Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Características gerais
A Constituição de 1824 diferencia-se da atual (1988) por ter sido outorgada
(efetivada sem participação popular) e semirrígida (possibilitava modificações
em seu texto). Em todo o resto, as características são idênticas, sendo ela uma
Carta formal e escrita (é um documento sistematizado de regras), analítica (ou
prolixa, dispondo minuciosamente sobre vários tópicos) e dogmática (elaborada
por um órgão constituinte).
Contexto histórico
Um produto da independência brasileira, a Constituição de 1824 surgiu da
necessidade de legitimar o novo império e de formalizar um equilíbrio entre as
várias classes sociais que disputavam o poder político após o fim do regime
português, especialmente os escravocratas, que temiam revoltas da população
majoritariamente escrava, e os imigrantes ainda leais a Portugal ("Partido
Português"). O imperador D. Pedro I também desejava criar uma constituição
liberal, não despótica, aos moldes do que ocorria na Europa, portanto ele
permitiu que o Conselho de Estado, composto por eminentes juristas, redigisse
uma Carta de modo a controlar (ou tentar) os poderes do monarca. Em forma e
conteúdo, o texto final tem clara inspiração na Constituição Francesa de 1814.
Divisão de poderes
A Constituição de 1824 é mais conhecida por sua peculiar divisão de poderes,
com a inclusão do Poder Moderador entre o executivo, legislativo e judiciário.
Com o objetivo declarado de resolver impasses e disputas, o Poder Moderador,
na prática, foi uma maneira de assegurar a autoridade do Imperador sobre os
demais poderes; liberal nas intenções, a Constituição foi centralizadora na
prática, sendo que o Imperador era também a autoridade máxima do Executivo
(com os ministros como auxiliares) e podia adiar seções da Assembleia Geral
(equivalente ao Congresso Nacional) ou dissolver a Câmara dos Deputados.
Direitos civis e religião
Notadamente, o título oitavo da Constituição garantiu alguns direitos
inalienáveis a todos os cidadãos brasileiros, considerado "cidadão" qualquer
pessoa livre natural ou naturalizada no Brasil: o direito à liberdade, à segurança
pessoal e à propriedade. No âmbito religioso, ela estabeleceu o catolicismo
como única religião oficial do Estado, havendo liberdade de culto a outras
religiões somente no âmbito doméstico, ou seja, sem demonstrações em local
público. Apesar desta restrição, a liberdade religiosa era ampla na prática.
*************************************************
A Constituição atual atende as necessidades da sociedade Brasileira, porém precisa de
leis que não evidencie os políticos e outros que são favorecidos pela lei.