58) I1−6 = −j3, 276 × ( √ ) = −j1.370, 6A
3 × 138
– p. 5
EXERCÍCIO EXTRA N o 1

Obs.: Este exercício deverá ser entregue até o


dia 14 de setembro.

No sistema de 8 barras e 12 ramos do Exercício


14 da Lista (sistema-exemplo do Brown) um novo
ramo de j0,12 pu foi ligado entre as barras 5 e 7.
Calcule:

a. a corrente de curto-circuito trifásico na barra 7


b. a tensão na barra 4
c. o fluxo de corrente na linha 1-6

– p. 5

Você também pode gostar