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Índice

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2

Objectivo Geral................................................................................................................. 2

Objectivos específicos ...................................................................................................... 2

O profissional de enfermagem e o atendimento as necessidades psico-espirituais do


paciente e da família ......................................................................................................... 2

A necessidade Psico-espiritual do ser humano ............................................................. 2

Importância do tema e fundamentação ......................................................................... 3

Direitos humanos .......................................................................................................... 3

Conceito de saúde e atendimento integral .................................................................... 4

Manifestação da necessidade psico-espiritual .............................................................. 4

Grupos religiosos e sua forma de atendimento aos seus adeptos ..................................... 5

Atendimento religioso aos católicos ................................................................................. 5

Celebrações litúrgícas ....................................................................................................... 6

Eucaristia .......................................................................................................................... 7

Unção dos enfermos ......................................................................................................... 7

Atendimento religioso aos evangélicos ............................................................................ 7

Culto.............................................................................................................................. 8

Visitas, Palavras de conforto, leituras .............................................................................. 8

Comunhão ..................................................................................................................... 8

Conclusão ......................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas .............................................................................................. 10


INTRODUÇÃO
No presente trabalho de Deontologia e Enfermagem vamos abordar o tema: As
necessidades psico-espirituais do paciente e da família, na qual iremos desenvolver os
seguintes assuntos: A necessidade Psico-espiritual do ser humano, importância do tema
e, fundamentação, direitos humanos, conceito de saúde e atendimento integral,
manifestação da necessidade psico-espiritual, grupos religiosos e sua forma de
atendimento aos seus adeptos, atendimento religioso aos católicos, atendimento religioso
aos evangélicos .

Objectivo Geral
1. Estudar as necessidades psico-espirituais do paciente e da família

Objectivos específicos
a) Saber a noção das necessidades psico-espirituais do paciente;

b) Identificar os diferentes niveis do ser humano (psicobiológico,psicossociais,


psico-espirituais);

c) Saber a importância do tema e fundaamentação;

d) Intender a manifestação das necessidades psico-espirituais

e) Compreender os grupos religiosos e sua forma de atendimento.


O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E O ATENDIMENTO AS NECESSIDADES
PSICO-ESPIRITUAIS DO PACIENTE E DA FAMÍLIA

A necessidade Psico-espiritual do ser humano

Quando falamos em ser humano. Conforme já apresentamos, entendemos o ser humano


nos seus diferentes niveis: psicobiológicos, psicosocial e psico-espiritual. Cada um desses
niveis apresenta como sabemos, umas tendências e suas necessidades. Assim, podemos
observar e sentir a tendência psicobiológica de auto-conservação, alimentação,
oxigenação etc. Psicossocialmente deparamos com o ser humano e sua necessidade de
segurança, auto-afirmação, aprovação, liberdade, auto-realização e outras. No nivel
psico-espiritual encontramos o homem com uma série de aspirações, questionamentos e
problemáticas que, frequentemente, o fazem parar para pensar e indagar.

O homem questiona-se sobre sua existência, sua natureza, seu destino, sua vida no além-
morte. Questiona o sentido da vida, a procedência e o destino do mundo. Indaga o porquê
do sofrimento, das desgraças, das catástrofes, das infelicidades. Constata em si um
profundo desejo do infinito. Busca o conceito, o encontro e a vivência da felicidade.
Percebe e sente que estes questionamentos estão presentes da caverna ao aranha-céu, do
analfabeto ao mais culto, embora as respostas sejam diferentes, de acordo com as
condições socio-econômicas e culturais das pessoas.

A tendência ao religioso está presente e é profunda no homem, assim como a da


conservação. Está no fundamento da natureza humana.

Constatam os psicologos, os etnólogos, os sociólogos, que o impulso para o transcendente


é natural, fisiológico, universal. Concluem que não há Ser humano na Terra que aspire ao
transcendente, que não se questione, a seu modo, sobre o problema espiritual. Ensina a
experiência universal que esse é um sentimento tão inato no homem, capaz de levá-lo a
preferir a insegurança ao conforto, a agrura à tranquilidade, o medo ao apoio, a morte à
vida, se o preço de decisão for pretender acorrentá-lo. É tão forte que se impõem aos
instintos biológicos , até ao da conservação,

São estás tendências que marcam o homem, próprias da natureza humana. São, conforme

Lerch «as aspirações metafísicas da natureza humana».


Torna-se necessário, todavia não identificarmos nem confundirmos o aspecto religioso,
espiritual, com o aspecto puramente psicológico do ser humano. Embora a tendência à
transcedência se situe na esfera psicológica, dela se diferencia, pois, se por um lado, o
que é religioso tem características psicológicas, por outro, nem tudo o que é psicológico
tem conotação religiosa e espiritual.

Importância do tema e fundamentação

A importância para o profissional de enfermagem do atendimento a necessidade psico-


espiritual do ser humano baseia-se, especialmente, nos direitos humanos, no conceito de
saúde e no atendimento integral.

Direitos humanos

A Declaração dos Direitos Humanos da ONU diz: «Todo homem tem o direito à liberdade
de pensamento, consciência e religião. Este direito inclui a liberdade de mudar de religião
ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática,
pelo culto e pela observância, isolada ou colectivamente, em público ou em particular».

Conceito de saúde e atendimento integral

A saúde é hoje vista como um equilíbrio entre os aspectos bio-psico-sócio-espiritual do


ser humano, dentro do seu ciclo vital e do meio onde vive. Este conceito salienta a visão
global do ser humano, de suas necessidades básicas, incluindo o aspecto psico-espiritual,
e permite deduzir que, para existir saúde perfeita, deverá haver atendimento de todas as
necessidades básicas, sem excluir as psico-espirituais.

Manifestação da necessidade psico-espiritual

A necessidade psico-espiritual manifesta-se no ser humano pelas mais diferentes formas:

 A presença de angústia; interessante neste sentido é o testemunho do psicólogo e


médico Jung, relatado por Silveira «entre todos os meus pacientes de mais de 33
anos, não houve nenhum cujo não fosse o da religação religiosa. A raiz da
enfermidade de todos está em ter perdido o que a religião deu a seus crentes em
todos os tempos, e ninguém está realmente curado enquanto não tiver atingido, de
novo o seu enfoque religioso»;

 Presença de temor baseado nos questionamentos ainda não respondidos;


 Dúvidas de conotação religiosa;

 Sede de leitura no campo de religião;

 Presença de sentimento, de culpa baseados em atitudes consideradas erradas;

 Necessidade de manter contacto com representantes religiosos para preces,


diálogos e atendimentos próprios de sua religião.

É bom lembrarmos que a realização do ser humano frente ao problema religioso é


variável. Há os que se dizem ateus, não creêm em Deus, nem nos valores espirituais e não
aderem a nenhum grupo religioso. Encontramos os que creêm em Deus, dizem pertencer
a um grupo religioso, mas não praticam. Existem finalmente, os que pertencem a
determinado grupo religioso, praticam e participam activamente: denominam-se
militantes. Conhecem sua religião, seus ministros, são actualizados. Exigem seus direitos
de atendimento religioso.

Grupos religiosos e sua forma de atendimento aos seus adeptos

Os grupos religiosos no mundo são numerosos e cada um guarda as suas próprias idéias
religiosas e a sua maneira de ser atendido em suas necessidades religiosas. Descrevê-los
todos, embora útil, seria demasiadamente extenso. Limitar-nos-emos aos grupos
religiosos com maior número de membros.

Atendimento religioso aos católicos

O atendimento religioso da comunidade católica no campo da saúde envolve doentes e


familiares e é desenvolvido em duas grandes linhas, conforme apresenta Vendrame, a
evangelização e as celebrações litúrgicas.

Evangelização

Entendemos por evagelização as actividades que permitem troca de ideias sobra a


mensagem dos Evangelhos e oferecem subsídios que proporcionem conhecimento ou
aprofundamento da vivência evangélica. As actividades que merecem destaque nesta
linha são: visita, aconselhamento, mensagens escritas, leituras bíblicas e de outros
religiosos.

a) Visita
A visita de representantes religiosos, o sacerdote, ou de outra pessoa amiga, quando
solicitada ou aceita, é sempre bem recebida e de efeito altamente benefíco. A principal
finalidade da visita deverá ser o dialógo amigo, para levar a pessoa apoio, esclarecimento
e paz. É de capital importância que reine o bom senso e a sensibilidade, para a visita não
se tornar inuportuna, quer pelo tipo de converça quer pelo tempo exagerado de
permanência ou pela incoveniência do horário;

b) Aconselhamento

Consiste na orientação individual ou em grupo. Muitos pacientes aproveitam o periodo


de internação para refletir sobre a sua vida e tentar resolver problemas que a tempo levam
consigo. Muitas vezes vêem na pessoa que os visita alguém ideal para esse tipo de
dialógo. Para muitos casos, orientação em grupo surte melhor resultado. Sem dúvida,
certos problemas são comuns, tratados em grupo, favorecem a desinibição;

c) Mensagens escritas

São folhetos que ofereçam oportunidade para leituras rápidas. Contêm subsidios para
reflexão e podem ser portadores de fé, paz e otimismo. Breves e bem redigidos são um
excelente ponto de partida para troca de ideas. É importante que não visem o proselitismo,
isto é, a preocupação em mudar o modo de pensar do outro, mas sejam apenas um veiculo
de pensamentos construtivos;

d) Leituras religiosas

O confinamento no quarto de um hospital, desperta em muitos o desejo de ler. Tornando-


se importante satisfazer esta vontade mediante leituras da bíblia, de livros e revistas
religiosas, é de capital importância que sejem levadas em consideração a idea e a cultura
da pessoa ao se oferecer material para leitura, pós a falta de adequação inutilizar o efeito
positivo;

Celebrações litúrgícas

É ‟o cume para o qual tende acção da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana
toda a sua força” (Sacrossantum concilium).

As celebrações litúrgicas que analisaremos serão a missa e o sacramento.

a. A missa
A missa para o católico, é a celebração da morte e ressuscitação de Cristo e ocupa o lugar
central na liturgia da Igreja Católica.

Na missa distinguem-se três partes:

1) A celebração da palavra (Consta das leituras bíblicas e da homília);

2) O sacrifício da Cruz inclue a consagração do pão e do vinho;

3) A comunhão com Deus e com os Irmãos (o sacramento da eucaristia). Ai está o


movimento pelo qual para o católico practicante é importante assistir à santa missa ou
receber a comunhão (a eucaristia) no seu leito. Apartir disto podemos avaliar quanto o
magoa o facto de não poder assistir à missa por falta de colaboração da directoria do
hospital ou dos funcionários, em particular da enfermagem, ou quando não recebe a
comunhão solicitada no leito pela má vontade na transmissão de seu pedido ao
representante religioso ou ao leigo encarregado de destribui-lá aos pacientes;

b. Sacramentos

Os sacramentos para o católico são ritos que significam e conferem a graça, isto é, a
presença de Cristo na sua vida. São ritos, usam formas externas, como palavras (as
formulas) e a matéria (água, pão, vinho etc). Para conceder uma vida espiritual que é a
vida de cristo, embora todos os sacramentos estejem intimamente relacionados com a vida
espiritual dos católicos, salientamos: a eucaristia e a unção dos enfermos.

Eucaristia

A eucaristia é, para o católico, a presença do corpo e de sangue de Cristo sub as espécies


do pão e do vinho consagradas na santa missa. A eucaristia pode ser levada aso doentes,
no leito do hospital ou residência por leitores autorizados.

Unção dos enfermos

Sobre este sacramento pairam as maiores confusões. Antigamente, foi considerado como
o sacrameto da morte, um verdadeiro «passaporte» para a eternidade. Com isto criou-se
ao seu redor uma verdadeira barreira de preconceitos, comprometendo a própria visita do
representante religioso, o sacerdote, a qualquer pessoa enferma.

Falar em unção dos enfermos (antiga extrema unção) era preparar o paciente para a morte
imediante. A Igreja Católica, hoje, de maneira alguma, intende assim. Para ínicio da
solução do problema passou a denomina-lo sacramento da unção dos enfermos e não mais
extrema unção. Consideram o sacramento dos enfermos e não dos morrimundos,

o sacramento da fé e não da magia, da comunidade e não do individuo, da esperança e


não do desespero. Quer significar atraves dele sua presença diante da pessoa enferma.

Apesar de todas essas colocações, entre muitos católicos ainda perdura a visão da unção
dos enfermos como um «passaporte» para a eternidade. Torna-se necessário prosseguir
no exclarecimento e orientação dos mesmos, quanto ao novo enfoque dado pela Igreja
Católica sobre o referido sacramento.

Atendimento religioso aos evangélicos


Os evangélicos, divididos em várias Igrejas agregam-se na maioria na confederação
evangélica do Brasil, isto permite, entre eles, um acordo no sentimento em que o Pastor
de uma Igreja possa atender os adeptos pacientes das demais. Grupos mais radicais, como
os pentecostais, não aceitam que pastores de outras Igrejas não atendam seus adeptos, de
uma maneira geral o atendimeto religioso aos católicos consta de culto, visita, leituras
bíblicas e religiosas, preces, palavras de conforto.

Culto
O Culto consta de uma reunião com a presença de representante religioso, Pastor, onde
são executados hinos religiosos feitas de leituras bíblica, homílias, preces e reflexões.

Visitas, Palavras de conforto, leituras


Os evangélicos dão muita importância à visita. Os Pastores fazem absolutamente questão
de visitar todos os adeptos da sua igreja que estiverem doentes, geralmente conseguem
fazé-lo, dando o número não muito grande de seus seguidores. A visita é transformada
numa oportunidade em que são proferidas palavras de apoio e de conforto. Nessa ocasião,
também, são feitas preces, leituras de textos bíblicos, especialmente de preferência de
pacientes ou familiares. A proferida é a bíblia, particularmente o Salmos e o Novo
Testamento.

Comunhão
A Eucaristia é praticamente único sacramento recebido no hospital pelos evangélicos, não
é levada, de forma particular pelo ministro ou por um leigo, mas é celebrada no próprio
quarto ou na enfermaria ou num local apropriado no contexto de um culto. Para os
evangélicos a eucaristia é uma apresentação da presença de Cristo sob as espécies do pão
e do vinho, está é uma das diferenças básicas com o catolicismo, para o qual Cristo está
presente na eucaristia sob a forma do Pão e do Vinho.

Algumas Igrejas evangélicas realizam, também, a prática bíblica recomendada por Tiago,
5, 14-15, e fazem uma prece sobre o doente ungindo-o com óleo e em nome do senhor.
Conclusão

Chegado ao fim do trabalho de Deontologia e Enfermagem no qual abordamos o seguinte


temas: Necessidades psico-espirituais do paciente e da família.

Não restando muito a dizer sobre o tema resta apenas agradecer ao professor pelo tema
que nos deu, visto que abriu-nos novos horizontes e conhecimentos relacionados com o
tema. E também dizer que nem tudo relacionado ao tema esta patente no trabalho por
causa da complexidade que o tema apresenta

.
Referências bibliográficas
GELAIN Ivo, Deontologia e Enfermagem, 3ª Ed. Epu Editoras. 1987

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