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Universidade do estado do Pará

Centro de Ciências Sociais e Educação


Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia
MODELO DE PLANO DE ENSINO
I-IDENTIFICAÇÃO:

EIXO TEMÁTICO OU DISCIPLINA:


ÁREA DE CONHECIMENTO:
TEMAS: TEMAS COMPLEMENTARES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL I
CARGA HORÁRIA TEÓRICA: H____________________ CARGA HORÁRIA PRÁTICA:
H_____________________

EMENTA: O desenvolvimento da disciplina Geografia do Brasil e seu Ensino, tem como cerne a discussão acerca das
concepções teórico-metodológicas que fundamentam seu ensino e o estudo do processo de formação do território
brasileiro. A discussão de suas concepções teórico-metodológica pauta-se na abordagem das correntes do pensamento
geográfico em interrelação com as concepções de ensino da geografia, assim como no desenvolvimento de temas
como o uso metodológico da cartografia e do livro didático na educação infantil e das séries iniciais do ensino
fundamental. O estudo do processo de formação do território brasileiro permite o tratamento de categorias
geográficas como: formação territorial, fronteira, organização do espaço urbano e agrário, e divisão regional,
buscando sempre o estabelecimento do elo entre espaço, tempo e sociedade e entre a ciência e seu ensino.

Proposta do Professor:

II- COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:


O curso está estruturado em três partes. Na primeira parte, busca-se compreender o que é a
Geografia, para que e a quem serve, finalizando com um debate conceitual sobre o espaço e
seus correlatos. A segunda parte busca, a partir da síntese vista na primeira parte, apresentar ao
discente o esboço de possíveis Geografias do Brasil, com base nas leituras de Milton Santos,
Ruy Moreira e Rogério Haesbaert. Finalmente, a terceira parte se dedica a compreender os
principais problemas da Geografia Escolar, olhando para escola enquanto parte do todo da
sociedade, e por isso, espaço de conflitos e lutas. Além das leituras bibliográficas, o curso
contemplará a audição de canções, poemas, filmes e obras de arte.
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Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia
III –SUB-TEMAS OU CONTEÚDOS: (Detalhamento dos assuntos ou temas abordados na disciplina considerando as competências
e habilidades a serem alcançadas, fazendo as distribuições entre aulas práticas e teóricas)

Sub-temas Carga horária Carga horária


Teórica Prática
I – Da Geografia à Geograficidade (Fundamentos)
Aula 1: Sobre a Geografia? (Foucault)
Aula 2: Para que serve a Geografia? (Yves Lacoste)
Aula 3: Máscaras e Representações: Para quem serve a Geografia? (Reflexão sobre
o sujeito na Geografia
Aula 4: Espaço e seus correlatos (Haesbaert)

PARTE II – Para uma Geografia do Brasil


Aula 5: Nações e Nacionalismo (Hobsbawn)
Aula 6: Do Meio Natural ao MTCI
Aula 7: Modernidade Brasileira I: da multi à transterritorialidade
Aula 8: Modernidade Brasileira I: Processos Migratórios e Identidade
Aula 9: Questão Indígena como Questão Urbana

Parte III – Sobre o espaço escolar


Aula 8: A Geograficidade do social (PORTO-GONÇALVES)
Aula 9: A diversidade dos sujeitos e a escola como espaço (Morin)
Aula 10: Geografia, Escola e Realidade. (Lana Cavalcanti)
Aula 11: Atividade Lúdica
Aula 12: Avaliação
Aula 13: Avaliação
Aula 14: Terceira Prova
Aula 15: Aula de Encerramento: Cancioneiro Popular
A. Aprendendo a ler o mundo / B. Geografias da Infância e do brincar / C. Geografia e
Nacionalismo / D. O problema do livro didático em Geografia; E) O Global-Local

IV- METODOLOGIA:
- Leitura e Intepretação de Textos;
- Análise de Canções Populares e Infantis
- Elaboração de Fichamentos e Resenhas
- Apresentação de Seminário
- Análise e interpretação de filmes, músicas e obras de arte

V- RECURSOS PEDAGÓGICOS:
Textos, filmes, planos curriculares, livros didáticos, PCN, material divesos para a confeccção de recursos pedagógicos;

VI- AVALIAÇÃO: A) Frequência (1,0); B) Avaliação Individual (4,0); C) Avaliação coletiva – Seminário (5,0)
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Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia

VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


CALLAI, H. “Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental”,
Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.
CAVALCANTI, L. “Cotidiano, mediação pedagógica e Formação de Conceitos: Uma contribuição
de Vigotski ao Ensino de Geografia”. In: Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66 (p. 185-207) , Unicamp.
2005

----------. “A Geografia Escolar Contemporânea: avanços, Caminhos e Alternativas ”. In: ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL:
CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais, Belo Horizonte, novembro de 2010.
MOREIRA, Pensar e Ser em Geografia, São Paulo: Editora Contexto, 2011.
----------. Sociedade e Espaço Geográfico no Brasil, São Paulo, Ed. Contexto, 2015.
FERNANDES, F. “Os Tupi e a reação tribal à conquista”. In: A investigação etnológica no Brasil (Cap. I – p. 22-43), 2ª Ed
revista, Global Editora, São Paulo, 2009.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder, Rio de Janeiro, 9ª Ed., Editora Graal, 1980.
FREMONT, A. A região: espaço vivido. Coimbra: Livraria Almedina, 1980.
HAESBAERT, Rogério & MONDARDO, Marcos. “Transterritorialidade e antropofagia: territorialidades de trânsito numa perspectiva
brasileiro-latino-americana”. In: Revista GEOgraphia, no 24, v.12(p. 19-50), PPGEO-UFF, Niterói, 2010
HAESBAERT, R. Viver no Limite, Rio de Janeiro, Ed. Bertrand, 2014.
MERONI, A. & F. G. MARIN. “O brincar e a espacialidade das crianças”. In: XII Congresso Nacional de Educação, PUC-PR,
2015.

Geografia das Crianças, Geografias das


LOPES, J. “
Infâncias: as contribuições da Geografia para os estudos das crianças e
suas infâncias”. In: Revista Contexto & Educação Ano 23, N. 79), Ijuí, Unijuí,
2008.
MORIN, E. Os sete saberes necessários á educação do futuro. Brasília/São Paulo, Cortez Editora/Unesco, 2011.
OLIVEIRA, A. U. (Org.). Para onde vai o ensino da Geografia: Crise da Geografia, da Escola e da Sociedade. Os novos do ensino de
Geografia. A realidade, a educação e a geografia em discussão. 10 Ed., São Paulo: Ed. Contexto, 2017.
SANTOS, M. O Brasil: Território e Sociedade no Início do Século XXI. Rio de Janeiro/São Paulo, Ed. Record, 2003.

__________________________ (PA), ______________/___________________/_________________


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Assinatura do professor
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Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia

PLANO DE AULAS PRÁTICAS

I-IDENTIFICAÇÃO:

EIXO TEMÁTICO OU DISCIPLINA:


ÁREA DE CONHECIMENTO:
TEMAS:
SUB-TEMAS:
CARGA HORÁRIA PRÁTICA: ______________________

1- OBJETIVOS: (explicitar as metas definidas com precisão ou resultados previamente determinados, indicando aquilo que
um aluno deverá ser capaz de fazer como consequência de se ter desempenhado adequadamente nas atividades
práticas.)

2- PROCEDIMENTOS: (São os meios que o professor utiliza em laboratório para facilitar a aprendizagem dos alunos)

3- RECURSOS: (material necessário para o desenvolvimento das atividades práticas)


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Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia

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Assinatura do professor

CURSO DE PEDAGOGIA/ 2007


DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA GEOGRAFIA DA AMAZÔNIA E SEU ENSINO
CARGA HORÁRIA: 80 H. CRÉDITOS = 03

EMENTA:
A disciplina Geografia da Amazônia e seu ensino está voltada para a discussão das
transformações ocorridas no espaço amazônico a partir da segunda metade do
século XX. Possibilitando a discussão de temas como: a mudança do padrão de
ocupação da região, a implementação de políticas territoriais e a construção de
novas territorialidades no espaço amazônico. A mesma permite a compreensão da
relação estabelecida entre espaço e sociedade, assim como a discussão acerca do
ensino da região amazônica ou o estudo do lugar nas séries iniciais do ensino
fundamental.

BIBLIOGRAFIA:
1. ANDRADE, P. L. C. Território: categoria geográfica integradora de tempo e
espaço. Anais do VI encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação
e Pesquisa em Geografia – ANPEGE. Fortaleza, 28 a 30 de setembro de 2005.
Disponível em CD-ROM.
2. BECKER, B. K. Amazônia. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1994 (Série princípios).
3. COELHO, M. C.; CASTRO, E.; MATHIS, A.; HURTIENNE, T. (Orgs.). Estado e
políticas públicas na Amazônia: gestão do desenvolvimento regional. Belém: Cejup:
UFPA-NAEA, 2001
4. COSTA, W. M. O Estado e as políticas territoriais no Brasil. 3ª ed. São Paulo:
Contexto,1991.
5. GONÇALVES, C. W. P. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001.
6. OLIVEIRA, A. U. Integrar para não entregar: políticas públicas e Amazônia.
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Departamento de Filosofia e Ciências Sociais
Curso de Geografia
Campinas (SP): Papirus, 1998.
7. __________. Amazônia: monopólio, expropriação e conflitos. Campinas (SP):
Papirus, 1987
8. PINTO, Lúcio Flávio. Carajás: o Ataque ao Coração da Amazônia. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Marco Zero, 1993.
9. SOUZA, M. J. L. O Território: sobre espaço e poder, autonomia e
desenvolvimento. In: CASTRO, I. E.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. C. Geografia:
conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 77-116.
10. TRINDADE Jr., S. C.; ROCHA, G. M. (org.). Cidade e Empresa na Amazônia.
Belém: Paka-Tatu, 2002.

PROPOSTA DO PROFESSOR (NOSSO DESLOCAMENTO):


Como se pode observar, a proposta de entendimento da ementa mesmo repercute
as grandes linhas da Geografia brasileira, toma a Amazônia, sobretudo a partir do
fenômeno da modernização, que como sabemos (M. Santos), uma modernização
conservadora, com a implantação de grandes projetos pensados desde fora da
região e impostos pela psicoesfera estabelecida pelo regime militar. Apesar da
grande importância deste debate, ele repercute igualmente os flancos teóricos da
disciplina, na medida em que deixa de abordar os sujeitos não-modernos, ou seja,
ribeirinhos, indígenas e outros sujeitos que são também categorias teóricas, como
nos mostra o Prof. Valter Cruz, cuja geograficidade tende a ser invisibilizada por
pontos de vista hegemônicos, sudestecêntricos, nos quais a Amazônia é vista, nos
melhores casos, como “pulmão do mundo” (ambientalismo conservador) ou fronteira
tecno-ecológica (Berta Becker), em ambos os casos, excluindo o diálogo com as
visões dos próprios amazônidas, salvo a excessão do professor Carlos. Walter
Porto-Gonçalves, como nos lembra o geógrafo amazônida Edir Dias.

A proposta deste curso é abordar a Amazônia, considerando as principais


perspectivas teóricas e representações espaciais sobre a região, numa reflexão que
orientada pelas noções por meio das quais a Geografia filtra a realidade. Não
obstante, tentaremos mostrar como tais geografias se modificam, conforme os
diferentes locais de enunciação. De qualquer forma, a ideia é conhecer uma
multiplicidade de visões para a Amazônia, certamente um espaço privilegiado da
diversidade e da multiplicidade da vida na terra. Isto não implica, contudo,
negligenciar o ponto de partida de nossa ementa, com foco nas dinâmicas
territoriais recentes. Nossa proposta é, antes, a de aprofundá-los, se possível,
mergulhando em importantes aspectos sobre a geograficidade dos espaços local
(Conceição do Araguaia) e regional (sul do Pará e grande região geoeconômica e
etnográfica do Brasil Central, cuja “capital” é Goiânia). Neste sentido, em momentos
específicos, será necessário o diálogo com disciplinas afins, como a história e a
antropologia.

Amazônia, Amazônias

1. Introdução: Amazônia e a Política Ambiental no Brasil (Berta Becker)


2. Temporalidades Amazônicas (Carlos Walter)
3. Amazônia: Representações do Espaço (Lugar de Fala)
4. Diversidade Territorial (Lugar de Fala) (Valter Carmo Cruz)

Modernização Conservadora e organização do Espaço Amazônico


5. Autoritarismo e formação de um socius precário
6. Almeida / Furtado / Casaldaliga
7. Haesbaert / Mondardo

Geograficidades da Amazônia Contemporânea


8. Comunidades Tradicionais como Categorias de Análise e Sujeitos Políticos
(Valter Cruz e Manuela Carneiro da Cunha)
9. Povos Indígenas e suas Rupturas Espaciais: do Cosmos ao Caos (Cunha /
Turner)
10. Questão indígena como Questão Urbana (AMPARO / DEMARCHI)
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11. E os conflitos continuam (Coletivo LEMTO / Umbelino de Oliveira)...

Avaliações:
12. Aula Expositiva (individual)
13. Reflexão Teórica Coletiva (Grupo)

NOSSA BIBLIOGRAFIA:
BECKER, B. A “Amazônia e a Política Ambiental Brasileira”. In: Rev. GEOgraphia, Ano 6, N. 11, 2004, PPGEO-UFF, Niterói,
RJ.

DIAS, Edir. As Representações Espaciais no Ensaísmo Brasileiro de Expressão Amazônica, Dissertação de Mestrado em
Geografia, PPGEO-UFF, Niterói, 2008.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. “Temporalidades Amazônicas: uma contribuição à ecologia política”. In: Rev.
Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 17 (p. 21-31), Editora da UFPR, Curitiba, 2008.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil , 11ª Ed., Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1971 (Cap. XXII, XXIII e
XXIV)

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. “O Intransitivo da Transição: Os conflitos Agrários e a violência na Amazônia (1965-
1988)”,. In.: OLIVEIRA, João Pacheco de; e SOUZA LIMA, Antônio Carlos. Projeto Calha Norte: Militares, Índios e Fronteiras
(p. 117-143), Editora da UFRJ, 1990.

CRUZ, V. Lutas Sociais , Reconfigurações Identitárias e Estratégias de Reapropriação do Territo-rio na Amazônia, Tese de
Doutorado em Geografia, PPGEO-UFF, Niterói, 2011.

CASALDALIGA, Pedro. Uma Igreja da Amaxzõnia em luta contra o Latifúndio. Carta Pastoral da Arquidiocese de São Felix do
Araguaia,a 1971.

HAESBAERT, Rogério e MONDARDO, Marcos. TRANSTERRITORIALIDADE E ANTROPOFAGIA:


TERRITORIOALIDADES DE TRÃNSITO NUMA PERSPECTIVA BRASILEIRO-LATINO-AMERICANA., Rev. Geographia,
Niterói, 2008.

SANTOS, M. A Urbanização Brasileira, EdUSP, São Paulo, 2009 (cap. 4, 5, 6 e 7).


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Curso de Geografia
MARTINS, José de Souza. A reprodução do capital na frente pioneira e o renascimento da escravidão no Brasil”. Tempo Social:
Revista de Sociologia Ano 6, N. 1-2, USP, São Paulo, 1994.

DEMARCHI, A. A Miss Kayapó: ritual , espetáculo e beleza. Jounal de La Societé dês Americanistes, 2017, n. 103-1 (p. 85-118),
Paris, France.

TURNER, Terence. Os Mebengokré-Kayapó: história e mudança social, de comunidades autônomas para a Coexistência
interétnica. In: CUNHA, Manuela Carneiro (Org.), História dos Índios do Brasil, 2ª. Ed.; Editora Companhia das Letras, São Paulo,
1992.

CUNHA, Manuela Carneiro. História dos Índios do Brasil, Cultura com Aspas, Editora Cosac Naify, São Paulo, 2007.

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