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Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto e à
2 Referências normativas instalação de sistemas de proteção elétrica e compati-
3 Definições bilidade eletromagnética em redes internas de telecomu-
4 Simbologia nicações, em edificações atendidas por cabos telefônicos
5 Generalidades ou fios telefônicos externos.
6 Critérios relativos à proteção elétrica para edificações
atendidas por fios telefônicos externos 1.2 Esta Norma aplica-se a todas as edificações, tanto
7 Critérios relativos à proteção elétrica para edificações em áreas urbanas como rurais, exceto edifícios de teleco-
atendidas por cabos telefônicos municações, usinas geradoras e subestações de energia
8 Materiais utilizados elétrica.
9 Caso especial - Edificações isoladas atendidas a partir
de uma edificação principal 2 Referências normativas
10 Inspeção
ANEXO As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
A Bibliografia ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
Prefácio momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o
com base nesta que verifiquem a conveniência de se
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
usarem as edições mais recentes das normas citadas a
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Bra-
seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
sileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
em um dado momento.
(ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE),
formadas por representantes dos setores envolvidos,
NBR 5410:1997 - Instalações elétricas de baixa
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
tensão
(universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito NBR 13300:1995 - Redes telefônicas internas em
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os prédios - Terminologia
associados da ABNT e demais interessados.
NBR 13301:1995 - Redes telefônicas internas em
O anexo A tem caráter informativo. prédios - Simbologia
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NBR 13571:1996 - Haste de aterramento aço-co- condomínio, o ponto de terminação de rede será aquele
breada e acessórios - Especificação a partir do qual se dá este acesso às unidades autônomas
ou às edificações do mesmo condomínio.
NBR IEC 60050 (826):1997 - Vocabulário eletro-
técnico internacional - Capítulo 826: Instalações elé- 3.8 dispositivo de terminação de rede (DTR): Parte da
tricas em edificações rede telefônica pública com função de proteção e/ou
supervisão que, por interesse da prestadora, é instalado
no ponto de terminação de rede (PTR).
ITU-T K.12:1995 - Characteristics of gas discharge
tubes for the protection of telecommunications
installations 4 Simbologia
3.2 fio telefônico externo: Conjunto de dois condutores 6 Critérios relativos à proteção elétrica para
elétricos paralelos ou binados, isolados entre si por enca- edificações atendidas por fios telefônicos externos
pamento e com função de interligar o terminal de acesso
de rede com o imóvel a ser atendido.
6.1 Locais de instalação
3.5 dispositivo de proteção elétrica: Dispositivo de pro- 6.1.2 Casas com aterramento junto ao QDE, na edificação
teção contra sobretensão (surtos e transitórios) e so-
brecorrente, contendo dispositivos de falha segura, uti- Nestes casos, quando a distância entre a origem da insta-
lizado em sistemas de telecomunicações. lação de energia e a entrada da edificação ultrapassar
10 m, a entrada da edificação deve ser considerada como
3.6 dispositivo de falha segura: Mecanismo contido em origem efetiva da instalação, conforme a NBR 5410; o
um dispositivo de proteção elétrica, o qual assegura que, esquema elétrico de interligação e aterramento deve ser
caso este último seja atingido por uma sobrecorrente executado conforme a figura 2. Neste caso, o dispositivo
acima de sua capacidade nominal de condução, ele seja de proteção elétrica deve ser instalado em uma caixa te-
danificado por sobreaquecimento, sem contudo propagar lefônica, distanciada no máximo 0,3 m do QDE.
chamas, mas garantindo que toda a corrente espúria seja
drenada para o sistema de aterramento. 6.1.3 Edificações isoladas
3.7 ponto de terminação de rede (PTR): Ponto de co- Para os casos de edificações isoladas e com distância
nexão física à rede telefônica pública, que se localiza no maior que 10 m entre a origem da instalação e a edifi-
imóvel do assinante e que atende às especificações cação, como, por exemplo, edificações em áreas rurais,
técnicas necessárias para permitir, por seu intermédio, o deve ser construído aterramento do tipo anel, conforme
acesso individual ao serviço telefônico público. Quando a figura 3, caso não seja possível a utilização da fundação
o imóvel corresponder à edificação ou edificações em como aterramento da edificação.
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Figura 1
Figura 2
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Figura 3
7 Critérios relativos à proteção elétrica para como de ocorrência de ruído excessivo na linha e/ou con-
edificações atendidas por cabos telefônicos trole de corrosão eletrolítica, esta vinculação deve ser
efetuada através de dispositivos de proteção elétrica do
7.1 Edificações com caixa de distribuição geral tipo curto-circuitantes (centelhadores), conforme a fi-
gura 5.
7.1.1 Deve ser projetado um eletroduto não metálico para
interligação da caixa de distribuição geral ao terminal de 7.1.4 Os cabos telefônicos, a partir da caixa de distribuição
aterramento principal (TAP) da edificação, que possibilite geral, devem ser instalados na prumada (shaft) do edifício,
a passagem do condutor de vinculação, conforme a fi- conforme a figura 6, sendo que o distanciamento ótimo
gura 4. em relação à rede de energia ou outras redes eventual-
mente existentes é mostrado na tabela 1, em função das
7.1.2 O local para instalação do dispositivo de proteção condições da cabeação da rede de energia e da sua po-
elétrica deve ser a caixa de distribuição geral, conforme tência disponível.
a figura 5, devendo esta caixa estar o mais próximo
possível do quadro de distribuição de energia, possi- 7.1.5 Os distanciamentos e as configurações da rede de
bilitando desta forma a interligação do terminal de aterra- energia, descritos na tabela 1, garantem bons resultados
mento de telecomunicações (TAT) com o terminal de quanto à imunidade contra ruídos provenientes da pro-
aterramento principal (TAP) da edificação, o mais curta e ximidade com a rede de energia; porém, contra os efeitos
retilínea possível, convenientemente dimensionada de de uma descarga atmosférica atingindo a própria edifi-
acordo com a NBR 5410, sendo que o condutor deve ser cação, ou as edificações vizinhas, devem ser utilizados
isolado e com seção mínima de 16 mm2. eletrodutos metálicos para os cabos telefônicos, vincu-
lando-se eletricamente estes eletrodutos às ferragens da
7.1.3 Na caixa de distribuição geral devem estar vincu- edificação, mantendo-se a continuidade elétrica assegu-
lados o terminal terra dos protetores e as blindagens dos rada ao longo de todo o eletroduto e vinculando-se eletri-
cabos telefônicos ao terminal de aterramento de tele- camente também as caixas de distribuição dos andares
comunicações (TAT), sendo que, para casos específicos, a estes eletrodutos.
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7.1.6 Outras configurações, diferentes das descritas na 7.1.8 Os eletrodutos da rede telefônica secundária, que
tabela 1, podem ser utilizadas, devendo, porém, ser interligam as caixas de distribuição secundárias aos pon-
objetos de estudos específicos. tos telefônicos, devem percorrer o mesmo percurso (para-
lelo) dos eletrodutos de energia elétrica, obedecendo às
7.1.7 O conjunto formado pela caixa de distribuição geral condições e distanciamentos descritos na tabela 1, e os
e os eletrodutos metálicos ligados a esta, quando exis- pontos telefônicos devem ser posicionados juntos às
tentes, devem estar vinculados ao terminal de aterra- tomadas de energia, conforme mostrado na figura 7.
mento de telecomunicações (TAT).
Figura 4
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NOTAS
1 Quaisquer outros condutores de comunicação presentes nesta caixa de distribuição geral devem estar conectados no TAT.
2 Os detalhes desta figura são relativos apenas aos aspectos de proteção elétrica do conjunto, sem o objetivo de abordar os seus
aspectos construtivos.
3 O dispositivo de proteção elétrica demonstrado só é utilizado em casos específicos, conforme descrito em 8.3.
Figura 5
Figura 6
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Tabela 1 - Separação ótima dos cabos telefônicos em relação à redes de energia ≤ 480 V
Distância de separação
Condição
< 2 kVA 2 a 5 kVA > 5 kVA
Figura 7
7.2 Edificações com sala de telecomunicações 7.2.2 Deve ser projetado um eletroduto não metálico para
interligação da sala de distribuição geral ao terminal de
7.2.1 O local para instalação dos protetores deve ser a aterramento principal (TAP), o mais curto e retilíneo
sala de distribuição geral, devendo esta sala estar próxima possível, que possibilite a passagem do condutor de
ao terminal de aterramento principal (TAP), possibilitando vinculação, conforme a figura 8.
uma interligação do terminal de aterramento de teleco-
municações (TAT) com o terminal de aterramento princi-
pal (TAP), mais curta e retilínea possível, utilizando um
condutor isolado, com seção mínima de 50 mm2, conforme
a figura 8.
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Figura 8
8.3 Os dispositivos de proteção elétrica devem possuir 8.3.2.2 O dispositivo de proteção elétrica a ser utilizado
características diferenciadas, em função da forma de aten- para os casos específicos previstos em 8.3 deve possuir
dimento da edificação, conforme descrito em 8.3.1 e 8.3.2. faixa de atuação entre 300 V e 500 V, capacidade de
8.3.1 Edificações atendidas por fios telefônicos externos
dreno de corrente de 20 kA (10 kA por linha) em forma de
onda impulsiva de 8/20 µs, e capacidade mínima de dreno
8.3.1.1 Os dispositivos de proteção elétrica devem possuir de corrente de 10 A sob 60 Hz por 1 s, conforme estabe-
faixa de atuação entre 300 V e 500 V, capacidade de lecido pela NBR 5410, sem atuação do dispositivo de
dreno de corrente de 20 kA (10 kA por linha) em forma de falha segura. O dispositivo de falha segura, após a sua
onda impulsiva de 8/20 µs, e capacidade mínima de dreno atuação, deve suportar uma corrente mínima de 23 A por
de corrente de 20 A sob 60 Hz por 1 s, conforme estabe- linha durante 15 min.
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NOTA - Quando da ocorrência de ruídos no cabo telefônico, NOTA - É aconselhável a substituição completa dos protetores
aterrar uma das extremidades da blindagem através de um dis- a cada 10 anos em função da sua vida útil média ser estimada
positivo de proteção elétrica, tipo curto-circuitante, conforme em 15 anos pelos fabricantes, sendo a diferença de 5 anos con-
estabelecido em 8.3. siderada como margem de segurança.
Figura 9
/ANEXO A
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Anexo A (informativo)
Bibliografia
NBR 5419:1993 - Proteção de estruturas contra descargas ITU-T K-27:1996 - Bonding configurations and earthing
atmosféricas - Procedimento inside a telecommunication building
NBR 13726:1996 - Redes telefônicas internas em prédios ITU-T K.31:1993 - Bonding configurations and earthing of
- Tubulação de entrada telefônica - Projeto telecommunication installations inside a subscriber’s
building
NBR 13727:1996 - Redes telefônicas internas em prédios ANSI T1.318:1994 - Electrical protection applied to
- Plantas/partes componentes de um projeto de tubulação telecommunication network plant at entrances to customer
telefônica structures or buildings
NBR 13822:1997 - Redes telefônicas em edificações com EIA/TIA-569:1998 - Commercial building standard for
até cinco pontos telefônicos - Projeto telecommunications pathways and spaces