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Segundo os dados do Ministério da Saúde (MISAU) indicam que cerca de 300 mil pessoas, das
cerca de 6,8 milhões que vivem nas províncias de Cabo Delgado, do Niassa e de Nampula
padecem de cegueira causada por tracoma. E pelo facto de Nampula ser a província com maior
índice de analfabetismo e as promoções de saúde ocular não são muito conhecidas e
deciminadas. [4,5,6]
Objectivo geral
Objetivos especificos
Tipo de estudo
Método
Entrevista formulada
Questionário
Panfletos
Universo
Todos os alunos e professores que farão parte da investigação na Escola Secundária de Nampula.
Amostra
O estudo será feito para os alunos das 8 a 10 classes e os professores do ensino básico e aqueles a
alunos que saibam ler e escrever.
Amostragem estratificada
A escolha da amostragem será feita em cada turma, onde vão ser divididos em dois grupos
homens e mulheres. Dentro dos homens e mulheres serão escolhidos os alunos que saibam ler e
escrever, depois fará a escolha duma forma aleatória.
Analise estatística
Os dados serão analisados e processados com o programa estatístico SPSS, versão 20.0, Epi info
7, Microsoft Excel 2010.
Resultados esperados
Meios de divulgação
A população que ira se beneficiar deste estudo será primeiro os estudantes e professores da
Escola Secundária de Nampula, onde depois de ter os resultados será apresenta na comunidade
em estudo e depois serão beneficiados todas as Escolas de Cidade de Nampula e na província em
geral. Os resultados serão divulgados através de palestras nas escolas, comunidade, rádios e na
internet.
Resumo
Palavras-chave
O problema é de conhecimento Mundial como um dos problemas que provoca a cegueira, mais
quando controlada atenpadamente tem cura. É um tema de relevância e de agravo à saúde
pública tanto em Moçambique como a nível Mundo. Este problema já foi estudado em vários
países do Mundo sobre as medidas de prevenção do tracoma nas escolas e em população em
geral e em Moçambique já foi estudado onde detectaram que três províncias são mais propensas
a esta endemia e existem muitos artigos e livros que abordam o assunto.
O problema foi estudado mais não só falava das medidas de prevenção do tracoma nas Escolas
mais também os escritores queriam saber a prevalência desta doença a nível das Escolas. Depois
de ter lido as diversas bibliografias e artigos os autores concluíram que a prevalência da doença
de acordo com os inquéritos Escolares é maior na faixa etária de 5 a 9 anos, com 121 casos, em
segundo lugar de 10 a 14 anos com 80 casos, em terceiro lugar de 30 a 39 anos com 13 casos, em
quarto lugar de 20 a 29 anos com 11 casos conclui-se que a população mais fectadas são as
crianças. Sendo 5,1% de tracoma folicular (TF), 0,3% de tracoma folicular intenso (TF/TI) e
0,5% de tracoma cicatricial (TS) e os autores afirmam que são mais propensos em países em via
de desenvolvimento como: Condições de abastecimento de água precária ,condições
socioeconômicas, saneamento do meio precário e higiene pessoal e nível de escolaridade baixo.
Os autores a firmam que a necessidade de se fazerem outros estudos por que existe muita
negligência por parte dos Estudantes e da comunidade em geral sobre as medidas de prevenção
por motivos de hábitos culturas e isto leva a maior prevalência desta endemia.
O tracoma é uma afecção inflamatória ocular crônica, uma ceratoconjuntivite crônica redicivante
que, em decorrência de infecções repetidas, produz cicatrizes na conjuntiva palpebral, podendo
levar à formação de entrópio (pálpebra com a margem virada para dentro do olho) e triquíase
(cílios invertidos tocando o olho). As lesões resultantes deste atrito podem levar a alterações da
córnea, causando cegueira. [2, 3, 4,5]
Etiologia
A transmissão do tracoma é feita duma forma directa de pessoa para pessoa e também existe uma
outra forma de transmissão que é mais comum nas nossas comunidade, que é transmissão
indirecta onde esta é feita através troca de objectos infectados de uso pessoal como: toalhas,
lençóis, casacos, canetas, apagadores, pastas e também pela mosca domestica.
O tracoma inicia-se sob a forma de uma conjuntivite folicular, com hipertrofia papilar e infiltrada
inflamatório que se estende por toda a conjuntiva, especialmente na conjuntiva tarsal superior. A
necrose dos folículos leva à formação de pequenos pontos cicatriciais na conjuntiva. Com as
repetidas reinfecções, um número cada vez maior de pontos cicatriciais, levando à formação de
cicatrizes mais extensas, aonde estas cicatrizes vão se instalar nas pálpebras superiores levando a
alteração como consequência aparecimento do entrópio e as pestanas tocando na córnea
(triquíase) e os cílios invertidos tocando a córnea podem provocar ulcerações, com a consequente
formação de cicatrizes e opacificação corneana, que podem levar a graus variados de diminuição
da acuidade visual até a cegueira. [3,5,7,]
A gravidade dos casos de tracoma está directamente relacionada à frequência dos episódios de
reinfecção e à associação com conjuntivites de outra etiologia, tendo como agentes mais
frequentes o Haemophilus e o Estreptococo. Podem também aparecer folículos na região do
limbo que, quando necrosam, deixam pequenas depressões.
Estudos feitos pela organização mundial da saúde (OMS) estimam que o tracoma é uma doença
de saúde pública a nível do Mundo e que merece uma atenção urgente, visto que é comum em
países em via de desenvolvimento, e uma das principais causas de cegueira evitável do Mundo
(3,6%) Estimativas mundiais da OMS (2004). Há uma perspectiva da Organização Mundial de
Saúde de erradicação do tracoma até o ano de 2020 com o programa chamado “SAFE 2020”,
representado pelo combate à transmissão do tracoma e suas consequências. [3,11,13]
E estudos feitos pela organização mundial da saúde em 2014 mostram que o número dos casos
de tracoma esta subir principalmente em países em via de desenvolvimento.[10]
Forma do diagnóstico
O diagnóstico diferencial do Tracoma deve ser feita por diferentes conjuntivites foliculares, tais
como:
Foliculoses: presença de pequenos folículos difusos, sem inflamação, mais frequentes no fórnix
e desaparecendo em direção à margem palpebral. A pálpebra superior é pouco afetada e associa-
se à hiperplasia linfoide generalizada observada em crianças;
Conjuntivite Folicular Tóxica: observada após uso prolongado de drogas tópicas oculares
como, por exemplo: mióticos (pilocarpina) e idoxiuridina, ou uso de cosméticos ou ainda na
conjuntivite por molusco contagioso (Molluscipox vírus). Há presença de folículos que, no caso
de uso de cosméticos, podem estar pigmentados;
Tratamento
O tracoma é uma doença que é tratada com medicamentos por via sistêmica e por via tópica. O
tratamento feito por via tópica é através dos seguintes fármacos que são: Tetraciclina a 1%
pomada oftálmica usada duas vezes ao dia durante seis semanas; Sulfa-colírio usado 4 vezes ao
dia durante 6 semanas que substitui a falta de tetraciclina ou por hipersensibilidade à mesma.
O tratamento sistêmico é feito pelo uso de Tratamento Sistêmico: Tratamento seletivo com
antibiótico sistêmico via oral: indicado para pacientes com Tracoma intenso (TI) ou casos de TF
ou TI que não respondam bem ao medicamento tópico. Deve ser usado com critério e
acompanhamento médico devido às possíveis reações adversas. Eritromicina - 250 mg 4 vezes ao
dia durante 3 semanas (50 mg/kg de peso ao dia). Tetraciclina - 250 mg 4 vezes ao dia durante
três semanas (somente para maiores de dez anos). Doxaciclina - 100 mg/dia 2 vezes ao dia
durante 3 semanas (somente para maiores de dez anos). Sulfa - dois tabletes ao dia durante três
semanas. Outro medicamento vem sendo testado com bons resultados em termos de efetividade
para o tratamento do Tracoma: a Azitromicina - 20 mg/kg de peso em dose única. Todos os casos
de entrópio palpebral e triquíase tracomatosa deverão ser encaminhados para avaliação e cirurgia
corretiva das pálpebras. [1, 2, 7,8]
Prevenção e controle
Segundo a organização mundial da saúde (OMS), diz que a prevenção do tracoma de ser feita é o
tratamento dos casos suspeitos de tracoma e a realização de exames de saúde ocular e visual.
Outras medidas de prevenção são: lavar as mãos e a cara varias vezes, não coçar os olhos, não
usar lençóis e toalhas e objectos escolares de outra pessoa, evitar dormir com varias pessoas, em
geral ter um saneamento do meio limpo, higiene pessoal e coletiva e melhorar as condições
socioeconômicas e culturais. O controle tem que ser feito seguindo as medidas relativas à
fonte de infecção, as pessoas portadoras do tracoma inflamatório folicular e intensa tem que ser
feito o seu tratamento sem precisar isolar os pacientes afectado pela doença. [3,9,10]
Justificativa
Este tema eu escolhi porque o tracoma é um problema de saúde pública que quando não tratado
pode causar a cegueira, também pelo facto de saber que os alunos e professores desta Escola
estão sujeitos a factores de risco desta doença e a deciminação não chega às Escolas. Outro
motivo é porque a província Nampula tem maior índice de analfabetismo e por questões culturais
muitos não aderem a consultas de saúde ocular. E o foco na escola é para encorajar os alunos e
professores sobre as medidas de prevenção do tracoma tendo conhecimento dos sinais e sintomas
e que para além de aplicar na Escola e eles deciminem essas informações nas suas comunidades.
A nível da província de Nampula não foram feito estudos sobre as medidas de prevenção de
tracoma na Escola e isto m motivou muito também. Sendo um problema causado por uma classe
de pessoas com condições baixa e abastecimento de agua precário e pelo facto das escolas do
estado darem condições de saneamento precário e abastecimento de agua dificilmente. Uma das
medidas de prevenção do tracoma que vou propor nesta Escola será a melhoria das condições de
saneamento de meio, a não troca de objetos, cadernos, canetas, lencinhos e se por acaso eles
detectarem alguém com esses sinais e sintomas levar a uma unidade sanitária e criação de uma
fonte de abastecimento de agua melhorada.
Objectivo geral
fazendo uma promoção e educação para a saúde e a prevenção dos factores de risco que possam
Objetivos especificos
.
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