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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E DE COMPUTAÇÃO
NOTAS DE AULA
TE05107 – Eletrônica de Potência
Prof. Petrônio Vieira Junior
Cap.4. Conversores CA – CC
Controlados
ÍNDICE
4.1. Introdução
4.2. Parâmetros que Determinam o Desempenho dos Retificadores
4.3 Retificadores Controlados de ½ Onda
4.4 Retificadores Controlados monofásicos de ½ Onda com Diodo de Roda Livre
4.5 Retificadores Controlados monofásicos em Ponte
4.6 Retificadores Controlados monofásicos em Ponte Mista
4.7 Retificadores Controlados monofásicos em Ponto Médio
4.8 Retificadores Controlados Trifásicos de ½ Onda com Ponto Médio
4.9 Retificadores Controlados Trifásico em Ponte
4.10 Retificadores Controlados Trifásico em Ponte Mista
3.11. Estudo da Comutação
4.12. Harmônicos e Fator de Potência das Estruturas Retificadoras
Bibliografia
4. RETIFICADORES DE POTÊNCIA
4.1. INTRODUÇÃO
A função de um circuito retificador é converter potência AC em potência DC. Os circuitos
retificadores a serem estudados neste capítulo que são chamados de retificadores não controlados
não apresentam controle de disparo, isto é, os circuitos operam como sendo constituídos por diodos,
ao contrário dos retificadores a tiristores, que apresentam esse controle e são chamados de
retificadores controlados.
Cada circuito a ser analisado segue uma metodologia:
1o passo: verificação do funcionamento pelo percursso da corrente
2o passo: obtenção das formas de onda da corrente e tensão
3o passo: Obter os valores das correntes de alimentação e tensão e corrente na carga
4o passo: verificação do desempenho do retificador através de parÂmetros como o fator de
ondulação ou utilização do transformador
A análise do fator de potência e harmônicos nas estruturas retificadoras será apresentada
no capítulo 16.s
O objetivo destas notas de aula não é o desenvolvimento de projetos, assim não serão
apresentados os cáculos para determinar as correntes ou tensões reversas nas chaves, calcular
capacitores ou dimensionar indutores.
Definido como a razão entre a tensão média d-c de saída (com um determinado ângulo de
disparo α, para retificadores controlados) e a máxima tensão média de saída.
Definido como a razão entre a potência média de entrada e o valor total da potência eficaz
(rms) da entrada em VA.
95
Pi
λ=
∞
Eq. 4.1
Vn ⋅ I 12 + ∑ In2
2
Sendo :
Pi - Potência média de entrada
Vn - Tensão de fase da entrada
I1 - Componente fundamental da corrente de entrada
In - Harmônica de ordem n da corrente de entrada
TDH =
∑( An 2
+ Bn 2 ) − ( A12 + B12 )
Eq. 4.3
( A12 + B12 )
Sendo :
A1 - Coeficiente do termo em cosseno de primeira ordem, desenvolvido na série de fourier
B1 - Coeficiente do termo em seno de primeira ordem, desenvolvido na série de fourier
An - Coeficiente do termo em cosseno de ordem n, desenvolvido na Série de Fourier
Bn - Coeficiente do termo em seno de ordem n, desenvolvido na Série de Fourier
A corrente alternada senoidal que alimenta um conversor pode ser representada de uma
forma geral pela Eq. 4.4.
Como a potência média para cada componente harmônica é zero, e, considerando a tensão de
alimentação (Vn) do conversor puramente senoidal, pode-se escrever:
Pi = Vn ⋅ I 1⋅ cosφ i Eq. 4.5
96
λ = ϕ ⋅ cos φ i Eq. 4.7
A Eq. 4.7 determina a relação entre o fator de potência (λ), o fator de distorção (ϕ) e o fator de
deslocamento ( cosφ i ).
Uma função f ( t ) periódica não senoidal pode ser escrita na forma de uma série de termos
em seno e cosseno chamada Série de Fourier ou Série Harmônica. Os termos desta série
determinam com facilidade valores eficazes, valores médios e valores de pico desta função. A seguir
descreve-se estas relações.
(a) Determinação da Série Harmônica da função f (t ) :
2 T
⋅ f (t ) ⋅ dt
T ∫0
Ao =
2 T
⋅ f (t ) ⋅ cos(n ⋅ t ) ⋅ dt
T ∫0
An =
2 T
⋅ f ( t ) ⋅ sen( n ⋅ t ) ⋅ dt
T ∫0
Bn =
1
f (t ) = ⋅ Ao + ∑ An ⋅ cos( n ⋅ t ) + ∑ Bn ⋅ sen(n ⋅ t )
2 n n
Cn = An 2 + Bn 2
(c) Determinação do valor médio da função f (t ) :
97
I 1 = Id + Iq Eq. 4.11
onde:
I1 - fundamental da corrente
Id - corrente direta da fundamental da corrente
Iq - corrente em quadratura da fundamental da corrente
Vm I1
Sabendo-se que V (efc) = e I 1( efc) = e substituindo-se estas equações em 3.5 tem-se:
2 2
Vm ⋅ I 1
Pi = ⋅ cos(φ i ) Eq. 4.12
2
4.3.1. Estrutura
O circuito do retificador monofásico de meia onda a tiristor, está representado na Fig. 4.1.
98
π
1
VLmd =
2π
∫ 2 . Vo . sen w t d(wt) Eq. 4.14
α
Assim,
VLmd = 0,225 . Vo (1 + cos α ) Eq. 4.15
Fig. 4.2. Formas de onda para o retificador monofásico de meia onda com carga resistiva.
Portanto ao se variar o ângulo de disparo α do tiristor, varia-se a tensão média na carga VLmd. As
duas tensões extremas, ocorrem quando :
a) α = 0 ⇒ VLmd = 0,45 . Vo
b) α = π ⇒ VLmd = 0
Pode-se observar que a tensão de carga é uma função não linear do ângulo α, o que introduzirá
dificuldades no projeto de reguladores dos sistemas que contém retificadores.
Na Fig. 4.3 está representada graficamente a tensão de carga em função do ângulo de disparo do
tiristor.
99
π 2 1/ 2
1 2 . Vo
I Lef =
2π
∫ R sen 2 wt d(wt) Eq. 4.18
α
Resolvendo a integral, encontra-se como resultado a expressão Eq. 4.19.
Vo 1 α sen 2α 1/ 2
I Lef = − + Eq. 4.19
R 2 2π 4π
1 α sen 2α 1/ 2
VLef = R . I Lef = Vo − + Eq. 4.20
2 2π 4π
A potência média, ou DC, na carga PLmd é o produto da tensão e da corrente médias de saída, e é
calculada como :
V 2
PLmd = VLmd . I Lmd = Lmd Eq. 4.21
R
Substituindo-se a expressão Eq. 4.15 em Eq. 4.21, obtém-se :
Vo 2
PLmd = 0,05 (1 + cosα ) 2 Eq. 4.22
R
A estrutura do retificador monofásico de meia onda a tiristor, alimentando uma carga RL,
está representada na Fig. 4.4.
100
Fig. 4.4. Retificador monofásico de 1/2 onda a tiristor, alimentando uma carga RL.
Neste caso, o ângulo de extinção do tiristor é β, maior que π. Enquanto a corrente de carga
não se anula, a tensão de carga se mantém igual à tensão da fonte. Para ângulos de condução
maiores que π, a tensão de carga assume, portanto, valores negativos.
A partir do ângulo α, no qual o tiristor entra em condução, a corrente de carga obedece à equação
diferencial Eq. 4.23.
di
2 . Vo sen wt = L + Ri Eq. 4.23
dt
101
Onde:
wL L
φ = tg -1 ∴ τ = ∴ X L = wL ∴ Z = R 2 + X L2
R R
Assim:
α
t, = t -
w
A corrente de carga pode ser decomposta em dois termos que se superpõem, a saber :
2 . Vo
i 1 (t) = .sen (wt - φ ) Eq. 4.25
Z
t,
− 2 . Vo - Eq. 4.26
i 2 (t) = . sen (α - φ ) . e τ
Z
O termo i1(t) representa a corrente que existirá na carga em regime permanente, alimentada pela
tensão v(t).
O termo i2(t) representa uma componente transitória, que decresce exponencialmente com o tempo
e depende do ângulo de disparo α.
O valor médio ou DC da tensão na carga é calculado pela expressão Eq. 4.27.
β
1
VLmd =
2π
∫ 2 . Vo . sen w t d(wt) Eq. 4.27
α
Assim,
VLmd = 0,225 . Vo (cos α − cos β ) Eq. 4.28
Sendo : π < α < 2π. Para carga puramente resistiva, α = 0 e cos(0) = 1
A expressão Eq. 4.28 indica que a tensão média de carga, para valores definidos de Vo e α,
depende do ângulo de extinção β. O ângulo β, por sua vez, depende da constante de tempo da
carga. Portanto, ao se variar a carga, varia-se a sua tensão. Isto é um inconveniente.
A corrente média na carga é obtida pela expressão Eq. 4.29.
VLmd
I Lmd = Eq. 4.29
R
Ou ainda:
Vo
I Lmd = 0,225 (cosα − cos β ) Eq. 4.30
R
- Ângulo de extinção (β) :
O ângulo de extinção é obtido com o emprego da expressão Eq. 4.24. Quando wt = α, i(t) = 0.
Assim:
w.R α
2 . Vo - (t - )
0= sen ( β - φ ) - sen(α - φ ) . e w.L w Eq. 4.31
Z
R
( wt - α )
- Eq. 4.32
0 = sen ( β - φ ) - sen(α - φ ) . e w.L
102
( β -α )
- Eq. 4.33
tg φ
0 = sen ( β - φ ) - sen(α - φ ) . e
A solução da equação implícita Eq. 4.33 leva à obtenção de β em função de α e φ. A solução
analítica é impossível, sendo necessário o emprego de um método numérico de solução de
equações algébricas.
- Ângulo de condução (γ) :
O ângulo de condução γ é definido pela expressão Eq. 4.34.
γ = β −α Eq. 4.34
4.4.1. Estrutura
A estrutura retificadora monofásica de meia-onda a tiristor alimentando uma carga RL com diodo de
roda livre está representada na Fig. 4.6.
Fig. 4.6. Retificador monofásico de 1/2 onda a tiristor com diodo de roda-livre.
O circuito representado na Fig. 4.6 apresenta duas etapas de funcionamento distintas. A primeira
seqüência está representada na Fig. 4.7. A tensão de entrada é positiva. A corrente de carga circula
pelo tiristor T. O diodo de circulação DRL encontra-se bloqueado.
103
Fig. 4.7. 1a etapa de funcionamento do retificador com diodo de roda-livre.
A segunda etapa de funcionamento está representada na Fig. 4.8. A tensão de entrada é negativa.
O tiristor T encontra-se bloqueado. A corrente de carga circula livremente, por ação da indutância L,
pelo diodo de roda livre DRL.
As formas de onda relativas ao retificador de meia-onda monofásico a tiristor com diodo de roda-
livre estão representadas na Fig. 4.9.
104
1
VLmd = 2 . Vo (− cos wt )απ Eq. 4.36
2π
Assim:
VLmd = 0,225. Vo (1 + cos α ) Eq. 4.37
Portanto o valor médio da tensão na carga independe do ângulo de extinção β, portanto independe
da carga.
Para uma dada carga indutiva, o diodo de roda livre provoca um aumento no valor médio da tensão
na carga.
No intervalo (α, π), a corrente de carga é representada pela expressão Eq. 4.38.
t,
2 . Vo -
sen ( wt - φ ) - sen(α - φ ) . e τ
i 1 (t) = Eq. 4.38
2 2
R + XL
Onde:
α
t, = t - Eq. 4.39
w
No intervalo (π, β), a corrente de carga evolui segundo a expressão Eq. 4.40.
t ,,
− Eq. 4.40
i 2 ( t ) = I1 . e τ
Onde:
π
t ,, = t - Eq. 4.41
w
O valor inicial I1 é obtido da expressão Eq. 4.38, fazendo wt = π. Assim :
( π -α )
2 . Vo -
I1 = sen (π - φ ) - sen(α - φ ) . e w τ Eq. 4.42
R + X L
2 2
Levando-se a expressão Eq. 4.42 na expressão Eq. 4.40, obtém-se a corrente para o segundo
intervalo, representada pela expressão Eq. 4.43.
π
t −
( π - α ) − w
2 . Vo - Eq. 4.43
i 2 (t) = sen (π - φ ) - sen(α - φ ) . e w τ . e τ
R 2 + X L 2
A Fig. 4.10 ilustra as formas de onda da tensão e corrente na carga, obtidas por simulação, para a
estrutura representada na Fig. 4.6.
105
RETIFICADOR MONOFASICO DE MEIA ONDA
Date/Time run: 01/29/96 19:14:16 Temperature: 27.0
400
300
200
100
-100
50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms
V(2) I(R)*5
Time
Fig. 4.10. Formas de onda da tensão e corrente na carga, obtidas por simulação, para o
circuito da Fig. 4.6.
Verifica-se um aumento no valor médio da tensão na carga com a introdução do diodo de roda-livre.
4.5.1. Estrutura
Onde:
Vi = Vm ⋅ sen( wt )
A carga na estrutura apresentada é RL, representando uma carga indutiva. Este modelo da
carga foi escolhido por apresentar as mesmas características estáticas dos motores elétricos. Ainda,
desta forma, pode-se considerar o conversor em condução contínua.
106
4.5.2. Seqüência de Funcionamento
A seqüência de funcionamento pode ser verificada observando-se as figuras Fig. 4.11 e Fig.
4.12.
1ª Etapa: ] t1, t2 [
A primeira etapa compreende o intervalo de t1 a t2 onde S1 e S4 estão conduzindo a
corrente de carga. Instantes antes de t2, a tensão em S1 e S4 é negativa, mas os tiristores
permanecem conduzindo, pois a corrente ainda é positiva.
2ª Etapa: ] t2, t3 [
A segunda etapa ocorre de t2 a t3 onde S2 e S3 estão conduzindo. No instante t2, S2 e S3
são comandados a conduzir, é quando se inicia a segunda etapa. Nesta etapa, S2 e S3 passam a
assumir a corrente de carga; quando isto acontece, a corrente através de S1 e S4 torna-se nula,
fazendo com que estes últimos sejam bloqueados.
Novamente observa-se para uma alimentação com carga resistiva que a corrente é
interrompida pelo tiristor quando a tensão passa pelo zero, como pode ser mostrada pela Fig. 4.13.
107
Fig. 4.13 Formas de onda da tensão de alimentação, corrente e tensão de saída para cargas
resistivas.
Consideremos o intervalo (0,α). Durante o intervalo (0,α) os tiristores encontram-se bloqueados e a
tensão de carga é nula. Quando wt = α, um ou dois tiristores, dependendo da estrutura, são
disparados. A tensão de carga torna-se igual à tensão da fonte.
O valor médio da tensão na carga é calculado pela expressão Eq. 4.44.
π
1
VLmd =
π
∫ 2 . Vo sen w t d ( wt) Eq. 4.44
α
Integrando-se, obtém-se:
VLmd = 0,45 . Vo (1 + cos α ) Eq. 4.45
o
Quando α = 0 , tem-se:
VLmd = 0,9 . Vo Eq. 4.46
Que é o caso do retificador de onda completa a diodo.
A expressão Eq. 4.46 está representada graficamente na Fig. 4.14.
π 2 1/ 2
1 2 . Vo
I Lef = ∫ sen wt dwt
2 Eq. 4.48
π
α R
Assim:
108
2 . Vo 1 α sen 2α 1/ 2
I Lef = − + Eq. 4.49
R 2 2π 4π
109
Assim:
VLmd = 0,45 .Vo (cos α − cos β ) Eq. 4.51
A corrente de carga é dada pela expressão Eq. 4.34, obtida para o retificador de meia onda a tiristor.
t,
2 . Vo -
sen ( wt - φ ) - sen(α - φ ) . e τ
i(t) = Eq. 4.52
2 2
R + XL
Onde:
wL L α
φ = tg −1 ∴ τ = ∴ X L = wL ∴ t, = t −
R R w
Quando ∆ = 0, a condução é dita crítica. Neste caso, γ = π. O valor da indutância que proporciona
condução crítica chama-se indutância crítica.
Na condução crítica, i(t) = 0, quando wt = β = (π + α). Assim, a partir da expressão Eq. 4.52, obtém-
se a expressão Eq. 4.53.
t,
- Eq. 4.53
0 = sen (π + α - φ ) - sen(α - φ ) . e τ
α β −α π +α −α π
t, = t − = = = Eq. 4.54
w w w w
Assim:
π
- Eq. 4.55
0 = sen ( π + α - φ ) - sen(α - φ ) . e wτ
Mas:
wL
wτ = = tg φ Eq. 4.56
R
Portanto:
π
- Eq. 4.57
tg φ
0 = sen ( π + α - φ ) - sen(α - φ ) . e
A partir da expressão Eq. 4.57, conhecendo-se α, pode-se determinar φ e conseqüentemente o valor
da indutância crítica.
Voltando à expressãoEq. 4.52. Seja a condução descontínua. Quando wt = β, tem-se i(t) = 0. Assim :
t,
- Eq. 4.58
0 = sen ( β - φ ) - sen(α - φ ) . e τ
α wt − α β − α
t, = t − = = Eq. 4.59
w w w
( β -α )
- Eq. 4.60
tg φ
0 = sen ( β - φ ) - sen(α - φ ) . e
Com a expressão Eq. 4.60, conhecendo-se β e φ, determina-se o ângulo de extinção β.
Na prática, a condução contínua é de maior interesse, pois neste caso, o valor médio da tensão na
carga não depende de β, portanto independe da carga.
110
4.5.5. Ponte Completa Funcionando como Inversor
β = π +α Eq. 4.61
Assim:
VLmd = 0,9 . Vo . cosα Eq. 4.63
Fig. 4.16 Tensão média na carga em função de α para a ponte completa a tiristor em
condução contínua.
Como a corrente de carga é sempre positiva, o sentido do fluxo de potência da fonte para a
carga é dado pelo valor da tensão média. Quando VLmd é positivo, para α compreendido entre 0 e
π/2, o conversor funciona como retificador. Quando VLmd é negativo, para αcompreendido entre π/2 e
π, ele funciona como inversor.
A estrutura em questão está representada na Fig. 4.17.
As formas de onda para as duas situações, estão representadas na Fig. 4.18 e Fig. 4.19.
111
Fig. 4.18. Formas de onda para o retificador. 0 < α < π/2.
4.6.1. Estrutura
Seja a condução contínua. A estrutura está representada na Fig. 4.20. A forma de onda da tensão
na carga, está representada na Fig. 4.22.
112
Fig. 4.21. Seqüências de funcionamento da ponte mista.
113
Fig. 4.23. Ponte mista.
4.7.1. Estrutura
A estrutura está representada na Fig. 4.24. Para o seu funcionamento, é exigido o emprego do
transformador.
114
4.7.2. Formas de Onda da Correntes e Tensão
4.8.1. Estrutura
A carga na estrutura apresentada na Fig. 4.26 é RL, representando uma carga indutiva. Este
modelo de carga foi escolhido, por apresentar as mesmas características estáticas dos motores
elétricos. Ainda, desta forma, pode-se considerar o conversor em condução contínua.
115
Fig. 4.26. Retificador Trifásico de ½ onda
Onde:
Va = Vm ⋅ sen( wt )
2⋅π
Vb = Vm ⋅ sen wt −
3
2⋅π
Vc = Vm ⋅ sen wt +
3
A seqüência de funcionamento pode ser verificada observando-se a Fig. 4.26 e Fig. 4.27.
116
1ª Etapa : ]t1,t2[
A primeira etapa compreende o intervalo de t1 a t2, onde S1 está conduzindo e portanto
Vo=Va. Instantes antes de t2, a tensão é negativa em S1. Entretanto como a corrente de carga é
positiva, o SCR S1 permanece conduzindo.
2ª Etapa : ]t2,t3[
A segunda etapa compreende o intervalo de t2 a t3, onde S2 está conduzindo e portanto
Vo=Vb. Em t2, o SCR S2 é comandado a conduzir; como, neste instante, S2 é mais positivo do que
S1, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S1 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S1 se torna nula, este bloqueia e S2 assume a corrente de
carga. Instantes antes de t3, a tensão é negativa em S2. Entretanto, como a corrente de carga é
positiva, o SCR S2 permanece conduzindo.
3ª Etapa : ]t3,t4[
A terceira etapa compreende o intervalo de t3 a t4, onde S3 está conduzindo e portanto
Vo=Vc. Em t3, o SCR S3 é comandado a conduzir; como, neste instante, S3 é mais positivo do que
S2, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S2 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S2 se torna nula, este bloqueia e S3 assume a corrente de
carga. Instantes antes de t4, a tensão é negativa em S3. Entretanto como a corrente de carga é
positiva, o SCR S3 permanece conduzindo.
Em t4, o SCR S1 é comandado a conduzir; como, neste instante, S1 é mais positivo do que
S3, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S3 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S3 se torna nula, este bloqueia e S1 assume a corrente de
carga, retornando as condições da 1ª etapa.
A estrutura do retificador trifásico com ponto médio a tiristor, alimentando carga resistiva, está
representada na Fig. 4.28.
117
As tensões de alimentação são representadas pelas expressões :
(
v 2 = 2 . Vo sen wt − 120 o ) Eq. 4.67
As formas de onda da tensão na carga para vários valores de α, estão representadas na Fig. 4.29.
Observar que para a estrutura trifásica , o ângulo de disparo é nulo quando duas ondas de tensão
se interceptam e não quando a tensão passa por zero, como é caso das estruturas monofásicas.
Fig. 4.29 Formas de onda da tensão na carga para vários valores de , para o retificador
trifásico com ponto médio.
3 2 . Vo 5π / 6 + α
VLmd =
2π
[ − cos wt]
π / 6 +α
Eq. 4.70
Logo:
3 3 2
VLmd = . Vo . cos α Eq. 4.71
2π
118
Ou:
VLmd = 117
, . Vo . cos α Eq. 4.72
2o) π / 6 < α < 5π / 6 ⇒ condução descontínua:
π
3
VLmd =
2π
∫ 2 . Vo sen wt d ( wt) Eq. 4.73
π / 6 +α
Assim:
π
VLmd = 0,675 . Vo 1 + cos + α Eq. 4.74
6
Observações:
(a) Quando a = 0o, obtém-se o retificador a diodo, onde VLmd = 1,17.Vo, que é o valor máximo da
tensão média na carga.
(b) Quando α = 150o, tem-se VLmd = 0.
O valor médio da tensão na carga em função de α para cargas resistivas está representado na Fig.
4.30. O seu valor é sempre positivo.
119
Fig. 4.31. Tensão média na carga em função de α para carga RL.
A estrutura em questão pode funcionar em dois quadrantes, ou seja, como retificador ou como
inversor.
Na Fig. 4.32 estão representados 2 casos particulares para a tensão de carga com condução
contínua.
120
Fig. 4.33. Tensão média de saída
4.9.1. Estrutura
A seqüência de funcionamento pode ser verificada, observando-se a Fig. 4.34 e Fig. 4.35.
1ª Etapa : ]t1,t2[
121
A primeira etapa compreende o intervalo de t1 a t2, onde, S3 e S5 estão conduzindo e
portanto Vo=-Vbc. Instantes antes de t2, a tensão é negativa em S3. Entretanto, como a corrente de
carga é positiva, o SCR S3 permanece conduzindo.
2ª Etapa : ]t2,t3[
A segunda etapa compreende o intervalo de t2 a t3, onde S5 e S1 estão conduzindo e
portanto Vo=Vab. Em t2, o SCR S1 é comandado a conduzir; como, neste instante S1 é mais
positivo do que S3, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S3 tem sua
corrente decrescente. Quando a corrente em S3 se torna nula, este bloqueia e S1 assume a
corrente de carga. Instantes antes de t3, a tensão é negativa em S5. Entretanto, como a corrente de
carga é positiva, o SCR S5 permanece conduzindo.
3ª Etapa : ]t3,t4[
A terceira etapa compreende o intervalo de t3 a t4, onde S1 e S6 estão conduzindo e
portanto Vo=-Vca. Em t3, o SCR S6 é comandado a conduzir; como, neste instante, S6 é mais
positivo do que S5, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S5 tem sua
corrente decrescente. Quando a corrente em S5 se torna nula, este bloqueia e S6 assume a
corrente de carga. Instantes antes de t4, a tensão é negativa em S1. Entretanto, como a corrente de
carga é positiva, o SCR S1 permanece conduzindo.
4ª Etapa : ]t4,t5[
A quarta etapa compreende o intervalo de t4 a t5, onde S6 e S2 estão conduzindo e portanto
Vo=Vbc. Em t4, o SCR S2 é comandado a conduzir; como, neste instante, S2 é mais positivo do que
S1 este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S1 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S1 se torna nula este bloqueia e S2 assume a corrente de
carga. Instantes antes de t5, a tensão é negativa em S6. Entretanto, como a corrente de carga é
positiva, o SCR S6 permanece conduzindo.
122
5ª Etapa : ]t5,t6[
A quinta etapa compreende o intervalo de t5 a t6, onde S2 e S4 estão conduzindo e portanto
Vo= -Vab. Em t5, o SCR S4 é comandado a conduzir; como, neste instante, S4 é mais positivo do
que S6, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S6 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S6 se torna nula, este bloqueia e S4 assume a corrente de
carga. Instantes antes de t6, a tensão é negativa em S2. Entretanto, como a corrente de carga é
positiva, o SCR S2 permanece conduzindo.
6ª Etapa : ]t6,t7[
A sexta e última etapa compreende o intervalo de t6 a t7, onde S4 e S3 estão conduzindo e
portanto Vo=Vca. Em t6, o SCR S3 é comandado a conduzir; como, neste instante, S3 é mais
positivo do que S2, este primeiro tende a assumir a corrente de carga, enquanto que S2 tem sua
corrente decrescente. Quando a corrente em S2 se torna nula, este bloqueia e S3 assume a
corrente de carga. Instantes antes de t7, a tensão é negativa em S4. Entretanto, como a corrente de
carga é positiva, o SCR S4 permanece conduzindo.
Em t7, o SCR S5 é comandado a conduzir; como, neste instante, S5 é mais positivo do que
S4, este primeiro tende a assumir a corrente de carga; enquanto que S4 tem sua corrente
decrescente. Quando a corrente em S4 se torna nula, este bloqueia e S5 assume a corrente de
carga, retornando as condições da 1ª etapa.
6 2π π
VLmd = 2 . VoL − cos + α + cos + α Eq. 4.77
2π 3 3
Desta forma, obtém-se:
6
VLmd = 2 . VoL . cos α Eq. 4.78
2π
VLmd = 1,35 . VoL . cosα Eq. 4.79
123
Sabendo-se que:
π
VLmd = 2,34 . Vo 1 + cos + α Eq. 4.83
3
O valor médio da tensão na carga em função de α está representado na Fig. 4.36.
Na Fig. 4.37 estão representadas as formas de onda da tensão na carga para 3 ângulos de disparo
distintos.
124
(b) Tensões na carga.
Fig. 4.37. Tensões na carga para a ponte de Graetz.
Observações :
a) Quando α = 0 ⇒ wt = π/3 = 60o.
b) Quando α = π/3 ⇒ wt = 2π/3 = 120o.
Será considerado o caso em que a condução é contínua. Desta forma, o valor médio da tensão na
carga poderá ser obtido pela Eq. 4.84.
125
VLmd = 2,34 . Vo . cosα Eq. 4.84
Observações :
π
a) 0 ≤ α < ⇒ VLmd > 0 ⇒ Operação como retificador.
2
π
b) <α ≤π ⇒ VLmd < 0 ⇒ Operação como inversor.
2
π
c) α = ⇒ VLmd = 0.
2
4.10.1. Estrutura
Nas aplicações onde não se requer operação em dois quadrantes, é recomendável o emprego da
ponte mista, representada na Fig. 4.39, em substituição à ponte completa.
Isto reduz o custo da montagem pelas seguintes razões :
Para efeito de análise, a ponte mista pode ser representada por dois retificadores de ponto médio,
um controlado e um não controlado associados em série.
126
4.11. ESTUDO DA COMUTAÇÃO
Visando reduzir os esforços nas chaves, durante o transitório da comutação, introduzem-se
indutores (chamados de indutores de ajuda à comutação). Assim, a comutação entre os braços não
é instantânea, como se supôs até agora .Um certo intervalo de tempo (tc) decorre, para realizar-se a
comutação. Neste intervalo, mais de um braço é responsável pelo transporte da energia; a corrente
de um dos tiristores cai a zero, enquanto um outro passa a assumir gradualmente a corrente de
carga.
A Fig. 4.40 mostra a estrutura ,onde S1, S2, S3 e S4 são tiristores e L1, L2, L3 e L4 são
indutores de ajuda à comutação. A carga é modelada indutiva, como no caso dos motores elétricos.
Fig. 4.40. Retificador monofásico em ponte usando tiristor com indutância de auxílio à
comutação
Fig. 4.41 (conforme a variação da tensão de saída do conversor) ou na Fig. 4.42e Fig. 4.43
(conforme a dinâmica das chaves).
127
Fig. 4.41. Tensão de saída do conversor
1ª ETAPA: [to,t1[
Neste intervalo S1 e S4 conduzem a corrente de carga, conforme a figura 1.29 e a
configuração do circuito mostrada na figura 1.30.
2ª ETAPA: [t1,t2[
No instante t1, S2 e S3 são comandados a conduzir, conforme mostra o gráfico da Fig. 4.40
e a configuração do circuito mostrada na Fig. 4.42. Entretanto, a corrente em S2 e S3 não se
estabelece instantaneamente devido a ação dos indutores que limitam o di/dt. Assim, enquanto a
corrente em S2 e S3 cresce, tem-se, que com a condução de S2 e S3, é aplicada tensão reversa em
S1 S4, o que faz com que a corrente, através destes últimos, decresça. Quando esta chega a zero,
S1 e S4 são bloqueados. Neste instante, S2 e S3 assumem a corrente de carga, ficando
estabelecida a segunda etapa de funcionamento.
128
(b) ESTUDO DA COMUTAÇÃO
No período em que ocorre a comutação, todas as chaves estão conduzindo. Assim, pelo
exposto no item anterior, pode-se estabelecer as correntes e tensões como são mostrados Fig.
4.44.
Onde:
i1 - corrente através da chave S1
i2 - corrente através da chave S2
i3 - corrente através da chave S3
i4 - corrente através da chave S4
I1 e I2 - correntes de malha
Considerando ainda:
tc = t 2 − t1
vi ( wt ) = Vm ⋅ sen( wt )
onde:
tc - intervalo de comutação
t2 - instante final de comutação
t1 - instante inicial de comutação
Lembrando que a corrente em L1 e L4 são decrescentes e escrevendo as equações das malhas da
Fig. 4.44, pode-se obter:
d ( I 1 + Io) dI 1
vi = − L2 ⋅ + L1⋅ Eq. 4.85
dt dt
dI 2 dI 2
Vi = L3 ⋅ + L4 ⋅ Eq. 4.86
dt dt
fazendo L1=L2=L3=L4=L pode-se escrever então que:
dIo
vi = L ⋅ Eq. 4.87
dt
Sejam as equações dos nós da Fig. 4.44 apresentadas abaixo:
129
i1 + i 2 = Io Eq. 4.88 i 3 + i 4 = Io Eq. 4.89
Substituindo Io das equações Eq. 4.88 e Eq. 4.89 na equação Eq. 4.87 tem-se:
di 2 di1
vi = L ⋅ + L⋅ Eq. 4.90
dt dt
di 3 di 4
vi = L ⋅ + L⋅ Eq. 4.91
dt dt
Assim, considerando que em tc a tensão vi permanece constante, das equações Eq. 4.88 e Eq.
4.89 obtém-se:
∆i 2 + ∆i1 = cte Eq. 4.92
∆i 3 + ∆i 4 = cte Eq. 4.93
As equações Eq. 4.92 e Eq. 4.93 estão representadas nos gráfico da (a) e (b)
Na Fig. 4.45(a) e (b) comprova-se o que foi declarado inicialmente, ou seja, a corrente de um dos
braços do tiristor cai a zero, enquanto um outro braço passa a assumir gradualmente a corrente de
carga.
Durante a comutação, tem-se todas as chaves conduzindo simultaneamente; assim, pela análise
das malhas mostrada na Fig. 4.44, a tensão de saída vo pode ser encontrada por:
vo = vl 2 + vl 4 Eq. 4.94 e vo = vl 3 + vl1 Eq. 4.95
Ainda, pela mesma análise dos nós, usando a equação Eq. 4.88 tem-se: Io = i1 + i 2
ou ainda:
dIo di1 di 2
= + Eq. 4.96
dt dt dt
Substituindo termos da equação Eq. 4.87em Eq. 4.96 tem-se:
vi di1 di 2
= + Eq. 4.97
L dt dt
Da mesma forma, utilizando a equação Eq. 4.99 da análise dos nós obtém-se:
vi di 3 di 4
= + Eq. 4.98
L dt dt
Rescrevendo Eq. 4.97 e Eq. 4.98 tem-se respectivamenteEq. 4.99 e Eq. 4.100:
di 2 di1 di 3 di 4
L⋅ = vi − L ⋅ Eq. 4.99 L⋅ = vi − L ⋅ Eq. 4.100
dt dt dt dt
130
Substituindo a equação Eq. 4.100 em Eq. 4.95 ou Eq. 4.99 em Eq. 4.94 em-se:
di1 di 4
vo = vi + L ⋅ − L⋅ Eq. 4.101
dt dt
Pela mesma Fig. 4.44, determina-se que as tensões nos elementos são:
di1 di 4
L⋅ =L Eq. 4.102
dt dt
Assim conclui-se que:
vo = vi Eq. 4.103
Entretanto na Fig. 4.46, observa-se que a tensão de saída vo , no intervalo de comutação ( entre α
e α+µ) em negrito, não se torna instantaneamente -Vi e sim um Vo que é determinado pelas
equações Eq. 4.94 e Eq. 4.95.
Uma forma de determinar a variação de tensão média na saída durante o intervalo de comutação é
integrar vo neste intervalo de comutação tc. Assim, após a integração de vo mostrado na Fig.
4.47, tem-se:
131
1 T 1 α +µ
Vmed =
T ∫0
⋅ vo ⋅ dt Ou Vmed =
π ∫α
[vi − (−vi)] ⋅ dt
Sabendo que:
vi = Vm ⋅ sen( wt ) e tc = t 2 − t1 tem-se:
2
Vmed = ⋅Vm ⋅ [ − cos( wt )]αα + µ Eq. 4.104
π
2 ⋅Vm
Vmed = ⋅ [ − cos(α + µ ) + cos(α )] Eq. 4.105
π
Sabendo ainda que:
cos(α + µ ) = cos(α ) ⋅ cos( µ ) − sen(α ) ⋅ sen( µ ) Eq. 4.106
Considerando:
sen(α ) ⋅ sen( µ ) ≈ 0 Eq. 4.107
Substituindo o resultado da equação Eq. 4.107 a Eq. 4.106 e este último na equação Eq. 4.105 tem-
se:
2 ⋅Vm
Vmed = ⋅ cos(α ) ⋅ [1 − cos( µ )] Eq. 4.108
π
Outra forma de determinar a variação de vo no período de comutação é determinar a
tensão média em um dos indutores envolvidos na comutação; assim, a tensão média em L2 no
intervalo de comutação é a integral de vl2 neste intervalo. Observando, ainda, a lei do elemento
indutivo, rescrita na forma da equação Eq. 4.109, obtém-se a equação Eq. 4.110:
di 2 di 2
vl 2 = L2 ⋅ ou vl 2 = w ⋅ L2 ⋅ assim:
dt dwt
vl 2 ⋅ dwt = w ⋅ L2 ⋅ di 2 Eq. 4.109
1 wt + µ
vl 2 ⋅ d ( wt )
T ∫wt
Vmed = ⋅
1 Io
π ∫0
Vmed = ⋅ w ⋅ L2 ⋅ di 2
E finalmente:
w ⋅ L ⋅ Io
µ = cos−1 1 − Eq. 4.113
2 ⋅Vm ⋅ cos(α )
132
4.11.2. Retificador de N Pulsos
(a) Retificador monof. em ponte (b) Retificador trif. em 1/2 (c) Retificador trifásico em
onda ponte
Fig. 4.49. Forma de onda da tensão na carga para estrutura retificadoras com carga resistiva
133
4.12.1. Retificador Monofásico em Ponte
O fator de potência pode ser determinado pela equação abaixo, e está representada na Fig. 4.50.
2⋅ 2
λ= ⋅ cos(α )
π
A Fig. 4.52 mostra a amplitude dos harmônicos de ordem 2,4,6,8 e 10 em função do ângulo
de disparo α. Na Fig. 4.51 verifica-se a amplitude dos harmônicos até a 40ª ordem, tornando fixo o
ângulo de disparo α em 1,66 radianos (95,5 graus). Observa-se que para esta estrutura só se
apresentam harmônicos de ordem par.
134
4.12.2. Retificador Trifásico em 1/2 onda
O fator de potência pode ser determinado pela equação abaixo, e está representada
pela Fig. 4.53.
λ = 0,831 ⋅ cos(α )
A Fig. 4.55 mostra a amplitude dos harmônicos de ordem 3,6,9 e 12, variando com o ângulo
de disparo α. Na Fig. 4.54 verifica-se a amplitude dos harmônicos até a 40ª ordem, tornando fixo o
ângulo de disparo α em 1,66 radianos (95,5 graus). Observa-se que, para esta estrutura, só se
apresentam harmônicos de ordem múltiplos de 3.
135
4.12.3. Retificador trifásico em ponte
O fator de potência do conversor pode ser determinado pela equação abaixo, e está
A Fig. 4.57 mostra a amplitude dos harmônicos de ordem 6,12,18 e 24 variando com o
ângulo de disparo α. Na Fig. 4.58 verifica-se a amplitude dos harmônicos até a 40ª ordem, tornando
fixo o ângulo de disparo α em 1,66 radianos (95,5 graus). Observa-se que para esta estrutura só se
apresentam harmônicos múltiplos de 6.
136
BIBLIOGRAFIA
137