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1 Seqüências
11
Exemplo 6. A seqüência 1, 1 + 2 , 1 + 2 2 , 1 + 3 2 , é uma P.A.
de razão 2 .
Exercício Resolvido
1) Os lados de um triângulo retângulo formam uma P.A.. Saben-
do que o perímetro do triângulo vale 24 m, calcule o comprimento
de cada lado.
( x - r ) + x + ( x + r ) = 24
3 x = 24
x =8
A razão não pode ser zero, pois neste caso o triângulo seria eqüi-
látero, e não retângulo. Considerando r > 0 , a hipotenusa corres-
ponde a x + r . Pelo teorema de Pitágoras:
( x + r )2 = x 2 + ( x - r )2
(8 + r ) 2 = 82 + (8 - r ) 2
64 + 16r + r 2 = 64 + 64 - 16r + r 2
32 r = 64
r = 2.
Logo, x – r = 6, x = 8 e x + r = 10.
12
Proposição 1. Seja an um termo de uma P.A. de razão r cujo
primeiro termo é a1 . Então an = a1 + (n − 1)r , para todo número
natural n .
a2 − a1 = r
a3 − a 2 = r
a n − a n −1 = r .
Exercícios Propostos
1) O primeiro termo de uma P.A. vale 4 e a razão 1 . Calcule o
décimo-sexto termo. 3 9
13
Exercício Resolvido
2) No início do ano, João possuía R$ 400, 00 guardados e foi con-
templado com uma bolsa de estudos. A partir de janeiro começou
a guardar R$ 50, 00 por mês. Quantos reais João terá acumulado
no final de 2 anos?
14
Proposição 2. A soma dos n primeiros termos de uma P.A. com
a1 + an
termo inicial a1 é dada por Sn = .n .
2
a2 + an −1 = (a1 + r ) + (an − r ) = a1 + an + (r − r ) = a1 + an .
Da mesma forma,
a3 + an − 2 = (a1 + 2r ) + (an − 2r ) = a1 + an .
Exercícios Resolvidos
3) Calcule a soma de todos os múltiplos naturais de 6 que pos-
suem 3 algarismos em sua representação decimal.
15
Para aplicar a fórmula dada pela proposição 2, a saber,
a +a
Sn = 1 n .n , devemos achar a1 , an e n .
2
Como os números naturais com três algarismos são maiores ou
iguais a 100, temos que:
996 = 102 + (n − 1) × 6
6 × (n − 1) = 894
n − 1 = 149
n = 150
102 + 996
Logo, S150 = .150 = 82350 .
2
16
497 = 2 + (n − 1) × 5
5 × (n − 1) = 495
n − 1 = 99
n = 100
2 + 497
Logo, S100 = .100 = 24950 .
2
Exercícios Propostos
4) Calcule a soma dos duzentos primeiros termos da P.A.:
199 198 197
− , − , − , .
200 200 200
Exercício Resolvido
5) Determine a P.A. em que o vigésimo termo é 2 e a soma dos
50 termos iniciais é 650 .
e
a +a
S50 = 1 50 .50 = 650 ⇒ a1 + a50 = 26 ⇒ a1 + a1 + 49r = 26 ⇒ 2a1 + 49r = 26 (2)
2
Resolvendo o sistema com as equações (1) e (2):
17
1.2 Progressões Geométricas
Uma grandeza pode variar de modo que sua taxa de crescimento
seja constante.
P3 − P2
= 0, 02
P2
P3 = 1, 02 P2
Pk +1
De fato, = 1, 02, ∀k ≥ 1 .
Pk
18
Exemplo 9. Suponha que uma bomba a vácuo retira a cada sucção
3 % do líquido existente em uma câmara. Seja L0 a quantidade
inicial e L1 a quantidade de líquido que permanece na câmara
após a primeira sucção. Então,
L1 − L0 3
=− = −0, 03
L0 100
L1 = 0,97 L0 .
Demonstração de (1):
Tese. Pn +1 = (1 + i ) Pn , ∀n ≥ 1 .
Da definição 2 decorre:
Pn +1 − Pn
=i
Pn
Pn +1 − Pn = iPn
Pn +1 = (1 + i ) Pn
Demonstração de (2):
Hipótese. Pn +1 = (1 + i ) Pn , ∀n ≥ 1 .
19
Tese. A seqüência de números P1 , P2 , P3 , tem taxa de crescimen-
to constante i .
Pn +1 − Pn (1 + i ) Pn − Pn (1 + i − 1) Pn
= = = i , portanto, constante.
Pn Pn Pn
Observações:
3 9 27
Exemplo 10. A seqüência 1, , , . É uma P.G. finita de razão
2 4 8
3 3 1
q = . Sua taxa de crescimento é i = − 1 = ou 50%.
2 2 2
20 20
Exemplo 11. A seqüência 60, 20, , , é uma P.G. infinita de
3 9
1 2
razão q = e taxa de crescimento i = − ou −66, 66% .
3 3
20
Exemplo 12. A seqüência 5,5,5,… é uma P.G. infinita de razão
q = 1 e taxa de crescimento i = 0 .
P2 P3 P4 P P
⋅ ⋅ ⋅ ⋅ n −1 ⋅ n = q.q. ... .q
P1 P2 P3 Pn − 2 Pn −1
n −1 vezes
Pn
Portanto, = q n −1 , isto é, Pn = P1 ⋅ q n −1 .
P1
Exercício Resolvido
6) A população de uma cidade é de 350.000 habitantes e a sua
taxa de crescimento é constante e igual a 3,5 % ao ano. Qual será
a sua população daqui a 10 anos? E daqui a 20 anos?
3,5
P2 = P1 + P1 = P1 (1 + 0.035) = 1, 035 P1 .
100
21
3,5
Após 2 anos, será de : P3 = P2 + P2 = 1, 035 P2 .
100
3,5
Após k anos, será de: Pk +1 = Pk + Pk = 1, 035 Pk .
100
Portanto, P1 , P2 , P3 , formam uma P.G. de razão 1, 035 .
Exercícios Propostos
6) Uma pessoa aplica R$1.000, 00 durante 10 meses, recebendo
juros de 2 % ao mês. Use a fórmula do termo geral de uma P.G.
para calcular a valor que esta pessoa terá após os 10 meses.
22
Demonstração. Usando a expressão do termo geral, Pn , temos:
2 3 n −1 n
qS n = Pq
1 + Pq
1 + Pq
1 + + Pq
1 + Pq
1 (2)
n
S n (1 − q ) = P1 − Pq
1
P1 − Pq n
1 − qn
Sn = 1
ou S n = P1
1− q 1− q
Exercício Resolvido
7) Considere a P.G. infinita: 6, 2, 2
3
,
2
9
,
2
27
, .
a) Calcule a soma dos cinco primeiros termos.
Resolução.
1
a) Esta P.G. tem termo inicial p1 = 6 e razão q = . Conforme a
3
proposição 5.
1 5
1−
3 1 3 242
S5 = 6. = 6. 1 − 5 . = ≅ 8,96 .
1 3 2 27
1− 3
242
Resposta. A soma pedida é , que é aproximadamente 8,96 .
27
23
b) 1 n
1−
3
S n = 6.
1
1− 3
1 3
= 6. 1 − n .
3 2
1
= 9. 1 − n .
3
Resolução.
9
a) A expressão obtida no exercício resolvido 7 é S n = 9 − .
3n
9 9 9
Então, S n − 9 = 9 − n
−9 = − n = n .
3 3 3
9
Precisamos encontrar um número natural n tal que < 10−4 .
3n
Vamos resolver esta inequação:
24
9
n
< 10−4
3
3n
> 104
9
3n > 9 ×104
log 9 + 4
Utilizando uma calculadora obtém-se ≅ 10,38 . Como n
log 3
deve ser natural e maior do que 10,38 , podemos ver que 11 é o
menor número natural que satisfaz estas condições. De fato, se cal-
cularmos S11 até a sexta casa decimal obteremos S11 = 8,999949 e
9
k
< 10−10
3
3k
> 1010
9
3k > 9 ×1010
k log 3 > log 9 + 10
log 9 + 10
k>
log 3
log 9 + 10
Verifica-se que ≅ 22,96 . Então podemos tomar k = 23 .
log 3
Resposta. Para k = 23 ou qualquer número natural maior do que 23 ,
tem-se S k − 9 < 10−10 .
25
Observação. O exercício resolvido 8 mostra que, para a P.G. do exer-
1 1 − qn
cício resolvido 7, de razão q = , a soma S n dada por S n = P1
3 1− q
aproxima-se cada vez mais do valor P1 , na medida em que n au-
1− q
menta. Isto porque q n torna-se muito pequeno na medida em que
n aumenta.
Vamos mostrar agora que se q < 1 , isto é, se −1 < q < 1 , então de fato
para n muito grande, o valor de q n é tão pequeno que pode ser “des-
prezado” na fórmula de S n .
5
Antes de generalizar, tomemos, por exemplo, q = .
6
5
n log < −10
6
−10 (lembre-se que
n> log x < 0 , se x < 1 )
5
log
6
−10
Ao calcular o valor aproximado de 5 , obtém-se 126, 29 . O
log
6
menor natural maior do que 126, 29 é 127 . Portanto, n0 = 127 .
26
127
5
De fato, ao calcular , obtém-se aproximadamente 8,8 ×10−11
6
que é menor do que 10−10 .
Exercício Proposto
n
9) 5
Encontre um número natural n0 tal que < 10−60 para
todo n > n0 . 6
27
Proposição 6. Se q é um número real e q < 1 , isto é, se −1 < q < 1
e se é um número positivo qualquer, então existe um número
n
natural n0 tal que q < e para todo n ≥ n0 .
log q
n n
Observe que para todo n ≥ n0 teremos q < q 0 , pois q < 1 . As-
n
sim, q < , para todo n ≥ n0 . Como e > 0 foi tomado arbitrário,
a afirmação vale para todo , por menor que seja.
1 − qn
se desprezível na fórmula S n = p1 . Assim, a soma de to-
1 − q
dos os termos da P.G. infinita de razão q , com q < 1 é dada por
p1
S= .
1− q
28
Exercícios Resolvidos
9) Determine o valor da soma 1 + 13 + 91 + 271 + + 31 + .
n
p1 1 3
Como q < 1 , temos S = = = .
1− q 1− 1 2
3
Resposta. A soma é 3 .
2
1 37 266
Logo, 0,5373737 … = + = .
2 990 495
29
11) Calcule o valor de A = 6 6 6… .
A= 6× 6× 6 ×
1 1 1 1
= 6 2 × 6 4 × 6 8 × × 6 2 ×
n
1 1 1 1
+ + ++ n +
= 62 4 8 2
x + x3 + x5 + x 7 + x9
1 1 1
2
+ 4 + + 2k +
x x x
1 − (x 2 )5 1 − x10
S5 = x = x .
1 − x2 1 − x2
1
O denominador é a soma da P.G. infinita de termo inicial 2 e
x
1
razão 2 . Note que, sendo x > 1 , segue que x 2 > 1 e, portanto
x
1
1 x 2 = 1 . (Nova-
< 1 . Então esta soma é dada por S =
x2 1 2
1 − 2 x −1
x
mente, note que x 2 − 1 = −(1 − x 2 ) ≠ 0 )
30
A expressão pode então ser escrita assim:
x (1 − x10 ) x (1 − x10 )
1 − x2
(x 2
− 1)=
− (x − 1)
2 (x 2
− 1)= − x (1 − x10 )= x11 − x
Exercícios Propostos
10) Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.G. :
1 1 1
1, , , , …
2 4 8
31
16) A soma de três números em P.G. é 10 e subtraindo-se 1 do
primeiro, eles passam a formar uma P.A.. Calcule os números.
32
25) Considere a P.G. cujo termo inicial é 32 e a razão 54 . Deter-
mine o menor número k , tal que a soma dos k primeiros termos
seja maior do que 1000 .
a) (1, 2, 3, 4, 5, …) .
1 1 1 1 1
b) , , , , , … .
2 3 4 5 6
c) (3, 6, 9, 12, 15, …) .
d) (0, 2, 0, 2, 0, 2, …) .
33
1
→ 3 = 3.1
2
→ 6 = 3.2 f : →
. . . ou seja,
3
→ 9 = 3.3 f (n) = 3n
4
→12 = 3.4
Exemplo 14:
b) ((−1) )= (−1,
n
1, −1, 1, −1, …) .
d) −3n + 2 = − 1 , − 4 , − 7 , − 10 , … .
4n + 1 5 9 13 17
(−1)
n +1
1 1 1 1
e) 3 + = 3 + , 3 − , 3 + , 3 − , … .
2 n
2 4 8 16
1 1 1 1 1
f) 1, 6 − , , 6− , , 6 − , … .
4 3 16 5 36
34
O termo geral desta seqüência é:
1
n se n é ímpar
xn =
6 − 1 se n é par
n 2
Exercícios Resolvidos
13) Considere a seqüência (x ), sendo x
n n =
n + (−1) n +1.n
n +1
.
1 + (−1)1+1 ×1 1 + (−1) 2 ×1 2
x1 = = = = 1;
1+1 2 2
3
2 + (−1) × 2 0
x2 = = = 0;
2 +1 3
6 3 0 10 5
x3 = = ; x4 = = 0; x5 = = ;
4 2 5 6 3
35
b) Basta calcularmos os referidos termos:
85 + (−1)86 × 85 170 85
x85 = = =
85 + 1 86 43
120 + (−1)121 ×120 0
x120 = = =0
120 + 1 121
85
Resposta. x 85 = ; x 120 = 0;.
43
1 3 5 7
b) , , , , .
2 4 6 8
n 1 2 3 4 5 ...
−1 1 −1 1 −1 ...
xn
22 23 24 25 26
(−1) n
Portanto o termo geral é .
2n+1
(−1) n
Resposta. xn = .
2n +1
n 1 2 3 4 5 ...
1 3 5 7 9 ...
xn
2 4 6 8 10
36
Comparando n com xn , conclui-se que o termo geral da seqüência é
2n − 1
xn = .
2n
Exercícios Propostos
(−1)n + n
26) Escreva os cinco primeiros termos da seqüência
n+2
.
1.3.1 Subseqüências
Consideremos a seqüência dos números ímpares:
(1, 3, 5, 7, …), cujo termo geral é xn = 2n − 1. Ao escre-
vermos os termos x2 , x4 , x6 , x8 , …, x2 k , …, ou seja,
3, 7, 11, 15, … aparece uma outra seqüência “dentro” de (xn ).
( )
Notação. Para representar a subseqüência xni cujos índices per-
tencem ao subconjunto ′ de escrevemos xni . ( )
ni ∈′
37
Exemplo 15. Seja xn = (−1) n o termo geral da seqüência xni . ( )
a) Se ′ = {2k ; k ∈ }, então a subseqüência xni ( ) ni ∈′
é:
1
Exemplo 16. Seja yn = e ′ = {4k ; k ∈ }. Então a subseqüência
n
1 1 1 1
(y ) ni ni ∈′
é: , , ,
4 8 12 16
, ….
Exercício Resolvido
15) Tome a seqüência (n + (−1) × n
2 n
)
e o conjunto
′ = {2k − 1; k ∈ }. Escreva os cinco primeiros termos da subse-
qüência xni ( )
.
ni ∈′
38
1
Exemplo 19. A seqüência é limitada, pois 0 < xn ≤ 1 , ∀n ∈ .
n
Assim, todos os seus termos estão, por exemplo, no intervalo [0,1].
( )
Exemplo 20. As seqüências (n ), n 2 e (−3n + 1) não são limitadas
pois não existe intervalo do tipo [a, b ] que contenha todos os
seus termos.
n 2 (−1) n
Exemplo 23. As seqüências ((−1) ) , (−1) n +1
n
, não
n +1 n
são monótonas, pois os seus termos são alternadamente positivos
e negativos.
39
O bservação: Muitas seqüências são monó-
tonas a partir de certo termo. Por exem-
plo, a seqüência:
1
( -3, 2, 0, 4, 5, , 0, 2, 4, 6, 8, … )
2
é crescente a partir do sétimo termo. Portanto
não devemos tirar conclusões a partir da lista-
gem de alguns termos da seqüência, mas sim,
usar as definições. É preciso avaliar o sinal al-
gébrico da diferença xn-1 − xn.
Exercício Resolvido
16) Dada a seqüência 32nn +− 11 , verifique:
a) se ela é monótona.
b) se ela é limitada.
Resolução.
3n + 1 3(n + 1) + 1 3n + 4
Temos: xn = ; xn +1 = , isto é, xn +1 = .
2n − 1 2(n + 1) − 1 2n + 1
Logo,
3n + 4 3n + 1
xn +1 − xn = − =
2n + 1 2n − 1
=
(3n + 4 )(2n − 1) − (3n + 1)(2n + 1) =
(2n + 1)(2n − 1)
−5
=
(2n + 1)(2n − 1)
Note que o denominador desta fração é positivo para todo número
natural n . Segue que xn +1 − xn < 0 , ou seja, xn + 1 < xn , para todo n .
Conforme a definição, a seqüência é decrescente.
40
b) Observe que xn > 0, ∀n ∈ . Como (xn ) é decrescente, tem-
se x1 > x2 > x3 > , isto é, xn < x1 , ∀n ∈ . Concluímos que
(xn ) é limitada, pois todos os termos estão no intervalo [0, x1 ].
Resposta. A seqüência é monótona decrescente e limitada.
Lembremos que
n!=n(n-1)...321
e por conseqüência, 17) Verifique se a seqüência n! é monótona.
n
(n+1)!=(n+1)n! 12
n!
Resolução. Seja xn = . Então,
12n
xn +1 − xn =
(n + 1)! − n ! (n + 1)!− 12n !
= =
12n +1 12n 12n +1
=
(n + 1).n !− 12n ! = n !(n + 1 − 12 ) =
12n +1 12n +1
n !(n − 11)
= .
12n +1
Exercício Proposto
28) Dada a seqüência (n6+ 1)! , verifique:
n
a) Se ela é monótona.
b) Se ela é limitada.
41
29) Escreva os seis primeiros termos da subseqüência dos ter-
n
mos de ordem par da seqüência cujo termo geral é an = 2 .
n +1
2
1
a) an = 3 +
n
n −1
b) an =
n
c) a1 = 1, a2 = 1, an +1 = an −1 + an
1 1 1 1
d) 1, ,1, ,1, ,1, ,...
2 3 4 5
e) an = sen n.
f) an = n + ( )
n
−1
n
−1 .
42
1
c) Os termos da seqüência 4 + 2 aproximam-se arbitraria-
n
mente de 4 .
(−1)
n
1
n se n é par
e) A seqüência definida por xn =
5 − 1 se n é ímpar
n
L − < xn < L +
43
( )
Exemplo 25. Seqüências como n 2 , (4n + 3) , (ln n ) , en , (−5 ) ()( n
)
não tem limite, pois os termos não se aproximam de valor algum.
Neste caso dizemos que a seqüência diverge.
1
Exemplo 26. A seqüência converge e tem limite zero.
n
Vamos provar isso usando a definição:
1 1 1
− 0 < . Ora − 0 < é equivalente a < que por sua vez é
n n n
1 1 1
equivalente a n > . Quer dizer, se n > , então − 0 < . Portan-
n
1
to, basta tomar como n0 o menor número natural maior do que
n> .
1
Logo, lim = 0 .
n
1
3 + n se n é par
xn =
5 − 1 se n é ímpar
n
Exercícios Resolvidos
18) Considere a seqüência (x ) tal que x
n n =
10n
3 + 2n
.
1
a) Calcule n0 ∈ tal que xn − 5 < , ∀n ≥ n0 .
10
1
b) Calcule n0 ∈ tal que xn − 5 < , ∀n ≥ n0 .
100
c) Demonstre que lim xn = 5 .
44
Resolução.
1 10n 1
a) xn − 5 < ⇔ −5 <
10 3 + 2n 10
−15 1
⇔ <
3 + 2n 10
3 + 2n
⇔ > 10
15
⇔ n > 73,5.
1
Portanto, se n > 73,5 então, xn − 5 < . Tomando n0 = 74 , te-
10
1
mos xn − 5 < para todo n ≥ n0 .
10
Resposta. n0 = 74
1 10n 1
b) xn − 5 < ⇔ −5 <
100 3 + 2n 100
3 + 2n
> 100, n > 748,5 . Portanto, se n > 748,5 , então
15
1 1
xn − 5 < . Tomando n0 = 749 , temos xn − 5 < para todo
100 100
n ≥ n0 .
Resposta. n0 = 749 .
c) lim xn = 5 .
Ora,
10n 15 3 + 2n 1 15 3
xn − 5 < ⇔ −5 < ⇔ <⇔ > ⇔n> −
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2
10n 15 3 + 2n 1 15 3 10n 15
xn − 5 < ⇔ −5 < ⇔ < ⇔ Portanto,> ⇔ se n > − , então xn − 5 < .⇔ < ⇔ n0
− 5 tomar
Assim, basta <⇔
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2 3 + 2n 3 + 2n
10n 15 3 + 2n 1 15 3
xn − 5 < ⇔ como− 5o<menor
⇔ número < natural
⇔ > do
maior n > − , o que sem-
⇔que
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2
10n
pre será possível . Logo, lim =5.
3 + 2n
45
(−1)
n +1
19) Seja x n = 9+
5n 2
.
Resolução.
1 1
9 − , 9+ . Devemos então, achar n0 tal que
1000 1000
1
xn − 9 < para todo n ≥ n0 .
1000
Ora,
(−1)
n +1
1 1 1 1
xn − 9 < ⇔ < ⇔ 2< ⇔ 5n 2 > 1000 ⇔ n 2 > 200 ⇔ n > 200
1000 5n 2 1000 5n 1000
b) lim xn = 9 .
Ora,
(−1)
n +1
1 1 1 1
xn − 9 < ⇔ 2
<⇔ 2
< ⇔ 5n 2 > ⇔ n 2 > ⇔n>
5n 5n 5 5
Sempre é possível encontrar este valor, pois > 0 . Assim, basta to-
1
mar n0 como sendo o menor número natural maior do que e
5
então xn − 9 < para todo n ≥ n0 . Logo, lim xn = 9 .
46
Exercício Proposto
33) Considere a seqüência (x ), sendo x
n n =
3n − 1
2n + 5
.
3 1
a) Encontre n0 ∈ Ν tal que xn − < , ∀n ≥ n0 .
2 100
3
b) Prove que lim xn = .
2
O próximo teorema estabelece a unicidade do limite, ou seja, uma
seqüência convergente tem um único limite.
e e
Seja n ≥ n2 . Então xn − A < e xn − B < .
2 2
Logo,
Portanto, A − B < .
47
Teorema 2. Toda seqüência convergente é limitada
{
Seja X o conjunto x1 , x2 , xn0 −1 , L − 1, L + 1 . }
Este conjunto é finito, pois tem no máximo n0 + 1 elementos. Des-
ta forma, X possui um elemento mínimo A e um elemento máxi-
mo B . Como todos os termos xn , com n ≥ n0 , estão no intervalo
(L − 1, L + 1), podemos afirmar que A ≤ xn ≤ B , para todo n ∈ .
Logo, (xn ) é limitada.
n se 1 ≤ n ≤ 10
Exemplo 28. Considere a seqüência x n = 1 .
1 + n se n ≥ 11
X = {1, 2 , 3, 4 , 5, 6 , 7 , 8, 9 , 10 , 0}
Observação:
48
2) A recíproca do teorema é falsa. Por exemplo, a seqüência
(−1) é limitada, mas não converge.
n
1 1 2
xn +1 − xn = 6 − −6− = ,
2n + 2 2n 2n (2n + 2 )
1 1
intervalo 6 − , 6 , o elemento x1000 = 6 − pertence ao
1000 2000
intervalo. Além disso, como (xn ) é crescente, todos os termos xn ,
com n > 1000 , pertencem ao intervalo.
49
1 1
Mas xn − 6 < ⇔ <⇔n> .
2n 2
1 1 1 1
xn − 6 < Portanto,
⇔ ⇔n>
< se então xn − 6 < .⇔ ⇔ ntomar
Logo,<basta > n0 como o
2n 2 2n 2
1 1
menor número xn −natural
6 < ⇔maior
< do n > . Isto prova que lim xn = 6 .
⇔que
2n 2
Exercício Resolvido
20) Verifique que a seqüência 23nn +− 15 converge, usando o Te-
orema 3.
Resolução.
2n + 5 −17
Seja xn = . Então, xn +1 − xn = é sempre ne-
3n − 1 (3n + 2 )(3n − 1)
gativo (verifique!). Logo, (xn ) é decrescente.
Note que: xn > 0 para todo n . Além disso, sendo (xn ) decrescen-
7
te, todos os seus termos são menores do que x1 = . Portanto,
2
7
0 < xn ≤ , para todo n e a seqüência é limitada. Conclui-se que
2
ela converge.
15n
Exemplo 30. A seqüência é decrescente a partir do décimo-
n!
quinto termo (Verifique isto!). Podemos então concluir que é limi-
tada (Por que?). Logo, pelo teorema 3, ela converge.
( )
Seja xni
ni ∈′
uma subseqüência de (xn ). Vamos provar que
lim xni = L .
50
Seja > 0 . Deveremos encontrar n j ∈ ′ tal que se ni ∈ ′ e
ni ≥ n j , então xni − L < .
51
Teorema 5. Se uma seqüência é monótona e possui uma subseqüência
que converge para L, então a seqüencia também converge para o mesmo L.
( )
Demonstração. Seja (xn ) uma seqüência monótona e xni uma
subseqüência convergente que tem limite L . Vamos mostrar que
(xn ) também tem limite L .
( )
Sendo xni convergente, é também limitada. Pelo Lema, a seqüên-
cia (xn ) é limitada e pelo Teorema 3, converge, digamos para M .
Pelo Teorema 4, M = L e portanto (xn ) converge para L .
Exemplo 31.
sen n 1 1
a) lim = lim .sen n . Como a seqüência tem li-
n n n
mite zero e a seqüência (sen n ) é limitada, segue que
sen n
lim =0.
n
cos (2n + 1)
b) Da mesma forma lim 3 =0.
2
n +1
52
Observação. Se (yn ) não é limitada e lim xn = 0 , então a seqüên-
cia (xn ⋅ yn ) pode convergir para um número real qualquer ou di-
vergir, mesmo sendo lim xn = 0 . Veja alguns exemplos:
Exemplo 32.
−8
a) Se yn = n 2 e xn = , então xn ⋅ yn = −8 ou seja, (xn ⋅ yn ) é a
n2
seqüência constante, que converge para −8 .
1
b) Se yn = n 2 e xn = , então xn ⋅ yn = n e a seqüência (xn ⋅ yn )
n
diverge.
1 1
c) Se yn = n 2 e xn =3 , então xn ⋅ yn = e a seqüência (xn ⋅ yn )
n n
converge para zero.
x A
d) a seqüência n converge para desde que B ≠ 0 .
yn B
Demonstração.
a) Seja > 0 . Como lim xn = A , existe n1 ∈ tal que xn − A <
2
para todo n ≥ n1 .
Como lim yn = B , existe n2 ∈ tal que yn − B < para todo
2
n ≥ n2 .
Seja n0 = max {n1 , n2 } e n ≥ n0 . Então xn − A < e yn − B < .
2 2
Logo,
53
(xn + yn ) − ( A + B ) = (xn − A) + ( yn − B )
≤ xn − A + yn − B
< + = .
2 2
Suponhamos c ≠ 0 .
Seja > 0 . Por ser lim xn = A , existe n0 ∈ tal que xn − A <
c
para todo n ≥ n0 .
Logo, para n ≥ n0 , temos: cxn − cA = c ⋅ xn − A < c ⋅ = , ou
c
seja, cxn − cA < .
xn yn − AB = xn yn − xn B + xn B − AB = xn ( yn − B ) + B (xn − A ).
lim B (xn − A ) = 0 .
Logo,
E, portanto, lim xn yn = AB .
54
x A
d) Provaremos que lim n − = 0 .
yn B
xn A Bxn − Ayn 1
Temos: − = = (Bxn − Ayn ) , para todo n tal
yn B Byn Byn
que yn ≠ 0 . A idéia é usar novamente o Teorema 6.
1
Falta mostrar que a seqüência é limitada.
Byn
Como lim Byn = B lim yn = B 2 , segue da definição de limite de
uma seqüência que: para todo > 0 existe n0 ∈ tal que
B2 B2 B2
todo n ≥ n0 . Em particular, para = , temos: − < Byn < .
2 2 2
Somando B 2 aos membros desta desigualdade, temos
B2 3B 2 B2
< Byn < , ou seja, Byn > . Como Byn > 0 , segue que
2 2 2
1 2
0< < 2 , para todo n ≥ n0 .
Byn B
1 1 1
O conjunto , , …, é finito e portanto limi-
By
1 By2 Byn0 −1
1
tado. Logo, a seqüência é limitada. Segue do Teorema 6
Byn
1 x A
que: lim (Bxn − Ayn ) = 0 e, portanto lim n = .
Byn yn B
Exercícios Resolvidos
21) Calcule o limite de cada uma das seqüências:
a) 5
n
55
b) 1
2
n
c) 7 n + 5n + 3
2
2
3n − 8
d) 2n + 5
2
6
1− n
Resolução.
5 1
a) Pelo item (b) do Teorema 7, lim = 5 × lim = 5 × 0 = 0 .
n n
b) Pelo item (c) do Teorema 7,
1 1 1 1 1
lim 2
= lim × = lim × lim = 0 .
n n n n n
5 3
7+ +
7 n 2 + 5n + 3 n n2
=
3n 2 − 8 8
3− 2
n
Logo,
5 3 lim 7 + 5 + 3 5 3
2 7+ + 2 2 lim 7 + lim + lim 2
7 n + 5n + 3 n n = n n n n = 7+0+0 = 7
lim = lim =
3n 2 − 8 8 8 8 3−0 3
3− 2 lim 3 − 2 lim 3 − lim 2
n n n
2 5
2n + 5
2
n4 + n6 0+0
Então, lim 6
= lim = = 0.
1− n 16 − 1 0 −1
n
56
22) Seja a um número real qualquer. Prove: Para todo número
1
real r ≠ 0 , a seqüência (a1 + nr ) diverge .
( )
Se q > 1 , vamos provar que a seqüência a0 q n não é limitada.
n K
Ora, a0 q n > K ⇔ a0 . q n > K ⇔ q > ⇔
a0
K 1 K
⇔ n log q > log ⇔ n > .log .
a0 log q a0
1 K n
Portanto, se n > .log , então a0 q > K . Como K é
log q a0
arbitrário, a seqüência a0 q n( ) não é limitada, e o mesmo aconte-
ce com a seqüência a0 q n .( )
57
Pelo Teorema 2 ela diverge.
Logo, lim zn = L .
Exemplo 33.
58
Teorema 9. (Teorema de Bolzano-Weierstrass) Toda seqüência limita-
da de números reais possui uma subseqüência convergente.
( )
Exemplo 34. As seqüências (n ) e − n 2 não possuem subseqüên-
cia convergente.
gentes.
1
4 − n se n = 3k ; k ∈
1
xn = se n = 3k + 1; k ∈
n
1
3 + n se n = 3k + 2; k ∈
n se n é par
xn = 1
n se n é ímpar
59
1.3.5 Limites Infinitos
Entre as seqüências divergentes existem aquelas cujos termos, a
partir de certo índice, tornam-se arbitrariamente grandes em mó-
dulo.
Notação. xn → +∞ ou simplesmente xn → ∞ .
Exemplo 37.
( )
a) Seqüências como n k com k ∈ , 2 n , ( ) ( n ) e (n!) obvia-
mente tendem a infinito.
b) A seqüência 10 − 4n 2 tende a − ∞ .
10 − B
Portanto, se n > , então 10 − 4n 2 < B . Basta tomar n0 como
2
10 − B
o menor número natural maior do que .
2
60
Conclui-se que 10 − 4n 2 → −∞ .
n 2 se n é par
Exemplo 38. Seja xn =
1 se n é ímpar
Não é verdade que xn → ∞ , pois por maior que seja n0 , sempre
haverá termos xn iguais a 1, para n ≥ n0 .
−n 2 se n ≤ 10000
Tarefa. Se a seqüência (bn ) é dada por bn = ,
2n se n > 10000
podemos dizer que bn → ∞ ? Ou que bn → −∞ ?
Exemplo 40.
61
Propriedade 2. Se xn → ∞ e (y n ) é limitada inferiormente por
um número positivo, então (xn ⋅ y n ) → ∞ .
Exemplo 41.
1
a) Seja xn = n e yn = 2 + . Note que xn → ∞ e yn ≥ 2 , ∀n .
n
1
Então xn ⋅ yn = n 2 + = 2n + 1 , tende a infinito.
n
1
b) Seja xn = n e yn = . Desta vez, (y n ) não satisfaz a hipótese,
n
pois não existe c > 0 tal que y n ≥ c, ∀n ∈ Ν .
1
Temos: xn ⋅ yn = n × = 1 e a seqüência constante (1) não ten-
n
de a infinito.
1 1
c) Seja xn = n 2 e yn = . Agora xn ⋅ yn = n 2 × = n e, portanto,
n n
xn ⋅ y n → ∞ . Este exemplo mostra que a recíproca é falsa, pois
( yn ) não é limitada inferiormente por um número positivo.
vo e se lim y n = 0 , então xn → ∞ .
yn
c
Seja M > 0 . Note que é um número positivo e como lim y n = 0 ,
M
c
existe n0 ∈ Ν tal que 0 < y n < , para todo n ≥ n0 .
M
1 M
Então para todo n ≥ n0 , temos: xn ≥ c e > .
yn c
62
xn 1 M x
Logo, = xn × > c × = M , isto é, n > M , ∀n ≥ n0 .
yn yn c yn
xn
Concluimos que: →∞.
yn
Exemplo 42
1 1
a) Seja xn = 3 + e yn = .
n n
1
Então xn ⋅ yn = 3 + n = 3n + 1 , que tende a infinito.
n
1 1
b) Seja xn = e yn = . Note que (xn) não satisfaz a hipótese de
n n
ser limitada inferiormente por um número positivo.
1
xn n
Agora, = = 1 e a seqüência constante (1) não tende a
yn 1
infinito. n
1 1 x 1
c) Seja xn = e yn = 2 . Desta vez, n = .n 2 = n e a seqüên-
n n yn n
cia (n) tende a infinito. Este exemplo mostra que a recíproca
1.3.7 Indeterminação
Observe com atenção cada uma das quatro situações abaixo, em
que (xn ) e (y n ) são seqüências com limites infinitos:
Exemplo 43.
a) xn = n 2 ; y n = −n . Então xn + yn = n 2 − n = n (n − 1) . Logo,
xn + y n → ∞ .
b) xn = n ; y n = −n 2 . Então xn + yn = n (1 − n ) e, portanto
xn + yn → −∞ .
c) xn = n + 23 ; y n = −n . Então xn + yn = 23 , ou seja, (xn + y n ) é a
seqüência constante (23) que tem limite 23 .
63
d) xn = n ; yn = (−1) − n . Então xn + yn = (−1) , que é uma seqü-
n n
Exemplo 44.
xn x
a) xn = n 2 ; y n = −n . Então = −n e, portanto n → −∞ .
yn yn
xn xn é a seqüência
b) xn = 6n 2 ; yn = n 2 . Então = 6 , ou seja,
yn yn
constante (6 ) que converge para 6 .
Exemplo 45.
1
a) xn = ; yn = 5n . Então xn ⋅ yn = 5 , ou seja, (xn ⋅ y n ) é a seqü-
n
ência constante (5 ) que converge.
1
b) xn = 2
; yn = n 3 . Então xn ⋅ y n = n , portanto xn ⋅ y n → ∞ .
n
Escreve-se: “ 0 . ∞ é uma indeterminação”.
x
limite da seqüência n .
yn
64
Exercícios Propostos
34) Dê quatro exemplos de seqüências (x ) e (y ) tais que am-
n n
x
bas convirjam para zero, no entanto as seqüências n têm dife-
rentes comportamentos quanto ao limite. yn
0
Escreve-se: “ é uma indeterminação”.
0
nsen ( n ) se n é par
x =
b) n
sec ( n − 2 ) se n é ímpar
1 1 1 Note que a = 1 + 1 ;
c) an = + + +
3 6 3 (n + 1)
1
3 6
a2 = 1 + 1 + 1 , etc.
3 6 9
cos (n )
d)
2
n
n (−1)J
e) ∑ J
J =1 2
2 −5 8 −11 14
b) , , , , ,
4 8 16 32 64
1 1 1 1
c) 5 + , 5 − , 5 + , 5 − ,
2 4 8 16
65
Escreva os cinco primeiros termos das subseqüências xni ( ) e
( )
ni ∈1
xmi .
mi ∈ 2
a) É monótona? Justifique!
b) É limitada? Justifique!
c) Converge? Justifique!
2x se 0 ≤ x < 1 2
42) Seja f (x ) = e seja x0 = 0, 2 . A seqüên-
2 x − 1 se 1 2 ≤ x < 1
cia f (x0 ), f f (x0 ), f f f (x0 ), converge? Justifique!
66
a) 2n + 6
5n
b) n
n
n!
c) 306
n
(2n )!
d) (arc tg n )
46) Seja x n =
4 − n2
3n 2 + 2
.
1 1 1 1
xn ∈ − − , − + , ∀n ≥ n0
3 1000 3 1000
1
c) Prove que lim xn = − .
3
(−1)
n +1
67
49) Examine as seqüências abaixo quanto à convergência. Caso
convirjam, calcule o seu limite.
a) e
n
2
b) 2n + 2n − 70
3
2 3
6 − n − 9n
c) 4n − 2
3
1− n
d)
n
n
4
e) (−1) ⋅ 8n
n
7n − 5
(−1)n
f) + ln n
n
g) (−1)
n +1
n + 11
h) 2n − n + 1
n + 1 2n
i) n − n
2 2
2n + 1 2n − 1
b)
( )
cos − n
2
2
8 − 3n
c) n3
arc cotg n
68
51) Prove: Se x → +∞ e ( yn ) é limitada superiormente e tem
n
x
todos os termos positivos, então n → +∞ .
yn
a) (arc sen n )
(
b) arc cos 1
n )
c) (arc sec 1 )
n
a) xn → +∞ , yn → +∞ e lim (xn − yn ) = 3 .
4
x
b) xn → +∞ , yn → +∞ e lim n = −21 .
yn
xn
c) lim (xn ) = 0 , lim ( yn ) = 0 e → −∞ .
yn
an +1
i) < 1, ∀n ∈
an
69
Pergunta-se:
a) (an ) é monótona?
Sugestão para b): Comece assim: por hipótese, para todo > 0 existe
70
60) Dê um exemplo de seqüência (z ) tal que lim zn n = 7 , porém
zn > 7, ∀n ∈ .
62) Prove:
x
a) Se (xn ) é limitada e yn → +∞ , então lim n = 0 .
yn
x
b) Se (xn ) é limitada e yn → −∞ , então lim n = 0 .
yn
a) (xn ) Converge.
b) xn → +∞
c) xn → −∞
d) Nenhuma destas.
3
1) xn = 1 − 2) xn = sen n − n 2
n − 258
(−1)
n
1
3) xn = log 1 sen 4) xn = cossec +
2
n n
5) xn = 6 − (ln 2 )
n
( )
6) xn = ln e n − n
2
a) lim xn = 0
b) (xn ⋅ y n ) é decrescente.
c) lim xn ⋅ yn = 43
71
65) Determine a geratriz da dízima periódica 3,629979797...,
usando a fórmula da soma dos termos de uma P.G. infinita.
4) − 199
2
5) 428.429 6) R$1.219, 00
7) a 4 = −1 ; a7 = 1
64
8) q = 2 ; a1 = 3 2
72
19) Os números são 1, 2, 5, 8, 11
20) Se r é a razão da PA e r2 a razão da PA obtida pela diferença
1
dos quadrados, temos r2 = 2r1
21) 1+ 5
2
22) x = 3 + 2k ou x = − 3 + 2k , k ∈
23) a) P.G. de razão 1 b) P.A. de razão ln10
31) a) n 0 = 423
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
e) − , − + , − + − , − + − + , − + − + −
2 2 4 2 4 8 2 4 8 16 2 4 8 16 32
(−1)
n +1
36) a) (4n + 2) c) 5 +
2 n
37) (x ) ni
1 1
= 0, , 0, , 0,
ni ∈1
2 8
73
38) a) 0 e 21 k −1
b) Sim, para zero.
41) Diverge
42) Não
43) a) Decrescente a partir c) Decrescente a partir
do 1º termo do 9º termo
46) a) n 0 = 18 b) n0 = 40
49) a) D b) C c) C
d) C e) D f) D
65) 35935
9900
66) n0 = 37
67) b) n 0 = 41
74
2 Limite de uma Função
2 Limite de uma Função
1
a) Seja xn = 3 − . Note que xn ≠ 3 e que lim xn = 3 . Observe os
n
valores de n , xn e f (xn ) na tabela:
n 1 2 3 4 5 10 100 50.000
(x )
2
−9 1 1 1
lim f (xn ) = lim n = lim (xn + 3) = lim 3 − + 3 = lim 6 − = lim 6 − lim = 6
xn − 3 n n n
77
(− 1)
n
b) Seja xn =3+ .
n2
n 1 2 3 4 5 1000 1001
Neste caso também a tabela nos leva a crer que lim f (xn ) = 6 .
De fato, como xn ≠ 3 , temos:
Note que as seqüências ( f (xn )) dos itens (a) e (b) são distin-
tas, porém convergem para o mesmo valor: 6.
Escreve-se: lim f (x ) = L .
x →b
78
y f (x)
3 x
Figura 2.1
Exercícios Resolvidos
1) Seja f (x )= 3 x − 5 x + 1 . Quanto vale o lim f (x )?
2
x→ 2
2) Seja g (x ) = 3x8+ 7 se x ≠ −2
se x = −2
. Quanto vale lim g (x )?
x → −2
Logo, lim g (x ) = 1 .
x →−2
79
Exercício Proposto
1) Sendo f (x )= 35xx −+15 , determine o
2
lim f (x ) e o lim1 f (x ).
x → −3 x→ 4
80
2.2.1 Operações com Limites
Os exemplos anteriormente desenvolvidos mostram que é possí-
vel calcular o limite de uma função num ponto a partir da defini-
ção. Mas queremos fazê-lo de forma mais direta.
Conseqüências:
a) lim x = a (é só tomar b = 1 e c = 0 ).
x→a
b) lim c = c (é só tomar b = 0 ).
x→a
2
Exemplo: lim2 (6 x − 5 ) = 6 ⋅ − 5 = −1 .
x→ 3 3
a) lim[f (x )+ g (x )]= L1 + L2 .
x→a
b) lim c. f (x ) = c ⋅ L1 , ∀c ∈ .
x→a
c) lim f (x ).g (x ) = L1 ⋅ L2 .
x→a
f (x ) L1
d) lim = , desde que L2 ≠ 0 .
x→a g (x ) L2
81
e) lim n f (x ) = n L1 , desde que L1 > 0 quando n for par.
x→a
g) lim e f (x ) = e L1 .
x→a
lim[f (x )− g (x )]= L1 − L2 .
x→a
De fato, f (x )− g (x ) = f (x )+ (− 1)g (x ).
lim [ f ( x)] 2 = ( L1 ) 2 .
x→a
82
Exercícios Resolvidos
3) Calcule o lim 4 x3−x cos
2
+ 2x − 5
.
x→2( x )
Resolução.
A igualdade (1) segue do item (d), a igualdade (2) segue do item (e)
e a igualdade (3) segue dos itens (a), (b) e (f) do teorema 12.
Resolução.
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
2) lim
x → −1
3
(x + 3)4 − 6 x + 5
3) lim
x 2 − 25
x →5 3 x 2 − x + 14
2 x3 − 4 x + ln (2 x 2 − 1)
4) lim
x →1 x 3 − sen ( x )
83
Teorema 13. Se lim f (x ) = 0 e se g é limitada num intervalo aberto
x→a
Teorema análogo ao
que contém o ponto a , então lim f (x ).g (x ) = 0 . teorema 6 estudado no
x→a
capítulo anterior.
Demonstração. Seja I um intervalo que contém o ponto a e tal
que g seja limitada em I .
Pelo teorema 6 temos que lim f (xn ).g (xn ) = 0 . Da definição 11,
segue que lim f ( xn ). g ( xn ) = 0 .
Exercícios Resolvidos
5) Calcule o lim x sen 1x .
x →0
2
84
6) Calcule o lim x 4 1
sen .
x →0
x
1
Resolução. Sabemos que 0 ≤ sen ≤ 1, ∀x ≠ 0 .
x
1
Multiplicando a desigualdade por x 4, temos: 0 ≤ x 4 sen ≤ x 4.
x
1
Agora, lim 0 = 0 e lim x 4 = 0. Pelo teorema 14, lim x 4 sen = 0.
x →0 x →0 x →0
x
4 x + 3 se x ≠ 1
Seja f (x ) = .
0 se x = 1
7 f (x)
1 x
Figura 2.2
85
Isto significa que é possível conseguir f (x ) tão próximo de 7 quanto
desejarmos, desde que tomemos x suficientemente próximo de 1 .
1
Por exemplo, se desejarmos que f (x )− 7 < , ou seja, que
100
f (x )∈ (6,99;7, 01) , quais os valores de x , em torno de 1 que de-
vemos tomar?
1 1 1 1 1
Ora, f (x ) − 7 < ⇔ 4x + 3 − 7 < ⇔ 4x − 4 < ⇔ 4 x −1 < ⇔ x −1 < .
100 100 100 100 400
1
Portanto, precisamos tomar x tal que x − 1 < e x ≠ 1 , ou seja,
400
1
0 < x −1 < .
400
1
O leitor pode verificar que caso desejássemos que f (x )− 7 < ,
−4 2500
teríamos que tomar x tal que 0 < x − 1 < 10 .
Para todo > 0 , existe > 0 tal que f (x ) − L < sempre que
0 < x − 1 < . O número depende do valor de .
86
Definição 12. Seja f uma função definida em todos os pontos de
um intervalo aberto que contém b , exceto eventualmente em b .
Dizemos que o limite de f , quando x tende a b , é L se para todo
> 0 existe > 0 tal que f (x ) − L < sempre que 0 < x − b < .
P
pre que
ortanto,
existe tal que
quando para todo
e .
sem-
y
f(x)
L+ε
L
L-ε
b-δ b b+δ x
Figura 2.3
Exercício Resolvido
7) Seja f (x )= 4 x − 5 .
87
b) Encontre um intervalo I centrado em 2 , tal que
f (x ) − 3 < 0, 02 sempre que x ∈ I − {2}.
Resolução.
a) Para x ≠ 2 , temos:
Logo, = 0, 025 .
b) Para x ≠ 2 , temos:
Tomando x ≠ 2 , temos:
f (x ) − 3 < ⇔ 4 x − 2 < ⇔ x − 2 < .
4
Portanto, quando 0 < x − 2 < , então f (x ) − 3 < . Basta pois
4
tomar = , qualquer que seja > 0 . Logo, lim f (x ) = 3 .
4 x→2
Exercício Proposto
5) Prove, usando esta última definição, que lim (3 x − 5)= −8 .
x → −1
88
Teorema 15. Seja f uma função definida num intervalo aberto que
Este teorema estabelece contém o ponto a , exceto talvez em a . As afirmações seguintes são
a equivalência das duas
definições (11 e 12) de equivalentes:
limite aqui apresentadas.
a) Para todo > 0 existe > 0 tal que se 0 < x − a < , então
f (x ) − L < .
1
Em particular, para = , sendo n qualquer natural, existe xn tal
n
1
que 0 < xn − a < e f (xn ) − L ≥ . Desta forma obtivemos uma
n
seqüência (xn ) tal que lim xn = a e xn ≠ a , mas lim f (xn ) não é
L . Isto contradiz a hipótese.
89
A negação desta afirmação é: Existe > 0 tal que para todo > 0 ,
não é verdade que P(x ) vale.
2.4 Indeterminação
Já tratamos ligeiramente deste assunto no último item do capí-
tulo anterior. Lá apresentamos quatro símbolos que representam
0 ∞
indeterminações: , , 0 ⋅ ∞ e ∞ − ∞ . No presente contexto
0 ∞
será necessário um estudo mais aprofundado.
f ( x) L1
lim = .
x→a g ( x) L2
x2 − 4
Como calcular o lim ?
x→2 x−2
x2 − 4
Para calcular lim é preciso fatorar e simplificar a expres-
x→2 x − 2
são:
90
x 2 − 4 (x − 2 )(x + 2 )
Para x ≠ 2 , = = x+2.
x−2 x−2
x2 − 4
Logo, lim = lim (x + 2 ) = 4 .
x→2 x − 2 x→2
Ao nos defrontarmos
Observação (1): Se lim f ( x) = 0 e lim g ( x) = 0 , então nada se pode
x→a x→a
com qualquer uma destas
indeterminações, devemos f (x )
afirmar, a priori, sobre o lim .
tentar usar outra estratégia x→ a g (x )
para calcular o limite.
Normalmente procura-
se escrever a expressão
Observação (2): Além de 0 existem outras seis expressões que
da função cujo limite se 0
deseja calcular de outra ∞
são indeterminações: , ∞ − ∞ , 0 ⋅ ∞ , 0 0 , 1∞ e ∞ 0 .
forma equivalente. ∞
g ( x)
Por exemplo, se lim f ( x) = 0 e lim g ( x) = 0 , então o lim f (x )
x→a x→a x→a
conduz à indeterminação 0 0 .
Acompanhe os exercícios:
Exercícios Resolvidos
8) lim 3xx −−1612
4
x→2 2
0
uma indeterminação .
0
Vamos fatorar os polinômios do numerador e denominador respec-
tivamente e simplificar a expressão:
x 4 − 16 (x − 4 )(x + 4 ) x 2 − 4
2 2
= = para x ≠ ±2 .
3 x 2 − 12 3 (x 2 − 4 ) 3
x 4 − 16 x2 + 4
Logo, lim 2 = lim .
x → 2 3 x − 12 x→2 3
8
Agora podemos aplicar o teorema 12 (d), obtendo .
3
x 4 − 16 8
Resposta. lim = .
x → 2 3 x 2 − 12 3
91
9) lim
x → −1
x3 + 4 x2 − x − 4
x2 − 4x − 5
x3 + 4 x2 − x − 4 x2 + 3x − 4 − 6
Logo, lim = lim = = 1.
x →−1 x2 − 4x − 5 x →−1 x−5 −6
10) lim
y →0
5+ y − 5
y
5+ y − 5 5+ y − 5 5+ y + 5 5+ y −5 y 1
= × = = =
y y 5+ y + 5 y 5+ y + 5 y ( ) ( 5+ y + 5) 5+ y + 5
para y ≠ 0 .
5+ y − 5 1 1 1
Logo, lim = lim = = .
y →0 y y →0 5+ y + 5 5+ 5 2 5
x −1
11) lim 3
x →1 9−x −2
A expressão obtida após
Resolução. Outro caso de indeterminação do tipo 0 . Aqui fare- fazer a mudança de
0 variável é um quociente de
mos uma mudança de variável: polinômios.
92
Seja u = 3 9 − x .
De u = 3 9 − x segue que x = 9 − u 3 .
Logo,
x −1 9 − u3 −1 8 − u3 u3 − 8
lim 3 = lim 3 = lim 3 = − lim 3 =
x −1 u →2 9 − u − 1 u →2 8 − u u →2 u − 8
lim 3 9 − x − 2 = lim u − 2 = lim u − 2 = − lim u − 2 =
x →1
9 − x − 2 u →2 (uu−−22 ) u 2u → + 2uu +
− 24 u →2 u − 2
( )
x →1 2
12) t −1
3
lim 4
t →1 t −1
Façamos t = u12 .
Se t → 1 , então u → 1 .
Logo,
t
lim t
3
−1 3
u12 −1 u 44 − 1 (u 22 − 1)(u 22 + 1)
(u − 1)(u + 1) =
3
− 1 = lim u12 − 1 = lim
3
12
u − 1 = lim
lim t
t →1 4 − 1 = lim
u →1 u →1 u 3 − 1 = lim
u12 − 1 = lim
4
( )( 2
u →1 u − 1 u 2 + u + 1 =
)
u − 1 u →1 u − 1 u →1 (u − 1)(u + u + 1)
3
t
t →1 4 − 1 u →1 4
Exercícios Propostos
Calcule o valor de cada um dos limites:
6) lim
3 x3 + 10 x 2 + 7 x − 2
x →−2 x 5 + 2 x 4 + x 2 − 5 x − 14
93
7) lim 8+h −2
3
h →0 h
8) lim 3t t −−t 1− 2
3
t →1 4
9) lim x →0
16 − x − 4
x
10) lim 4 x + 12 − 2
4
x →1 x −1
q −1
11) lim q →1 3 q −1
Notação: lim f (x ) = L .
x →b +
94
y
f (x)
L+ε
L
L−ε
x
b b+δ
Figura 2.4
Notação. lim f (x ) = L .
x →b −
L+ε
L
L−ε
f (x)
b−δ b x
Figura 2.5
95
Exercícios Resolvidos
13) Seja f (x ) = 3x− −21x
2
se x < 2
. Sugerimos ao leitor fazer
se x ≥ 2
um gráfico de f e, através deste, determinar o valor de lim f (x )
x →2 −
e de lim f (x ).
x→2 +
Logo, lim f ( x) = 3 .
x→2−
Logo, lim f ( x) = −1 .
x→2+
lim f ( x) = lim ( x 2 − 1) = 22 − 1 = 3 .
x→2− x →2−
lim f ( x) = lim (3 − 2 x) = 3 − 4 = −1 .
x→2+ x→2−
em lim g (x )?
x →4 +
96
15) Seja h(x )= xx −−24 . Determine lim h(x ) e lim h(x ).
2
x →2 − x →2 +
− (x − 2 ) se x < 2
lor absoluto. Lembremos que x − 2 = .
x−2 se x ≥ 2
x2 − 4
− − se x < 2
(x 2 )
Logo, h (x ) = .
2
x −4
x − 2 se x > 2
− x − 2 se x < 2
h (x ) =
x + 2 se x > 2
e lim h (x ) = lim (x + 2 ) = 4 .
x→2+ x→2+
3 x 2 − 5 se x < 1
16)
Seja F (x ) = 4 se x = 1 . Determine lim F (x ) e
x →1−
x3 − 3 se x > 1
lim F (x ).
x →1+
(
Resolução. lim F (x ) = lim 3 x 2 − 5 = −2 ;
x →1− x →1−
)
( )
lim F (x ) = lim x 3 − 3 = −2 .
x →1+ x →1+
97
Teorema 16. Seja f uma função definida num intervalo (a, b )
e também num intervalo (b, c ). Então lim f (x ) = L se e somente se
x →b
lim f (x ) = L e lim f (x ) = L .
x →b − x →b +
Logo, lim f (x ) = L .
x →b
2 são diferentes.
98
Exemplo. Considere a função: f : →
1
sen se x ≠ 0
f (x ) = x
0 se x = 0
1 1
Seja xn = e zn = .
n 2n + 2
1
Mas, lim f (xn ) = lim sen = lim sen (n ) = lim 0 = 0 .
xn
1
E lim f (zn ) = lim sen = lim sen 2n + = lim1 = 1 .
zn 2
Exercícios Propostos
Para cada uma das funções seguintes, calcule: lim f (x ), lim f (x )
x →a − x →a +
e lim f (x ).
x→ a
13) 5 − x 2 se x < 1
f (x ) =
2 x + 1 se x ≥ 1; a = 1.
14) f (x ) =
3x
2x − x
; a = 0.
sen x − 2 se x<
2
15)
f (x ) = 0 se x=
2
cos 2 x se x > ; a = .
2 2
99
2.6 Limites no Infinito
No presente capítulo, analisamos o comportamento de uma fun-
ção f (x ) quando x se aproxima de algum ponto.
f : [1, ∞ ) →
f : [1, ∞ ) →
1
f (x ) = 2 + 1
f (x ) = 2 + x
x
1 1 1
f (x ) − 2 < 0, 05 ⇔ 2 + − 2 < 0, 05 ⇔ < 0, 05 ⇔ < 0, 05 (pois x > 0 ) ⇔ x > 20
x x x
1 4
f (x ) − 2 < 0, 0004 ⇔ < ⇔ x > 2500
x 10.000
1 1
Ora, f (x ) − 2 < ⇔ <⇔ x> .
x
1
Portanto, basta tomar x > para que seja f (x ) − 2 < .
100
Definição 15. Seja X um conjunto não limitado superiormente e
f : X → . Dizemos que o limite de f (x ) quando x cresce ilimi-
tadamente é L se para todo > 0 existe M > 0 tal que se x ∈ X e
x > M , então f (x ) − L < .
Escrevemos: .
Ao escrever
a variável não se Observação (1). A definição 15 diz que: lim f (x ) = L se para todo
aproxima de valor algum, x →+∞
pelo contrário, aumenta > 0 existe M > 0 tal que se x > M então, f (x )∈ (L − , L + ) .
ilimitadamente.
Veja a figura.
L+ε
L
L-ε
M x
Figura 2.6
1
Em nosso exemplo anterior f : [1, ∞ ) → , f (x ) = 2 + já ficou
x
1
provado que lim 2 + = 2 . Desenhe o gráfico da função e de-
x →+∞
x
termine M em função de .
f : (−∞, −1] →
1
f (x ) = 2 +
x
101
Observando a tabela percebe-se que à medida que x assume
valores negativos arbitrariamente grandes em módulo, f (x ) se
aproxima arbitrariamente de 2 .
Com efeito,
1 1 1 1
f (x ) − 2 < 0, 05 ⇔ 2 + −2 < ⇔ < ⇔
x 20 x 20
1 1
⇔− < (pois x < 0) ⇔ − x > 20 ⇔ x < −20
x 20
Vejamos:
1 1 1 1
f (x ) − 2 < ⇔ < ⇔ − < ⇔ −x > ⇔ x < −
x x
1
Portanto, para todo x menor do que − teremos f (x ) − 2 < .
Escrevemos: lim f (x ) = L .
x →−∞
L+ε
L
f (x) L-ε
N x
Figura 2.7
102
A figura mostra o gráfico de uma função f para a qual lim f (x ) = L .
x →−∞
Note que se x < N , então f (x )∈ (L − , L + ) .
1
Em nosso exemplo f : (−∞, −1] → , f (x ) = 2 + já ficou pro-
x
1
vado que lim 2 + = 2 , (pois dado > 0 , basta tomar N = − 1 ).
x →−∞
x
1
a) lim =0.
x →+∞ x k
1
b) lim =0.
x →−∞ xk
103
1 1 −1
x < − k , então k − 0 < . Basta, pois, tomar N = .
x k
1
Fica provado que lim =0.
x →−∞ x k
■
Exercícios Resolvidos
17) Calcule lim
x →+∞
3x 2 + 8 x − 5
4 − x3
3 8 5 3 8 5
2 + 2 − 3 (1) lim + lim 2 − lim 3 (2)
3x + 8 x − 5 x = x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x = 0 + 0 − 0 = 0
lim = lim x x
x →+∞ 4− x 3 x →+∞ 4 4 0 −1
3
−1 lim 3 − lim 1
x x →+∞ x x →+∞
4 x 2 + 11
Resposta. lim = 0.
x →−∞ 3 x 2 + x − 7
104
Logo,
4 x2 − 3 + 5x
20) Calcule lim x →−∞ 1− 2x
Logo,
4x2 − 3 5x 4x2 3
+ − − +5 − 4−
4 x2 − 3 + 5x 2 x x2 x2
lim = lim − x = lim = lim
x →−∞ 1− 2x x →−∞ 1 2x x →−∞ 1 x →−∞ 1
− −2 −
x x x x
4x2 − 3 5x 4x2 3 3
+ − − 2 +5 − 4− 2 +5
2
4 x − 3 + 5x 2 x 2 −2 + 5 3
m = lim − x = lim x x = lim x = =− .
→−∞ 1− 2x x →−∞ 1 2x x →−∞ 1 x →−∞ 1 −2 2
− −2 −2
x x x x
( x + 2x + x2 ) ( x − 2x + x2 ) x 2 − (2 x + x 2 ) −2 x
x + 2x + x2 = = = .
x − 2x + x2 x − 2x + x2 x − 2x + x2
105
−2 x
Portanto, lim ( x + 2 x + x 2 ) = lim .
x →−∞ x →−∞
x − 2x + x2
Dividindo os termos da fração por x e lembrando que, por ser
x < 0 , x = − x 2 , chega-se a:
−2 −2
lim = = −1 .
x →−∞ 2 1+1
1+ +1
x
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
16) lim
2 − x − 5 x3
x →−∞ x 3 − 12 x 2 + 27
17) lim
x →+∞
2 x − 1 + x2
x +1
18) lim
x →−∞
2 x − 1 + x2
x +1
19) lim
4 x3 + 3x − 1
x →−∞
5 x3 − 3 x3 + 1
106
Tomemos agora valores para x que se aproximam de 2 pela es-
querda:
1 1
ta tomar x no intervalo 2 − 5 , 2 + 5 mas x ≠ 2 .
10 10
Com efeito,
1 1
> 1010 e x ≠ 2 ⇔ (x − 2 ) <
2
f ( x) > 1010 ⇔ ex≠2⇔
(x − 2 )
2
1010
1 1 1
⇔| x − 2 |< 5
e x ≠ 2 ⇔ 2− 5 < x < 2+ 5 e x ≠ 2.
10 10 10
Vejamos:
1 1 1
> M e x ≠ 2 ⇔ (x − 2 ) <
2
f ( x) > M ⇔ e x ≠ 2 ⇔| x − 2 |< ex≠2
(x − 2 )
2
M M
1 1 1
> M e x ≠ 2 ⇔ (x − 2 ) <
2
e x ≠ 2 ⇔| x − 2 |< ex≠2
2)
2
M M
1
Portanto, f ( x) > M desde que 0 <| x − 2 |< , ou seja, desde que
M
1 1
x ∈ 2 − ,2+ − {2}.
M M
107
Definição 17. Seja f uma função definida num intervalo aberto
I que contém o ponto b , exceto eventualmente em b . Dizemos
que “o limite de f quando x tende a b é +∞ ” se para todo M > 0
existe d > 0 tal que f ( x) > M sempre que x ∈ I e 0 < | x − b |< d
.
Escreve-se: lim f ( x) = +∞ .
x →b
Atenção: Reforçamos que
não é número, mas um
símbolo que nesta defini-
y ção significa que dado
qualquer número positivo,
por maior que seja,
existem valores
M maiores do que este
número, para suficiente-
y = 1
mente próximo de .
(x - 2)²
2 x
2-δ 2+δ
Figura 2.8
1
Ficou provado que lim = +∞ .
(x − 2 )
x→2 2
1
Pois – conforme a definição – dado M , basta tomar = e tere-
M
mos f ( x) > M sempre que x ∈ (2 − , 2 + ) e x ≠ 2 (Veja figura).
−1
Considerando a função g ( x) = , esta tem comportamento
(x − 2 )
2
1
semelhante ao da função f ( x) = . A diferença é que para
(x − 2 )
2
108
que “o limite de f quando x tende a b é −∞ ” se para todo B < 0
existe > 0 tal que f ( x) < B sempre que x ∈ I e 0 <| x − b |< .
Escreve-se: lim f ( x) = −∞ .
x →b
−1
Vamos provar que lim = −∞ .
(x − 2 )
x→2 2
−1
Seja B < 0 . Devemos encontrar > 0 tal que < B sempre
( )
2
que 0 <| x − 2 |< . x − 2
Ora,
(x − 2 )
2
−1 1 −1
e x ≠ 2 ⇔ (x − 2 ) <
2
<B ex≠2⇔ > ex≠2⇔
(x − 2 )
2
−1 B B
−1 −1
⇔| x − 2 |< e x ≠ 2 ⇔ 0 <| x − 2 |< .
B B
−1 −1
Basta tomar = . Note que > 0 , pois B < 0 . Assim,
B B
−1
lim = −∞ .
(x − 2 )
x→2 2
y 2-δ 2+δ
2 x
f (x) = −1
(x − 2)²
B
Figura 2.9
109
A figura exibe um valor de B e o correspondente valor de que
satisfaz: 0 <| x − 2 |< ⇒ f ( x) < B .
Notação. lim+ f ( x) = −∞ .
x →b
do para todo B < 0 existe A > 0 tal que f ( x) < B sempre que
x∈ X e x > A.
y f (x)
A x
110
y f (x)
A x
a) lim− tg x = +∞ e lim+ tg x = −∞
x→ x→
2 2
b) lim+ ln x = −∞ e lim ln x = +∞
x →0 x →+∞
c) lim e x = 0 e lim e x = +∞
x →−∞ x →+∞
a 1 a 1 a 1 a 1
x →+∞
( )
lim an x n + an −1 x n −1 + an − 2 x n − 2 + + a1 x + a0 = lim an x n 1 + n −1 ⋅ + n − 2 ⋅ 2 + + 1 ⋅ n −1 + 0 ⋅ n =
x →+∞ an x an x an x an x
a 1 a 1 a 1 a 1 Teorema 17
= lim an x n 1 + n −1 lim + n − 2 lim 2 + + 1 lim n −1 + 0 lim n =
x →+∞
an x →+∞ x an x →+∞ x an x →+∞ x an x →+∞ x
= lim an x n (1 + 0 + 0 + + 0 + 0 ) = lim an x n .
x →+∞ x →+∞
111
Observação análoga vale para lim P( x) .
x →−∞
( )
Exemplo. lim 4 x5 − 10 x 4 − 8 x3 − 35 x 2 + 5 = lim 4 x5 = +∞ .
x →+∞ x →+∞
1
a) lim+ = +∞ ;
x →0 xn
1 +∞ se n é par
b) lim− = .
x →0 x n −∞ se n é ímpar
Demonstração.
1
a) Seja M > 0 . Devemos obter > 0 tal que n > M sempre que
x
0 < x < . Mas
1 1 1
n
> M e x > 0 ⇔ xn < ex>0⇔0< x< n .
x M M
1 1
Portanto, tomando = tem-se >M sempre que
n
M xn
1
0 < x < . Assim, lim+ = +∞ .
x →0 xn
1
b) Vamos provar que para n ímpar, temos lim− = −∞ .
x →0 xn
A demonstração do caso n par fica como exercício.
1
Seja B < 0 . Devemos encontrar > 0 tal que n < B sempre que
x
0 < x < . Seja x < 0 e n ímpar. Então:
1 1 1 1 1
n
< B ⇔ xn > e x < 0 ⇔ n xn > n ex<0⇔ x> n ex<0⇔ n <x<0
x B B B B
1 −1 1
Tomemos − = , isto é, = ou melhor, = (pois
n
B n
B n B
B < 0 ).
1 1
Assim, para = , teremos < B sempre que − < x < 0 .
n B xn
1
Logo, lim− = −∞ .
x →0 xn
112
Exemplos:
1 1
a) lim− = −∞ ; lim+ = +∞
x →0 x x →0 x
Com o auxílio deste
teorema poderemos 1 1
b) lim− 2
= +∞ ; lim+ 2 = +∞
calcular alguns limites x →0 x x →0 x
infinitos. Salientamos que
ele também vale se
■
“ ” for substituído
por , ,
ou . Teorema 19: Seja a um número real qualquer e f , g funções tais
g ( x)
lim = −∞
x→a f ( x)
g ( x)
lim = −∞
x→a f ( x)
e c > 0.
g ( x)
Tese. lim = +∞ .
x→a f ( x)
c
Portanto, g ( x) ≥ sempre que 0 <| x − a |< 2 .
2
c
Como lim f ( x) = 0 , para todo > 0 , em particular para = ,
x→a 2
c
existe 3 > 0 tal que f ( x) − 0 < sempre que 0 <| x − a |< 3 .
2M
Seja = mín {1 , 2 3 } . Então para 0 <| x − a |< temos: f ( x) > 0 ,
c c c
g ( x) > e f ( x) < . De f ( x) > 0 segue que f ( x) < ,
2 2M 2M
1 2M
ou seja, > .
f ( x) c
g ( x) c 1 c 2M g ( x)
Logo, > ⋅ > ⋅ = M . Assim, > M sempre
f ( x) 2 f ( x) 2 c f ( x)
que 0 <| x − a |< .
g ( x)
Conclui-se que lim = +∞ .
x→a f ( x)
■
Exercícios Resolvidos
Para os exercícios 22 ao 26, calcule:
ln (3 x − 1)
22) lim
x→ 1 1− 2x
2
1
Resolução. lim ln (3 x − 1) = ln < 0 ; lim 1 − 2 x = 0 . Mas,
x→ 1
2 2 x→ 1
2
1 − 2x tende a zero por valores positivos. Pelo teorema 19, con-
ln (3 x − 1)
cluímos que lim = −∞ .
x→ 1
2 1− 2x
114
23) lim−
x →1
2
3x
x + 2x − 3
24) lim+
x →−3
e4 x
x3 + x 2 − 6 x
( )
Resolução. lim+ e 4 x = e −12 que é positivo; lim+ x3 + x 2 − 6 x = 0.
x →−3 x →−3
Fatoramos o denominador:
( )
x3 + x 2 − 6 x = x x 2 + x − 6 = x (x + 3)(x − 2 ) .
25) lim−
x→
1 − cos x
sen 2 x
26) lim
y →−∞
y4 + 2 y −1
5 + 8 y3
115
5 8 1 5
Escrevendo 4
+ = 3 + 8 , observa-se que se y → −∞ , então
y y y y
1 5 5
< 0 e 3 + 8 > 0 , pois 3 está bem próximo de 0. Assim,
y y y
5 8 y4 + 2 y −1
+ < 0 . Logo, lim = −∞ .
y4 y y →−∞ 5 + 8 y3
Exercícios Propostos
Calcule cada um dos limites:
20) lim x
2
−2 x
(x − 3)
x →3 2
21) lim 2
2 − x2
x →−1− x − 2 x − 3
22) lim 4t −+ t2
t → 2+
2
23) lim
x →+∞
4x2 + 2x
3− x
24) lim
8 − x − x3
x →−∞ 2 x 2 − 49 x
b) lim f ( x) ⋅ g ( x) = +∞
x→a
c) lim f ( x) ⋅ u ( x) = −∞
x→a
d) lim [ f ( x) + v( x) ] = +∞
x→a
116
e) lim [u ( x) + v( x) ] = −∞
x→a
−∞ se c < 0
f) lim f ( x) ⋅ v( x) =
x→a
+∞ se c > 0
f ( x) −∞ se c < 0
g) lim =
x→a v( x) +∞ se c > 0
v( x)
h) lim =0
x→a f ( x)
lim [ f ( x) + g ( x) ] = +∞ .
x→a
M M
Seja = mín {1 , 2 }. Então f ( x) > e g ( x) > , sempre que
2 2
0 <| x − a |< .
M M
Logo, f ( x) + g ( x) > + = M , sempre que 0 <| x − a |< .
2 2
Concluímos que lim [ f ( x) + g ( x) ] = +∞ .
x→a
Exercícios Resolvidos
Para os exercícios 27 ao 29, calcule:
27) lim−
tg x
(senx − 3)
3
x→
2
117
sen x
= +∞ ; lim− (sen x − 3) = −8 .
3
Resolução. lim− tg x = lim−
x→
x→
cos x x→
2 2 2
tg x
Pelo item (g) do teorema 20, lim− = −∞ .
(sen x − 3)
3
x→
2
cos x
Resolução. lim+ ln x = −∞ ; lim+ cotg x = lim+ = +∞ . Pelo
x →0 x →0 x →0 sen x
item (c) do teorema 20, lim+ ln x ⋅ cotg x = −∞ .
x →0
29) x →−∞
lim x3 +
4x
1 + 3x
4x 4 4
Resolução. lim x3 = −∞ ; lim = lim = . Pelo item
1 + 3x 1
+3 3
x →−∞ x x →−∞
→−∞
x
(e) do teorema 20, o limite proposto vale −∞ .
Exercícios Propostos
Calcule:
25) lim x 2 ⋅ e x
x →+∞
26)
lim x ⋅
x →−∞
4
1 − ex
28) lim
x →+∞ 1
2 + cos
x
118
2.9 Limites Fundamentais
São três os chamados limites fundamentais.
sen x
Primeiro Limite Fundamental: lim =1
x →0 x
sen x
Demonstração. Provaremos que lim+ =1.
x
x →0
x x
O C A
Figura 2.12
OA ⋅ CB 1 ⋅ senx senx
S1 = = = .
2 2 2
Lembre que a área do setor circular de raio r e ângu-
1 1 x
lo central é dada por S = r 2 . Assim, S 2 = ⋅12 ⋅ x = e
2 2 2
OA ⋅ AD 1 ⋅ tgx tgx
S3 = = = .
2 2 2
x 1
1≤ ≤ .
sen x cos x
119
sen x
Invertendo cada membro da desigualdade, temos: 1 ≥ ≥ cos x ,
x
sen x
ou melhor, cos x ≤ ≤ 1. Sendo lim+ cosx = 1 e lim+ 1 = 1, segue,
x x →0 x →0
senx
pelo teorema do confronto, que lim+ = 1.
x →0 x
senx
De maneira análoga, prova-se que lim− = 1 . Concluímos que
x →0 x
senx
lim =1.
x →0 x
■
Exercícios Resolvidos
30) Calcule: lim sen6 x6x
x →0
senu
posto pode ser escrito como lim , que é exatamente o limite
u →0 u
sen6x
fundamental. Logo, lim = 1.
x →0 6x
sen 4x 1 sen 4x
x ≠ 0, = ⋅ . Mas no denominador da última fra-
3x 3 x
ção não temos 4x . Então vamos multiplicá-la e dividi-la por 4 :
sen 4x sen 4x
= 4⋅ . Usando o argumento do exercício anterior, te-
x 4x
sen 4 x 1 sen 4 x 4 4
mos: lim = ⋅ 4 ⋅ lim = ⋅1 = .
x →0 3x 3 x → 0 4x 3 3
120
Resolução. Para t ≠ 1 ,
(
sen t 2 − 1 ) = (t + 1)sen (t 2
) = (t + 1)sen (t
−1 2
), claro que
−1
t -1 (t + 1)(t − 1) 2
t −1
lim (t + 1) = 2 .
t →1
Logo, lim
(
sen t 2 − 1 ) = 2 ⋅1 = 2 .
t →1 t −1
1 1 1 − cos 2 x 1 1 2
lim = , temos lim 2
= ⋅4⋅ = .
x →0 1 + cos 2 x 2 x →0 3x 3 2 3
121
35) Calcule: lim tgx3−x2⋅ tgx
x
x →0 3
sen
Resolução. Usaremos a relação trigonométrica tg = :
cos
sen3 x senx
⋅
tg 3 x ⋅ tgx cos3 x cosx sen3 x ⋅ senx sen3 x ⋅ senx sen3 x senx 1
= = = = ⋅ ⋅
x − 2x 3
x − 2x 3
( 3
) 2
( )
x − 2 x cos 3 x ⋅ cos x x 1 − 2 x cos3x ⋅ cosx
2
x 1 − 2 x cos3 x ⋅ cosx
sen3 x senx 0 1
Agora, lim = 3; lim 2
= = 0 e lim = 1.
x →0 x x →0 1 − 2 x 1 x →0 cos 3 x ⋅ cos x
tg 3 x ⋅ tgx
Logo, lim = 3 ⋅ 0 ⋅1 = 0 .
x →0 x − 2 x 3
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
32) lim
t →0
1 − cos 4t
t2
Sugestão: divida numerador
x
1
Segundo Limite Fundamental: xlim 1 + = e
→+∞ x
Neste limite, “ ”
pode ser substituído por
Observação. Este limite pode ser escrito de outra forma, fazen- “ ” sem alterar o
resultado.
1
do a mudança de variável y = , pois: se x → +∞ , então y → 0+
x
122
x
1 1
e lim 1 + = lim+ (1 + y )y = e ; se x → −∞ , então y → 0− e
x →+∞
x y →0
x
1 1 1
lim 1 + = lim− (1 + y )y = e . Assim, lim (1 + y )y = e .
x →−∞
x y →0 y →0
Exercícios Resolvidos
4x
36) 1
Calcule: lim 1 +
x →+∞
4x
Resolução. Através da mudança de variável u = 4 x , obtém-se
4x u
1 1
lim 1 + = lim 1 + = e .
x →+∞
4x u →+∞
u
37) 1
Calcule: lim 1 +
x →−∞
3x
Resolução. Desta vez o expoente x não é igual ao denominador
3x . Faremos a seguinte manipulação algébrica:
1
1 1 3
x 3x
1 + =
1 + .
3 x 3 x
1
1 1 3
x 3x 1
Logo, lim 1 + = lim 1 + = e 3 .
x →−∞
3 x x →−∞ 3 x
2x
38) Calcule: 3
lim 1 −
x →+∞
x
3
Resolução. Inicialmente escreveremos a expressão 1 − na for-
x
1
ma 1 + :
v( x)
3 −3 1
1− = 1+ = 1+ .
x x −x
3
123
−6
−x
2x 3
3 1
Assim, 1 − = 1 + e então
x
− x
3
−6
−x
2x 3
3 1
lim 1 − = lim 1 + =e .
−6
x →+∞
x x →+∞ − x
3
x→
2 −
+
Resolução. Seja u = cos x . Se x → , então u → 0 . Logo,
2
1
lim− (1 + cos x ) = lim+ (1 + u )u = e .
sec x
u →0
x→
2
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
x
35) 1 2
lim 1 +
x →−∞
x
6x
36) 1
lim 1 −
x →+∞
3x
1
−
37) t
lim 1 +
t
t →0
4
124
x+2
38) 1
lim 1 +
x →−∞
x
39) lim (1 + cx )
1
x →0
x (c ∈ )
ln ( y + 1)
igualdade, temos: x ln a = ln ( y + 1), ou seja, x = .
ln a
Se x → 0 então y → a 0 − 1 = 0 . Logo,
a x −1 y y 1 1
lim = lim = ln a ⋅ lim = ln a ⋅ lim = ln a ⋅ lim =
x →0 x y →0 ln( y + 1) y →0 ln( y + 1) y →0 ln( y + 1) y →0 1
⋅ ln( y + 1)
ln a y y
1
= ln a ⋅ lim 1 (Propriedade do Logaritmo)
y →0
y
ln( y + 1)
1
= ln a ⋅ (Teorema 12 – itens d e h)
1
ln lim( y + 1) y
y →0
1
= ln a ⋅ = ln a (Segundo Limite Fundamental).
ln e
a x −1
Portanto, lim = ln a .
x →0 x
ex −1
Caso Especial: lim = 1 , pois ln e = 1 .
x →0 x
125
Exercícios Resolvidos
x →0
23 x − 1 2u − 1
Resolução. Fazendo u = 3 x , temos: lim = lim = ln 2
x →0 3x u →0 u
e x −1 e x −1 1 1 1
Logo, lim = lim ⋅ = 1⋅ − = − .
x →0 x − 4 x x →0 x x −4 4 4
32 x − 35 x 3−3 x − 1
lim = lim 35 x ⋅ lim ⋅ (−3) = 1 ⋅ ln 3 ⋅ (−3) = −3ln 3
x →0 x x →0 x →0 −3 x
1
ou ln .
27
2
Apliquemos a fórmula cos (a + b) = cosa ⋅ cosb − sena ⋅ senb a
cos y + : cos y + = cos y cos − seny ⋅ sen = − seny .
2 2 2 2
ecos x − 1 e − sen y − 1
Assim, lim = lim .
y →0 y
2 x−
x→
126
Dividindo numerador e denominador por −seny , obtém-se:
e − seny − 1
e − seny − 1 − seny e − seny − 1 seny
= = ⋅ −
y y − seny y
− seny
e − seny − 1
Para calcular lim basta fazer u = − seny e obter
y →0 − seny
eu − 1 seny
lim = 1 . Já lim − = −1 (Primeiro Limite
u →0 u y →0
y
Fundamental).
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
40) lim 5 2 x− 1
−x
x →0
x →0
42) e − x − e3 x
lim 2
x →0 x − 2 x
x →1 2
x
cos
45) lim
x →1
2
1− x
Sugestão: use mudança
de variável
x
46) 3
lim 1 −
x →∞
x
127
3x
47) 2
lim 1 +
x →−∞
x
1
7 x −1 −
48) lim x →0 x
7
49) lim x →0
e3 x − 1
−
x
e 2
−1
2 + x 3 se x ≠ 1
50) Tome f ( x) =
se x = 1
−3
finição de seqüências.
51) Seja h( x) = xx ++ 44 .
a) Faça o gráfico de h .
x+4
52)
Seja g ( x) = x + 4
se x ≠ 4
.
a se x = −4
Para que valor(es) de a existe o lim g ( x) ?
x →−4
128
53) Seja
1
f ( x) = cos . Considere as seqüências
x
−1 1 2
xn = ; yn = ; zn = .
2n (2n − 1) (2n − 1)
Note que lim xn = lim yn = lim zn = 0 .
Calcule lim f (xn ) , lim f ( yn ) e lim f (zn ) . O que você conclui so-
bre o lim f ( x) ?
x →0
tg (2 − t ) − 3 sec 2t + 20
54) lim
t → e cos3t
+ sen 2t
3
6
55) lim
x8 − 1
x →−1 1 − x 2
56) lim u
3
− u 2 − 2u − 40
u →4 2u − 8
57) lim
6 − 12 x
2
x→ 1 4 x − 1
2
2 x2 − 5x + 3
58) lim
x →−1 x2 − x
59) lim
x →3
x 4 − 3 x 3 + 2 x 2 − 10 x + 12
x 3 − x 2 − 18
x
+ 1 se x ≠ 4
60) Seja f ( x) = 2 . Faça um gráfico de f , usan-
−1 se x = 4
1
do régua. Dado = , calcule > 0 tal que se 0 < x − 4 < então
2
f ( x) − 3 < . Em outros termos, se x ∈ (4 − , 4 + ) e x ≠ 4 então
f ( x) ∈ (2,5 , 3,5 ) . Em seguida coloque estes intervalos de raios
e no seu gráfico e comprove a sua resposta.
129
61) Seja f ( x) = 14 − 5 x .
62) lim x →0
9 + 5x + 4 x2 − 3
x
65) lim 5x + 1 − x + 1
4
x →3 x −3
66) lim u →1 3
2u − 2
26 + u − 3
67) lim
a →0
−b + b 2 − 4ac
2a
(b, c ∈ )
x2
5 − se x < −1
2
68) 3x − 5
f ( x) = se − 1 ≤ x < 3 . Sendo x0 = −1; x0 = 3 .
2
−1 se x=3
− x + 5 se x > 3
130
69) f ( x) = 3 − 2 x + 1 ; x0 = −
1
2
x3 − 2 x 2 + 3x
70) f ( x) =
x
; x0 = 0
73) f ( x) =
1 − 3x
4x − 9x2 − x
75) h( y) = 5y + 2
2 3 2 y3 + y 2 + 1 − y
76) x3
f ( x) = 2 −
x2
3x − 4 3x + 2
131
79) Examine o gráfico de cada função e diga o quanto vale o
limite:
ln m
81) lim +
1
2
8m + 6m + 1
m →−
2
84) lim
e
x →−∞
2
85) lim h →0 −
1
1
1+ e h
86) 5 1− 2 x
lim− f ( x) e lim+ f ( x) , sendo f ( x) =
x→
1
x→
1 7
2 2
87) lim
u 2 + 1 u −2
u →2
u +1
132
Resposta dos Exercícios Propostos
1) − 2 e 834 2) 3 3) 0 4) -2
6) 73 7) 121 8) 5
4
9) − 81
133
38) e 39) e c
40) ln 1
41) ln10
5 20
46) e −3
47) e 6
48) 17 ln 7 49) −6
59) 29
21
61) a) (1,99 , 2, 01) 62) 56 63) ln 6
64) -2 27
65) − 32 66) 54 67) − bc
134
3 Funções Contínuas
3 Funções Contínuas
y f (x) y
g(x)
g (a)
f (a) b
a x a x
Figura 3.2
Figura 3.1
y
h(x)
c
h(a)
a x
Figura 3.3
137
Quanto às funções g e h , repare que: lim g ( x) = b e b ≠ g (a ) , en-
x→a
quanto o lim h( x) sequer existe.
x→a
138
Ora, lim ( f + g )( x) = lim [ f ( x) + g ( x) ] = lim f ( x) + lim g ( x)
x→a x→a x→a x→a
Logo, ( f + g ) é contínua em a .
■
1
se x ≠ 0
b) g ( x) = x
1 se x = 0
t
t + se t ≠ 0
c) h(t ) = | t |
0 se t = 0
−t se t < 0
O domínio de h é . Lembrando que | t |= ,
t se t ≥ 0
t − 1 se t < 0
escrevemos: h(t ) = 0 se t = 0 .
t + 1 se t > 0
139
Se a < 0 , então lim h(t ) = lim (t − 1) = a − 1 = h(a ) .
t →a t →a
x2 + 2 se x < −1
2
d) F ( x) = 2 x + 7 se − 1 ≤ x < 3
4 se x = 3
2x −1 se x > 3
Logo, lim F ( x) = 3 .
x →−1
é contínua em -1.
lim F ( x) = lim+ (2 x − 1) = 5 .
x →3+ x →3
Logo, lim F ( x) = 5 .
x →3
1
x ⋅ sen se x ≠ 0
e) u ( x) = x
0 se x = 0
140
O domínio de u é . Se a ≠ 0 , então
1 1
lim u ( x) = lim x ⋅ sen = a ⋅ sen = u (a ) .
x→a x→a
x a
Portanto, u é contínua em a .
1
No ponto 0: lim x ⋅ sen = 0 (por quê?) Sendo u (0) = 0 ,
x →0
x
concluímos que u é contínua em 0.
Exercício Resolvido
1) Determine o conjunto dos pontos em que a função
x3 − 1
f ( x) = 2 é contínua.
3x + 2 x
Resolução. Sendo f uma função racional, é uma função contí-
nua, ou seja, f é contínua exatamente nos pontos do seu domínio.
O domínio de é −2
formado pelos números Ora, 3 x 2 + 2 x ≠ 0 ⇔ x (3 x + 2 ) ≠ 0 ⇔ x ≠ 0 e x ≠ . Portanto,
reais que não anulam o 3
−2
denominador. f é contínua no conjunto − 0, .
3
Exercício Proposto
1) Seja f ( x) = sen3 x + cotg 3 x . Determine o conjunto dos pontos
em que f é contínua.
141
Observação. Seja f uma função contínua em a . A definição de
limite de uma função num ponto em termos de e (definição
12) estabelece que: lim f ( x) = f (a ) se para todo existe
x→a
tal que:
g f
a b f (b)
f○g
Figura 3.4
142
Como lim g ( x) = b , existe para este 1 um tal que se
x→a
lim f g ( x) = f (b) .
x→a
■
g f
a g (a) f ○ g (a)
f○g
Figura 3.5
lim f g ( x) = f lim g ( x) = f g (a ) .
x→a x→a
Logo, a função f g é contínua em a .
■
143
Exemplo. A função h( x) = 9 − x 2 é uma função contínua, pois
h = f g , sendo f ( x) = x e g ( x) = 9 − x 2 . E tanto f quanto
g são contínuas em seus domínios. Logo, h é contínua em seu
domínio, a saber, [−3,3]. Por argumentos análogos justifica-se
a continuidade de funções como: y = 3 senx , y = ln x 2 + 2 x + 1 , ( )
( )
y = e x⋅tgx , y = arctg x −1 , etc.
Exercícios Resolvidos
2− x se − 3 ≤ x < −1
2x
e se − 1 ≤ x < 0
2)
Seja f ( x) = 0 se x = 0
3
x + 1 se 0 < x ≤ 2
x 2 − 2 x + 3 se 2 < x < 5
x → 2+ x→2
( 2
)
lim f ( x) = lim+ x − 2 x + 3 = 3 . Portanto, lim f ( x) = 3 . Sendo
x→2
144
Respostas. a) O conjunto dos pontos em que f é contínua é
[−3,5) − {−1, 0}
b) O conjunto dos pontos de descontinuidade de f é {−1, 0}.
x + 2a se x < −2
f ( x) = 3ax + b se − 2 ≤ x ≤ 1
3 x − 2b se x > 1
lim f ( x) = lim+ (3 x − 2b ) = 3 − 2b .
x →1+ x →1
8a − b = 2 .
3a + 3b = 3
1 2
Este sistema tem solução única: a = e b= .
3 3
1
Resposta. f é uma função contínua se e somente se a = e
3
2
b= .
3
145
Exercícios Propostos
2) Verifique se a função f é contínua no ponto 4:
3x − 2 se x < 4
f ( x) = 2
x − 4 x + 3 se x ≥ 4
x 2 − 2ax + 3 se x < −1
no ponto -1: f ( x) =
4ax − 3 se x ≥ −1
x ⋅ arccos x se x < 1
no ponto 1: f ( x) =
k se x = 1
x2 se − 1 < x < 0
1 − 2 x se
2
x < −1 x
e − e se 0 ≤ x < 1
−x se −1 ≤ x ≤ 0 x2 −1
6) f ( x) = sen x
7)
f ( x) = 1 − e x −3 se 1 ≤ x < 3
3 ln 2 x − 5 se 3 ≤ x < 5
x
se 0 < x < ( )
−2 ln 25 se x = 5
cos x se x >
146
3.1 Valores Máximos e Mínimos de uma Função
Consideremos duas funções muito parecidas:
f : [−1,3] → g : [−1,3) →
2
f ( x) = x g( x) = x 2
Definição 25.
147
O teorema seguinte estabelece condições suficientes para que
uma função assuma máximo e mínimo.
a) f : [−2,1] → , f ( x) = 3 − x 2
b) f : (0,1] → , f ( x) = 2 x
x se 0 < x < 1
c) f : [0,1] → , f ( x) =
1
2 se x = 0 e se x = 1
2 − x 2 se − 2 < x ≤ −1
d) f : (−2, 2] → , f ( x) =
2
x − 3 se − 1 < x ≤ 2
148
Teorema 25. Teorema do Valor Intermediário: Seja f uma fun-
ção contínua no intervalo fechado [a, b ] . Então f assume todos os
valores entre f (a ) e f (b) , isto é, se z está entre f (a ) e f (b) então
existe c ∈ (a, b ) tal que f (c) = z .
Assim, f (I ) é um intervalo.
149
Exercícios Resolvidos
4) Verifique que o polinômio 4 x 4
− 3 x 3 + 5 x − 5 tem pelo menos
uma raiz real no intervalo (0,1) .
TVI concluímos que existe c ∈ , tal que f (c ) = 0 .
6 4
Exercícios Propostos
8) Defina uma função contínua no intervalo (0,1) que assuma
máximo e mínimo neste intervalo.
150
12) Seja f (x ) = [x ], a função maior inteiro, definida em as-
sim: Para todo x ∈ existe um único inteiro n tal que n ≤ x ≤ n + 1 .
Definimos [x ] = n . Por exemplo, [3] = 3 , [6,17 ] = 6 , [0,8] = 0 ,
[−2,5] = −3 . Qual é o conjunto dos pontos de descontinuidade de
f ? Faça um gráfico de f .
x 2 se 0 < x < 2
f (x ) =
10 − 2 x se 2 ≤ x ≤ 4
Determine, se houver, os pontos em que f atinge o seu valor má-
ximo. Quem é este valor máximo? Idem para o mínimo.
151
Respostas dos Exercícios Propostos
1) k
− , k ∈
3
2) Não
3) Descontínua em 0 e contínua em 1
−7
4) a=
6
5) 0
6) a)
− {0, } b) {0}
13) a) c = 1 , k = 23
3
b) Nenhum valor de c e de k
tornam f uma função con-
tínua.
152
4 Derivada
4 Derivada
Por exemplo: o lucro de uma fábrica pode, grosso modo, ser conside-
rado uma função da quantidade x de peças produzidas mensalmen-
te. De que maneira o lucro é afetado por pequenas variações de x?
155
Como motivação, trataremos inicialmente de dois conceitos: reta
tangente a uma curva e velocidade instantânea. Somente depois
definiremos a derivada.
É fácil! Podemos dizer que se trata da reta que passa por P e toca
a circunferência apenas neste ponto. Mas também podemos afir-
mar que é a reta que passa por P e é perpendicular ao raio OP ,
sendo O o centro da circunferência.
y
C
Figura 4.1
156
Podemos definir uma reta conhecendo um ponto da reta e o seu
coeficiente angular. O ponto é P . O problema todo é definir o
coeficiente angular m da reta tangente.
Q
f (xo + ∆x)
∆y
P α
f (xo)
xo x1 x
∆x
Figura 4.2
f ( x0 + ∆x) - f ( x0 ) ∆y
mPQ = tg = = .
∆x ∆x
157
Imagine agora o ponto Q deslizando sobre a curva C , em direção
ao ponto P . Observe a figura 4.3. As retas secantes, à medida que
Q se aproxima de P , tendem a uma posição limite, que é a reta
t da figura.
C
y
Secantes
Q
Posições de Q ao
se aproximar de P
t
f (xo) P
xo x3 x2 x1 x
Figura 4.3
∆y f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
m = lim = lim .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
∆y f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
lim = lim , se este limite existir e for finito. Se
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
158
∆y ∆y
os limites laterais lim- e lim+ forem infinitos (não importa
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
Exercícios Resolvidos
1) Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função
y = x 2 - 4 no ponto (2, 0 ) .
∆y f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
lim = lim :
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
= = = = 4 + ∆x
∆x ∆x ∆x ∆x
(pois ∆x ≠ 0 ).
∆y
Logo, lim = lim (4 + ∆x ) = 4 .
∆x →0 ∆x ∆x →0
2
x
-4 reta
tangente
Figura 4.4
159
A reta tangente em questão é aquela que passa por (2, 0 ) e tem
coeficiente angular 4.
∆x ⋅ 3 (∆x )
3 2
∆y f (0 + ∆x) - f (0) 3 ∆x ∆x 1
= = = = =
∆x ∆x ∆x ∆x ⋅ 3 (∆x )
2
∆x ⋅ 3 (∆x )
2
3
(∆x )
2
∆y
Note que lim não é um número real.
∆x →0 ∆x
∆y 1
lim- = lim = +∞
∆x →0 ∆x ∆x →0- 3
(∆x )
2 ;
∆y 1
lim+ = lim = +∞
∆x ∆x →0+ ;
(∆x )
∆x →0 2
3
y
3
y = √x
Figura 4.5
160
3) Verifique se o gráfico da função y = x admite reta tangente
no ponto (0, 0 ) .
y = |x|
x
Figura 4.6
x2
se x ≤ 2
4) Verifique se o gráfico da função f ( x) = 2 2
admite reta tangente no ponto (2, 2 ) . - x + 4 se x > 2
2
(2 + ∆x )
2
-2
∆y f (2 + ∆x) - f (2) 2 4 + ∆x
= = = .
∆x ∆x ∆x 2
∆y 4 + ∆x
Logo, lim- = lim- = 2.
∆x →0 ∆x ∆x →0 2
161
Para ∆x > 0 , temos 2 + ∆x > 0 e então
(2 + ∆x )
2
- +4-2
∆y f (2 + ∆x) - f (2) 2 -4 - ∆x
= = = .
∆x ∆x ∆x 2
∆y -4 - ∆x
Logo, lim+ = lim+ = -2 .
∆x →0 ∆x ∆x → 0 2
Concluímos que o gráfico desta função não admite reta tangente
no ponto (2, 2 ) .
f (x)
2
2 x
Figura 4.7
Exercícios Propostos
1) a) Verifique se o gráfico de f admite reta tangente no ponto
P . Em caso afirmativo, escreva a sua equação.
x se x ≤ 0
1.2) f ( x) = ; P = (0, 0 )
x se x > 0
1.3) f ( x) = x
2
3
; P = (0, 0 )
162
4.1.2 Velocidade Instantânea
Consideraremos uma partícula em movimento retilíneo, partindo de
algum ponto num certo instante. A distância s , percorrida pela par-
tícula em t unidades de tempo, é uma função s = f (t ); t ≥ 0 .
Exercício Resolvido
5) Um projétil é atirado verticalmente para cima, de uma altura
de 1 metro acima do solo, com velocidade inicial de 50m/s. Se o
sentido positivo é para cima e se o tempo é contado a partir do
lançamento do projétil, então a função que descreve o movimento
é s = f (t ) = -5t 2 + 50t + 1 . (Consideramos g = 10 m/s 2 ).
Determine:
163
c) A velocidade exatamente após 3 segundos.
Resolução.
f (t0 + ∆t ) - f (t0 )
vi = lim . Mas
∆t →0 ∆t
=
( 2
)
f (t0 + ∆t ) - f (t0 ) -5 (t0 + ∆t ) + 50 (t0 + ∆t ) + 1 - -5t0 + 50t0 + 1 ∆t (-10t0 + 50 - 5∆t )
2
= =
∆t ∆t ∆t
= -10t0 + 50 - 5∆t .
b) Para t0 = 2 , temos vi = 50 - 20 = 30 .
c) Para t0 = 3 , temos vi = 50 - 30 = 20 .
164
4.1.3 Definição de Derivada
Os limites que constam nas definições 26 e 27 têm a mesma for-
ma. Este tipo de limite aparece em muitas outras situações, por
isso merece uma denominação específica.
Observações Importantes:
f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
3) A fração é chamada de razão incremental
∆x
ou quociente de Newton de f em x0 . Por meio da mudança
f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
de variável x = x0 + ∆x , o limite: lim pode
∆x →0 ∆x
f ( x) - f ( x0 )
ser escrito como lim que é uma forma útil para
x → x0 x - x0
algumas demonstrações.
Exercícios Resolvidos
6) Calcule a derivada da função f ( x) = 3 x :
a) no ponto 4;
165
f (4 + ∆x) - f (4) 3 4 + ∆x - 6
Resolução. a) f ′(4) = lim = lim
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
Mas 3 4 + ∆x - 6
=
(
3 4 + ∆x - 6 3 4 + ∆x + 6
⋅
)(
=
9∆x
=
) 9
∆x ∆x 3 4 + ∆x + 6 ∆x 3 4 + ∆x + 6 (
3 4 + ∆x + 6 )
9 3
Logo, f ′(4) = ∆lim = .
x →0 3 4 + ∆x + 6 4
f ( x + ∆x) - f ( x) 3 x + ∆x - 3 x
b) f ′( x) = lim = lim .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
3
Procedendo analogamente encontra-se f ′( x) = .
2 x
2
+2
f (-1 + ∆x) - f (-1) -1 + ∆x 2
′
f (-1) = lim = lim = lim = -2
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x ∆x → 0 -1 + ∆x
166
Resolução.
s (12) - s (8)
a) vm = = 18 m/s .
12 - 8
s (9 + ∆t ) - s (9)
b) vi = s′(9) = lim = 16 m/s .
∆t →0 ∆t
Exercício Proposto
2) Seja f ( x) = x - 5x + 1. Calcule:
3
a) f ′(1) ;
f (a + ∆x) - f (a )
a) Se lim- existe e é finito, dizemos que f
∆x →0 ∆x
possui derivada à esquerda em a , representada por f -′ (a ) .
f (a + ∆x) - f (a )
b) Se lim+ existe e é finito, dizemos que f
∆x →0 ∆x
possui derivada à direita em a , representada por f +′ (a ) .
167
Exercícios Resolvidos
9) Seja f ( x) = -x x +se6 xse≤ 2x > 2 .Verifique se f
2
é derivável no pon-
to 2. Caso seja, calcule f ′(2) .
4
f (x)
2 x
Figura 4.8
x2
1 + se x < 1
2
10) Seja g ( x) =
- (x - 2 )
2 . Verifique se g é
+ 2 se x ≥ 1
2
derivável no ponto 1. Caso seja, calcule g ′(1) .
168
(1 + ∆x )
2
3
1+ -
g (1 + ∆x) - g (1) 2 2 = 1.
g -′ (1) = lim- = lim-
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
- (1 + ∆x - 2 )
2
3
+2-
g (1 + ∆x ) - g (1) 2 2 =1.
g +′ (1) = lim+ = lim+
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
2 g(x)
3/2
1
1 2 x
Figura 4.9
Exercício Proposto
3) Verifique se a função é derivável no ponto indicado.
2 x 2 + x se x ≤ 3
a) f ( x) = 2 ; ponto 3.
x + 7 x - 9 se x > 3
4 x - 9 se x ≤ 2
b) h( x) = 2
; ponto 2.
-2 x + 7 se x > 2
Derivabilidade e Continuidade
Uma função pode ser contínua num ponto mas não derivável nes-
Você lembra de algum te ponto.
exemplo em que isto
ocorre?
E se ela for derivável num ponto, será necessariamente contínua?
O próximo teorema responderá esta questão.
169
Teorema 26. Se uma função é derivável num ponto, então ela é con-
tínua neste ponto.
f ( x) - f (a)
Por hipótese, lim = f ′(a ) . Além disso, lim (x - a ) = 0 .
x→a x-a x→a
Logo,
f ( x) - f (a)
lim ( f ( x) - f (a ) ) = lim ⋅ lim (x - a ) = f ′(a) ⋅ 0 = 0
x→a
x→a x-a x→a
f ( x + ∆x) - f ( x) c-c
f ′( x) = lim = lim = lim 0 = 0 .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0
Logo, f ′( x) = 0 .
■
170
Exemplo. Se f é a função constante f ( x) = -5 , então f ′ é a fun-
ção nula.
f ( x + ∆x) - f ( x) (x + ∆x ) - x
nn
= =
∆x ∆x
n n n
x n + x n -1∆x + x n - 2 (∆x ) + + x (∆x ) + (∆x ) - x
2 n -1 n n
= 1 2 n - 1 =
∆x
n (n - 1) n - 2
x (∆x ) + + nx (∆x ) + (∆x )
2 n -1 n
nx n -1∆x +
= 2 =
∆x
n (n - 1) n - 2 n -1
x ∆x + + nx (∆x ) + (∆x )
n-2
∆x nx n -1 +
2 =
=
∆x
n (n - 1)
x n - 2 ∆x + + nx (∆x ) + (∆x ) .
n-2 n -1
= nx n -1 +
2
f ( x + ∆x) - f ( x)
Agora percebe-se que lim = nx n -1 , ou seja,
∆x →0 ∆x
f ′( x) = nx n -1 . Portanto, se f ( x) = x n , então a função derivada de
f é f ′( x) = nx n -1 .
■
171
Exemplos.
• Se f ( x) = x , então f ′( x) = 1x 0 = 1 .
• Se f ( x) = x 2 , então f ′( x) = 2 x .
• Se f ( x) = x 4 , então f ′( x) = 4 x3 .
1 -1
• Se f ( x) = = x -1 , então f ′( x) = -1x -2 = 2 .
x x
1 1 -1 1
• Se f ( x) = x = x 2 , então f ′( x) = x 2 = .
2 2 x
1 2
x 1- 2 -1 2
• Se f ( x) = = x 3
= x 3
, então f ′( x) = x 3 = .
3
x 3 3 x
3
Exercício Proposto
4) Encontre a derivada das funções:
1
a) y = b) y = 3 x c) y = x 2 x
x2
f ( x + ∆x) - f ( x)
Demonstração. Por hipótese, lim = f ′( x) . Como
∆x →0 ∆x
Logo, g é derivável e g ′( x) = k f ′( x) .
2 6 2
Exemplo. Se f ( x) = x , então f ′( x) = ⋅ 6 x5 = 4 x 5 .
3 3
172
Proposição 10. Se u e v são funções deriváveis em x , então a
função g = u + v é derivável em x e g ′( x) = u ′( x) + v′( x).
Esta regra pode ser escrita
abreviadamente como
(u + v )′ = u′ + v′ Demonstração. Por hipótese, lim
u ( x + ∆x) - u ( x)
= u ′( x) e
∆x →0 ∆x
v( x + ∆x) - v( x)
lim = v′( x) . Observe que
∆x →0 ∆x
u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x)
= + .
∆x ∆x
ou seja, g ′( x) = u ′( x) + v′( x) .
Observações.
173
Exemplo. Se P ( x) = 5 x 4 - 8 x 3 + 2 x 2 - 7 x + 8 então
P′( x) = 5 ⋅ 4 x3 - 8 ⋅ 3 x 2 + 2 ⋅ 2 x - 7 ⋅1 + 0 , ou seja,
P′( x) = 20 x3 - 24 x 2 + 4 x - 7 .
v( x + ∆x) - v( x) u ( x + ∆x) - u ( x) .
= u ( x + ∆x) ⋅ + v( x) ⋅
∆x ∆x
Exemplo. Se f ( x) = ( x 4 + 2 x) ( x 3 - 3 x 2 ) . Então
f ′( x) = ( x 4 + 2 x) (3 x 2 - 6 x) + (4 x3 + 2) ( x3 - 3 x 2 ) = 7 x 6 - 18 x 5 + 8 x 3 - 18 x 2 .
174
Exercício Proposto
5) Seja f ( x) = (2 x - 4 x ) (3x + x ) . Calcule f ′( x) e depois f ′(1) .
3 2 5 2
Abreviadamente, escreve-
u ′ vu ′ − uv′ . u ( x + ∆x) - u ( x)
Demonstração. Por hipótese, lim = u ′( x)
se: = ∆x →0 ∆x
v v2
v( x + ∆x) - v( x)
lim = v′( x) e v( x) ≠ 0 . Então,
∆x →0 ∆x
u ( x + ∆x) u ( x)
-
g ( x + ∆x) - g ( x) v( x + ∆x) v( x) u ( x + ∆x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x + ∆x)
= = =
∆x ∆x v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
u ( x + ∆x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x) + u ( x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x + ∆x)
= =
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x)
= v( x) ⋅ - u ( x) ⋅ =
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
1 u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x)
= v( x) ⋅ - u ( x) ⋅
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ∆x ∆x
1 v( x) ⋅ u′( x) - u ( x) ⋅ v′( x)
= ⋅ [v( x) ⋅ u′( x) - u ( x) ⋅ v′( x) ] =
[v( x)] [v( x)]
2 2
v( x)u ′( x) - u ( x)v′( x)
Portanto, g ′( x) = .
[v( x)]
2
■
175
x5 - 6
Exemplo. Seja f ( x) = . Então
x4 + 1
f ′( x) =
(x 4
) (
+ 1 5 x 4 - x5 - 6 4 x3) =
x8 + 5 x 4 + 24 x3
.
( ) ( )
2 2
x4 + 1 x4 + 1
Exercícios Propostos
3
2
- a2
8) Seja h (R ) = RR 2
+a 2 , sendo
a
a uma constante. Calcule h′ .
2
x n ⋅ 0 - 1 ⋅ nx n -1 -nx n -1
f ′( x) = 2n
= 2 n = - nx n -1- 2 n = - nx - n -1 .
x x
Ainda falta provar esta regra para o caso em que o expoente é
racional, o que será feito em breve.
desenvolver o binômio?
176
Para demonstrá-lo, precisamos de um lema:
g f ( x) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a ) .
x→a x-a
Vamos fazê-lo usando seqüências.
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a )
xn - a
lim yn = b (1)
177
Mesmo sendo xn ≠ a , podemos ter f ( xn ) = f (a ) , isto é, yn = b
para alguns valores de n . Devemos distinguir os índices n para os
quais yn = b daqueles para os quais yn ≠ b .
= 1 2 e 1 2 = ∅ . Se n ∈ 1 , é possível escrever
1) 1 é infinito e 2 é finito.
g f ( xn ) - g f (a ) g f ( xnk ) - g f (a )
lim = lim , nk ∈ 1 (2)
xn - a xnk - a
Mas,
g f ( xnk ) - g f (a ) g ( ynk ) - g (b) ynk - b
lim = lim ⋅ lim (3)
xnk - a ynk - b xnk - a
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a ) .
xn - a
178
2) 1 e 2 são ambos infinitos.
qüência g f ( xn ) - g f (a ) segue que, também neste caso,
xn - a
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a ) .
xn - a
3) 2 é infinito e 1 é finito.
g f ( xn ) - g f (a ) g f ( xtk ) - g f (a )
Então lim = lim =0
xn - a xtk - a
179
Logo, sendo f ′(a ) = 0 , tem-se também
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a ) .
xn - a
Portanto, concluímos que (g f )′ (a ) = g ′ [ f (a ) ]⋅ f ′(a ) .
Exercícios Resolvidos
11) Se f ( x) = (3 x + 2 ) , calcule f ′( x) .
4
12) Sendo y = ( x 1- 1) 6 4
, calcule y′ .
13) Seja g (t ) = 3
t 2 + t + 1 . Calcule g ′(-1) .
180
1
1 2 -1 2t + 1
g ′(t ) = (t + t + 1) 3 ⋅ (2t + 1) = .
3 3 3 (t 2 + t + 1) 2
-1 -1
Logo, g ′(-1) = = .
33 1 3
14) Seja ( ) (
2
)
3
f ( x) = x3 - 2 ⋅ x 2 + 1 . Calcule f ′( x) .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (x ) ( )( )
2 2 3 2 2 3
f ′( x) = x3 - 2 3 x 2 + 1 2 x + 2 x3 - 2 3 x 2 x 2 + 1 = 6 x x3 - 2 2
+ 1 + 6 x 2 x3 - 2 x 2 + 1
Exercícios Propostos
Calcule a derivada de cada uma das funções:
9) (
f ( x) = 8 x 2 - 3 )
5
10) g (t ) = 3
t 4 - 2t
11) (
f (r ) = r 2 + 1 ) (2r + 5)
3 2
12) f ( y) = (y )
3
2
-5
(y + 4)
2
2
181
O próximo teorema permite obter a derivada da inversa de uma
função inversível.
1 g ( y ) - g (b) 1
varemos que g ′(b) = , isto é, que lim = .
f ′(a ) y →b y -b f ′(a )
Esta última expressão faz sentido porque f ′(a ) ≠ 0 , por hipótese.
g ( yn ) - g (b) 1
provar que lim = .
yn - b f ′(a )
Sendo g injetora, g ( yn ) ≠ g (b) para todo n ∈ . Isto nos permite
escrever:
-1 -1
g ( yn ) - g (b) yn - b f (xn ) - f (a )
= = para todo n ∈ (1)
yn - b g ( yn ) - g (b) xn - a
-1 -1
f (xn ) - f (a ) f (xn ) - f (a)
= [ f ′(a ) ]
-1
lim = lim (2)
xn - a xn - a
g ( yn ) - g (b) 1
De (1) e (2) segue que lim = . Concluímos que
yn - b f ′(a )
1
g ′( y ) = , ∀y ∈ f (I ).
f ′( x)
■
182
Em palavras: A derivada de f -1 no ponto y é o inverso da deriva-
da de f no ponto f -1 ( y ) .
Exercícios Resolvidos
15) Seja f ( x) = x 3 - 8 e g a inversa de f . Determine g ′( x) .
1 1
Resolução. Conforme o teorema 28, g ′( y ) = = 2 . Agora é
f ′( x) 3 x
preciso escrever x em função de y , pois lembre-se que x = g ( y ) .
Mas y = f ( x) = x 3 - 8 ⇔ x 3 = y + 8 ⇔ x = 3 y +8 .
1
Logo, g ′( y ) = .
( y + 8)
2
3 3
1
Resposta. g ′( x) = .
3 3 (x + 8 )
2
y-6 y-6
y : y = 3 (x + 2 ) + 6 ⇔ (x + 2 ) =
5 5
⇔ x+2= 5 .
3 3
4
1 1 3
Logo, g ′( y ) = = 5 .
y - 6
4 15 y - 6
15 5
3
4
1 5 3
Resposta. g ′( x) = .
15 x - 6
183
1 1
Pelo teorema 28, g ′( y ) = = . Mas,
f ′(t ) 2t
y = t2 + 2 ⇔ t2 = y - 2 ⇔ t = ± y - 2 .
Exercícios Propostos
13) Seja f ( x) = 4 - 9 x e g = f -1 . Calcule g ′( x) .
14) Seja ′
( )
f ( x) = 3 2 x - 1 . Determine f -1 ( x) .
184
Exercício Resolvido
18) Já foi provado que se n ∈ e se f ( x) = x , então f ′( x) = nx
. n n -1
f ′( x) = g ′ [u ( x) ]⋅ u ′( x) (1)
Bem, g ′( x) = px p -1 e então.
p -1
1 p 1
-
g ′ [u ( x) ] = p x q = px q q
(2)
185
4.3.3 Derivada da Função Exponencial
Seja a > 0, a ≠1 e f : → (0, +∞ ); definida por
x
f ( x) = a . Seja x ∈ e consideremos o quociente incremental:
∆y f ( x + ∆x) - f ( x) a x +∆x - a x a ∆x - 1
= = = ax .
∆x ∆x ∆x ∆x
∆y
Lembrando que f ′( x) = lim , desde que este limite seja finito,
∆x →0 ∆x
temos:
a ∆x - 1 a ∆x - 1
lim a x = a x
lim = a x ⋅ ln a , conforme o terceiro limi-
∆x →0
∆x ∆x →0 ∆x
te fundamental.
Exercícios Resolvidos
19) Seja 2
f ( x) = 2 x . Calcule f ′( x) .
1
20) Seja g ( x) = e x
. Calcule g ′( x) .
( )
h( x ) = x e x 2 = xe 2 , temos:
x x x
1 x
h′( x) = 1 ⋅ e 2 + xe 2 ⋅ = e 2 1 + .
2 2
1
1 1 - 12
- 1
Logo, h′(-1) = e 1 - = e =
2 .
2 2 2 e
Exercícios Propostos
16) Calcule f ′(2) , sendo f ( x) = e x
2
-2 x
+
1
e5 x
.
1 1 1
g ′( y ) = = x = .
f ′( x) a ln a y ln a
1
Se g ( x) = log a x , então g ′( x) = , ∀x > 0 .
x ln a
Se y = log a u , sendo u uma função de x , então
1 u′
y′ = ⋅ u′ =
u ln a u ln a
187
1 1
Caso Particular. Se f ( x) = ln x , então f ′( x) = = . Se u é
x ln e x
u′
uma função de x e y = ln u , então y′ = .
u
Exercícios Resolvidos
22) Calcule a derivada de y = log (x 3
4
)
-3 .
4 x3 4 x3
y′ = = 4 .
( )
x 4 - 3 ln 3 ln 3 x - 3
23) Sendo ( )
f ( x) = ln x 3 + e 4 x , calcule f ′( x) .
u ′ 3 x 2 + 4e 4 x
f ′( x) = = 3 4x .
u x +e
g ′( x) = 3u u ′ = 3 (ln x )
2
2
= . Logo, g ′(e) = = .
x x e e
Exercícios Propostos
18) Calcule a derivada de y = log (x 2
6
-x .)
188
4.3.5 Derivada das Funções Trigonométricas
f ( x + ∆x) - f ( x)
Vamos examinar o quociente . Bem,
∆x
sen (x + ∆x ) - senx senx ⋅ cos ∆x + sen ∆x ⋅ cos x - senx senx (cos∆x - 1) sen ∆x ⋅ cos x
= = + =
∆x ∆x ∆x ∆x
= senx ⋅
cos 2 ∆x - 1
+ cos x ⋅
sen ∆x
= senx ⋅
(
- sen 2 ∆x
+ cos x ⋅
)sen ∆x
=
∆x (cos ∆x + 1) ∆x ∆x (cos ∆x + 1) ∆x
( sen 2 ∆x = 1 - cos 2 ∆x )
Exercícios Resolvidos
25) Seja ( )
f ( x) = 5sen 2 x 2 . Calcule f ′( x) .
( )
Resolução. f ′( x) = 5cos 2 x 2 ⋅ 4 x = 20 x cos 2 x 2 . ( )
189
26) Seja g (t ) = sen 2t . Calcule g ′ 3 .
3
Resolução. Escrevamos g (t ) = u 3 , sendo u = sen2t . Pela regra da
cadeia, g ′(t ) = 3u 2 ⋅ u ′ = 3 (sen 2t ) (cos 2t ⋅ 2 ) = 6 sen 2 2t ⋅ cos 2t .
2
2
2 2 3 -1 9
Logo, g ′ = 6 sen 2 ⋅ cos = 6 = - .
3 3 3 2 2 4
Então cos x = sen - x e sen x = cos - x .
2 2
Com efeito, aplicando a fórmula sen ( A + B ) = sen A cos B + sen B cos A
à expressão sen - x , temos:
2
sen - x = sen ⋅ cos (- x ) + sen(- x )cos = 1 ⋅ cos x + (- senx )⋅ 0 = cos x
2 2 2
Seja f ( x) = cos x = sen - x . Aplicando a fórmula da derivada
2
do seno e a regra da cadeia, temos:
f ′( x) = cos - x (-1) = -cos - x = - senx .
2 2
Portanto, f ′( x) = - senx .
Exercícios Resolvidos
27) Calcule f ′ ( ) , sendo f ( ) = cos 2 6 .
190
28) Calcule
f ′ , sendo f (t ) = ecos 2t - sen t cos 2t .
4
Resolução.
f ′(t ) = ecos 2t (- sen 2t )2 - sent (- sen 2t )2 + cos t cos 2t = -2sen 2t ⋅ ecos 2t + 2sent sen 2t - cos t cos 2t
Logo,
cos 2
′
f = -2 sen ⋅ e + 2 sen sen - cos cos = 2 - 2 .
4 2 4 2 4 2
Exercícios Propostos
22) Calcule f ′( x) , sendo f ( x) = x 2
cos 3 x - 2 sen 3x .
Portanto, f ′( x) = sec x .
2
Exercício Resolvido
29) Seja
f ( x) = tg 3 x + . Calcule f ′( x) .
4
Resolução. f ′( x) = sec 2 3 x + 3 = 3 sec 2 3 x + .
4 4
191
Derivada da Função Cotangente
Sejam f : - {k ; k ∈ }→ ; f ( x) = cotg x e x ∈ - {k ; k ∈ }.
cos x
Novamente aplicamos a regra do quociente a f ( x) = :
sen x
f ′( x) =
senx (- senx ) - cos x cos x
= =
2
( 2
- sen 2 x - cos 2 x - sen x + cos x
=
)
-1
= -cossec 2 x
sen 2 x sen x2 2
sen x 2
sen x
Portanto, f ′( x) = -cossec 2 x .
Exercícios Resolvidos
30) Calcule a derivada de f ( x) = cotg x 3 .
( )
Resolução. f ′( x) = -cossec 2 x3 ⋅ 3 x 2 = -3 x 2 cossec 2 x 3 .
-2
g ′( x) = - 2 ln 3 ⋅ 3tg 2 x ⋅ sec 2 2 x .
sen 2 x ⋅ cos 2 x
Exercícios Propostos
24) Calcule f ′( x) se f ( x) = tg 3 x + cotg 2 3x .
192
Derivada da Função Secante
Sejam f : - k + ; k ∈ → (-∞, -1] [1, ∞ ) ; f ( x) = sec x e
2
x ∈ - k + ; k ∈ .
2
1
A partir da relação sec x = , podemos escrever
cos x
f ( x) = (cos x )
-1
e derivar f usando a regra da cadeia. Então
senx senx 1
f ′( x) = -1(cos x ) ⋅ (- sen x ) =
-2
= ⋅ = tg x ⋅ sec x , ou
cos 2 x cos x cos x
seja, f ′( x) = tg x ⋅ sec x .
Exercício Resolvido
32) Seja f ( x) = sec x 4 . Calcule f ′( x) .
x ∈ - {k ; k ∈ }.
1
= (senx ) , vamos aplicar novamente a re-
-1
Como cossec x =
senx
gra da cadeia para derivar f :
cos x cos x 1
f ′( x) = -1(senx ) ⋅ cos x = -
-2
2
=- ⋅ = -cotg x ⋅ cossec x
sen x senx senx
ou seja, f ′( x) = -cotg x ⋅ cossec x .
y′ = -cotg u ⋅ cossec u ⋅ u ′ .
193
Exercícios Resolvidos
33) Seja ( )
f ( x) = ln cossec x . Calcule f ′( x) .
Logo,
-cotg x
Portanto, f ′( x) = .
2 x
Exercícios Propostos
26) Calcule a derivada de cada uma das funções:
a) f ( x) = senx ⋅ ln (senx ) + ln (cos x )
b) g ( ) = tg -
x2
c) y = ln (senx ) - x cotg x - +
2 6
d) f ( x) = (cossec 2 2 x + 1)
6
tg 3
e) f () = tg +
3
194
1 + cos x
27) Seja f ( x) =
1 - cos x
, calcule f ′ .
3
28) Seja 1 + tg x
f ( x) = ln
, calcule f ′ .
1 - tg x 6
Sendo que x ∈ - , e que neste intervalo o cosseno é positi-
2 2
1
vo, temos cos x = 1 - y 2 e desta forma g ′( y ) = .
1- y2
Podemos agora escrever a derivada de g na variável que desejar-
1
mos: se g ( x) = arcsen x , então g ′( x) = .
1 - x2
1 -1
Pelo Teorema 28, g ′( y ) = = , para todo y ∈ (-1,1) .
f ′( x) sen x
196
u′
Observação. De modo geral, se y = arctgu , então y′ = .
1+ u2
1
2 x
Exemplo. Se y = (arctg x ) 2 , então y′ = 2arctg x ⋅ , ou me-
1+ x
arctg x
lhor, y′ = .
x (1 + x )
-1
Como exercício, usando o Teorema 28, mostre que g ′( y ) = ,
1+ y2
para todo y ∈ .
-u ′
Observação. De modo geral, se y = arccotgu , então y′ = .
1+ u2
Exercício Resolvido
3
35) Sendo f ( x) = x ⋅ arccotg (2 x ), calcule f ′ .
2
Resolução.
f ′( x) = 1 ⋅ arccotg (2 x ) + x ⋅
(-2 ) = arccotg (2 x ) -
2x
.
2
1+ 4x 1 + 4x2
3
2
3 2 3
Então f ′ = arccotg 3 - = - .
2 3 6 4
1+ 4 ⋅
4
197
Para deduzirmos a fórmula que fornece a derivada de g , poderí-
amos novamente usar o Teorema 28. Mas há outro caminho. Em
primeiro lugar, afirmamos que:
1
arcsec y = arccos , ∀y ∈ (-∞, -1] [1, ∞ ) .
y
Com efeito, observe a seqüência de equivalências: Seja
y ∈ (-∞, -1] [1, +∞ ). Então:
1 1 1
x = arcsec y ⇔ y = sec x ⇔ y = ⇔ cos x = ⇔ x = arccos
cos x y y
1
Logo, arcsec y = arccos , ∀y ∈ (-∞, -1] [1, ∞ ) .
y
1
Assim, g ( y ) = arccos e para derivar g utilizaremos a fórmula
y
da derivada da função arco-cosseno e a regra da cadeia:
-1
- 2
y 1 y2 y 1 2
g ′( y ) = = 2⋅ = = , pois y 2 = y .
1 y y 2
- 1 y 2
y 2
- 1 y y2 -1
1- 2
y
1
Portanto, se g ( x) = arcsec x , então g ′( x) = .
x x2 -1
u′
Observação. De modo geral, se y = arcsecu , então y′ = .
u u2 -1
5
Exemplo. Se f ( x) = arcsec5 x , então f ′( x) = , ou me-
2
1 5 x 25 x - 1
lhor, f ′( x) = .
x 25 x 2 - 1
-cos x
Como f ′( x) = -cotg x ⋅ cossec x = , fica claro que f ′( x) exis-
sen 2 x
te e é diferente de zero para x ∈ - , - {0}. Pelo Teorema 28,
2 2
concluímos que g é derivável em (-∞, -1) (1, ∞ ) .
198
Para deduzir a fórmula da derivada de g , procede-se de maneira
análoga à dedução da derivada da função arco-secante. Sugeri-
mos ao leitor que o faça como exercício, devendo chegar ao se-
guinte resultado:
-1
Se g ( x) = arccossec x , então g ′( x) = .
x x2 -1
-1
2 x -1 1 -1
y′ = = ⋅ = .
x x -1 2 x x x -1 2x x -1
Exercícios Propostos
De 29 a 34, dada f ( x) , calcule f ′( x) :
30) f ( x) =
x 2 arctg x arctg x x
2
+
2
- .
2
31) f ( x) = 3 arccossec 2 x .
33) x+a
f ( x) = arcotg ; a∈ .
x-a
34) f ( x) = x 1 - x 4 + arccos x 2 .
35) k
Sendo g (t ) = arctg e k uma constante positiva, cal-
cule g ′(-k ) . t
199
4.4 Derivada de Funções Implícitas
Nem sempre uma função está representada na forma explícita
y = f ( x) . Em muitas situações ela surge na forma implícita, atra-
vés de uma equação do tipo F ( x, y ) = 0 , sendo F uma relação
entre as variáveis x e y .
200
Como proceder?
Exercícios Resolvidos
36) Encontre a derivada da função definida implicitamente por
2 x2 - y3 - 1 = 0 .
( )
y′ cos y - e x sen y + 2 y = 1 - e x cos y
1 - e x cos y
⇒ y′ = .
cos y - e x sen y + 2 y
201
Resolução. A equação da circunferência é: ( x - 3) 2 + ( y - 5) 2 = 4 ,
ou melhor,
x 2 + y 2 - 6 x - 10 y + 30 = 0 (1)
f1(x)
t1
5
t2
f2(x)
x
1 3 4 5
Figura 4.10
6 - 2⋅4 -1 6 - 2⋅4 1
Logo, f1′ (4) = = , f 2′ (4) = = .
2 (5 + 3) - 10 3 2 (5 - 3) - 10 3
-1
Resposta. Os coeficientes angulares das retas t1 e t2 são e
3
1
respectivamente.
3
202
Exercício Proposto
36) Calcule a derivada da função definida implicitamente.
a) x 2 - y 2 = 1 - y 3
b) xe 2 y - x 2 y 2 + x - 1 = 0
Exercícios Resolvidos
39) Seja y = (sen x ) . Calcule y′ .
arctg x
Resolução.
y′ cos x 1
Derivando: = arctg x ⋅ + ⋅ ln (sen x ).
y sen x 1 + x 2
ln (senx )
e como y = (sen x )
arctg x
Logo, y′ = y arctg x ⋅ cotg x + 2
1+ x
ln (sen x )
temos y′ = (sen x )
arctg x
arctg x ⋅ cotg x + .
1 + x2
203
40) Seja f ( x) = x cos x . Calcule f ′( x) .
Resolução.
y′ 1 cos x
y = x cos x ⇒ ln y = cos x ⋅ ln x ⇒ = cos x ⋅ - senx ⋅ ln x ⇒ y′ = x cos x - senx ⋅ ln x
y x x
Exercício Proposto
37) Calcule a derivada da função y = x . x
y y′
u+v u ′ + v′
k ⋅u (k ∈ ) k ⋅ u′
u ⋅v u ′v + uv′
u vu ′ - uv′
v v2
f u f ′(u ) ⋅ u ′
u r ; r ∈ - {0} ru r -1u ′
a u ; a > 0, a ≠ 1 a u ⋅ ln a ⋅ u ′
eu eu ⋅ u ′
vu ′ ′
u v ; u ( x) > 0 uv + v ln u
u
u′
log a u; a > 0, a ≠ 1
u ⋅ ln a
u′
ln u; u ( x) > 0
u
204
senu cos u ⋅ u ′
cos u - senu ⋅ u ′
tgu sec 2u ⋅ u ′
cotg u -cossec 2u ⋅ u ′
sec u sec u ⋅ tg u ⋅ u ′
cossec u -cossec u ⋅ cotg u ⋅ u ′
u′
arcsen u
1- u2
-u ′
arccos u
1- u2
u′
arctg u
1+ u2
-u ′
arcotg u
1+ u2
u′
arcsec u
u u2 -1
-u ′
arccossec u
u u2 -1
f (n -1) : An - 2 → .
205
Suponha ainda que f (n -1) seja derivável em An -1 . Definimos
f (n ) : An -1 → ; f (n ) ( x) = ( f (n -1) )′ ( x) como sendo a derivada n-ési-
ma de f . As funções f ′, f ′′, f ′′′, chamam-se derivadas suces-
sivas de f .
Exercícios Resolvidos
41) Seja f ( x) = x 4 + 3x 2 - 1 . Obtenha f ′′( x), f ′′′( x), f (IV ) ( x) e f (n ) ( x)
x), f (IV ) ( x) e f (n ) ( x) para n qualquer.
f ′( x) = 4 x3 + 6 x ;
f ′′( x) = 12 x 2 + 6 ;
f ′′′( x) = 24 x ;
f (IV ) ( x) = 24 .
g (V ) (t ) = cos t - sen t .
206
Exercícios Propostos
38) x
Seja y = e cos x . Mostre que y satisfaz a equação
y′′ - 2 y′ + 2 y = 0 .
39) 7 5
f (x ) = - x 6 + x 4 - 3x 2 + 5
8 4
40) y = 3x - 4 3 x +
3 x
x2
41) f (t ) =
at + b
ct + d
42) g (u ) = (5 - 4u ) 3 7
43) h ( y ) = 3
a + by + cy 2
44) F (x ) = (2 + 3x ) 1 + 5x 2 2
46) Seja g (t ) =
5
8-t
. Através da definição, calcule g ' (-1) e
207
2 1
x sen se x ≠ 0
49) Seja g (x ) = x . Calcule g ' (0 ) (você deve
0 se x = 0
usar a definição de derivada).
x3 se x < 0
51)
Seja f (x ) = x 2 .
se x ≥ 0
4
a) Faça o gráfico de f .
c) f é derivável em 0?
x
1 - cos
52) Seja f (x ) = 3 . Calcule f ' ( ) .
x
sen
3
208
De 56 a 62, calcule a derivada da função dada.
56) y = ln (sen x ). 2
57) y = e x2
+ xe3 x - 5 x .
2
60) y = e sen 5 x
- arctg e5 x .
61) y = x
1
x
.
( f )' (x ) .
-1
a ax -
x
65) 2
a
a
1
Seja y = e + e . Mostre que y '' = 2 y .
67) Seja y = e a + bx
. Mostre que y (n ) = b n ⋅ e a +bx , ∀n ∈ .
(-1) ⋅ n ! , ∀n ∈ .
n
68) Seja y =
1
. Mostre que y (n ) =
(x + a )
n +1
x+a
209
70) A respeito de duas funções deriváveis u e v , sabe-se que:
u (1) = 2 , v (1) = 3 , u ' (1) = 3 , v ' (1) = 4 , u ' (3) = -2 e v ' (2 ) = 5 . Con-
u
sidere as funções: f = uv , g = , h = u v e k = v u . Calcule:
v Sugestão: use as
proposições 11 e 12 e o
a) f ' (1) ; b) g ' (1) ; Teorema 27.
c) h ' (1) ; d) k ' (1) .
1.1) y = 4x - 2 7) 1
( t + 1)
2
t
1.3) x = 0
9) 80 x (8x 2
-3 )
4
2) a) f ′(1) = -2
b) f ′( x) = 3 x 2 - 5
10) 4t 3 - 2
( )
2
3 3 t 4 - 2t
3) a) f é derivável em 3 e f ′(3) = 13 .
b) f não é derivável em 2. 11) 2 (r + 1) (3r + 5)(8r
2
2
2
+ 15r + 2 )
4) a) y′ = -x2 ( ) (y )
2
2 y y2 - 5 2
+ 22
3
12)
(y + 4 )
3
2
1
b) y′ =
3 3 x2 13) -91
5
c) y′ = x x
2
14) 3x 2
2
5) f ′( x) = 48 x 7 - 84 x 6 + 10 x 4 - 16 x3 ; f ′(1) = -42
15) 12 e
1
23
6) 2 x
4
- 16 x 3 + 6 x 2 - 8 x + 16
(x )
2
2
- 4x +1
16) 2 - e5 10
210
17) -5 1- x3 3 x3 ln 5 + 1
3x 2
30) x ⋅ arctg x
-1
18) 6 x5 - 1 31) 3 x 3
(arccossec 2 x )
2
⋅ 4x2 -1
(x 6 - x ln 2 )
19) 2 x4 x- 5 32) 1
x 1 + (ln x )
2
2
20) 4 ln 2 - 6 33) a
x + a2
2
(ln 2 )
2
34) 1 - 2 x - 3x
4
21) ( 1
)
2 1 + e5 x - ln 3x 5e5 x -
x 1 - x4
24) f ′( x) =
3 sec 2 3 x
2 tg 3 x
- 6 cotg 3 x ⋅ cossec 2 3 x
2 xy 2 - e 2 y - 1
b) y ' =
2 x (e 2 y - xy )
25) 1 - 3ln 2
37) y ' = x x
(1 + ln x )
26) a) cos x 1 + ln (senx ) - tg x
b) tg 2 39) - 214 x 5
+ 5 x3 - 6 x
c) x ⋅ cotg 2 x
41) ad - bc
27) -4 (ct + d )
2
3
2cy + b
29) e 43) 3
arcsen x
- earccos x
1 - x2 3
(a + by + cy ) 2 2
211
x (45 x 2 + 16 )
44) 56) 2 cotg x
1 + 5x2
45) 6 x - 2 57) 2 xe x2
+ (1 + 3 x )e3 x - 2 x ⋅ 5 x ⋅ ln 5
2
50) a) 203 m
s b) 0
63) 1
3 3 (x + 5 )
2
3
c) - m s
80
64) 3x 2
y 2 - xe xy (xy + 2 )
52) 2
9
69) y ' = 3 xy
x e - 2 xy + 1
55) 13 d) 15
212
5 Aplicações da Derivada
5 Aplicações da Derivada
∆y
Fazendo ∆x tender a zero e supondo que o lim exista – este
∆x
∆x →0
215
Exercícios Resolvidos
1) A área A de um círculo é uma função do seu raio.
a) Determine a taxa de variação média da área do círculo em
relação ao raio, quando este varia de 6 a 9 cm.
Resolução.
−2 2 4
a) Sendo P(t ) = t + 2t + 6 , P′(t ) = − t + 2 . Para t = 2
5 5
2
(anos), temos P′(2) = = 0, 4 .
5
216
Resposta. Em 01/01/2007 o rendimento bruto anual deverá estar
crescendo à taxa de 0,4 milhões de reais por ano.
6
b) Para t = 4 , temos P′(4) = − = −1, 2 .
5
Resposta. Em 01/01/2009 o rendimento bruto anual deverá estar
decrescendo à taxa de 1,2 milhões de reais por ano.
Exercícios Resolvidos
3) Um balão esférico é enchido de modo que o seu volume
aumenta à razão de 2 cm3 / s . Com que taxa aumenta o raio do
balão no instante em que este mede 5 cm? E no instante em que
mede 10 cm?
Temos a fórmula
Resolução. Enquanto o balão é enchido, seu volume é uma fun-
conhecida:
ção do raio e o raio é uma função do tempo t (a qual não
conhecemos). Então V é também função de t . Para resolver o
problema devemos escrever o(s) dado(s) e o que é pedido em no-
tação de derivadas:
217
dV dR
Dado: = 2 cm3 / s; pede-se: quando R = 5 e quando
dt dt
R = 10 cm.
dV dR
Para estabelecer a relação entre e , devemos derivar V
dt dt
em relação a t usando a regra da cadeia. Como V representa o
4
volume de uma esfera de raio R , temos: V = R 3 .
3
dV dV dR dV dV dR
= ⋅ . Como = 4 R 2 , temos = 4 R 2 .
dt dR dt dR dt dt
dV
Mas = 2.
dt
dR 1
Logo, = .
dt 2 R 2
dR 1
Para R = 5 , temos = ≅ 0, 0064 cm/s .
dt 50
dR 1
Para R = 10 , temos = ≅ 0, 0016 cm/s .
dt 200
1
Resposta. O raio aumenta à taxa de cm/s quando ele vale 5
50
1
cm e cm/s quando ele vale 10 cm.
200
218
10
y
x
Figura 5.1
dy x dx
Logo, =− ⋅ .
dt y dt
.
Atenção: O resultado
negativo deve-se ao fato de
decrescer enquanto Resposta. O topo da escada desliza a uma velocidade de 60 cm/s
aumenta. naquele instante.
219
h
�
4
R
Figura 5.2
�
4
Figura 5.3
dh
Pede-se: quando h = 2 m. A relação entre as variáveis V , R e h
dt
R 2 h
é estabelecida pela fórmula do volume do cone: V = .
3
Mas é possível escrever V como função de uma das variáveis: R
ou h .
h
Observando a figura 5.3, temos que: tg = e como tg = 1 ,
4 R 4
segue que R = h .
220
h3
Logo, V = . Note que V é função de h e h é função de t .
3
dV dV dh
Conforme a regra da cadeia: = ⋅ , ou seja,
dt dh dt
1 2 dh dh 1
= h ⋅ ⇒ = .
4 dt dt 4 h 2
dh 1
Para h = 2 , temos = m/h.
dt 16
Z y
P
A
x
Figura 5.4
dx dy
Dados do problema: = −90 ; = −110 (Por que o sinal de
dt dt
menos?)
dz
Pede-se: quando x = 0, 6 km e y = 0,8 km.
dt
221
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo cujos lados medem
x, y e z , temos: x 2 + y 2 = z 2 . Agora derivemos ambos os lados
da igualdade em relação a t :
dx dy
x +y
dx dy dz dz dt dt .
2x + 2 y = 2z ⇒ =
dt dt dt dt z
Exercícios Propostos
1) Um tanque tem a forma de um cone com o vértice para baixo.
Sua altura é de 4 metros e o diâmetro da base mede 2 metros (ver
figura 5.5). Através de uma torneira despeja-se água no tanque à
taxa de 1,5 m3 por hora. Determine a velocidade com que sobe o
nível da água no momento em que este está a 3 metros de altura.
2m
Figura 5.5
222
momento em que o carro está a 3 km do cruzamento e o ônibus
a 4 km deste, os dois estão se aproximando ou afastando um do
outro? Com que velocidade?
p u
a q r s v b x
Figura 5.6
223
A figura representa o gráfico de uma função f definida no in-
tervalo [a, b ].
224
análoga, os valores máximos e mínimos relativos são chamados
de extremos relativos. Os extremos absolutos da função represen-
tada na figura são f (q ) e f (u ) . Os seus extremos relativos são
f ( p ) , f ( r ) , f ( s ) e f (v ) .
Exemplos:
1) f ( x) = 5 − x 2 .
2) g ( x) = (x − 3) + 14 .
2
ximo absoluto.
x + 1 se − 5 ≤ x < 1
4) f : [−5,5 ) → ; f ( x) = 2
x − 6 x + 7 se 1 ≤ x < 5
225
y
4
3
-5 -1 1 5 x
-2
Figura 5.7
226
f ( x ) − f (c )
Para x ∈ I e x < c , temos ≤ 0 , pois f ( x) ≥ f (c) e
x−c
f ( x ) − f (c )
x < c . Logo, lim− ≤ 0 , isto é, f −′ (c) ≤ 0 .
x →c x−c
f ( x ) − f (c )
Para x ∈ I e x > c , temos ≥ 0 . Logo,
x−c
f ( x ) − f (c )
lim+ ≥ 0 , isto é, f +′ (c) ≥ 0 .
x →c x−c
O s pontos críticos de
uma função são os
“candidatos” a pontos de
em 0.
Exercício Resolvido
7) Determine os pontos críticos das funções:
a) f ( x) = x 4 − x 3 − 3 x 2 + 156
227
3 ± 105
( )
x 4 x 2 − 3 x − 6 = 0 ⇔ x = 0 ou x =
8
.
3 − 105 3 + 105
Resposta. Os pontos críticos de f são: 0, e .
8 8
b) g ( x) = 3 x − x .
1
Resolução. g ′( x) = − 1 . Note que g ′( x) não existe para
3 2
x =0. 3 x
1
g ′( x) = 0 ⇔ 1 = 3 3 x 2 ⇔ 1 = 27 x 2 ⇔ x = ± , ou seja,
27
3
x=± .
9
3 3
Resposta. Os pontos críticos de g são: 0, − e .
9 9
Exercícios Propostos
Determine os pontos críticos de:
3) f ( x) = x5 − 3x3 + 4 x − 8
4) g ( x) = x + cos 2 x; 0 ≤ x ≤ 2
228
Exercício Resolvido
8) Determine os extremos absolutos e os pontos em que eles
ocorrem:
x3 x 2
a) f ( x) = − − 6 x + 1; x ∈ [−3, 6].
3 2
Resolução. Como exercício, verifique que os pontos críticos de f
no intervalo (−3, 6 ) são -2 e 3.
11 25
Agora calculamos as imagens: f (−3) = ; f (−2) = ;
2 3
25
f (6) = 19 ; f (3) = − .
2
Conclusão. O ponto de máximo absoluto de f é 6 e o valor máxi-
mo absoluto é 19. O ponto de mínimo absoluto de f é 3 e o valor
25
mínimo absoluto é − .
2
2
b) g : [−3,3] → ; g ( x) = ( x − 4) .
2 3
Exercícios Propostos
Determine os extremos absolutos de f e os pontos em que eles
ocorrem:
5) f ( x) = −5 x + 7; x ∈ [−2,10];
6) 5 9
f ( x) = x 4 + x 3 − x 2 + 10; x ∈ [−1, 2] ;
3 2
7) f ( x) = 2 sen x + cos 2 x; x ≤ .
229
Teorema do Valor Médio: Este é um teorema fundamental em Cál-
culo. Para demonstrá-lo, precisamos de um outro resultado, co-
nhecido como Teorema de Rolle, que é na verdade um caso parti-
cular do teorema do valor médio.
y0
a c b x
Figura 5.8
230
Observação. Veja como é importante observar as hipóteses do te-
orema de Rolle:
x se 0 ≤ x < 1
Considere f : [0,1] → ; f ( x) =
0 se x = 1
Esta função é contínua e derivável em (0,1) e f (0) = f (1) . Mas
não existe c ∈ (0,1) tal que f ′(c) = 0 , pois f ′( x) = 1, ∀x ∈ (0,1). É
que f é descontínua no ponto 1.
Exercício Resolvido
9) Verifique se as hipóteses do teorema de Rolle estão satisfeitas
e, neste caso, encontre o(s) ponto(s) que satisfaz(em) a tese.
−1 1
f : , → ; f ( x) = x 4 − 2 x 2
2 2
−1 1
Resolução. f é contínua em , por ser polinômio; f é de-
2 2
−1 1 −1 1
rivável em , também por ser polinômio; f = f
2 2 2 2
−1 1
por ser f uma função par. Logo, existe c ∈ , tal que
2 2
f ′(c) = 0 .
f ′( x) = 4 x3 − x 2 = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 ou x = −1 .
−1 1
Os pontos 1 e -1 não pertencem ao intervalo , .
2 2
Resposta. c = 0 satisfaz a tese.
f (b) − f (a )
f ′(c) = .
b−a
231
y
Q
B
f (b)
f (a) A
a c b x
Figura 5.9
f (b) − f (a )
g ( x) = ( x − a) + f (a) .
b−a
Seja h a função que atribui a cada x ∈ [a, b ] a diferença entre
f (b) − f (a )
f ( x) e g ( x) , isto é, h( x) = f ( x) − (x − a ) − f ( a ) .
b−a
Afirmamos que h satisfaz as hipóteses do teorema de Rolle.
f (b) − f (a )
Portanto, f ′(c) = .
b−a
■
232
Exercício Resolvido
10) Verifique se f satisfaz as hipóteses do teorema do va-
lor médio e, em caso afirmativo, encontre um ponto c tal que
f (b) − f (a )
f ′(c) = :
b−a
f : [−6,10] → ; f ( x) = 100 − x 2
233
5.5 Funções Crescentes e Decrescentes
Lembramos que uma função f , definida no intervalo J , é
crescente se para quaisquer x1 , x2 ∈ J , tais que x1 < x2 , tem-se
f ( x1 ) < f ( x2 ) . E f é decrescente se x1 < x2 implica f ( x1 ) > f ( x2 ) ,
para quaisquer x1 , x2 ∈ J .
Exercício Resolvido
11) Seja 2
f ( x) = x 4 e − x . Determine os intervalos em que f é cres-
cente e aqueles em que f é decrescente.
234
Resolução. Conforme o teorema 32, devemos fazer um estudo do
sinal de f ′( x) . Para isto é interessante decompor f ′ em um pro-
2
duto de fatores: f ′( x) = 2 x3e − x ( 2 − x) ( 2 + x) . (Verifique!)
Temos f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x= 2 ou x=− 2.
2
Cada fator 2 x3e − x , 2 − x e 2 + x também possui um sinal
específico em cada um destes intervalos. Os sinais destes fatores
podem ser colocados num quadro. A última linha do quadro será
preenchida com os sinais de f ′( x) , obtidos através da regra do
sinal do produto.
− 2 0 2
2 x 3e − x
2
− − + +
2−x + + + −
2+x − + + +
2
f ′( x) = 2 x3e − x ( 2 − x) ( 2 + x) + − + −
Exercício Proposto
8) Determine os intervalos em que f é crescente e aqueles em
que f é decrescente, sendo f ( x) = 2 x + 7 x 2 − 40 x + 33 .
3
235
5.6 Extremos Relativos – Critérios para
Encontrá-los
Um ponto crítico pode ser um ponto de máximo relativo, um pon-
to de mínimo relativo ou nenhum destes. Com auxílio do teorema
anterior, estabeleceremos o primeiro critério para determinar se
um ponto crítico é ponto de máximo ou de mínimo relativo.
Por hipótese e pelo teorema 32, existe > 0 tal que f é cres-
cente em [c − , c ] e decrescente em [c, c + ].
Exercício Resolvido
12) Determine os pontos de máximo e mínimo relativos da
função bem como os seus extremos relativos.
a) f ( x) = 12 x5 + 27 x 4 − 8 x3 − 1 .
236
Resolução. Sendo f ′( x) = 60 x 4 + 108 x3 − 24 x 2 = 12 x 2 (5 x 2 + 9 x − 2) ,
1
temos f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = −2 ou x = . Portanto, os
5
1
pontos críticos de f são 0, −2 e .
5
Para aplicar o teorema 33, devemos examinar o sinal de f ′ à es-
querda e à direita de cada um destes pontos.
Convém fatorar
1 1
f ′ : f ′( x) = 12 x 2 ⋅ 5 (x + 2 ) x − = 60 x 2 (x + 2 ) x − .
5 5
Os 3 pontos críticos dividem em 4 intervalos e cada fator de f ′
tem um único sinal em cada intervalo. Confira estes sinais e os de
f ′ no quadro abaixo:
1
−2 0 5
60x 2 + + + +
1
x− − − − +
5
x+2 − + + +
f ′( x) + − − +
2
Resolução Parcial. f ′( x) = 1 − 3 . Os pontos críticos de f
x−4
são 4 e 12 (verifique isto!).
3
x−4 −2
Para analisar o sinal de f ′ , escrevemos: f ′( x) = 3 .
x−4
4 12
3
x−4 −2 − − +
3
x−4 − + +
f ′( x) + − +
2 x 3 + 3 x 2 se x ≤ 0
c) f ( x) = x 2 − 3 se 0 < x ≤ 2
− x + 3 se x > 2
6 x 2 + 6 x se x < 0
mos: f ′( x) = 2 x se 0 < x < 2
−1 se x > 2
6 x 2 + 6 x = 0 e x < 0 ⇒ x = 0 ou x = −1 e x < 0 ⇒ x = −1
238
Pontos 0 e 2: Quando uma função está definida por mais de uma
sentença devemos ter o cuidado de examinar se ela é contínua
naqueles pontos críticos em que ela é dada por uma expressão à
esquerda e por outra à direita do ponto. No presente exemplo, tais
pontos são 0 e 2.
-1 2 x
-3
Figura 5.10
Exercícios Propostos
Obtenha os extremos relativos da função e os pontos em que
eles ocorrem:
9) f ( x) = x 5 − 5 x 3 − 20 x − 2
3 x + 5 se x < −1
10) g ( x) = 2 x 3− x 11)
h( x) = x 2 + 1 se − 1 ≤ x < 2
7 − x se x ≥ 2
239
Além do teste da derivada primeira para extremos relativos existe
outro teste, o da derivada segunda.
f ′( x) − f ′(c) f ′( x)
Por definição, f ′′(c) = lim = lim . Como
x →c x−c x → c x−c
f ′′(c) < 0 , este limite é negativo, o que garante a existência de um
f ′( x)
número positivo tal que (c − , c + ) ⊂ I e < 0 para
x−c
todo x ∈ (c − , c + ) − {c}. Disto decorrem os seguintes fatos:
máximo relativo de f .
240
Exercício Resolvido
13) Determine os pontos de máximo e de mínimo relativo das
funções:
a) f ( x) = 3 x 4 + 4 x 3 − 72 x 2 + 87
(
Resolução. f ′( x) = 12 x3 + 12 x 2 − 144 x = 12 x x 2 + x − 12 )
f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = −4 ou x = 3.
f ′′( x) = 36 x 2 + 24 x − 144 .
2
b) f : − , → e f ( x) = sen 3 x
2 2
f ′( x) = 0 ⇔ sen3 x = 0 ou cos 3 x = 0 ;
sen3 x = 0 e − <x< ⇔ 3 x = 0 ou 3 x = ou 3x = −
2 2
⇔ x = 0 ou x = ou x = − .
3 3
cos 3 x = 0 e − < x < ⇔ 3x = ou 3 x = −
2 2 2 2
⇔x= ou x = − .
6 6
Os pontos críticos de f são: − , − , 0, e .
3 6 6 3
241
Para usar o teorema 34, precisamos de f ′′( x) :
( )
f ′′( x) = 18 cos 2 3 x − sen 2 3 x (verifique!). Se lembrarmos da fór-
mula cos 2 = cos 2 − sen 2 , poderemos escrever f ′′( x) de ma-
neira mais simples: f ′′( x) = 18 cos 6 x .
c) f ( x) = x 5 − x 4 .
Resolução. f ′( x) = 5 x 4 − 4 x3 = x 3 (5 x − 4 )
4
f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = . Os pontos críticos de f são:
5
4
0 e .
5
f ′′( x) = 20 x3 − 12 x 2 = 4 x 2 (5 x − 3).
4 16 4 4
Ponto : f ′′ = 4 ⋅ 5 ⋅ − 3 > 0 . Logo, é ponto de mí-
5 25 5 5
nimo relativo.
Exercícios Propostos
Determine os pontos de máximo e de mínimo relativo das
funções:
12) f ( x) = x5 −
5 4
2
x − 5 x 3 + 21 .
242
5.7 Problemas que Envolvem Máximos
e Mínimos
Resolveremos nesta seção alguns problemas utilizando os itens
5.3 e 5.4.
Tal variável deverá ser expressa como função de uma única variá-
vel independente para que possamos aplicar nossos conhecimen-
tos sobre máximos e mínimos.
Exercício Resolvido
14) Um fabricante deseja vender o seu produto em latas cilín-
dricas com capacidade para 1 litro. Quais as dimensões da lata
mais econômica, isto é, daquela que requer menor quantidade de
material em sua fabricação?
R
Figura 5.11
243
Superfície Lateral h
2�R
Figura 5.12
base
Figura 5.13
244
500
Como A′′ 3 > 0 , o teorema 34 garante que é ponto de míni-
mo relativo. Será um mínimo absoluto?
245
Teorema 35. Seja f uma função contínua no intervalo I que con-
tém o ponto crítico c . Se f (c) é o único extremo relativo de f em
I , então f (c) é um extremo absoluto de f em I .
Exercícios Resolvidos
15) Um fazendeiro deseja cercar um terreno plano e retangular
para pastagem. O terreno situa-se à margem de um rio retificado,
o qual será aproveitado como “cerca natural”. A cerca colocada
nos 3 lados do terreno tem um custo de R$ 12,00 por metro linear.
Ele pretende ainda passar uma cerca perpendicular ao rio, a qual
divide o terreno em duas partes iguais. Esta cerca é mais simples e
custa R$ 8,00 por metro linear. O fazendeiro dispõe de R$ 8.000,00
para colocar toda a cerca. Calcule as dimensões do terreno a ser
cercado que oferece a maior área de pastagem para o gado.
Resolução.
y y y
Rio
Figura 5.14
2000 − 3 x
y= (1)
8
246
2000 − 3 x 3x 2
Assim, A = x , ou seja, A( x ) = 250 x − ;
8 8
2000
0< x< .
3
Devemos encontrar o extremo absoluto desta função.
3 1000
A′( x) = 250 − x ; A′( x) = 0 ⇔ x = .
4 3
1000
O único ponto crítico de A é .
3
−3 1000
A′′( x) = . Logo, A′′ < 0 e pelo teorema 34, segue que
4 3
1000
é ponto de máximo relativo de A .
3
2000
Como a função A( x) é contínua em 0, e tem um único
3
1000
extremo relativo, o teorema 35 garante que é ponto de má-
3
ximo absoluto de A .
1000
De (1), temos que para x = , y = 125 .
3
Resposta. Para cercar o terreno de maior área possível com tal
1000
investimento, o fazendeiro deverá cercar = 333,33m para-
3
lelamente ao rio e 125 m perpendicularmente ao rio, oferecendo ao
seu gado uma área de 41.666,25 m2.
R h
2
x
Figura 5.15
247
Precisamos maximizar seu volume: V = x 2 h .
3h 2 .
V ′(h) = R 2 −
4
2R
V ′(h) = 0 ⇔ h = ± . Como h é positivo, segue que o único
3
2R
ponto crítico é .
3
3h 2R
V ′′(h) = − e, sendo V ′′ < 0 , segue pelo teorema 34 que
2 3
2 R é ponto de máximo relativo de V .
3
2R
Como V é contínua em (0, 2h ), segue pelo teorema 35 que
3
h2
é ponto de máximo absoluto de V . Da relação x 2 = R 2 − temos
4
2R 2
que, para h = , x= R.
3 3
2 2 2 4
raio x = R , altura h = R e volume igual a x h = R 3 ,
3 3 3 3
o que equivale a 1 do volume da esfera, ou seja, cerca de 58%.
3
248
x 12 − x
B Q C
A
Figura 5.16
AQ QC x 2 + 36 12 − x
Ora, T = + = + . Portanto, a função a ser
4 6 4 6
x 2 + 36 12 − x
minimizada é T ( x) = + ; x ∈ [0,12].
4 6
Repare que o intervalo de variação de x é fechado. Trata-se, pois
de um problema de extremos absolutos num intervalo fechado.
Assim, os candidatos a ponto de mínimo absoluto são os pontos
críticos em (0,12 ) , além de 0 e de 12.
x 1
T ′( x) = −
2
4 x + 36 6
12
( )
T ′( x) = 0 ⇔ 6 x = 4 x 2 + 36 ⇔ 36 x 2 = 16 x 2 + 36 ⇔ x = ±
5
.
12
tervalo (0,12 ) é x = . Portanto, temos um único ponto crítico
5
12
neste intervalo, que é .
5
12
O valor mínimo de T ( x) ocorre num dos 3 pontos: 0, ou 12 .
5
249
12
Como T (0 ) = 3,5 , T ≅ 3,12 e T (12 ) ≅ 3,35 segue que o
5 12
valor mínimo de T ocorre para x = ≅ 5,366 .
5
Resposta. O homem deve desembarcar a 5.366 m de B e cami-
nhar os 6.634 m restantes.
Exercícios Propostos
14) Entre todos os retângulos cujo perímetro vale 10 m , deter-
mine as dimensões daquele que tem a maior área.
y y
y = g (x)
y = f (x)
x x
250
Você percebe alguma diferença entre o aspecto de uma e de outra
curva?
y y
C F
y = f (x)
E
B y = g(x)
A D
x x
251
Observação. Prova-se que o gráfico de f é c.p.c. em (a, b ) quan-
do para todo ponto c ∈ (a, b ), o gráfico da restrição de f a um pe-
queno intervalo aberto centrado em c encontra-se acima da reta t ,
que é a tangente ao gráfico de f em (c, f (c) ) . (Veja a figura 5.21)
y y
t
t
x a c b x
a c b
y = f (x)
a b c d e f x
Figura 5.23
252
A última observação permite concluir que o gráfico de f é c.p.c.
nos intervalos (a, b ) e (e, f ) e é c.p.b. no intervalo (c, d ) . E qual é
a concavidade, por exemplo, no intervalo (b, c )?
Tente responder!
Bem, através da simples análise do gráfico dificilmente encon-
trar-se-á uma resposta, até porque existe um ponto do gráfico,
entre os pontos (b, f (b) ) e (c, f (c) ) , em que ocorre uma mudan-
ça de concavidade. Como poderíamos determinar este ponto?
Perguntas como estas serão respondidas por meio dos próximos
dois teoremas.
Exemplos:
1
b) Seja g ( x) = ln x . Como g ′( x) =
, que é uma função decres-
x
cente em (0, +∞ ) (Por quê?), segue que o gráfico de g é c.p.b.
sen x se − < x ≤ 0
2
c) Seja h : − , → , h( x) = .
2 2 cos x se 0 < x <
2
cos x se − 2 < x < 0
Então h′( x) = .
− sen x se 0 < x <
2
Agora verifique que h′ é crescente em − , 0 e decrescente em
2
0, . Conclua que o gráfico de h é c.p.c. em − , 0 e c.p.b.
2 2
em 0, .
2
253
Teorema 36. Seja f : (a, b ) → uma função duas vezes derivável.
y
Pontos de
inflexão
x
Figura 5.24
254
Então existem números reais a e b satisfazendo a < c < b e tais
que f ′ é crescente no intervalo (a, c ) e f ′ é decrescente em
(c, b ).
Mas isto caracteriza c como ponto de máximo relativo de f ′ . Pelo
teorema 29 , se f ′′(c) existe então f ′′(c) = 0 .
■
Exercícios Resolvidos
18) Determine os pontos de inflexão do gráfico de f e os inter-
valos em que este é c.p.c. bem como aqueles em que ele é c.p.b..
a) f ( x) = x 5 − 10 x 4 + 2 x + 11
255
0 6
20x 2 + + +
x−6 − − +
f ′′( x) − − +
5
b) f ( x) = (3 x − 1)3 − x 2
10
Resolução. O leitor pode checar que f ′′( x) = 3 − 2 . Note
3x − 1
1
que f ′′( x) não existe para x = .
3
Por outro lado,
10
f ′′( x) = 0 ⇔ 3 = 2 ⇔ 10 = 2 3 3 x − 1 ⇔ 1000 = 8 (3 x − 1) ⇔ x = 42
3x − 1
Assim, temos dois pontos candidatos a pontos de inflexão:
1 1
, f e (42, f (42) ) . Convidamos o leitor a conferir o sinal
3 3
de f ′′ conforme especificado no quadro:
1
3 42
f ′′( x) − + −
1
Concluímos que o gráfico de f é c.p.c. em , 42 e c.p.b. em
3
1
−∞, e em (42, +∞ ) . O gráfico tem dois pontos de inflexão:
3
1 1
, − e (42,1361) .
3 9
256
Exercícios Propostos
Faça uma análise da concavidade do gráfico da função e deter-
mine os eventuais pontos de inflexão:
17) f ( x) = x 4 + 2 x 3 − 12 x 2 + 5 x − 1
18) g ( x) = (5x − 2)
4
3
2 x
x=2
Figura 5.25
a) lim− f ( x) = −∞ ;
x→2
b) lim+ f ( x) = +∞ ;
x→2
c) lim f ( x) = 0 ;
x →−∞
d) lim f ( x) = 0 .
x →+∞
257
Devido a (a) e (b) podemos dizer que à medida que x se aproxima
de 2, quer pela direita, quer pela esquerda, f ( x) tende a infinito e
a distância entre os pontos do gráfico e a reta x = 2 tende a zero.
Exemplos:
3x − 5
b) Seja f ( x) =2
. Como x 2 − 4 = 0 ⇔ x = ±2 , as retas “can-
x −4
didatas” a assíntotas verticais são x = 2 e x = −2 .
sen x
lim = +∞ (ou − ∞ ).
x → k +
+
cos x
2
258
Logo, para todo k inteiro, a reta x = k + é assíntota ver-
2
tical do gráfico da função tangente.
(1) lim f ( x) = b ;
x →−∞
(2) lim f ( x) = b .
x →+∞
Exemplos:
1
a) Se f ( x) = 2 +, então lim f ( x) = 2 e lim f ( x) = 2 .
x x →−∞ x →+∞
Assíntota Horizontal
Assíntota Vertical
Figura 5.26
259
b) O gráfico da função y = e x possui uma assíntota horizontal:
y = 0 . De fato, lim e x = 0 .
x →−∞
x − 1 + x2
c) Seja f ( x) = . Convidamos o leitor a verificar que
3x − 1
2
lim f ( x) = e que lim f ( x) = 0 . Podemos concluir que o grá-
x →−∞ 3 x →+∞
2
fico de f possui duas assíntotas horizontais: y = 0 e y = .
3
Exercícios Propostos
Dê a equação das assíntotas verticais e horizontais do gráfico
da função:
19) f ( x) =
3
(x + 1)
2
20) g ( ) = cotg
21) h(t ) = 2t 6 −− 35tt − 2
2
260
É fundamental reconhecer os intervalos de crescimento e decres-
cimento da função, estudar a concavidade do gráfico e suas even-
tuais assíntotas.
1) Domínio de f ;
2) Pontos de descontinuidade;
8) Concavidade do gráfico de f ;
9) Pontos de inflexão;
261
Exercícios Resolvidos
19) Faça o gráfico da função f ( x) =
x 4 3x 2
4
−
2
+ 2x + 5 .
(1) Domínio de f :
x 4 3x 2 x4
(3) lim f ( x) = lim − + 2 x + 5 = lim = +∞ .
x →−∞ x →−∞
4 2 x →−∞ 4
x4
lim f ( x) = lim = +∞ .
x →+∞ x →+∞ 4
f ′( x) = 0 ⇔ x = −2 ou x = 1 e f ′′( x) = 0 ⇔ x = −1 ou x = 1 .
As informações relativas aos itens (6), (7), (8) e (9) serão dispostas
num quadro. Lembre-se que G ( f ) representa o gráfico de f .
262
Intervalos e/ou pontos significa- Valor de f nos Sinal Sinal
Conclusão
tivos do domínio de f pontos de f ′ de f ′′
Gráfico:
5,75
1,75
-2
-3 -1 1 2 x
Figura 5.27
263
20) Faça o gráfico da função f ( x) =
x2 + 1
x2 − 4
.
1
1+ 2
x2 + 1 x =1
lim = lim
x →+∞ x 2 − 4 x →+∞ 4
1− 2
x
lim f ( x) = +∞ ; lim+ f ( x) = −∞ ;
x →−2− x →−2
lim f ( x) = −∞ ; lim f ( x) = +∞ .
x → 2− x → 2+
1
(5) Ponto em que o gráfico corta o eixo Y: 0, . Como x 2 + 1
4
não pode ser zero, o gráfico não intersecta o eixo X.
Derivadas:
−10 x 30 x 2 + 40
f ′( x) = (Confira!) e f ′′( x) = (Confira!)
( ) ( )
2 3
x2 − 4 x2 − 4
Note que nem f ′ nem f ′′ estão definidas nos pontos 2 e -2. Estes
pontos, não pertencendo ao domínio de f , não são pontos críticos
de f . Apesar disto, são considerados pontos significativos, pois
neles pode ocorrer uma alteração do gráfico, nos aspectos cresci-
mento e concavidade.
264
Intervalos e/ou pontos significa- Valor de f nos Sinal Sinal
Conclusão
tivos do domínio de f pontos de f ′ de f ′′
não não
x = −2 não existe
existe existe x = −2 é assíntota vertical
não não
x=2 não existe
existe existe x = −2 é assíntota vertical
2 2
(10) Pontos auxiliares: −1, − ; 1, − ; (−3, 2 ); (3, 2 ).
3 3
Gráfico:
2
1
-3 -2 -1 -1/4 1 2 3 x
-2/3
Figura 5.28
265
2 5
21) Idem para a função f ( x) = 5 x 3 − x 3 .
f ( x) = 5 3 x 2 − 3 x5 .
5 5
5
x →−∞ x →−∞
( −1
x →−∞
)
(3) lim f ( x) = lim x 5 x − 1 = lim x − 1 = +∞
3
x
3
lim f ( x) = −∞ (Verifique!)
x →+∞
10 − 13 5 23 5 2 3 2 5 2 − x
Derivadas: f ′( x) = x − x = 3 − x = 3 .
3 3 3 x 3 x
10 − 43 10 − 13 10 1 1 10 1 + x
f ′′( x) = − x − x =− + 3 =− .
9 9 9 3 x4 x 9 3 x4
266
Intervalos e/ou pontos significa- Valor de f nos Sinal Sinal
Conclusão
tivos do domínio de f pontos de f ′ de f ′′
não não
x=0 0 0 é ponto de mín. relativo
existe existe
6
3
3√4
4
-1 1 2 x
Figura 5.29
267
−x
2
e 2 se x ≤ 2
22) Idem para f ( x) = 3
x − 2 x 2 + 8 se 2 < x ≤ 6
3
x3 8
lim+ f ( x) = lim+ − 2 x 2 + 8 = ≅ 2, 7
x→2 x→2
3 3
x2
− x3
pois e 2 > 0, ∀ x ≤ 2 . A equação − 2 x 2 + 8 = 0 não vamos
3
resolver!
Derivadas:
2
x
−
− xe 2 se x < 2
f ′( x) =
x 2 − 4 x se x > 2
Assim, f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 4 .
−x
2
(
2 x 2 − 1 se x < 2
f ′′( x) = e )
2 x − 4 se x > 2
Logo, f ′′( x) = 0 ⇔ x = −1 ou x = 1 .
268
Intervalos e/ou pontos significa- Valor de f nos Sinal Sinal
Conclusão
tivos do domínio de f pontos de f ′ de f ′′
1 −
1
x = −1 e
−
2
≅ 0, 6
+ 0 −1, e 2
é ponto de inflexão
1 − 12
x =1 e
−
2 − 0 1, e é ponto de inflexão
1
(10) Pontos auxiliares: (3, −1) , 5, − , (6,8 ).
3
y
8/3
1
-1 1 2 3 4 5 6 x
-1
-8/3
Figura 5.30
269
Exercícios Propostos
Faça um esboço do gráfico das funções:
22) f ( x) = x 4 − 2 x 2 + 1
23) (
f ( x) = ln x 2 + 1 )
2x −1
se x < 0
24)
f ( x) = x + 3
x 3 − 12 x + 4 se x ≥ 0
25) f ( x) = x + cos x
f ′( x)
(1) Se lim f ( x) = lim g ( x) = 0 e se lim = L , então
x→a x→a x→a g ′( x)
f ( x)
lim =L.
x→a g ( x)
f ′( x)
(2) Se lim f ( x) = lim g ( x) = +∞ e se lim = L , então
x→a x→a x→a g ′( x)
f ( x)
lim =L.
x→a g ( x)
270
Observação. O teorema vale também para limites laterais e limi-
tes no infinito.
Exercícios Resolvidos
23) Calcule lim cos6senx −x
x + 2x −1
x →0
.
6 sen x − x 6cos x − 1 5
Logo, lim = lim = .
x →0 cos x + 2 x − 1 x → 0 − sen x + 2 2
x3 − 1 3x 2 3 3
lim 4 3 2
= lim 3 2
= =− .
x →−1 2 x + 2 x + 5 x + 5 x x →−1 8 x + 6 x + 10 x + 5 −7 7
271
ln (cos 2 x )
25) Calcule lim− .
(x − )
2
x→
0
Resolução. Mais uma indeterminação do tipo (verifique!).
0
ln (cos 2 x ) −2tg 2 x
Aplicando o teorema 38, temos: lim− = lim− .
x→
(x − )
2
x→ 2 (x − )
−2tg 2 x −4 sec 2 2 x −4
teorema outra vez: lim− = lim− = = −2 .
x→ 2 (x − ) x → 2 2
ln (cos 2 x )
Logo, lim = −2 .
(x − )
− 2
x→
26) e2 x + x
Calcule lim 3 x
x →+∞ e +x
.
( )
Resolução. Temos: lim e 2 x + x = +∞ e lim e3 x + x = +∞ . Po-
x →+∞ x →+∞
( )
e2 x + x 2e 2 x + 1
demos assim aplicar o teorema 38: lim = lim .
x →+∞ e3 x + x x →+∞ 3e3 x + 1
∞
Este último limite nos leva também à indeterminação . Aplican-
∞
do novamente o teorema 38, temos:
2e 2 x + 1 4e 2 x 4 4 4
lim 3 x
= lim 3 x
= lim e − x = lim e − x = ⋅ 0 = 0 .
x →+∞ 3e + 1 x →+∞ 9e x →+∞ 9 9 x →+∞ 9
e2 x + x
Logo, lim =0.
x →+∞ e3 x + x
272
Neste caso, o teorema 38 não permite concluir que o limite propos-
x − cos x cos x 1
to não existe. De fato, escrevendo = 1− = 1 − cos x ⋅
x x x
e lembrando que a função cos x é limitada, percebemos que
x − cos x
lim =1.
x →∞ x
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
27) lim
x →−∞
x −1
sen
x
Exercícios Resolvidos
27) Calcule o lim ln1x − x 1− 1 .
x →1+
273
Como lim+ (x − 1 − ln x ) = 0 e lim+ (x − 1)ln x = 0 , podemos aplicar
x →1 x →1
a regra de L’Hospital:
1
1−
x − 1 − ln x x x −1
lim+ = lim+ = lim+ .
x →1 ( x − 1)ln x 1 x →1 x − 1 + x ln x
(x − 1)⋅ + ln x
x →1
x −1 1 1
te a regra de L’Hospital: lim+ = lim+ = .
x →1 x − 1 + x ln x x →1 1 + 1 + ln x 2
1 1 1
Logo, lim+ − = .
x →1 ln x x −1 2
x 1 1 1
lim = lim 2
= . Logo, lim x ⋅ cotg 3x = .
x →0 tg 3 x x →0 3sec 3 x 3 x →0 3
274
Através de uma propriedade do logaritmo, podemos expressar ln y
1 ln cos x
como um quociente: ln y = 2 .ln cos
ln xy = .
x x2
Vamos calcular o lim ln y para depois obtermos o lim y .
x →0 x →0
−tg x
L’Hospital: lim ln y = lim .
x →0 x →0 2x
Aplicando novamente a regra de L’Hospital:
− sec 2 x 1
lim ln y = lim =− .
x →0 x →0 2 2
Como a função logarítmica é contínua, o teorema 22 garante que:
1
lim ln y = ln lim y = − .
x →0 x →0 2
1 1 1
− −
Logo, lim y = e , ou seja, lim (cos x ) = e .
2 x2 2
x →0 x →0
Seja y = (tg x )
cos x
. Então ln y = cos x ⋅ ln tg x .
Logo,
sec 2 x
tg x sec x cos x 0
lim− ln y = lim− = lim− 2 = lim− 2
= =0.
sec x ⋅ tg x tg x sen x 1
x→ x→ x→ x→
2 2 2 2
Assim, lim− ln y = 0 , ou seja, ln lim− y = 0 , donde, lim− y = 1 .
x→ x→
x→
2 2 2
x→
2
275
31) Calcule lim x . x →0
x
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
1
28) lim xx →∞
x
30) lim (x + e )
3
x x
x →∞
32) lim xx → 0+
( )
ln e x −1
276
Seja f uma função derivável no ponto a . Lembre-se que
f ( x) − f (a)
f ′(a ) = lim . Para valores de x próximos de a ,
x→a x−a
f ( x) − f (a)
f ′(a ) ≅ , ou seja, f ( x) ≅ f (a ) + f ′(a )( x − a) , onde ≅
x−a
significa aproximadamente.
gráfico de f (x)
gráfico de P1(x)
f (x)
r1(x)
P1(x)
f’ (a).(x − a)
f (a) θ
tg θ = f’(a)
a x x
Figura 5.31
277
Na figura 5.31, observamos que: à medida que x toma valo-
res mais distantes de a , a diferença entre f ( x) e P1 ( x) , isto é,
r1 ( x) , aumenta.
f ′′(a )
Então P3 ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a ) +( x − a ) 2 + N ( x − a )3 . Para
2
f ′′′(a )
determinar o valor de N , note que P3′′′ (a ) = 3.2 N e N = .
3!
f ′′(a ) f ′′′(a )
Logo, P3 ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a ) +
( x − a)2 + ( x − a )3 e
2! 3!
para valores de x próximos de a , temos f ( x) = P3 ( x) + r3 ( x) . E
assim sucessivamente.
Definição 37. Seja f uma função que num ponto a admite deriva-
das até ordem n . O Polinômio de Taylor de ordem n de f em a é:
278
Observação. Representando x − a por h , podemos escrever
f ′′(a ) 2 f ( n ) (a) n
Pn (h) = f (a ) + f ′(a )h + h + + h .
2! n!
Exercício Resolvido
32) Determine o polinômio de Taylor de ordem n , no ponto
zero, da função f ( x) = e x .
x 2 x3 xn
que Pn ( x) = 1 + x + + + + . Isto significa que para valo-
2! 3! n!
x 2 x3 xn
res de x próximos de zero, e x ≅ 1 + x + + + + . Quanto
2 6 n!
maior n , tanto melhor a aproximação.
Exercício Resolvido
33) Seja f ( x) = ln x . Determine o polinômio de Taylor com res-
to de Lagrange no ponto a = 1 , de ordem:
279
Depois use o polinômio obtido no item (a) para aproximar ln (1,1)
e avalie o erro cometido.
f ( x) = ln x f (1) = 0
f ′( x) = x −1 f ′(1) = 1
f ′′( x) = − x −2 f ′′(1) = −1
f ′′′( x) = 2 x −3 f ′′′(1) = 2
f (v ) ( x) = 4.3.2 x −5 f (v ) (1) = 4!
1 2 3!
ln x = 0 + 1(x − 1) − (x − 1) + (x − 1) − 4 (x − 1)
2 3 4
2! 3! 4! z
ou melhor:
(x − 1) (x − 1) − (x − 1)
2 3 4
ln x = x − 1 − + = P3 ( x) + r3 ( x) , sendo
2 3 4z4
(x − 1)
4
r ( x) = −
3 , para z entre x e 1.
4z4
Resposta do item (b):
(x − 1) (x − 1) (x − 1) (x − 1) = P ( x) + r ( x)
2 3 n n +1
ln x = (x − 1) − + (−1) + (−1)
n +1 n
− +
2 3 n (n + 1) z n+1 n n
para z entre x e 1.
280
(0,1) (0,1) − (0,1)
2 3 4
(0,1)
4
(0,1)
4
1 (0,1) (0,1)
4 4
Exercícios Propostos
33) Determine o polinômio de Taylor de ordem n no ponto a ,
da função dada.
a) f ( x) = sen x; n = 4; a =
6
b) f ( x) = cos x; n = 8; a = 0
c) f ( x) = 3 x ; n = 2; a = 8
35) Seja f ( x) = x :
281
b) Use o polinômio obtido para calcular aproximadamente 5
e estime o erro cometido.
36) Um cilindro circular reto tem altura fixa de 10cm. Suponha que
o raio da circunferência que gera este cilindro começa a se expandir.
282
a) Exatamente 1 segundo após o automóvel passar pelo cruza-
mento, os 2 veículos estão se aproximando ou afastando um
do outro? Com que velocidade?
43) f (x ) = x3 − 3x 2 + 1
45) f (x ) = e x sen x ; 0 ≤ x ≤ 2
46) h ( ) = sen 2
( ) ; 0 ≤ ≤
47) f (x ) = x 2 6 − x 2
3 x + 5 se − 2 ≤ x < −1
49)
Idem ao anterior para f (x ) = x 2 + 1 se − 1 ≤ x < 2 .
x 2 − 6 se 2 ≤ x ≤ 3
Neste caso obtenha a sua resposta a partir do gráfico de f .
283
50) Seja f (x ) = x 2 + kx −1 . Mostre que, seja qual for o valor de k ,
f tem um único ponto de mínimo relativo e nenhum ponto de
máximo relativo.
b) f (x ) = (2 x − 1)
3 4
c) f (x ) = (x + 7 )
3 5
52) Entre todos os pares de números reais cuja soma é 500, de-
termine aquele cujo produto é o maior possível.
284
que produz a maior economia de papel. (Sugestão: chame de x e
y os lados do retângulo que contém a mensagem).
ln (tg x )
60) lim
x→
4 sen x − cos x
61) lim x 2
5
−
1
+ x−6 x−2
x→2
x
63) lim (x − 2)tg 4
x→2 −
65) lim (x + e )
1
2x x
x →0
285
Respostas dos Exercícios Propostos
1) 8 m
3
h 2) Aproximando-se a 36 km/h
3) 1, − 1,
2
5
,−
2
5
4) 5 13 17
, , ,
12 12 12 12
8) 5
f é crescente em (−∞, −4] e , +∞ e decrescente em
5
−4, 3
3
286
14) Quadrado de lado 2,5m .
15) Lado da base: 3
5
8
≅ 85cm ; Altura: 3
64
25
≅ 136cm
26) 1
4
27) 1
28) 1 29) 3
2
33)
2 3 4
1 3 1 3 1
a) P4 ( x) = + x− − x− − x− + x−
2 2 6 4 6 12 6 48 6
x 2 x 4 x 6 x8
b) P8 ( x) = 1 − + − +
2 4! 6! 8!
1 1
(x − 8 ) − (x − 8 )
2
c) P2 ( x) = 2 +
6 288
287
34) ln( x + 1) = x − x2 + x3 − x4 + + (−1) xn
2 3 4
n +1
+ rn ( x) , sendo
n
x n +1
rn ( x) = (−1) (1 + z ) ( )
n+2 − n +1
n +1
x − 4 (x − 4 ) (x − 4 )
2 3
35) a) P3 ( x) = 2 +
4
−
64
+
512
; r3 ( x) = −
5 − 72
128
z (x − 4 )
4
1 1 1 5 − 72
b) 5 = 2+ − + + r3 (5 ); r3 (5 ) = − z , com 4 < z < 5.
4 64 512 128
Ou melhor, 5 = 2, 236328 + r3 (5 ), com r3 (5 ) < 3 ×10−4 . O resul-
tado está correto até a 3a casa decimal.
42) 6, 4 m s
288
47) Pontos de máximo relativo: 2 e -2; Ponto de mínimo relativo: 0
48) Pontos de máximo absoluto: 2 e -2; Valor máximo absolu-
to: 4 2 ; Pontos de mínimo absoluto: − 6 , 0, 6 ; Valor mínimo
absoluto: 0
289
Referências
291