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Sumário
1. História do Psicodrama.............................................................................................1
2. O Que é Psicodrama.................................................................................................6
3. Teoria da Técnica......................................................................................................9
4. Técnicas..................................................................................................................22
Referências Bibliográficas...........................................................................................29
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1. HISTÓRIA DO PSICODRAMA
Sua paixão pelo teatro vem da infância. Conta-se que gostava de reunir
amigos para representar. A adolescência em Viena foi a fase mais mística de sua
vida. Segundo seu biógrafo René F. Marineau "Moreno começou a reunir um grupo
de amigos e discípulos à sua volta em 1908. Juntos criaram a 'religião' centrada em
criatividade, encontros e anonimato. Ajudavam pobres e refugiados, deixavam
crescer a barba e dedicavam um bocado de tempo a discutir questões teológicas e
filosóficas". (Marineau, 1992, p. 41). Durante o período em que cursou a escola de
Medicina, editou com um grupo de intelectuais o jornal Daimon ( palavra grega que
pode significar tanto o bom como o mau espírito; é o 'duplo interior' de cada
indivíduo) onde publicou algumas poesias e artigos como 'A divindade como
comediante', onde já fala da inversão de papéis uma das principais técnicas da
futura teoria do psicodrama, utilizando-se de seus conhecimentos do método
socrático de ensinar. No artigo "Convite ao Encontro", publicado em três etapas,
Moreno edita o poema afirmando sua visão de que a pessoa é mais importante do
que sua produção, "Mais importante do que a evolução da criação, é a evolução do
criador" (Marineau, 1992, p. 59) , a dialógica da relação que implica na inversão de
papéis, na percepção intuitiva do outro, e finalmente a idéia de reunião, de encontro,
à semelhança de seu contemporâneo, o filósofo existencialista Martin Buber. Buber
diz que no princípio era a relação Eu-Tu, Moreno afirma que no princípio era a ação
e o grupo. Ou seja, o importante é o fazer contextualizado.
Moreno também fazia um trabalho com crianças nas praças, onde ele
desenvolvia jogos dramáticos, criava histórias e observava a espontaneidade e a
enorme capacidade criativa das crianças, o que ele atribuiu ao fato das crianças
serem mais livres das "conservas culturais". Mais tarde, seu trabalho com um grupo
de prostitutas já mostrava o outro lado da moeda: pessoas que eram segregadas do
resto da sociedade, não por questões religiosas ou étnicas, mas pelo tipo de
ocupação. Moreno não tinha interesse em reformar ou ajudar economicamente
aquelas mulheres. Desenvolveu sim um trabalho de grupo em que ele começou a
formular seus conceitos de psicoterapia de grupo através da ajuda mútua, do
reconhecimento dos direitos como cidadãs, do desenvolvimento de papéis no grupo,
da percepção do indivíduo como agente terapêutico do outro, a mutualidade, as
ações co-conscientes e co-inconscientes, co-responsabilidade, co-criação, a
espontaneidade, a criação como processo contínuo.
Em 1925 Moreno foi para Nova Iorque, onde mais tarde comprou um
sanatório e desenvolveu a metodologia do Psicodrama até a morte em 1974, aos 85
anos de idade. Foram os anos de crescimento e amadurecimento da teoria e da
técnica. Ele propôs as três etapas da sessão psico, socio ou axiodramática: o
aquecimento, a dramatização e o compartilhar.
Outra questão é a da liberdade: para Moreno o ser humano está sempre num
movimento de conquistar, construir sua liberdade e o psicodrama apenas o ajuda a
fazer isso, a lidar com as tensões entre as "conservas culturais", ou seja, as
tradições da cultura (mitos, crenças, hábitos de linguagem) repetitivas e
massificantes, que atrapalham o movimento da espontaneidade enquanto prontidão,
para o ato, vontade de ser livre, e criatividade enquanto ação no mundo e sobre si
mesmo através do olhar (o encontro, o compartilhar) do outro que dá a dimensão do
social, do cultural, do compartilhado, do contextualizado. Por fim, para Moreno, o ser
humano não constrói o sentido de sua existência, mas sim constrói o seu existir. Não
há a preocupação com a interpretação, mas sim com o fazer e o pensar sobre o que
foi ou está sendo feito. No como do aqui e agora, mais do que no porque do
passado.
Há, por outro lado, aqueles que aproximam Moreno do Estruturalismo, e isso
tem fundamento no próprio fazer moreniano e na sua história.
2. O QUE É PSICODRAMA
Nesse jogo "faz de conta", tudo é possível. Pode-se viver qualquer tipo de
emoção, qualquer situação próxima à realidade ou as fantasias mais complexas ou
absurdas. Pode-se matar, pode-se morrer.
Para Moreno, toda ação é interação por meio de papéis. Para agir em
conjunto ou de forma combinada as pessoas precisam de um tempo de preparação.
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3. TEORIA DA TÉCNICA
2ª etapa:- consiste no fato de que a criança concentra sua atenção "no outro e
estranha parte dele".
Uma Matriz de Identidade que tem poucos papéis para oferecer à criança
levará menos tempo para se dissolver, do que aquela que oferece muitos papéis,
como é o caso das crianças dos meios urbanos.
3.2 Espontaneidade
Moreno utiliza este termo, que tem origem no teatro, para designar o processo
de concretização em atos, dos pensamentos e das fantasias.
O Acting Out Irracional é que ocorre fora da sessão, sem devido controle, ou
então, dentro da sessão como forma de escape da dramatização.
Cada ato, cada atitude postural tem sua história. Esta história é dupla, filho e
ontogentética. O desenvolvimento da espécie e do ser se superpõem e constituem a
memória corporal.
Outras ocasiões dá-se livre curso à expressão corporal até detectar pelos
movimento, deslocamentos e inter-relações, um conflito determinado. Insiste-se
então no sintoma, acentuando-o, se necessário, até que apareça o conteúdo e se
compreenda seu significado.
3.4 Papel
O termo inglês role(= papel), originário de uma antiga palavra francesa que
penetrou no francês e inglês medievais, deriva do latim rotula. Na Grécia e em Roma
Antiga, as diversas partes da representação teatral eram escritas em "rolos" e lidas
pelos pontos aos atores que procuravam decorar seus respectivos "papéis".
A moderna teoria dos papéis teve sua origem lógica no teatro, do qual tomou
suas perspectivas.
A teoria dos papéis não está limitada a uma só dimensão, a social. A teoria
psicodramática dos papéis é mais abrangente. Leva o conceito do papel a todas as
dimensões da vida; começa com o nascimento e continua toda a vida do indivíduo e
do social.
A teoria dos papéis não pode ser limitada aos papéis sociais; ela deve incluir
três dimensões: papéis sociais; papéis psicossomáticos e papéis psicodramáticos,
que constituem a expressão da dimensão psicológica do eu.
Por outro lado, cada cultura está caracterizadas por certo número de papéis
que oferece com maior êxito a seus integrantes, os quais podemos detectar e
classificar por meio de testes específicos de forma individual, grupal e comunitária.
Espera-se que todo o indivíduo esteja à altura do seu papel oficial na vida,
que um professor atue como professor, um aluno como aluno e assim por diante.
Mas o indivíduo anseia por encarnar muito dos papéis do que aqueles que lhe é
permitido desempenhar na vida.
3.5 Inciadores
3.6 Tele
4º) Conflito interpessoais entre eles, geram uma atmosfera que se reflete na
situação terapêutica.
3.7 Zona
A Zona Oral não é somente a boca, mas a pele e a mucosa dos lábios, as
bochechas, a língua, o istmo das fauces e as unidades neuromusculares
correspondentes, por um lado, e, o mamilo, o seio, o leite, o ar, a transpiração e o
odor maternos, por outro.
Estes laços são reforçados cada vez que a Zona entre em funcionamento, ou
seja, quando todos os seus componentes coincidem em um foco.
Estímulos Papel
Aquecimento Iniciador Aquecimento
Fisiológicos Psicossomático
Indicadores -> Inespecíficos-> Específico(Foco)-> Específico-> Ato->Inespecífico
3.8 Catarse
Para Moreno, visa, sobretudo à liberação do ator dos personagens que ele
retira de dentro de si, sendo a liberação do espectador efeito secundário. O
psicodrama é uma catarse integração onde o sujeito toma posse de papéis jamais
imaginados que viviam nele em estado potencial.
3.9 O Diretor
2º) todas as suas limitações podem ser corrigíveis por meio do adestramento
da espontaneidade.
1º) é um produtor;
2º) é um terapeuta principal;
3º) é um analista social.
O ego auxiliar em ação não só sente como faz; como ele está construindo e
reconstruindo um sujeito presente ou ausente numa relação específica de papéis.
Com freqüência, importa pouco se a reconstrução não é uma cópia idêntica de uma
situação natural, na medida em que ele projeta a atmosfera dinâmica da situação;
esta pode ser mais impressionante do que à sua cópia idêntica.
3.10.1 Auto-Apresentação
3.10.2 Resistência
3.10.3 Desdobramento do Eu
3.10.4 O Surgimento do Eu
4. TÉCNICAS
4.1 Aquecimento
Por exemplo: todos os exercícios prévios que realiza o atleta antes da prova,
a fim de preparar o organismo para o esforço, constituem um aquecimento
inespecífico e aqueles dirigidos a estimular especialmente determinadas unidades
neuromusculares que vão participar de uma ação específica, constituem um
aquecimento específico.
4.2 Dramatização
O Protagonista cruza com sue carro um sinal com luz amarela. O guarda o
detém e lhe diz que passou com luz vermelha. O indivíduo insiste que não foi assim.
O guarda pede-lhe os documentos do carro e a carta diz que irá multa-lo. O
Protagonista reclama brandamente. Os documentos lhe são devolvidos juntamente
com o aviso da multa e ele se vai. A cena é repetida e o Diretor determina que ela se
prolongue.
Volta-se a repetir a cena cada qual no seu papel original. Dá-se ao Ego
Auxiliar a diretriz de que atue depoticamente. O Protagonista se enfurece, diminui o
tom de voz mas nada diz demais. Ao terminar a cena e retirar-se, insulta-o em voz
baixa.
O Protagonista lutou consigo mesmo para não chorar até que o Diretor
colocou a mão em seu ombro. Neste momento, caiu o resto de suas defesas e então
deu livre curso a suas emoções. O grupo, que acompanhava passo a passo o
processo psicodramático, compartilhou o sucesso com a mesma intensidade afetiva
e, posteriormente, quando o Protagonista se separou do Diretor, os outros membros
se aproximaram dele, e com suas palavras, gestos e presença física fizeram-no
sentir que pertencia ao grupo. Enquanto isso o Diretor e os Ego Auxiliares foram
esquecidos e deixados de lado. Teve lugar a Catarse de Integração. Atrás das
lágrimas e do sofrimento aparecem alegria, a tranqüilidade e a sensação de
enriquecimento de dá a reincorporação do Eu de todas aquelas energias utilizadas
para manter dissociasses e atitudes falsas.
4.3.1 Espelho
Esta Técnica consiste em trocar o papel que o Protagonista está fazendo com
o do seu interlocutor ou interlocutores.
4.3.3 Solilóquio
O jogo dramático tem sua regras, que, neste caso, aparecem como
dramatizações com estruturas mais ou menos definidas a priori pelo terapeuta, nas
quais o paciente atuará, recheando-as com seus conteúdos.
4.5 Sociodrama
4.7 Psicomúsica
4.8 Psicodança
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS