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Cirurgia do Trauma

Dr. João Ricardo


ATENDIMENTO
INICIAL AO
POLITRAUMATIZADO
Atendimento Inicial ao
Politraumatizado é tema
constante em provas e,
independente da
especialidade, todo
médico tem que ter
condições de abordar

4
INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
MEDIDAS AUXILIARES E DE
REANIMAÇÃO

DICAS PARA PROVAS

5
INTRODUÇÃO,
TRIAGEM E
ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR
Politrauma

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Mortes – Distribuição Trimodal

8
Triagem e Atendimento Pré-Hospitalar

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Triagem – Pré Hospitalar

Classificação Característica
Zona Epicentro do acidente, onde se deve
quente evitar o excesso de pessoas e recursos,
pelo risco de novos eventos adversos

Zona Região segura mais próxima do evento,


morna onde se deve montar o posto médico
avançado para tratamento inicial das
vítimas mais graves

Zona Região mais segura, onde se deve


fria concentrar a maior parte dos recursos
humanos e materiais para atendimento

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Triagem START
Start – Simple Triage and Rapid Treatment

Parâmetros Clínicos – Capacidade de locomoção,


respiração, enchimento capilar e nível de
consciência

Estável, deambula, pode aguardar


Potencialmente grave sem risco em 2 horas
Grave, risco em 2 horas
Óbito

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2013 IFF

De acordo com a distribuição trimodal da


mortalidade pós-trauma, podemos afirmar que a
redução da mortalidade no 1º pico pode ser
obtida com:

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Os sistemas de atendimento ao trauma com
A
cuidados agudos ao paciente

A melhora das estratégias de prevenção e controle


B
do trauma

C A prevenção de infecção pós-trauma

A organização de estratégias de transferência para


D centros de trauma

13
RESPOSTA

A melhora das estratégias de prevenção e controle


B
do trauma

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Gráfico Trimodal
Desastres
Catástrofes
Múltiplas vítimas
Triagem Start

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AVALIAÇÃO INICIAL E
EXAME PRIMÁRIO E
REANIMAÇÃO –ABCDE
DO TRAUMA

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Atendimento Inicial ao Politraumatizado
• Precauções Padrão
• Etapas do atendimento

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Medidas Auxiliares
Reanimação

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

REANIMAÇÃO

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Avaliação Primária
• ABCDE do Trauma

A Via aérea com proteção cervical (airway)


B Respiração e ventilação (breathe)
C Circulação com controle da hemorragia (circulation)
D Incapacidade, estado neurológico (Disability)
E Exposição com controle do ambiente (Exposure)

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Algumas Observações
• Maneira rápida de saber que está tudo bem
• Crianças / Idosos / Grávidas
• Medidas Auxiliares
RX – Tórax AP / Bacia
Monitorização – Oxímetro
Sondagens Urinária e Gástrica

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2013 UNESP

No caso de um paciente vítima de politraumatismo


abdominal e cranioencefálico, a 1º conduta a ser
adotada é:

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A Iniciar a reposição volêmica imediatamente

B Aplicar a escala de coma de Glasgow

C Garantir a permeabilidade das vias aéreas

Aplicar corticoesteroide para diminuir o edema


D cerebral

Descartar trauma torácico e drenar o paciente


E se necessário

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RESPOSTA

C Garantir a permeabilidade das vias aéreas

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Avaliação Primária

ABCDE do Trauma

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MANUTENÇÃO DAS VIAS
AÉREAS COM
CONTROLE DA COLUNA
CERVICAL

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Via Aérea Com Coluna Cervical
• Examinando
Palpe / Olhe / Escute
• Falou ou chorou?
• Sinais de Obstrução
Reanimação desde manobras simples a mais
complexas
Medidas auxiliares – Oximetria de pulso
Reanimação – Aspirador rígido, Cânulas, Máscara,
Oxigênio, Material para via aérea definitiva ou via
aérea cirúrgica

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Via Aérea Com Coluna Cervical
Chin Lift Jaw Trust

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Via Aérea e Coluna Cervical
• Oxigenação por máscara

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Via Aérea e Coluna Cervical
• Necessidade do Ambu

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Via Aérea e Coluna Cervical
• Cânula Orofaríngea (Guedel)

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Via Aérea e Coluna Cervical

• Via Aérea Definitiva

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Via Aérea e Coluna Cervical
• Via Aérea Cirúrgica - Cricotireoidostomia

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2015 UFRJ

Um paciente de 20 anos, vítima de acidente


automobilístico com colisão frontal, é admitido
na Emergência apresentando intenso
sangramento nasal e oral, edema facial e fratura
de arco mandibular, em franca insuficiência
respiratória. A conduta imediata a ser tomada
deve ser:

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A Intubação orotraqueal

B Cricotireoidostomia

C Traqueostomia

D Intubação Nasotraqueal

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RESPOSTA

B Cricotireoidostomia

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Quick Messages

A – Via Aérea e Coluna Cervical

Palpe – Olhe - Escute

Sequência de manobras para permeabilização

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RESPIRAÇÃO E
VENTILAÇÃO

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Respiração e Ventilação
• Integridade e bom funcionamento
Pulmões
Parede Torácica
Diafragma

• Exame Físico
Inspeção
Palpação
Percussão
Ausculta

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Respiração e Ventilação
• Diagnóstico Clínico
• Oxigênio Suplementar
• Medidas Auxiliares
Oximetria
RX Tórax
• Identificação da Lesão

Lesões com Risco Imediato à Vida


Obstrução das vias aéreas
Pneumotórax hipertensivo
Hemotórax maciço
Tamponamento cardíaco
Tórax flácido ou instável com contusão pulmonar

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Respiração e Ventilação
• Algumas medidas de reanimação

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2014 – SUS SP

Dentre as condições a seguir, decorrentes de


trauma torácico, a qual se associa a maior
letalidade imediata é:

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A Contusão cardíaca

B Rotura traumática de aorta

C Rotura traqueobrônquica

D Contusão pulmonar

E Pneumotórax hipertensivo

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RESPOSTA

E Pneumotórax hipertensivo

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Quick Messages

Respiração e Ventilação

Oxigênio Suplementar

Integridade do Pulmão, Parede Torácica e Diafragma

Medidas de Reanimação

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CIRCULAÇÃO COM
CONTROLE DA
HEMORRAGIA

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Circulação Com Controle da Hemorragia
• Perda sanguínea – mortes evitáveis
• Choque hipovolêmico é o mais comum no
politraumatizado
• Parâmetros clínicos
Frequência cardíaca
Pressão Arterial
Diurese
Consciência

• Parar o sangramento
• Repor a Volemia

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Circulação com Controle da Hemorragia
• Exame Físico
Hemorragia externa – Compressão
Torniquete? Exceção (Amputação Traumática)
Hemorragia não aparente – Cavidades
Abdominal / Torácica / Pélvica

• Reanimação
Ringer Lactato 39ºC – 2L Veias periféricas
Coleta de exames – Reserva de sangue
Reposição sanguínea – Depende do Grau de Choque

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Circulação com Controle da Hemorragia

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Circulação com Controle da Hemorragia
• Prioridade – Controle da Hemorragia
Abdome – Laparotomia
Tórax – Drenagem. Toracotomia?
Pelve – Estabilização

• Medidas auxiliares – Cateterismo Vesical


Sonda gástrica

• Cuidado – Condições que simulam choque


Choques de outras etiologias

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2013 SUS BA

A reposição volêmica inicial em um politraumatizado


envolve a colocação de:

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Acessos venosos periféricos calibrosos e infusão de
A
solução cristaloide isotônica

Acesso venoso central e infusão de solução


B
cristaloide isotônica

C Acessos venosos periféricos e infusão de solução de


alto peso molecular

Acesso venoso central e infusão de solução coloide


D de alto peso molecular

Acesso venoso central e infusão de solução


E coloide de baixo peso molecular

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RESPOSTA

Acessos venosos periféricos calibrosos e infusão de


A
solução cristaloide isotônica

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Circulação e Controle da Hemorragia

O Choque do politraumatizado é até prova ao


contrário hipovolêmico

Bases de tratamento: Parar o Sangramento


Repor a Volemia

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AVALIAÇÃO
NEUROLÓGICA E
EXPOSIÇÃOCOM
CONTROLE DO
AMBIENTE

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Avaliação Neurológica
• Trauma Crânio Encefálico (TCE)

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Avaliação Neurológica
• Avaliação rápida do Sistema Nervoso Central
Reação Pupilar
Escala de Coma de Glasgow
• Impedir a Lesão Secundária
Manter ABC
Manter a pressão de perfusão maior que
a PIC (Pressão Intracerebral)
• Classificar o TCE
Leve (Glasgow 13 – 15)
Moderado (Glasgow 9 – 12)
Grave (Glasgow 3 – 8)

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Avaliação Neurológica
• Escala de Coma de Glasgow

Avaliação Pontuação
Espontânea 4 pontos
Por Estímulo Verbal 3 pontos
Abertura Ocular
Por Estímulo A Dor 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
Orientado 5 pontos
Confuso (mas ainda responde) 4 pontos
Resposta verbal Resposta Inapropriada 3 pontos
Sons Incompreensíveis 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
Obedece Ordens 6 pontos
Localiza Dor 5 pontos
Reage a dor mas não localiza 4 pontos
Resposta Motora Flexão anormal – Decorticação 3 pontos
Extensão anormal – Decerebração 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto

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Avaliação Neurológica
CONDUTA
• TCE Leve – Observação
• TCE Moderado – Tomografia
Observação
• TCE Grave – Tomografia
Via Aérea Definitiva
Controle da PIC

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Exposição
• Despir o Paciente
• Avaliação do dorso, períneo e extremidades
• Prevenção da hipotermia
Cobertores
Manta térmica

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2013 - UNESP

No caso de um paciente vítima de


politraumatismo abdominal e cranioencefálico, a
1º conduta a ser adotada é:

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A Iniciar a reposição volêmica imediatamente

B Aplicar a escala de coma de Glasgow

C Garantir a permeabilidade das vias aéreas

Aplicar corticosteroide para diminuir o edema


D cerebral

Descartar trauma torácico e drenar paciente


E se necessário

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RESPOSTA

C Garantir a permeabilidade das vias aéreas

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Avaliação Neurológica

Exame neurológico
Reação Pupilar
Escala de Coma de Glasgow

Classificar TCE para estabelecer tratamento

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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA E
REAVALIAÇÃO,
MONITORIZAÇÃO E
CUIDADOS DEFINITIVOS

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Avaliação Secundária
• Após terminar a avaliação primária
• Paciente estável ou tendendo a estabilização
• Início : História Ampla

A Alergia
M Medicamentos
P Passado médico, gravidez
L Líquidos e sólidos ingeridos
A Ambiente do Trauma

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Avaliação Secundária
• Exame físico
“Da cabeça aos pés”
“Tubos e dedos em todos os orifícios”
Cabeça, face e pescoço
Tórax
Abdome
Períneo, reto e vagina
Músculo esquelético
Exame neurológico completo

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Avaliação Secundária
• Medidas Auxiliares
• Radiografias
• Procedimentos Diagnósticos

• Uso de Analgésicos
Opioides – via venosa
• Estado de vacinação antitetânica

• Reavaliações
• Monitorização

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Transferência Para o Tratamento Definitivo
• Local adequado para o tratamento adequado
• Acordos de transferência

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2012 - FMJ

Um paciente de 23 anos, vítima de queda de


moto, foi trazido pelo suporte básico de vida
do corpo de bombeiros em prancha longa e com
colar cervical rígido. O soldado informou que a
queda ocorreu a uma velocidade aproximada de
60Km/h, que a vítima usava capacete e foi
encontrada deitada, queixando-se de dor
abdominal. Na avaliação inicial, o paciente
apresentava estabilidade hemodinâmica,
Glasgow de 14 e a dor abdominal persistiu. A
melhor conduta é:

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Laparotomia exploradora , já que se trata de
A
mecanismo de alta energia com dor abdominal

Tomografia computadorizada de abdome, pois o


B paciente preenche os critérios que possibilitam esse
critério investigativo

C Observação clínica, já que o paciente apresenta-se


estável hemodinamicamente

Lavado peritoneal diagnóstico, pois é o mais


D específico dos métodos para investigação das lesões
abdominais

Raio x de abdome em 3 posições, por tratar-se


E de um método simples que faz diagnóstico de
lesões graves
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RESPOSTA

Tomografia computadorizada de abdome, pois o


B paciente preenche os critérios que possibilitam esse
critério investigativo

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Avalie a metodologia
aplicada nesta aula
Atendimento Inicial ao Politraumatizado é
dividido em Avaliação Primária e Avaliação
Secundária

Avaliação Primária é o ABCDE do Trauma

A Avaliação Secundária deve ser feita com


doente estável ou tendendo a estabilidade
Atendimento Inicial ao
Politraumatizado é tema
constante em provas e,
independente da
especialidade, todo
médico tem que ter
condições de abordar

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LEIA O LIVRO MEDCEL

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