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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Engenharia Elétrica e Informática


Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica
Professor: LUIS REYES ROSALES MONTERO

LABORATÓRIO DE MÁQUINAS

Máquina de indução

Alunos: Eghon Lameira Fernandes 116110946


Luiz Henrique Ramalho Diniz Ribeiro 119210688

Campina Grande, Maio de 2021


1. Objetivos

Estudar as características de funcionamento da máquina de indução como gerador e


motor. Como motor, vamos levantar os parâmetros da máquina de indução a partir das
medidas obtidas experimentalmente dos ensaios de circuito em vazio, curto circuito e bobinas
do rotor bobinado operando em aberto. Como gerador vamos realizar ensaios do gerador
assíncrono ligado na rede e operando no modo independente.

Figura 1 fotografia de um estator de uma máquina assíncrona de dois polos .

2. Equipamentos e Instrumentos Utilizados

o 1 Máquina assíncrona trifásica 4 polos com rotor bobinado;


o 2 varivolt;
o 3 fontes CC;
o 5 multímetros;
o 2 wattímetros;
o 1 máquina CC funcionando com excitação série para acionar o gerador assíncrono;
o 1 máquina síncrona funcionando como gerador de carga;
o 1 painel de cargas (lâmpadas);
o 1 medidor de rotações;
o Fios e cabos.
2.1 Introdução à máquina assíncrona

O motor de anéis ou rotor bobinado possui a mesma característica construtiva do


motor de indução com relação ao estator, porém o seu rotor é bobinado com três
enrolamentos ligados em estrela. Cada terminal do rotor é acessível através de três anéis
onde deslizam escovas estacionárias.
Estes motores são largamente utilizados no acionamento de sistemas de elevada
inércia e nos casos em que o conjugado resistente em baixas rotações seja alto comparado
com o conjugado nominal. Por outro lado, com baixa inércia (carga) este tipo de motor
pode apresentar baixa corrente de partida quando são inseridas resistências em serie com
as boninas do rotor.

Figura 3a Motor de indução trifásico com Rotor Bobinado.


As Figuras 3a a 3d mostram em detalhe uma máquina assíncrona com rotor
bobinado utilizada no laboratório
3. Determinação dos parâmetros da máquina assíncrona com rotor
bobinado funcionando como Motor

Figura 4 – Fonte de corrente contínua para medição das resistências dos enrolamentos.

3.1 Método para determinação das resistências dos enrolamentos do motor de


indução bobinado
A modo de comparação dos resultados, obtenha por 3 métodos a resistência. A partir
da aplicação de um sinal de tensão ao enrolamento do estator fase-neutro e fase-fase, e fase-
fase no rotor. Coloque os dados referenciados na tabela 1. Obtenha os dados de resistência
dos enrolamentos utilizando um multímetro.

Compare e comente os resultados obtidos usando o multímetro e os obtidos


diretamente da lei de Ohm e dos ensaios de circuito aberto e curto circuito.

Tabela 1 – Determinação dos valores das Resistência dos enrolamentos do estator e rotor
da máquina assíncrona
Ligação do estator em delta (Estator) (Rotor)
Ligação do rotor estrela V (V) I (A) R () Vr(V) Ir(A) Rr ()
Medição de resistência fase - - 2.7 - - -
neutro com o multímetro
Medições de tensão e corrente 10.14 5.28 1.92 - - -
fase-neutro
Medição de resistência fase-fase - - 4.1 - - 2.2
com o multímetro
Medições de tensão e corrente 18.7 5.07 3.69 5.07 10.73 0.472
fase-fase
V Fn 10.14
R Fn= = =1.92 Ω(sobre uma fase)
I Fn 5.28

V Fn 18.7
R Fn= = =3.69 Ω(entre fases)
I Fn 5.07

V r 5.07
Rr = = =0.472 Ω
I r 10.73

R ×2 R 2 R
R Fn= =
R+ R + R 3

1.92+ 3.69
R Fn( m é dio )= =2.805 Ω
2

3 3
R= R Fn (m é dio )= ×2.805=4.2 Ω
2 2

Portanto, R = 4.2Ω, e, ao se comparar com o valor referente ao lido no multímetro (R


= 4.1Ω), verifica-se que se encontram muito próximos, com o erro sendo atribuído à
sensibilidade dos medidores.

4. Ensaios com motor de indução bobinado para a determinação das indutâncias do


circuito equivalente por fase

A partir dos ensaios de circuito aberto (motor em vazio) e o ensaio de curto circuito
(rotor bloqueado), determine os parâmetros por fase do circuito equivalente da máquina
assíncrona.

Figura 5 – Diagrama elétrico para ensaio do motor de indução rotor bobinado em vazio, rotor
bloqueado e rotor aberto

Realize os ensaio de rotor em vazio, rotor bloqueado e rotor aberto.


Preencha as tabelas 2, 3 e 4..
Tabela 2 – Ensaio em Vazio. Método dos 2 wattímetros e multímetros
W1(W) W 2 (W) I (A) Vnom (V)
30*20 = 600 19*20 = 380 2.33 380.6

4.1 Vídeo do ensaio do motor de indução rotor bobinado operando em vazio


Assista o vídeo ensaio do motor de indução operando em vazio realizado no laboratório no
link:
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade/v%C3%ADdeo%20do%20ensaio%20do%20motor%20de
%20indu%C3%A7%C3%A3o%20em%20vazio.mp4?attredirects=0&d=1

Tabela 3 – Ensaio com o rotor bloqueado. Método dos 2 wattímetros e multímetros


W1 (w) W 2 (W) I cc(nom) (A) V cc(V)
87*5 17*5 5.11 118.2

4.2 Vídeo do ensaio do motor de indução rotor bobinado operando com rotor bloqueado
Assista o vídeo ensaio do motor de indução operando com o rotor bloqueado realizado no
laboratório no link:
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade/Video%20do%20ensaio%20do%20motor%20com%20rotor
%20bloqueado.mp4?attredirects=0&d=1

4.3 Ensaio do motor de indução bobinado com as bobinas do rotor em aberto.

Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado dependem da


relação de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser considerado como o primário de
um transformador e o rotor como seu secundário. Desta forma, o motor de indução pode ser
considerado um transformador com entreferro, desde que seja ligado com o rotor aberto.
Esta configuração do motor de indução não é muito utilizada porque a corrente
necessária para a magnetização do circuito é muito alta se comparada com aquela que ocorre
em transformadores sem entreferro.

Tabela 4 – Ensaio em Vazio com as bobinas do rotor em aberto. Método dos 2


wattimetros e multimetro
W1 (w) W 2 (W) I (A) V estator (V) Vrotor (V)
26*20 20*20 2.38 380.7 83.6

4.4 Cálculo de Parâmetros da Máquina de Indução com rotor bobinado


A máquina apresenta em seu modelo cinco parâmetros essenciais para sua
caracterização, que são as resistências dos enrolamentos de estator e rotor, as reatâncias de
dispersão e a de magnetização.
Para especificar estes parâmetros são realizados dois ensaios sobre a máquina
síncrona: rotor bloqueado e a rotor aberto. A partir das medições de tensão, corrente, potência
total de entrada e conhecendo-se a frequência das grandezas do circuito, são utilizadas
equações que relacionam essas grandezas com os parâmetros desejados.

Assim, baseado nos resultados das medições das tensões fase-fase do estator e das
tensões fase-fase do rotor, determinamos a relação de transformação a ser utilizada no
circuito equivalente, obtendo:

Já para os resultados das medições de resistências e dos ensaios de circuito aberto e de curto-
circuito, será determinado os valores dos parâmetros do circuito equivalente da máquina de
indução.
Por fim, baseado nos resultados dos ensaios de circuito aberto e das bobinas do rotor em
aberto determine as perdas no ferro e as perdas mecânicas devido ao atrito, ventilação e
perdas nas resistências dos enrolamentos.

4.5 Vídeo do ensaio do motor de indução rotor bobinado operando com as bobinas do
rotor em aberto (modo transformador)
Assista o vídeo ensaio do motor de indução operando com as bobinas do rotor em aberto
realizado no laboratório no link:
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade/v%C3%ADdeo%20do%20ensaio%20do%20motor%20com
%20rotor%20em%20aberto.mp4?attredirects=0&d=1

Baseado nos resultados das medições de resistências e dos ensaios de circuito aberto
e de curto-circuito determine os valores dos parâmetros do circuito equivalente da máquina
de indução.

Baseado nos resultados dos ensaios de circuito aberto e das bobinas do rotor em
aberto determine as perdas no ferro e as perdas mecânicas devido ao atrito, ventilação e
perdas nas resistências dos enrolamentos.

Perdas Mec =W em va z io −W rotor aberto

Com base nos ensaios de circuito aberto e de curto-circuito os valores dos parâmetros da
máquina de indução são calculados como segue

V camed 380.6
V ca = = =219.73 V
√3 √3
I ca=I camed =2.33 A
W catotal 600−380
Pca = = =73.33 W
3 3

V ca 219.73
Z ca= = =94.3 Ω
I ca 2.33

P ca 73.33
Rca = =
I
2 ¿¿
ca

X ca=√ Zca −Rca =√ ¿ ¿


2 2

V ccmed 118.2
V cc = = =68.13 V
√3 √3
I cc=I ccmed =5.11 A

W cctota l 435−85
Pcc= = =116.67 W
3 3

V cc 68.13
Z cc = = =13.33 Ω
I cc 5.11

Pcc 13.33
Rcc = =
I 2 ¿¿
cc

X cc=√ Z 2cc −R 2cc=√ ¿ ¿


Dessa forma, os parâmetros internos da máquina podem ser determinados da seguinte
forma:

X cc 13.32
X s= = =6.66 Ω
2 2

' X cc 13.32
X2= = =6.66 Ω
2 2
'
R s=Rsmed =0.472 Ω R 2=Rcc −R s=0.51−0.472=0.038 Ω

X m=X ca−X s=93.32−6.66=86.66 Ω

2
Rf X m 2 2 2
Rca =Rs + 2 2
⇒ ( Rca −Rs ) R f − X m Rf + ( R ca−R s ) X m =0
R +X
f m

2
13.462 R f −7509.95 R f +101098.94=0 ⇒ R f =544.06 Ωou R f =13.8 Ω

E tomando a raiz da equação cujo valor de Rf = 13.8Ω, torna-se possível determinar


as perdas no ferro e as perdas mecânicas devido ao atrito, ventilação e perdas nas resistências
dos enrolamentos. Seguem os cálculos:

V1
I p= =4.16 A
Rp

P Fe=3 R f I 2p=3× 1.05× ¿

2
PCu =3 R s I p =3× 0.324 × ¿

Pav =Pt −PCu −PFe =√ 3 VI−PCu −P Fe= √ 3 ×220 × 4.16−16.82−54.51

Pav =1513.82 W

5. Ensaio do motor de indução com rotor bobinado acoplado a um gerador


síncrono para simular uma carga mecânica variável

Na maioria das aplicações da máquina de indução trifásica, principalmente em


indústrias, é no modo de operação motora. Portanto, em laboratório foi acionado uma
máquina de indução como motor para alimentar uma carga mecânica (máquina síncrona) até
atingir seu valor nominal de potência.

Neste ensaio com carga é utilizada uma máquina síncrona funcionando como gerador com o
eixo acoplado ao motor de indução e ligado a um conjunto de cargas resistivas (lâmpadas de
várias potências). Esse esquema representa um gerador síncrono onde a força motora para
girar o rotor é proveniente do eixo do motor de indução, como mostra a figura 6.
Inicialmente ponha o motor de indução a girar a máquina síncrona em vazio (sem
alimentar nenhuma carga) e obtenha as medidas das correntes em uma das fases, obtenha as
potências (pelo método dos dois wattímetros) e meça a velocidade utilizando um tacômetro
digital. Em seguida adicione sequencialmente as cargas ao gerador síncrono, mantendo a
tensão terminal constante através do sistema de excitação. Preencha as medições na tabela 6.
A partir destas medições calcule o escorregamento S, a velocidade em rpm, a potência útil, o
conjugado, a potência aparente (VA), a potência ativa total de entrada, a potência reativa
(var), o rendimento, e o fator de potência.
Observe que a tensão no motor não deve ultrapassar 380 V. Além disso, quando a
carga é aumentada ocorre um aumento de corrente e uma diminuição de velocidade. Deve-se
então fazer um ajuste de tensão.
Não se deve ultrapassar o valor limite da corrente.

Figura 6 Esquema de montagem do motor de indução acionando o gerador síncrono ligado a


cargas de lâmpadas.

5.1 Cálculo de Grandezas Elétricas (P, Q, S, FP, ƞ)

A medição de Potência Ativa, Reativa, Aparente, Fator de Potência e Fator de Serviço


é realizada pelo auxílio de dois wattímetros (Método dos dois wattímetros) e um cossefímetro
(instrumento capaz de detectar a diferença de fase entre tensão e corrente). Com essas
medidas, as grandezas elétricas da máquina são facilmente relacionadas por meio de
equações lineares como segue:
P = W1+W2 Q = W1-W2 S = √(P 2 + Q2) FP = tan -
1
(Q/P)
ƞ = Peixo/P
Utilizando as seguintes equações preencha a tabela 6:

Wm(rps) = Wm(rpm)/60
We(rad/s) = Wm(rps)*2π
S= [(Ws – Wm)/Ws]
Pag = Wtot – 3Rs(Imed)²
Pútil = (1 – S)Pag
Cútil = Pútil/We(rad/s)
F.P = Wtot/(VFmed.Imed)
S = (3)½.Vfmed.Imed
Q = [(S)² - (P)²]½

Tabela 6 – Valores experimentais obtidos durante o experimento

Tabela 6 – Ensaio com carga

VFmed Imed W1 W2 Wentra (W) Vel. Pag Pútil Cútil S P Q N fp

(V) (A) (W) (W) (rpm) (W) (W) (N.m) (VA) (W) (var) (%
)

380.6 2.33 30*20 19*20 220 1792 214.67 213.71 1.14 1533.56 220 1517.70 97 0.14

380.6 2.35 36*20 14*20 440 1782 434.65 430.30 2.31 1546.72 440 1482.82 98 0.28

379.7 2.88 47*20 2*20 980 1760 974.12 952,47 5.17 1895.56 980 1622.57 97 0.51

378.5 3.29 61*20 8.5*2 1390 1743 1383.71 1339.90 7.34 2165.41 1390 1660.39 96 0.64
0

377.6 4.0 73.5*20 19.5* 1860 1724 1853.00 1774.76 9.83 2632.72 1860 1863.22 95 0.70
20

377.4 4.88 89*20 26*20 2300 1701 2292.12 2166.05 12.16 3211.92 2300 2241.96 94 0.71

377.4 6.31 114*20 44*20 3160 1663 3150.69 2910.89 16.71 4153.11 3160 2694.95 92 0.77
*as células não preenchidas serão calculadas de acordo com as equações acima.
W1 (W) leitura do Wattímetro 1* fator de escala=20
W2 (W) leitura do Wattímetro 2 fator de escala = 20
1ra linha da tabela corresponde ao ensaio do motor de indução em vazio

2da linha da tabela corresponde ao motor de indução acionando a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado
3ra linha da tabela corresponde ao motor de indução acionando a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado gerando energia de 450W (3 lâmpadas de 150 W).
4ta linha da tabela corresponde ao motor de indução acionando a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado gerando energia de 900W (6 lâmpadas de 150 W).
5ta linha da tabela corresponde ao motor de indução acionando a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado gerando energia de 1350W (9 lâmpadas de 150 W).
6ta linha da tabela corresponde ao motor de indução acionando a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado gerando energia de 1800W (12 lâmpadas de 150 W).
A 7ta linha da tabela corresponde ao motor acionando de indução a máquina CC em cascata com o gerador
síncrono excitado gerando energia de 2250W (15 lâmpadas de 150 W).

5.2 Vídeo do ensaio do motor de indução rotor bobinado operando com cargas
Assista os vídeos realizado no laboratório dos ensaios do motor de indução acionando o
gerador síncrono e o gerador síncrono alimentando cargas de lâmpadas nos links abaixo:

https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade/V%C3%ADdeo%20do%20ensaio%20do%20motor%20de
%20indu%C3%A7%C3%A3o%20acionando%20o%20motor%20cc%20em%20cascata
%20com%20gerador%20s%C3%ADncrono.mp4?attredirects=0&d=1

https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade/V%C3%ADdeo%20do%20ensaio%20do%20motor%20de
%20indu%C3%A7%C3%A3o%20com%20cargas.mp4?attredirects=0&d=1
5.3 Ensaio do motor de indução com carga e com correção do fator de
potencia

Motor de Indução com Carga Trifásica operando com correção do fator de potência
através de um Banco de Capacitores trifásicos

Uma característica muito importante a ser observada em um motor é seu fator de


potência, pois a concessionária de energia também cobra pela potência reativa que percorre
os cabos de alimentação quando o fator é inferior a 0,92. Dessa forma, se o motor tiver fator
de potência abaixo de 0,92, é necessário corrigi-lo para que esteja acima do valor mínimo, e
uma técnica usada para fazer isso é a inserção de um banco de capacitores como mostram as
figuras 7 e 8.

Figura 7 Banco de capacitores trifásicos

Figura 8 Diagrama triangular de potencias

Neste ensaio aproveite a montagem do ensaio anterior com o motor operando com
máxima carga, e insira um banco de capacitores e observe a variação da corrente do motor
em função da potência reativa do banco.
Observe e comente a variação da corrente do motor de indução com carga máxima
com e sem banco de capacitor.
Obs: Repare que com a inclusão do banco de capacitores a corrente de armadura deve
diminuir devido a diminuição da corrente indutiva que vinha da rede e agora está sendo
suprida pelo banco de capacitores. Isto é o motor de indução estava operando abaixo em
torno de um fator de potência de 0.8 e depois da correção o motor passa a operar com fator
de potência unitário.

5.4 Vídeo do ensaio do motor de indução rotor bobinado operando com cargas e com
banco de capacitores para compensar o fator de potência.
Assista o vídeo ensaio do motor de indução operando com carga máxima e com correção do
fator de potência realizado no laboratório no link:
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-
eletricas/plano-de-aulas/3ra-unidade/Video%20do%20ensaio%20do%20motor%20de
%20indu%C3%A7%C3%A3o%20com%20carga%20e%20banco%20de
%20capacitor.mp4?attredirects=0&d=1
Trace as curvas das grandezas do motor de indução com carga da tabela 6 em relação a
velocidade e comente quais são as grandezas que mostram os estados de funcionamento
do motor em vazio, pouca carga, carga ideal e sobre carga.

6. Gerador de Indução Trifásico com Carga

A máquina síncrona também foi experimentada em seu modo de operação como


gerador, para isso é necessário fornecer ao eixo da máquina uma velocidade angular maior
que a velocidade síncrona. A figura abaixo mostra a curva de conjugado x escorregamento da
máquina de indução.
Figura 9 Conjugado versus Escorregamento de uma máquina de indução.

6.1 Ensaio da máquina de indução funcionando como gerador assíncrono


ligado na rede de energia da concessionária

Este ensaio será realizado de acordo ao esquema da figura 10.

Figura 10 Esquema de montagem do gerador assíncrono ligado na rede de energia


O procedimento basicamente consiste em acoplar e acionar o motor CC com excitação serie.

1- Colocar a máquina CC em 1800 rpm.


2- Ligar o estator na rede através do autotransformador e variar lentamente até atingir a
tensão de 380 V. Observe e comente as variações de corrente e dos wattímetros
durma-te o ensaio.
3- Observar o valor da corrente que deve ser igual o menor ao ensaio do motor em vazio.
4- Aumentar a velocidade da máquina CC série para que o gerador assíncrono forneça
energia a rede e observar o que acontece com a corrente e tensão.
5- Para desligar o gerador assíncrono proceda na seguinte sequência:
Diminua a velocidade do motor CC série até a velocidade síncrona de 1800 e logo
desligue a motor CC série. Logo observe que o gerador assíncrono passa a ser motor
assíncrono para e finalmente desligar o motor.

6.2 Vídeo do ensaio do gerador de indução rotor bobinado operando em paralelo com a
rede de energia.
Assista os vídeos realizado no laboratório dos ensaios do gerador de indução ligado na rede
de energia acionando pelo motor CC :
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade

6.3 Ensaio da máquina de indução funcionando como gerador assíncrono


ligado na rede com correção do fator de potência

Neste ensaio será necessário repetir os itens de 1 a 5 do item anterior e logo inserir um
banco de capacitores trifásicos para corrigir o fator de potência do gerador de indução para
corrigir o fator de potência.
Para desligar o gerador assíncrono com banco de capacitores proceda da seguinte
forma:
Desligue o banco trifásico e logo diminua a velocidade do motor CC série até a
velocidade síncrona de 1800 e logo desligue a motor CC série. Logo observe que o
gerador assíncrono passa a ser motor assíncrono para e finalmente desligar o motor.

Figura 11 Esquema de montagem do gerador assíncrono operando no modo independente


com correção do fator de potência

Observe e comente a variação da corrente do gerador com carga com e sem


banco de capacitor.
6.4 Vídeo do ensaio do gerador de indução rotor bobinado com correção do fator de
potência operando em paralelo com a rede de energia.
Assista os vídeos realizado no laboratório dos ensaios do gerador de indução ligado na rede
de energia com compensação do fator de potência (Banco de capacitores) e acionando pelo
motor CC série, no link abaixo:
https://sites.google.com/a/dee.ufcg.edu.br/luyesreyes_v1/laboratorio-de-maquinas-eletricas/
plano-de-aulas/3ra-unidade
7. Ensaio do gerador de indução operando no modo isolado

Define-se como operação isolada do gerador de indução quando está funcionando


desconectado à rede de distribuição. Na operação isolada do gerador, a fonte responsável por
fornecer a potência reativa ao gerador será através de um banco trifásicos de capacitores
conectado em paralelo com a carga como mostra a Figura 12.
Neste experimento será utilizado um banco de lâmpadas presente no laboratório de
220 V ,
Este ensaio tem como objetivo será analisar o comportamento da tensão frente a
variações na velocidade de rotação do gerador quando ligamos as lâmpadas.
O banco trifásico de lâmpadas será ligado em delta, e será conectado junto aos
terminais do gerador de indução previamente ajustada para operar na tensão de 220 V,
conforme o esquema da Figura 12.
Serão conectados também multímetros para medir a corrente e a tensão, a fim de
analisá-las durante o experimento. Para que o gerador funcionar deve-se seguir alguns passos,
que garantem a correta e segura operação.

Figura 12 Esquema de montagem do gerador assíncrono operando no modo independente


1. Inicialmente com o gerador síncrono desconectado da rede, carregue o banco
de capacitores logo acione o motor CC no modo de excitação serie.
2. Logo a velocidade deve ser aumentada lentamente até que seja atingida a
velocidade acima da velocidade síncrona, atentando-se aos limites da máquina
CC, e medindo a rotação através do tacômetro.
3. Logo, conectar ao gerador de indução um voltímetro para verificar a tensão
gerada antes de ligar o disjuntor trifásico o banco de capacitores.
4. Ligar o banco de capacitor ao motor de indução e verificar a tensão e ajustar a
tensão através do motor CC série no modo a obter uma tensão de 220 Volts.
5. Logo liga-se o banco de lâmpadas ao gerador isolado assíncrono
Aumente a velocidade do motor CC série quando a carga das lâmpadas
aumente e diminua a velocidade do motor CC quando a carga de lâmpadas
diminui para evitar a perda de sincronismo do gerador.
6. Antes de desligar o gerador síncrono desligue o banco de capacitores
previamente.

neste ensaio será utilizada uma máquina CC funcionando como motor série com o eixo
acoplado ao gerador de indução, assim que a velocidade da máquina Série atinja 20% acima
da velocidade síncrona do Gerador Assíncrono, coloque medidores de tensão e corrente na
saída do gerador e ligue o banco de capacitores previamente carregados aos terminais do
Gerador, note que o gerador deve começar a gerar tensão, ajuste a velocidade do motor CC
para que a tensão de saída seja 220V, logo ligue o gerador a um conjunto de cargas resistivas
(lâmpadas de várias potências) aumentando a velocidade do motor CC a medida que da carga
e diminua a medida que retira carga. Esse esquema representa um gerador assíncrono onde a
força motora para girar o rotor é proveniente do eixo do motor da máquina CC.
Inicialmente ligue ao gerador de indução um capacitor entre as fases ou um conjunto
de 3 capacitores, logo coloque a girar a máquina CC acima da velocidade síncrona e obtenha
as medidas das correntes em uma das fases, obtenha as potências e meça a velocidade
utilizando um tacômetro digital. Em seguida adicione sequencialmente as cargas ao gerador
assíncrono, mantendo a velocidade constante através do motor CC. Comente o experimento.

7.1 1. ANÁLISE E CONCLUSÕES

O experimento de máquina de indução foi realizado em laboratório com sucesso. Com


os ensaios realizados, em que obtemos os parâmetros solicitados conforme o procedimento
apresentado e disponíveis em anexo.
Conforme analise, podemos citar algumas aplicações, em que temos as máquinas de
corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto como gerador. Existem
várias aplicações de maquinas de indução. Em que destacamos:

● · Como geradores, podemos destacar o seu uso em turbinas eólicas e micro-


hidro-maquinaria porque gera energia útil à velocidade variável do rotor. O
gerador de indução é mais econômico e confiável quando comparado a outros
geradores. É usado principalmente na estação de geração de energia eólica
devido ao fator de velocidade variável. Eles são usados com fontes alternativas
de energia, como moinhos de vento ou sistemas de recuperação de energia nos
processos industriais. Eles também são usados para fornecer energia adicional
a uma carga em uma área remota que está sendo suprida por uma linha de
transmissão fraca.
● · Como motores, buscam atender a demanda das diversas aplicações
industriais e vários requisitos de condição de partida e funcionamento. Eles
são classificados de acordo com a classe. Motores de rotor enrolado são
adequados para cargas que exigem alto torque de partida e onde uma corrente
de partida menor é necessária, os motores de indução de rotor enrolado
também são usados para cargas com alta inércia, o que resulta em maiores
perdas de energia. Sendo usado para as cargas que exigem um acúmulo
gradual de torque, usado para as cargas que exigem controle de velocidade. Os
motores de indução de rotor enrolado são utilizados em transportadores,
guindastes, bombas, elevadores e compressores. O torque máximo está acima
de 200% do valor de carga total, enquanto o escorregamento de carga total
pode ser tão baixo quanto 3%. A eficiência é de cerca de 90%.

8. Bibliografia

[1] SEN, P. C. Principles of Electric Machines and Power Electronics, John Wiley & Sons,
New York, 1989.

[2] FITZGERALD, A. E. & KINGSLEY Jr, Charles & KUSKO, Alexander, Máquinas
Elétricas, McGraw-Hill do Brasil Ltda.

[3] CHAPMAN, S. J. Electric Machinery Fundamentals, 1ª ed., New York, McGraw-Hill,


1975.

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