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RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar a proposta kantiana de uma ordem
jurídica cosmopolita. Cientes da sistemática desempenhada por Kant em toda a sua
produção científica, bem como de que o legado kantiano não é corretamente compre-
endido mediante a abordagem isolada de apenas uma de suas obras, mas sim do
conjunto de premissas e conceitos formulados principalmente desde a primeira das
três Críticas, optamos por comentar algumas das contribuições de Kant com a publica-
ção de A Crítica da Razão Pura, em especial no tocante à diferenciação por ele
estabelecida entre conceitos puros (ou a priori) e conceitos empíricos (ou a posteriori).
Num segundo momento buscamos demonstrar as bases nas quais Kant fundamenta a
moral como ciência a priori da conduta humana. Então passamos a buscar as diferen-
ças encontradas por Kant entre o direito e a moral na Metafísica dos Costumes. Por fim,
depois de termos absorvido o conceito de direito em Kant, passamos a verificar a
proposta kantiana de uma ordem jurídica cosmopolita e a crítica contemporânea desen-
volvida por Habermas, ao preconizar a instauração de uma ordem jurídica mundial
jurisdicionalizada.
1
Graduado pela a Universidade Estadual de Ponta Grossa;Pós-Graduado pela Escola de Magistra-
tura do Estado do Paraná.; Especialista pela Escola do Ministério Público do Estado do Paraná, -
Especialista em Direito constitucional pela Academia Brasileira de Direito Constitucional; Mestrando
em Direito Econômico e Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Promotor de Justiça
no Estado do Paraná; Professor de Direito Constitucional na Escola de Magistratura em Ponta
Grossa; Professor de Direito Processual Constitucional nas Faculdades Campo Real em Guarapuava.
Cruz, Fabrício Bittencourt da. Direito Cosmopolita: uma proposta ao mundo globalizado
Introdução
O direito cosmopolita
A visão habermasiana
Considerações finais
Referências
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