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Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Comentário: A Lei 8.112/1990 é o regime jurídico único dos servidores públicos federais, editada
nos termos do art. 39 da Constituição Federal:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
→ Trata-se norma de caráter federal, aplicável exclusivamente à União (não se aplica, portanto, aos
estados, Distrito Federal e municípios);
→ Não se aplica aos empregados públicos, os quais se submetem à Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT;
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos,
acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago
pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
Capítulo I
Do Provimento Seção I Disposições Gerais
I - nomeação;
II - promoção;
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V – readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Comentário:
Do Concurso Público
O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do
candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
LEI 8812/90 → Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso
anterior com prazo de validade não expirado.
Da Posse e do Exercício
Posse:
A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser
alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (O ato de
provimento originário é a nomeação).
No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio
e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
Não tomou posse no prazo? A nomeação torna-se sem efeito (NÃO CONFUNDIR COM
EXONERAÇÃO)
Exercício:
→ Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
→ É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício,
contados da data da posse
→ O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para
função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos;
Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses.
ATENÇÃO!
Apesar de constar o prazo de 24 (meses) no art. 20 da Lei 8.112/1990, o STF e o STJ possuem
entendimento consolidado de que este prazo é, na verdade, de 36 (trinta e seis meses) .
OU SEJA, 3 ANOS.
Estágio probatório:
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao
cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29
Estabilidade
ATENÇÃO!
O prazo da estabilidade é de três anos (e não dois conforme consta no art. 21 da Lei
8.112/1990). Tal prazo foi alterado na Constituição Federal por intermédio da EC 19/1998:
“Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação da EC 19/1998)”
Readapção
Reversão
Reintegração
Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Recondução
Disponibilidade e Aproveitamento
Comentário:
Redistribuição
Substituição
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou
de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva
substituição, que excederem o referido período.
Vencimento e Remuneração
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em
lei.
O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas,
ressalvadas as concessões de que trata o art. 975, e saídas antecipadas, salvo na
hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser
estabelecida pela chefia imediata.
As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior
poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.
Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento.
Vantagens
Acumulação
Responsabilidades
Penalidades
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e
de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por
sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Comentário final: Nesse documento foi abordado o que mais cai em provas de concurso
público, porém é importante fazer a leitura da lei 8.112/90.
BOA SORTE !