Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELETRICIDADE – DEEE

CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS (TURMA 02)

Lucas Silveira Soeiro – 2017023588

RELATÓRIO EXPERIMENTO 5 – ENSAIOS DE ROTOR BLOQUEADO E DE CIRCUITO ABERTO E


CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE REGIME PERMANENTE DE UM MOTOR DE INDUÇÃO
TRIFÁSICO

SÃO LUÍS – MA

2021

Lucas Silveira Soeiro


RELATÓRIO EXPERIMENTO 5 – ENSAIOS DE ROTOR BLOQUEADO E DE CIRCUITO ABERTO E
CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE REGIME PERMANENTE DE UM MOTOR DE INDUÇÃO
TRIFÁSICO

Trabalho referente à disciplina de Laboratório de Máquinas


Elétricas, no curso de Engenharia Elétrica, da Universidade Federal
do Maranhão, referente à nota parcial atribuída do primeiro
semestre letivo de 2021.

Prof.º Dr. José Gomes de Matos.

SÃO LUÍS – MA

2021
RESUMO

Este relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos e resultados obtidos no quinto experimento da
disciplina Laboratório de Máquinas Elétricas referente a ensaios de rotor bloqueado (curto-circuito) e
circuito-aberto (motor em vazio) em um motor de indução trifásico, que servem para determinar o
comportamento de regimes permanente e suas características internas. Neste documento são mostrados os
procedimentos feitos e elaborado comentários a respeito do observado e aqui exposto.

Palavras-chave: máquina; indução; características; bloqueado; trifásico.


Sumário
1 Introdução.................................................................................................................................................................... 5

1.1 Princípio de Funcionamento do motor de indução..............................................................................................5

1.2 Ensaio em corrente contínua................................................................................................................................6

1.3 Ensaio de rotor bloqueado (curto-circuito)..........................................................................................................6

1.4 Ensaio circuito-aberto (motor em vazio)..............................................................................................................8

2 Desenvolvimento..........................................................................................................................................................9

2.1 Equipamentos usados..........................................................................................................................................9

2.2 Tabelas............................................................................................................................................................... 10

2.3 Procedimentos Feitos.........................................................................................................................................11

2.4 Itens do Guia......................................................................................................................................................15

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO

1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE INDUÇÃO

Os motores de indução funcionam a partir da aplicação de leis eletromagnéticas sob duas partes da
Maquina de indução; o estator (parte estática da máquina, compõe o corpo da máquina) e o rotor (parte
girante da máquina, compõe o eixo da máquina). Seu funcionamento se dá pela alimentação de três bobinas
contidas nas ranhuras do estator por um sinal CA trifásico que geram um campo magnético resultante
girante, este por sua vez induz nos enrolamentos curto-circuitados do rotor correntes que ao interagirem com
o campo do estator produzem conjugado liquido no eixo da máquina.
Vale ressaltar que só há produção de conjugado e portanto giro quando a velocidade do rotor é
diferente da do estator. Isto é medido pelo parâmetro de escorregamento s do MI.
Figura 1 – Recorte Motor de Indução

Fonte: Máquinas Elétricas 7 ed (Autor: Fitzgerald).


Como o MI induz correntes por campos magnéticos, é feita uma analogia com transformadores para
sua análise mas para simplificar os cálculos é feita algumas desconsiderações que não influenciam tanto no
funcionamento do MI como a Resistência de perdas no núcleo Rc.
Figura 2 – (a) circuito equivalente do MI ; (b) circuito equivalente do MI simplificado.

(a) (b)
Fonte: Máquinas Elétricas 7 ed (Autor: Fitzgerald).

1.2 ENSAIO EM CORRENTE CONTÍNUA

Este ensaio é feito para determinar a resistência do estator R1. Nele é feita a alimentação apenas de
duas fases sob regime CC e medido valores de corrente e tensão. A partir desses valores determina-se essa
resistência R1 a depender da conexão dos enrolamentos do MI.
V cc 2⋅V cc
R1 ,Y = ou R1 ,Δ =
2⋅I cc 3⋅I cc

1.3 ENSAIO DE ROTOR BLOQUEADO (CURTO-CIRCUITO)

Como já mencionado, pela analogia do MI com um transformador é feito o ensaio de rotor bloqueado
analogamente ao ensaio de curto circuito dos transformadores. Para determinar os parâmetros do MI
referentes a reatância total de dispersão do estator e rotor (X1+X2) e a resistência de rotor bloqueado (Rbl).
Neste ensaio o MI tem seu rotor, ou eixo, travado e alimentado para obtenção de valores de entrada de
Tensão, corrente e potência ativa do mesmo.
Vale ressaltar que para determinação dos parâmetros do MI este ensaio deve ser feito em baixas
frequências (25% da frequência nominal) para encontrar parâmetros correspondentes ao regime permanente
do MI e a frequência nominal para estudar o regime de partida do MI.
Figura 3 – Circuito equivalente do MI no ensaio de rotor bloqueado

Fonte: Máquinas Elétricas 7 ed (Autor: Fitzgerald).


Após o ensaio usam-se as equações:
Qbl =√ S bl −Pbl
2 2

S bl =q⋅V bl⋅I bl
fr Q bl
X bl = ⋅
f bl 3 ⋅ I bl2
Pbl
Rbl = 2
q ⋅ I bl
V bl
Z bl =
I bl

( )
2
X 2+ X m
R2=( R bl − Rm /2 )
Xm
X m =X vz −X 1
para encontrar a reatância de dispersão do estator X1 pode-se se a tabela estabelecida por norma:
Tabela A – Distribuição empírica de reatâncias de dispersão em motores de indução.

Fonte: Norma IEEE 112.


Uma alternativa, pois localmente usa-se a classificação por categorias segundo norma ABNT NBR
17094-3 como:

X1
=k
X2
1.4 ENSAIO CIRCUITO-ABERTO (MOTOR EM VAZIO)

Este ensaio é análogo ao ensaio de circuito aberto do transformador. Portanto nele o MI é acionado
totalmente a vazio (sem carga no eixo). São medidos valores de tensão, corrente, potência ativa e frequência
do ensaio. Nesse ensaio não há escorregamento então as perdas no rotor se tornam dispersíveis.
Figura 4 – Circuito equivalente aproximado de motor de indução: condições a vazio.

Fonte: Máquinas Elétricas 7 ed (Autor: Fitzgerald).


Após as medições são usadas as equações:
2
Prot =Pvz −q⋅I vz ⋅R1
2
q⋅V vz
Rc =
P vz
Q vz V vz
X vz ≈ X 11= X 1+ X m ou X vz = 2
ou X vz ≈
q⋅I vz I vz

Q vz =√ (S vz2−Pvz 2) S vz =q⋅V vz⋅I vz


2 DESENVOLVIMENTO

Esta seção se encarrega de comentar, expor e discorrer sobre os equipamentos usados, procedimentos
feitos, valores anotados experimentalmente e cálculos sobre o mesmo.

2.1 EQUIPAMENTOS USADOS

Neste experimento é comentado superficialmente sobre os materiais usados no experimento. Para


alimentar e controlar o MI é usado a montagem de Gerador Síncrono de experimentos anteriores pois
controla-se a velocidade do MI pela frequência de alimentação.
Quanto ao motor seguem abaixo algumas imagens e tabelas que podem ser úteis para conhecê-lo.
Figura 5 – Placa do motor de indução.

Fonte: Vídeo do experimento 5.


2.2 TABELAS

Nesta seção estão as tabelas com os valores anotados dos ensaios feito no experimento.
2.3 PROCEDIMENTOS FEITOS

Segundo as normas dos ensaios de rotor bloqueado e de circuito aberto, quando se deseja encontrar
os parâmetros do Motor de Indução (MI) para análise da operação do motor próximo a operação nominal,
deve-se realizar os ensaios em frequência reduzida de 25% da frequência nominal do MI; no caso desse
experimento que tem um MI com frequência nominal de 60 Hz, foi admitido como frequência de ensaio de
15 Hz. Já para fins de análise do MI em condições de partida, deve-se realizar estes ensaios em frequência
nominal, no caso 60 Hz.
Na montagem deste experimento foi usado uma montagem com um motor de corrente contínua
acionando uma máquina síncrona para que através do controle do motor CC sejam induzidas tensões em 15
Hz, para que estas sejam usadas para alimentar o motor de indução. Esta montagem foi reaproveitada de
experimentos anteriores com motor CC e gerador Síncrono.
Para bloquear o rotor do MI é usado uma estrutura montada no eixo do MI ligada a um volante de
inércia com carga inercial e possibilidade de travar o eixo. Para a segunda parte do experimento é usado um
par de bobinas que quando energizadas atraiam o material estanhado do volante de inércia simulando
aumento de carga no eixo. Essas bobinas são alimentadas por um controlador de tensão a base triac, como
uma fonte de corrente contínua variável.

Figura 6 – Motor de indução com volante de inércia e bobinas de carga

Fonte: Gravação do quinto experimento.


Figura 7 – Motor de indução com rotor bloqueado

Fonte: Guia experimental 5.


Dito isto, foi feita a montagem para o ensaio de rotor bloqueado, de acordo com a figura 7.
Então é feito o primeiro ensaio de rotor bloqueado visando encontrar dados que permitam determinar
informações sobre os parâmetros do motor quando em regime permanente. Os dados obtidos nesse momento
do experimento foram anotados e informados pelo guia do experimento, presentes na tabela 2 da seção 2.2
deste relatório. Em seguida foi alterada a fonte de alimentação para que este ensaio fosse feito buscando
encontrar as características do MI nas condições de partida. Os dados obtidos nesse momento do
experimento foram anotados e informados pelo guia do experimento, presentes na tabela 3 da seção 2.2
deste relatório. Neste ensaio em especial foi visto que pela frequência ser maior que no ensaio a 15 Hz, foi
requisitado pelo MI, maiores tensões e correntes como visto quando comparamos as colunas VBL e IBL das
Tabelas 2 e 3.
Sobre o ensaio de curto-circuito, viu-se que o efeito do ramo de magnetização do circuito equivalente
é desprezível de forma que foram predominantes as cargas resistivas tanto no rotor quanto no estator. Vale
comentar que como há bloqueio no eixo do MI, houve grande dissipação de potência em forma de calor e
portanto foi tomado cuidado, sobretudo no ensaio a 60 Hz, para que o ensaio em si fosse rápido com o
objetivo de poupar o MI.
Figura 8 – Motor de alimentando uma carga (representada pelo gerador CC)

Fonte: Guia experimental 5.


Terminados os ensaios de rotor bloqueado, é feito em seguida os procedimentos do ensaio a vazio, de
acordo com a imagem 8. No qual é retirado o bloqueio que havia no volante de inércia e alimentado
nominalmente o MI. Foram anotados os valores deste ensaio e disponibilizados na tabela 3 da seção 2.2
deste relatório. Foi possível ver que em vazio o motor apresentou correntes elevadas e um fator de potência
indutivo baixo; o que é ruim para a rede conectada a ele sendo que este efeito nocivo escala diretamente com
o porte do motor, ou seja, quanto maior o MI mais nocivo para o sistema em que ele está funcionando será
um regime de trabalho a vazio. A medida que se incrementou carga no eixo do MI (Aumentando a corrente
das bobinas que atraíram o volante de inércia acoplado ao eixo), foi visto que o fator de potência também foi
incrementado porém o valor da rotação sofreu um leve decréscimo. De forma que se conclui que quanto a
motores de indução, é desinteressante que o mesmo trabalhe a baixa carga em seu eixo já que o seu FP se
relaciona diretamente com a carga e com o FP indutivo baixo, que por sua vez é ruim para instalação que o
MI se encontra.
Figura 9 – Diagrama de ligação do motor de indução no ensaio CC – ligação do motor em 𝑌

Fonte: Guia experimental 5.


Por fim para completar os ensaios que determinam as características do MI, é preciso medir a
resistência da bobina do estator do MI; em um ensaio em corrente contínua entre duas fases do MI que está
conectado em Y, de acordo com a figura 9. No qual aplica-se um sinal CC entre dudas fases do MI e através
da lei de Ohm pode-se determinar o valor dessa resistência. Como é preciso que as fases sejam equilibradas
(um aspecto construtivo da máquina), fazer apenas em uma das já é suficiente para este fim. Foram anotados
os valores deste ensaio e disponibilizados na tabela 5 da seção 2.2 deste relatório.
2.4 ITENS DO GUIA

Esta seção se dedica a responder os itens propostos na seção “8. RELATÓRIO – ATIVIDADES
APÓS A PRÁTICA” do documento guia fornecido aos alunos pelo professor sobre este experimento. Para
tal foram mantidos os itens na íntegra; referenciando isto em itálico.

8.1. A partir dos dados dos Ensaios de Rotor Bloqueado e de Circuito Aberto, calcule os parâmetros
do circuito equivalente por fase do motor de indução. Forneça uma tabela com os resultados quando o
ensaio de rotor bloqueado foi feito na frequência de 15 Hz e quando foi feito na frequência de 60 Hz. Há
diferenças entre eles? Justifique as razões para isso.
As tabelas estão presentes na seção 2.2 deste relatório.
Quando são comparadas percebe-se que de fato há diferenças em todos os itens; de fato que todos os
valores medidos aumentaram quando aumentou-se a frequência, a exceção do FP que diminuiu quando
aumentou-se a frequência.
 Do ensaio de circuito aberto em 60 Hz:

√ 2
√ 2
Qvz = ( q ⋅ (V vz, L ÷ √ 3) ⋅ I vz ,L ) − ( Pvz ,L )2= ( 3 ⋅ ( 382 ÷ √ 3 ) ⋅ 1,42) − ( 400 )2=850,13VAr
Q vz 850,13
X vz ≈ X 1 + X m = 2
= =140,53 Ω
3 ⋅ I vz 3 ⋅ 1,422
 Do ensaio de rotor bloqueado 15 Hz:

Qbl = √ ( q ⋅ (V bl, L
2
√ 2
÷ √ 3 ) ⋅ I bl , L ) − ( Pbl , L )2 = ( 3 ⋅ ( 41,8 ÷ √ 3 ) ⋅ 2,22 ) − (150,4 )2 =56,68VAr
fr Qbl 60 56,68
X bl = ⋅ = ⋅ =15,33 Ω
f bl 3 ⋅ I bl2 15 3⋅ 2,222
Pbl 150,4
Rbl = 2
= 2
=10,17 Ω
q⋅ I bl 3 ⋅2,22
V bl 41,8
Z bl = = =18,83 Ω
I bl 2,22

X bl =√ Z bl − R bl = √18,83 −10,17 =15,84 Ω


2 2 2 2

Nota: o MI categoria N equivale a um MI classe B.


X 1=0,4 ⋅ X bl =6,33 Ω e X 2 =0,6 ⋅ X bl =9,5 Ω
X m=X vz − X 1=140,53 −7,92=132,61Ω

X 2+ X m 2
( ) ( )
2
9,5+132,61
R2=( R bl − Rm /2 ) =(10,17 − 5,3 ) =4,19 Ω
Xm 132,61
8.2. Qual o fator de potência do motor sob condição de rotor bloqueado? Qual o de maior valor,
aquele medido em 15 Hz ou em 60 Hz? Justificar!
Para o ensaio de 15 Hz foi de 0,98 ind e para o de 60 Hz foi de 0,75 ind. Sendo o de maior valor o de
15 Hz justamente pelo fato de que as correntes e tensões solicitadas pelo MI aumentam com a frequência do
mesmo e o FP ind (característico do MI) decresce com a frequência dele.
8.3. Qual o fator de potência do motor quando o mesmo opera em vazio?
De acordo com a tabela 3, em valores próximos ao nominal o MI, o FP a vazio foi de 0,86 ind.
8.4. Como variou o fator de potência e a corrente de armadura do motor com o aumento da carga?
Variou de maneira diretamente proporcional, de modo que com baixa carga no eixo havia baixo FP.
8.5. Qual a relação percentual verificada entre a corrente do motor em vazio e em plena carga?
De acordo com o visto no experimento, a vazio o MI apresentou uma corrente de 1,72 A já em
valores de plena carga o mesmo apresentou uma corrente de 2,79 A de maneira que a corrente a vazio
corresponde a apenas 61,65% da corrente em plena carga ou ainda que a corrente em plena carga
corresponde a 162,21% da corrente a vazio.
8.6. Estime de quanto seria a corrente de partida direta do motor a plena tensão, usando os
parâmetros do circuito equivalente medidos no ensaio (deve ser usado os parâmetros relativos ao ensaio de
rotor bloqueado a 60 Hz).
Para tal é necessário que sejam repetidos os passos do item 8.1 mas agora para 60 Hz.
 Do ensaio de rotor bloqueado 60 Hz:

√ 2 2
√ 2
Qvz = ( q ⋅ (V bl, L ÷ √ 3 ) ⋅ I bl , L ) − ( Pbl , L ) = ( 3 ⋅ ( 98,3 ÷ √ 3 ) ⋅ 3,34 ) − ( 430 ) =372,14 VAr
2

fr Q bl 60 372,14
X bl = ⋅ = ⋅ =11,12 Ω
f bl 3 ⋅ I bl2 60 3⋅ 3,34 2
Pbl 430
Rbl = 2
= 2
=12,85 Ω
q⋅ I bl 3 ⋅3,34
V bl 98,3
Z bl = = =29,43 Ω
I bl 3,34
Nota: o MI categoria N equivale a um MI classe B.
X 1=0,4 ⋅ X bl =4,44 Ω e X 2 =0,6 ⋅ X bl =6,67 Ω
X m=X vz − X 1=140,53 − 4,44=135,97 Ω

R2=( R bl − Rm /2 )
Xm (
X 2+ X m 2
)
=(12,85 −5,3 ) (
6,67 +135,97 2
135,97
=8,3 Ω )
Assim:
, Zi =R 1+ jX 1+ ( jX m ) ∥ ( jX 2 + ( R2 ) )ignorando as perdas resistivas no núcleo.

Zi =5,3+ j 4,44+ ( j 135,97 ) ∥ ( j 6,67+8,29 )


Zi =12,80+11,23 j Ω
De forma que a corrente de entrada na partida é:
380÷ √ 3 380 ÷ √ 3
I¯p= = =12,87 ∠ − 41,25º A
Zi 12,80+ 11,23 j
8.7. Analise se há coerência entre a expectativa teórica e os resultados experimentais obtidos.
Sabendo que na partida, comumente há um pico de corrente e sabendo que a corrente nominal desse
MI é de 2,5 A, temos um pico de quatro vezes a corrente nominal.
8.8. Teste os parâmetros calculados para o circuito equivalente do motor, calculando a corrente de
armadura (corrente do estator) e fator de potência de entrada para a condição do motor operando em
carga nominal. Verifique se o valor calculado da corrente e do fator de potência são coerentes com os
indicados na placa de identificação do motor. Explique eventuais diferenças!
Assim com já dito antes para analisar em condições de regime, usa-se os parâmetros determinados no
ensaio de 15 Hz. De forma que:

( ( ))
Zi =R 1+ jX 1+ ( jX m ) ∥ jX 2 +
R2
s

(
Zi =5,3+ j 4,44+ ( j132,61 ) ∥ j 9,5+
0,05 ))
( 4,19 , escorregamento nominal de 5%

Zi =59,44+ 45,23 j Ω
380÷ √ 3 380 ÷ √ 3
I¯p= = =2,93 ∠ −37,26 º A
Zi 59,44+45,23 j
Assim, usando os parâmetros calculados no ensaio de 15 Hz que correspondem ao MI em
funcionamento nominal, chegamos a uma corrente de 2,93 A, valor próximo ao nominal indicado pelo
fabricante de 2,5 A. A diferença pode ser justificada pelo cometário feito no experimento que revela que o
MI disponível no laboratório está com a manutenção referente a lubrificação em falta e portanto aumentando
a resistência de giro por atrito no eixo que agiu como se fosse carga extra no motor.
REFERÊNCIAS

Chapman, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas [recurso eletrônico] / Stephen J.


Chapman ; tradução: Anatólio Laschuk. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
Umans, Stephen D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley [recurso eletrônico] / Stephen D.
Umans; tradução: Anatólio Laschuk. – 7. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.

Você também pode gostar