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Continuada a Distância
Curso de
Semiotécnica aplicada à
Enfermagem
Curso de
Semiotécnica aplicada à
Enfermagem
MÓDULO I
Aluno:
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
EAD - Educação a Distância descritos na Bibliografia Consultada.
Parceria entre Portal Educação e Sites Associados
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SUMÁRIO Higiene oral
Higiene dos cabelos
Precauções universais Higiene das unhas
Higiene íntima
Orientações gerais Tratamento de pediculose
Técnica de lavagem das mãos
Técnica para calçar luva estéril Conforto e segurança
Paramentação
Movimentação do paciente
Cuidados de enfermagem com a unidade do paciente Mudança de decúbito
Restrição do paciente
Limpeza diária ou concorrente Transporte do paciente
Limpeza ou desinfecção terminal
Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares Administração de medicamentos
Banho no leito
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Sondagem nasogástrica Cuidados com pacientes inconscientes e agonizantes
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Técnicas de troca de cânula MÓDULO I
Retirada do conjunto de cânula de traqueostomia
Oxigenoterapia
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
1. Orientações gerais
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• Luvas - sempre que houver possibilidade de contato com sangue, parenterais de
secreções e excreções, com mucosas ou com áreas de pele não-íntegra (ferimentos, medicações
Procedimentos
Exame de
* A utilização de capotes (aventais) está indicada durante os procedimentos
paciente sem contato com
sangue, fluidos corporais, X - - - em haja possibilidade de contato com material biológico, como na realização de
mucosas ou pele não- curativos de grande porte, em que haja maior risco de exposição ao profissional,
íntegra como grandes feridas cirúrgicas, queimaduras graves e escaras de decúbito.
Exame de **O uso de óculos de proteção está recomendado somente durante os
paciente, incluindo contato
procedimentos em que haja possibilidade de respingo, ou para aplicação de
com sangue, fluidos X X -* -
medicamentos quimioterápicos.
corporais, mucosas ou
pele não-íntegra
Coleta de
Cuidados com materiais pérfuro-cortantes
exames de sangue, urina X X - - Recomendações específicas devem ser seguidas durante a realização de
e fezes procedimentos que envolvam a manipulação de material pérfuro-cortante:
Realização de
X X -* - **
curativos • Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
Aplicações X X - - **
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• Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de Estas precauções consistem em:
procedimentos que envolvam materiais pérfuro-cortantes; 1. Quarto privativo ou coorte de pacientes com o mesmo agente etiológico. A
• As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou distância mínima entre dois pacientes deve ser de 1 metro. A porta pode permanecer
retiradas da seringa com as mãos; aberta;
• Não utilizar agulhas para fixar papéis; 2. Máscara deve ser utilizada se houver aproximação ao paciente, numa
• Todo material pérfuro-cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, distância inferior a um metro. Por questões operacionais, as máscaras podem ser
vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes recomendadas para todas as vezes que o profissional entrar no quarto. Devem-se
resistentes à perfuração e com tampa; incluir os visitantes e acompanhantes;
• Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser 3. O transporte dos pacientes deve ser limitado ao mínimo indispensável e,
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total, e devem ser colocados quando for necessário, o paciente deve usar máscara.
sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.
PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS
Isolamento e precauções São indicadas para pacientes com suspeita ou infecção comprovada por
O isolamento e precaução é uma forma aplicada a todos os pacientes com microrganismos transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho < 5 microns) que
transmissão de microorganismos por aerossóis, por contato e via respiratória. ficam suspensos no ar e que podem ser dispersos a longas distâncias. (Exemplo:
O profissional deverá manter as Precauções Padrão, a todos os pacientes varicela, sarampo, tuberculose).
com doenças transmissíveis, que consiste em: lavagem das mãos; o uso de luvas, Consistem em:
máscara e óculos; cuidados no manuseio de materiais pérfuro-cortantes e 1. Quarto privativo (ou coorte, que deve ser evitada) que possua pressão de
equipamentos; e quarto privativo para os pacientes com doenças infecciosas, onde o ar negativa em relação às áreas vizinhas; um mínimo de 06 trocas de ar por hora; e,
ambiente também é considerado. cuidados com o ar que é retirado do quarto (filtragem com filtros HEPA) antes da
recirculação em outras áreas do hospital. As portas devem ser mantidas fechadas;
Tipos de isolamento e precaução 2. Proteção respiratória com máscara que possua capacidade adequada de
filtração e boa vedação lateral, máscara nº 95. Indivíduos suscetíveis a sarampo e
PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA varicela não devem entrar no quarto de pacientes com suspeita ou portadores
São indicadas para pacientes portadores de microrganismos transmitidos destas infecções;
por gotículas de tamanho superior a 5 microns, que podem ser geradas durante 3. O transporte dos pacientes deve ser limitado, mas se for necessário eles
tosse, espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos. (Exemplo: devem usar máscara (a máscara cirúrgica é suficiente).
coqueluche, difteria, streptococos pneumoiae, neisseria meningitides e caxumba).
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Estão são indicadas para pacientes com infecção ou colonização por
microrganismos com importância epidemiológica e que são transmitidos por contato
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direto (pele-a-pele) ou indireto (contato com itens ambientais ou itens de uso do 2. Técnica de lavagem das mãos
paciente). (Exemplo: infecções gastrintestinais, respiratória, pele e ferida
colonizada, entéricas e grandes abscessos). a) Lavagem básica das mãos
Consistem em: É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando a remoção de
1. Quarto privativo ou coorte, quando os pacientes estiverem acometidos bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas,
pela mesma doença transmissível. Os recém-nascidos podem ser mantidos em pêlos, suor, sujidades e oleosidade da pele. O profissional de saúde deve fazer
incubadora. Crianças e outros pacientes, que não deambulam, não requerem quarto desse procedimento um hábito, seguindo as recomendações e etapas de
privativo, desde que as camas tenham um afastamento maior do que 1metro entre desenvolvimento da seguinte técnica:
elas;
2. Uso de luvas quando entrar no quarto do paciente. Após o contato com • Fique em posição confortável, sem tocar a pia, e abra a torneira, de
material que contenha grande concentração de microrganismos (por exemplo: preferência, com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, e com
sangue, fezes e secreções), as luvas devem ser trocadas e as mãos lavadas. Após a a direita, se for canhoto;
lavagem das mãos, deve-se evitar o contato com superfícies ambientais • Mantenha se possível, a água em temperatura agradável, já que a
potencialmente contaminadas; água quente ou muito fria resseca a pele. Use, de preferência, 2 ml de sabão líquido,
3. Uso de avental limpo, não estéril, quando entrar no quarto, se for previsto ou o sabão em barra( nesse caso enxágüe o sabão antes do uso);
contato com o paciente que possa estar significativamente contaminando o ambiente • Ensaboe as mãos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos,
(diarréia, incontinência, incapacidade de higienização, colostomia, ileostomia, ferida em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades
com secreção abundante ou não contida por curativo). O avental deve ser retirado dos dedos, conforme mostra a figura:
antes da saída do quarto, e deve-se evitar o contato das roupas com superfícies
ambientais potencialmente contaminadas;
4. O transporte de pacientes para fora do quarto deve ser reduzido ao
mínimo. As precauções devem ser mantidas durante o transporte;
5. Os itens que o paciente tem contato e as superfícies ambientais devem
ser submetidas à limpeza diária;
6. Equipamentos de cuidado com os pacientes e materiais como
estetoscópio, esfigmomanômetro ou cômoda ao lado do paciente, sempre que
possível, devem ser usados somente por um único paciente. Se não for possível, a
desinfecção deste material é recomendada entre o uso em um e outro paciente.
Adaptada de: LAURENCE. J.C. The bacteriology of burns. Journal of hospital (Supl. B): 3 –
17, 1985
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• Enxágüe as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão, b) Lavagem e anti-sepsia das mãos
enxugue-as com papel-toalha descartável;
• Feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável (evite encostar- Pré-procedimentos cirúrgicos
se à mesma ou na pia) No preparo das mãos e antebraços, antes de quaisquer procedimentos
cirúrgicos, o profissional de saúde deve remover todas as jóias, pulseiras e ou anéis,
Indicações inclusive a aliança. As unhas devem ser mantidas aparadas e sem esmalte.
Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas Para a anti-sepsia, recomenda-se o emprego de escovas apropriadas, com
seria uma tarefa prolongada e incompleta. cerdas macias, descartáveis ou convenientemente esterilizadas. São contra-
De modo geral, entretanto, o bom senso autoriza e recomenda que o indicadas as escovas de cerdas duras, já que podem promover lesões cutâneas nas
profissional de saúde lave as mãos nas situações abaixo indicadas: sempre que mãos e antebraços. Proscreve-se, também, a manutenção de escovas em soluções
estiverem sujas. desinfetantes, bem como seu reaproveitamento após o uso. Caso não existam
condições adequadas para a utilização das escovas, deve-se dar preferência ao
Antes de: desenvolvimento da anti-sepsia sem escovação.
• Ministrar medicamento oral; Com ou sem escovação, porém, a seqüência da lavagem deve ser
• Preparar nebulização. ritualmente seguida pelo profissional de saúde. Com movimentos de fricção pelas
diferentes faces das mãos, espaços interdigitais, articulações, extremidades dos
Antes e após: dedos e antebraços, durante 5 minutos antes da primeira cirurgia e de 2 a 5 minutos
• A realização de trabalhos hospitalares; antes das cirurgias subseqüentes, desde que a anterior não tenha sido infectada.
• A realização de atos e funções fisiológicas e ou pessoais (se alimentar, Nesse caso, deve-se obedecer ao tempo de 5 minutos.
limpar e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer
parte do corpo); 1ª opção
• O manuseio de cada paciente e, às vezes, entre as diversas atividades Desenvolvimento da técnica com anti-séptico-detergente
realizadas num mesmo paciente (por exemplo: higiene, aspiração endotraqueal, Quando do emprego de produtos antissépticos-detergentes no final do
esvaziamento da bolsa coletora de urina etc.); procedimento, o profissional de saúde deve enxaguar as mãos em água corrente,
aplicar o produto e, após friccioná-lo nas mãos, enxugar as mesmas com toalha ou
• O preparo de materiais ou equipamentos (respiradores, nebulizadores
compressa esterilizada.
etc.), durante seu reprocessamento;
É vedado o uso de soluções alcoólicas para a remoção de resíduos do anti-
• A manipulação de materiais ou equipamentos (exemplo: cateter
séptico-detergente.
intravascular, sistema fechado de drenagem urinária e equipamentos respiratórios);
• A coleta de espécimes;
• A aplicação de medicação injetável;
• A higienização e troca de roupa dos pacientes.
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2ª opção percutâneo a cavidades naturais (cateterismo vesical, punção suprapúbica) e outras
Desenvolvimento da técnica com água, sabão e aplicação de anti- cirurgias realizadas em unidades ambulatoriais e de emergência, como por exemplo,
sépticos retirada de corpo estranho, cirurgia oftalmológica e outras.
Quando não houver a disponibilidade de produtos à base de antisséptico- Em alguns serviços de saúde, os procedimentos citados – em conseqüência
detergente associado, o ritual da lavagem / escovagem deverá ser processado com de situações emergenciais e outras peculiares à instituição – são realizados em
o uso do sabão, obedecendo-se a técnica preconizada. O profissional de saúde, áreas semicríticas e não em áreas críticas, o que seria mais adequado, devido ao
após friccionar as mãos com água e sabão, deve enxugá-las tendo o cuidado de risco potencial de infecção.
remover totalmente a espuma e resíduos de sabão das mãos e antebraços.
Seqüencialmente, deve aplicar uma solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 %, Outros procedimentos de risco
friccionando as mãos com essa solução por, no mínimo, 1 minuto, secando-as em Alguns procedimentos de risco ou invasivos (diagnósticos ou terapêuticos)
seguida com toalha ou compressa esterilizada. são desenvolvidos em diferentes áreas dos hospitais brasileiros. Apesar de não
Em qualquer das duas opções, durante o desenvolvimento da técnica, as representarem risco de infecção equivalente aos das agressões cirúrgicas (de
mãos devem ser mantidas numa altura relativamente superior aos cotovelos, e a grande e pequeno porte) acima referidas, os cuidados com as mãos devem ser
secagem com toalha ou compressa esterilizada deve ser processada, sempre, rigorosos, tendo-se em vista que freqüentemente acarretam infecções hospitalares.
obedecendo-se a direção mãos-cotovelo, com movimentos compressivos e não de Portanto, preconiza-se a lavagem das mãos com água e sabão por
esfregação. aproximadamente 15 segundos, com posterior aplicação de anti-séptico em solução
É contra-indicada a imersão das mãos em bacias com álcool iodado. Como alcoólica, friccionando, durante 1 minuto, todas as faces das mãos, conforme a
precaução adicional, o profissional de saúde deve usar luvas quando houver um técnica já descrita. Ressalva-se que as mãos devem secar naturalmente e não por
elevado risco de transmissão de infecção. Tal procedimento objetiva proteger os intermédio do papel-toalha.
pacientes dos microrganismos que não foram totalmente removidos através da Considerando-se o custo, o problema de disponibilidade dos anti-sépticos
lavagem das mãos, bem como evitar que o pessoal de saúde tenha contato direto detergentes no mercado e a não necessidade de efeito residual prolongado em
com secreções, excreções, material e equipamentos contaminados. O uso de luvas, alguns procedimentos de risco. Optou-se, apenas, pela lavagem das mãos com
entretanto, não prescinde uma boa lavagem das mãos. água e sabão, com posterior aplicação de anti-sépticos em solução alcoólica, o que
não exclui, entretanto, o uso de antissépticos-detergentes por algumas instituições
Indicações (1 ª e 2 ª opção) que assim o preferirem.
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• Preparar solução parenteral ou enteral; Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em
• Instalar solução parenteral (antes de manusear equipamentos para tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o
ministrar a solução); fabricante.
• Proceder à instalação da hemodiálise; Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre
• Realizar instrumentação e sondagem de orifícios naturais (cistoscopia, uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação.
broncoscopia, laringoscopia direta e cateterismo vesical);
• Realizar punção-biópsia;
• Realizar punção lombar;
• Efetuar cateterismo de trajetos fistulosos.
Antes e após:
• Qualquer tipo de curativo.
Após:
• Contato com urina, fezes, sangue, saliva, escarro, secreções
purulentas ou outras secreções ou excreções materiais, bem como equipamentos e
roupas contaminadas. Fonte: site: www.enfermagem.org
para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por Elas existem para facilitar a abertura do papel, sem que ocorra o risco de tocar nas
isso requer muita atenção. luvas e contaminá-las. Então, segure nas abas abra os dois lados que revestem as
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de luvas, conforme a figura abaixo.
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Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando
ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas
não se preocupe se os dedos ficarem mal posicionados dentro da luva. Continue o
procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito
arriscado tentar arrumar a posição dos dedos, você pode contaminá-la).
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Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos
colocar a luva na mão esquerda (não-dominante). Lembre-se, que agora estamos
com uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não
sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. Com
a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por
dentro da dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio
para segurar a luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva, mesmo que
imperceptivelmente.
locais não-estéreis.
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Técnicas:
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áreas do hospital, com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de • Friccionar com o 4º pano por 15 segundos em cada ponto;
materiais de consumo como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco • Limpar e guardar o material.
para lixo. Inclui:
→ Limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e peitoril, limpeza 2. Limpeza ou desinfecção terminal
completa do sanitário; Entende-se por limpeza terminal a higienização completa das áreas do
→ Limpeza de todo o mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira), hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da
realizada pela equipe da unidade (ou pela equipe da higienização, quando população microbiana. É realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida,
devidamente orientada). habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário.
Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm
Obs.: contato direto com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados
• A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o (cadeira de rodas, maca e outros).
dia, pois há acúmulo de partículas existentes no ar ou pela movimentação de Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que
pessoas; compõem a unidade do paciente no hospital. É feita após a alta, transferência, óbitos
• A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no ou longa permanência do paciente.
período da manhã, durante a higiene do paciente. Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção.
Seguir os princípios:
Técnica:
• Do mais limpo para o mais sujo;
Inicia-se do local mais limpo para o local mais sujo, ou do local menos • Da esquerda para direita;
contaminado de acordo com o “provável nível de sujidade ou contaminação”. • De cima para baixo;
1º. Mobiliários; • Do distal para o proximal.
2º. Parede;
3º. Piso. Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para
enxaguar, deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez.
Materiais: Baldes, panos e solução apropriada.
Técnica:
• Embeber o pano em solução apropriada;
• Esfregar a área a ser limpa sempre no mesmo sentido, do mais Materiais: bandeja, 2 baldes com água e recipiente com pedaço de sabão
limpo ao mais sujo; (para limpeza da unidade), 1 balde com solução desinfetante padronizada no
• Molhar o outro pano em água limpa (2º balde) e enxaguar; hospital (para desinfecção da unidade), cuba-rim para lixo, papel toalha, luva de
• Molhar com o 3º pano no álcool e aplicar na superfície, deixar secar; procedimentos.
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• Retirar a roupa, separando a leve da pesada, manuseando-a com 3. Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares
cuidado, fazer um pacote e colocá-lo sobre a bandeja. Levar a roupa ao expurgo; Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas
• Se houver comadre, papagaio, bacia e cuba-rim no quarto, enxaguar para realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.
no banheiro e levar para o expurgo, lavá-las com água e sabão, secar e passar Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do
álcool 70%; paciente, disseminando a infecção hospitalar.
• Colocar a luva de procedimentos; As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de
• Limpar a mesa de refeição; contato e do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e
• Limpar a mesa de cabeceira, iniciar pela área externa (parte superior, As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a
laterais, atrás e frente), parte interna da gaveta (iniciando pelo fundo, laterais, chão e classificação feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares
frente) e parte externa da gaveta (limpar apenas laterais). Parte interna da porta. são classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco
Parte interna da mesinha (iniciar pelo teto, fundo, laterais, prateleira do meio e parte de infecção do uso destes itens.
inferior). Manter a porta fechada; Os artigos críticos são aqueles destinados a penetração, através de pele e
• Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de
mesa de cabeceira, e proceder à limpeza do outro lado; colonização. Exemplo: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros.
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como as de 70°C, 85°C, 92°C, 95°C, respectivamente, a um tempo de exposição Técnica:
decrescente. A desinfecção química pode ser feita imergindo o material em soluções
à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30 minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 1. Reunir o material;
10 minutos, atentando-se para indicações e contra-indicações para cada material. 2. Realizar a limpeza concorrente;
Estas duas soluções garantem a desinfecção de alto nível, ou seja, além de virucida, 3. Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro;
bactericida, fungicida e micobactericida, é também parcialmente esporocida. Já 4. Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando a ordem:
outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% e fenol sintético, • Toalha de banho;
são desinfetantes químicos sem ação esporocida, porém adequados para processar • Fronha;
os artigos semicríticos, por serem desinfetantes de nível intermediário (virucida, • Colcha;
bactericida, fungicida e micobactericida). • Cobertor;
Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo • Lençol protetor do paciente (sobrelençol);
for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é • Lençol protetor do colchão.
seguro, rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado. 5. Dispor o lençol de baixo fazendo canto da cabeceira, dos pés e lateral da
Se o artigo for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa cama;
automatizada, por meio de óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou 6. Colocar o lençol protetor do paciente deixando barrado junto à cabeceira;
vapor à baixa temperatura com o gás formaldeído. 7. O cobertor a menos de 40 cm da cabeceira, estender a colcha rente a
cabeceira prendendo junto as 3 peças nos pés da cama e deixando solto os lados;
8. Pôr a fronha no travesseiro colocando junto à grade da cabeceira.
PREPARO DA CAMA HOSPITALAR Endireitar a cadeira, passar para o outro lado e repetir a seqüência;
9. Deixar a unidade (quarto do paciente em ordem).
O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto adequados, Obs.: Dobraduras do lençol: 2 vezes no sentido da largura e 1 vez no sentido
sendo essencial na manutenção e recuperação da saúde. Tem como objetivos: de comprimento. Colocar na cadeira com as pontas laterais voltadas para a cama.
preparar uma cama segura e confortável; manter a unidade com aspecto agradável;
2. Cama aberta
proporcionar bem-estar e segurança ao paciente. A técnica preconizada tem por
função proporcionar conforto e segurança ao paciente, como também tornar mais
É o preparo da cama sem paciente, com ocupação do leito pelo paciente
rápido e menos fatigante o trabalho da enfermagem.
que pode se locomover.
Técnica:
1. Cama fechada
É o preparo da cama para ser ocupada por um novo paciente.
O material utilizado é o mesmo da cama fechada, acrescido de um recipiente
de pano de limpeza e desinfetante, para limpeza do colchão e travesseiro antes do
preparo da cama.
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Proceder à mesma seqüência da cama fechada, deixando o lençol de cima 14. Dobrar o sobrelençol usado longitudinalmente, tendo cuidado de não
(protetor do paciente) virado no sentido diagonal sobre o cobertor e a colcha na expor o paciente. Colocar o sobrelençol limpo com a técnica conhecida e estendê-lo
parte da cabeceira. O travesseiro é colocado sobre a cama. sobre o paciente, no mesmo tempo em que é retirado o lençol usado;
15. Colocar o cobertor e a colcha e fixá-los, conforme descrição anterior;
3. Cama ocupada 16. Retirar fronha, fazer desinfecção do travesseiro e colocar fronha limpa.
Consiste no preparo da ama ocupada por um paciente que permanece no
leito, incapaz de se locomover. 4. Cama operado
É o preparo da cama para receber o paciente que se submeteu a cirurgias
Técnica: ou exames sob anestesia.
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ADMISSÃO, ALTA E TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE 7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim
de obter sua cooperação;
1. Admissão 8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado da própria roupa;
período. Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, 9. Fazer o prontuário do paciente;
proporcionar conforto e segurança. 10. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração, proceder ao
Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da exame físico;
unidade e encaminhado ao quarto ou enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e 11. Anotar no relatório de enfermagem a admissão;
cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades. Geralmente, o paciente 12. Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário.
está preocupado com a sua saúde.
A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares, 2. Alta
inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o atenderá. Se recebido Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no
atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e bem estar, e deste hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando
primeiro contato depende em grande parte a colaboração do paciente ao tratamento. está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa.
A alta do paciente deve ser assinada pelo médico.
Procedimentos:
Procedimentos:
1. Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão
completas; 1. Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada
2. Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o pelo médico;
conforto possível; 2. Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem
3. Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto; feitos antes da saída do paciente;
4. Orientar o paciente em relação à: localização das instalações sanitárias; 3. Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado;
horários das refeições; modo de usar a campainha; nome do médico e da enfermeira 4. Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente;
chefe; 5. Auxiliar o paciente a vestir-se;
5. Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de repouso; 6. Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola;
horário de visita; 7. Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados
6. Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato da no hospital;
admissão, se não for possível, colocá-los em um saco e grampear, identificando com 8. Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até
um impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences; o veículo;
9. Transportar o paciente;
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10. Preparar a unidade para receber outro paciente. Os objetivos do banho de leito são: providenciar conforto e bem-estar,
promover relaxamento muscular, manter a integridade da pele, estimular a
3. Transferência interna do paciente circulação.
É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio
hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos, mudança Procedimentos:
de setor e troca do tipo de acomodação.
Material: Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol
Procedimentos: móvel, 01 impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem;
1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente; luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho
2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e ou compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01
cuidados prestados; sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo s/n; saco de hamper.
3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;
4. Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial; 1. Colocar o biombo s/n; fechar janelas e portas;
5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à família 2. Desocupar a mesa de cabeceira;
ou encaminhando junto ao paciente; 3. Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
6. Proceder o transporte do paciente, com auxílio; 4. Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro
7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences; e a camisola, deixando-o protegido com o lençol;
8. Auxiliar na acomodação do paciente; 5. Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível;
9. Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas; 6. Colocar o travesseiro sobre o ombro;
10. Preparar a unidade para receber outro paciente. 7. Ocluir os ouvidos;
8. Colocar a bacia sob a cabeça;
HIGIENE CORPORAL DO PACIENTE 9. Lavar os cabelos;
10. Fazer higiene oral;
1. Banho no leito 11. Calçar as luvas de procedimento;
A higiene pessoal adequada é indispensável à conservação da saúde e do 12. Molhar as luvas de banho retirando o excesso de água;
bem estar. A pele íntegra é a primeira linha de defesa contra infecção e contra a 13. Lavar os olhos do paciente do ângulo interno;
agressão aos tecidos subjacentes, além de ter importância na regulação da 14. Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo;
temperatura corporal. 15. Utilizar água limpa para lavar cada olho;
O enfermo, em geral, tem menor resistência à infecção, por isso as bactérias 16. Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto;
patogênicas contribuem com ameaça mais acentuada, porém a invasão microbiana 17. Colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no
pode ser reduzida, mantendo-se intactas a pele e a membrana mucosa. sentido do punho para as axilas em movimentos longos;
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18. Enxaguar e secar com a toalha de banho; Os objetivos da higiene oral são: motivar a formação de hábitos de higiene,
19. Repetir a operação com o outro braço; remover restos alimentares, prevenir cáries dentárias e infecções, aumentar a
20. Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a circulação capilar, proporcionar conforto e bem-estar.
região púbica;
21. Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e Procedimentos:
abdômen;
22. Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol; Material: escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de
23. Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, rosto; cuba-rim; espátula; canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); antisséptico oral
massagear as proeminências ósseas e panturrilha; (Cepacol); luva de procedimento; gaze.
24. Flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os
dedos; Paciente com pouca limitação:
25. Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para 1. Em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada;
você, protegendo-a com toalha, lavar, enxugar e secar; 2. Proteger o tórax com a toalha de rosto;
26. Fazer massagem de conforto; 3. Colocar a cuba-rim sob a bochecha;
27. Colocar o paciente em posição dorsal; 4. Solicitar para que abra a boca ou abri-la com auxilio da espátula;
28. Colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente; 5. Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade
29. Oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene dos dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com
íntima (se tiver limitações, calçarem a luva e fazer a higiene para o paciente); pressão constante da escova;
30. Lavar as mãos; 6. Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando
31. Vestir a camisola; a língua com espátula protegida com gaze, s/n;
32. Trocar a roupa de cama; 7. Oferecer copo com água para enxaguar a boca; utilizar canudo s/n.
33. Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável.
Paciente com prótese:
2. Higiene oral 1. Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze;
colocá-la na cuba rim;
A boca é a principal porta de entrada para os microorganismos causadores 2. Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo;
de doenças. É um excelente meio de incubação porque fornece umidade, alimento, 3. Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.
calor e proteção em condições ideais.
A boca mal cuidada favorece o aparecimento de infecção, tanto no trato Pacientes inconscientes ou em estado grave:
digestivo quanto no trato respiratório, por isso, a higiene oral constitui um cuidado de 1. Toalha sobre o tórax e proteger a cama;
enfermagem diário. 2. Elevar decúbito se não houver contra indicação;
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3. Molhar a gaze na solução; CONFORTO E SEGURANÇA
4. Lavar dentes, gengivas, palato, bochechas, língua;
5. Lubrificar lábios; 1. Movimentação do paciente
6. Deixar paciente confortável. Para que o paciente se sinta confortável no leito, é necessário que o corpo
fique apoiado em bom alinhamento, numa posição repousante.
3. Tratamento de pediculose É fundamental que o paciente seja freqüentemente movimentado no leito,
Pedículos humanos são parasitas do ser humano, conhecido popularmente principalmente o paciente dependente, evitando complicações. Ao se executar a
por “piolhos”, sendo encontrados no couro cabeludo e outras regiões pilosas do movimentação do paciente no leito, deve-se levar em conta a proteção do paciente
corpo. contra possíveis traumatismos e/ou deformidades decorrentes de mau
Os sintomas incluem: prurido intenso, presença de lêndeas e presença do posicionamento, utilizando-se para este fim: travesseiros, coxins, almofadas d’água,
próprio piolho. etc. Deve-se considerar também a proteção das pessoas que executam a
O objetivo do tratamento de pediculose é eliminar o parasita e seus ovos, movimentação, prevenindo traumas na coluna vertebral e outros acidentes, usando
proporcionando conforto ao paciente e evitando sua propagação. os mecanismos corporais adequados e os princípios das leis mecânicas.
Tem como objetivos: proporcionar conforto, aliviar área de pressão e relaxar
Procedimento: a musculatura, prevenir a formação de escaras de decúbito, prevenir deformidades
musculares e prevenir complicações pulmonares, embolias, tromboses.
Material: bandeja, 1 par de luvas, antiparasitário tópico, impermeável se o
paciente não puder sentar-se, 1 forro, 1 toalha de rosto, recipiente para lixo, 2 tiras Materiais:
de fita adesiva, 1 par de gazes, pente fino.
• Bandeja;
1. Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto; • Travesseiros;
2. Pedir ao paciente que se sente na cadeira ou no leito; • Coxins;
3. Calçar as luvas; • Apoios para os pés;
4. Proteger o rosto do paciente com a toalha e os ombros com o forro; • Almofadas d’água;
5. Aplicar o antiparasitário tópico no couro cabeludo, usando as gazes, • Forros.
repartindo os cabelos;
6. Prender os cabelos fazendo um turbante justo com o forro;
7. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
8. Deixar o produto agir. Se aplicar à noite, deixar até a manhã seguinte;
9. Encaminhar o paciente ao chuveiro para lavar os cabelos;
10. Pentear os cabelos com pente fino.
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2. Mudança de decúbito Mudança de decúbito lateral para dorsal:
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Procedimento: Cuidados gerais com o transporte:
Material: atadura de crepe; algodão; gaze; compressas cirúrgicas; lençóis; 1. O transporte do paciente deve ser feito com muito cuidado. A
tala; fita adesiva; braçadeiras de contenção. movimentação mal feita pode provocar lesões, às vezes irreversíveis;
Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: 2. Para que o transporte seja eficiente deve-se agir com rapidez e
ombros, pulsos e tornozelos, quadril e joelhos. segurança, porém com cuidado;
3. Observar constantemente o estado geral do paciente durante o
• Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando- transporte;
as na região cervical; 4. Movimentos suaves ao manipular o paciente diminuem as vibrações,
• Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura solavancos, dor e desconforto;
de crepe fazer movimento circular, amarrar; 5. Não mova local fraturado ou suspeito de fratura, nestes casos, uma
• Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região pessoa deverá apoiar apenas este segmento (perna, braço, etc.);
lombar, torcer as pontas, amarrar; 6. Ao se movimentar ou transportar pacientes politraumatizados, os
• Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E, cuidados devem ser redobrados: pacientes com trauma crânio-encefálico devem ser
e a ponta do lado E sobre o joelho E, e sob o D. movimentados com máxima atenção, sem movimentos de flexão e rotação e com
maior número de pessoas;
Observações: 7. Ao proceder transporte com maca:
• Descer e subir rampas com a cabeça do paciente para cima, exceto
• Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm; quando o paciente estiver em estado de choque;
• Evitar garroteamento dos membros; • Conduzir a maca pelo corredor com o paciente sempre olhando para
• Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez; frente. Se for preciso subir a rampa ou entrar em elevador, virar a maca após, para
• Retirar a restrição uma vez ao dia (banho); conduzir o paciente sempre na posição correta;
• Proceder a limpeza e massagem de conforto no local. • Ao entrar no elevador, nivelar o mesmo e travar a porta. Entrar primeiro
com a cabeceira da maca, desta maneira já saíra na posição correta;
4. Transporte do paciente • Transporte a maca com a grade, principalmente quando for transportar
pacientes anestesiados, inconscientes, agitados e crianças;
É a transferência do paciente de um local a outro, utilizando-se de maca ou • Transportar o paciente sempre coberto com lençol, se necessário.
cadeira de rodas. 8. Ao proceder transporte com cadeiras de rodas:
Para se fazer o transporte ou remoção do paciente de um determinado lugar • Descer a rampa, transportar sempre a cadeira de ré;
para outro, nas dependências do hospital, exige-se que a pessoa que realiza o • Subir a rampa com o paciente olhando para frente;
transporte tenha noções básicas de como atuar de forma correta e adequada. • Solicitar auxílio, sempre que necessário, para subir e descer a rampa;
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• Entrar no elevador puxando a cadeira, de ré. Desta forma, ao sair do • Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira; e em caso de
elevador estará na posição correta. maca, colocar entre os membros inferiores;
9. Cuidados com portas e paredes; • Retirar as pinças imediatamente após a chegada do paciente ao destino,
10. Transportar paciente sempre coberto com lençol e cobertor, se observando que o frasco esteja em nível mais baixo que o tórax do paciente.
necessário.
5. Paciente com tubo endotraqueal:
Cuidados específicos: • Transportar sempre com cilindro de oxigênio e ambú. O enfermeiro deve
acompanhar o transporte;
1. Paciente com soro: • Cuidado para não tracionar o tubo;
• Cuidado para não obstruir a agulha ou cateter, mantendo o soro sempre • Se o paciente também estiver com sonda nasogástrica e apresentar
em altura adequada para gotejamento uniforme; náuseas ou sinal de refluxo, abrir imediatamente a sonda.
• Não tracionar o equipo, para que a agulha ou cateter não se desloque, e
para evitar desconexão; 6. Pacientes agitados, confusos:
• Se houver formação de soroma (infiltração de soro no tecido subcutâneo), • Proceder sempre o transporte em maca com grade;
interromper o gotejamento. Comunicar o responsável pela medicação assim que • Restringir o paciente se necessário.
chegar à unidade;
• Caso haja desconexão dos cateteres, procurar o posto de enfermagem 7. Pacientes anestesiados:
mais próximo. • Proceder sempre o transporte em maca com grade;
• Não movimentar muito o paciente, pois pode provocar vômito. Nestes
2. Paciente com sonda vesical: casos, lateralizar a cabeça do paciente, para evitar aspiração. Se o paciente estiver
• Verificar se a sonda está corretamente fixada na coxa do paciente, som sonda nasogástrica abri-la.
prevenindo lesões uretrais devido a tração acidental;
• Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar Fatores importantes ao mover ou levantar um paciente:
retorno de urina à bexiga. Pode-se também pinçar o prolongamento para poder
elevar o coletor. • É fundamental avaliar o peso e o grau de dependência do paciente,
para que se possa determinar o número necessário de pessoas para o
3. Paciente com dreno de tórax: procedimento;
• Pinçar o dreno e o prolongamento com 2 pinças próprias; • Evitar esforço desnecessário, prevenindo danos, não só para si, como
• O frasco só poderá ser elevado acima do nível do tórax do paciente também para o paciente;
quando o dreno e o prolongamento estiverem pinçados; • Os movimentos devem ser planejados e sincronizados. Quem está na
• Cuidado para não tracionar o dreno; cabeceira deve comandar o procedimento.
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Utilize boa mecânica corporal: • A terceira passa um braço sob as coxas e o outro sob os tornozelos.
9. Coordenar os movimentos e ao sinal de comando da primeira pessoa,
• Ao fazer força, sempre utilizar os músculos da coxa, ao invés dos levantar o paciente a altura do tórax, e, com passos cadenciados e movimentos
músculos do dorso, porque os músculos são mais resistentes; firmes girá-lo em direção à maca;
• Segurar um objeto junto ao corpo diminui o esforço físico despendido; 10. Colocar o travesseiro, se necessário;
• Prefira: PUXAR, ENROLAR E EMPURRAR A ERGUER, pois diminui o 11. Cobrir o paciente com cobertor;
esforço físico; 12. Arrumar as roupas na maca;
• Ao abaixar-se, utilizar os MÚSCULOS DA COXA, manter o dorso reto, 13. Transportar o paciente.
e flexionar os joelhos;
• Mantenha os pés afastados para proporcionar maior estabilidade. Da cama para a cadeira de rodas - paciente que não colabora – 2 pessoas:
1. Elevar a cabeceira da cama;
• Os executantes devem ficar ao lado da cama, em ordem decrescente; 1. Levar a cadeira ao lado da cama com o espaldar da cadeira voltado
• A pessoa mais alta fica ao nível da cabeceira e passa um braço sob os para a cabeceira e o paciente olhando para os pés da cama;
ombros do paciente, sustentando a cabeça, e o outro sob a região dorsal; 2. A pessoa mais alta se posiciona por trás do espaldar da cadeira,
• A segunda passa um braço sob a região dorsal e o outro sob as segurando firmemente com ambas as mãos as extremidades superiores do forro;
nádegas;
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3. A segunda pessoa se posiciona de frente para o paciente, segurando
firmemente com ambas as mãos as extremidades inferiores do forro;
4. Ao sinal de comando da primeira pessoa, levantar o paciente e, com
movimentos sincronizados, colocá-lo no leito;
5. Afastar a cadeira;
6. Retirar o forro e ajudar o paciente a permanecer confortável no leito.
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