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MINISTÉRIO DA SAÚDE

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE

Manual AIDPI Neonatal


Quadros de procedimentos

3ª edição

Brasília – DF
2012
MINISTÉRIO DA SAÚDE

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE

Manual AIDPI Neonatal


Quadros de procedimentos

Série A. Normas e Manuais Técnicos

3ª edição

Brasília – DF
2012
ã 2007 Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana de a Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e
imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <http://www.saude.gov.br/bvs>.

Tiragem: 3ª edição – 2012 – 10.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações: Editora MS


Secretaria de Atenção a Saúde Coordenação de Gestão Editorial
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas SIA, trecho 4, lotes 540/610
Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno CEP: 71200-040, Brasília – DF
SAF Sul Trecho II lote 5/6 Edifício Premium Bloco II Tels.: (61) 3233-1774 / 2020
Brasília/DF - CEP: 70070-600 Telefone: 61-3315-9041 Fax: (61) 3233-9558
E-mail: editora.ms@saude.gov.br
1ª Edição Traduzida e Editada em 2007. Equipe AIDPI Neonatal Pará. Home page: http://www.saude.gov.br/editora

2ª Edição (2010) com Revisão Técnica de: Rejane Silva Cavalcante (PA), Rosa Vieira Marques (PA), Mª da Normalização: Editora MS
Graça Mouchrek Jaldin (MA), Mª de Fátima Arrais Carvalho (MA), Margareth Hamdan Melo Coelho (BA), Revisão: Júlio Maria de Oliveira Cerqueira
Maria Rosário Barretto (BA).
Colaboração: neonatologistas e obstetras participantes da Oficina para Adaptação da AIDPI Neonatal para
a Amazônia Legal e Nordeste, 2009. As denominações usadas nesta publicação e o modo de apresentação dos dados não fazem pressupor,
por parte da Secretaria da Organização Pan-Americana da Saúde, juízo algum sobre a consideração
3ª Edição (2012) com Revisão Técnica de: Rejane Silva Cavalcante (PA), Rosa Vieira Marques (PA), Mª da jurídica de nenhum dos países, territórios, cidades ou áreas citados ou de suas autoridades, nem a
Graça Mouchrek Jaldin (MA), Mª de Fátima Arrais Carvalho (MA), Margareth Hamdan Melo Coelho (BA), respeito da delimitação de suas fronteiras.
Maria Rosário Barretto (BA), Marcela Damásio Ribeiro de Castro (MG), David da Costa Nunes Jr. (BA), Vera
Maria Borges Leal de Brito (PA), Cristiano Francisco da Silva (DF), João Joaquim Freitas do Amaral (CE), A menção de determinadas sociedades comerciais ou nome comercial de certos produtos não implica a
Luciana Ferreira Bordinoski (DF) e Paulo Vicente Bonilha Almeida (DF). aprovação ou recomendação por parte da Organização Pan-Americana da Saúde com preferência a outros
análogos.

Este Manual de Quadros de Procedimentos compõe juntamente com o Manual AIDPI NEONATAL o
material didático utilizado para as capacitações de profissionais de saúde que atendem ao recém-nascido.
Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica
__________________________________________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas.
Manual AIDPI neonatal : quadro de procedimentos / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas, Organização Pan-Americana de a Saúde. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
34 p. : il. – (Série A. Normas e manuais técnicos)

ISBN 978-85-334-1905-6
ISBN:

1. Atenção Integral à Saúde. 2. Recém-nascido (RN). 3. Neonatologia. I. Organização Pan-Americana de Saúde. II. Título. III. Série.

CDU 614
__________________________________________________________________________________________________________
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2012/0066

Títulos para indexação:


Em inglês: Manual on neonatal IMCI: procedures
Em espanhol: Manual AIEPI neonatal: cuadro de procedimientos
Equipe responsável pela 2ª edição e revisão técnica, 2010:

Rejane Silva Cavalcante – Universidade do Estado do Pará Maria de Fátima Arrais Carvalho – Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão
Rosa Vieira Marques – Universidade do Estado do Pará Margareth Hamdan Coelho – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
Maria da Graça Mouchrek Jaldin – Universidade Federal do Maranhão Maria Rosário Ribeiro Barretto – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia

Para elaboração desta revisão contou-se com as contribuições de pediatras, neonatologistas e obstetras dos estados da Amazônia Legal e Nordeste participantes da Oficina de Revisão do
AIDPI Neonatal Pará/Brasil em outubro de 2009

Alexandre Miralha Amazonas Maria da Graça Mouchrek Jaldin Maranhão


Amira Consuelo Figueiras Pará Maria de Fátima Arrais Carvalho Maranhão
Ana Daniela Nogueira Morais Paraíba Maria das Mercês Sovano Pará
Ana Cristina Guzzo Pará Maria Florinda P.P. de Carvalho Pará
Andrea Franklin de Carvalho Pernambuco Maria Rosário Ribeiro Barretto Bahia
Aurimery Chermont Pará Margareth Hamdan Melo Coelho Bahia
Blenda Avelino Garcia Roraima Mariza Fortes de C. P. da Silva Piauí
Carline Rabelo de Oliveira Sergipe Ozaneide Canto Gomes Pará
Cláudio F. Rodrigues Soriano Alagoas Rejane Silva Cavalcante Pará
David da Costa Nunes Jr. Bahia Rosa Vieira Marques Pará
Débora Luzia Dalponte Mato Grosso Rosa Líbia M. da L. P. Sobrinha Ceará
Denis de Oliveira G. Cavalcante Júnior Pará Rosemary Monteiro da Costa Rondônia
Elizabeth Ramos Domingos Roraima Rosenilda Rosete de Barros Amapá
Eliane do S. de S. O. Ribeiro Pará Rosilene Lopes Trindade Amapá
Flávio Augusto Lyra T. de Melo Paraíba Ruben Schindler Maggi Pernambuco
Francisco Martinez OPAS/MS Ruy Medeiros de Oliveira Rio Grande do Norte
Ivani Mendes de Oliveira Tocantins Sidneuma Melo Ventura Ceará
Jenice Coelho Rodrigues Alagoas Valdenira dos S. M. da Cunha Pará
Lucia Margarida Costa Campos Pará Vera Maria Borges Leal de Britto Pará
Maria das Graças Pantoja Pará

Participação especial: Dra Elsa Regina Justo Giugliani - Ministério da Saúde do Brasil
Dr. Francisco Martinez - Organização Pan-Americana dea Saúde

Tradução, 2007 Revisão e adaptação, 2007

Rejane Silva Cavalcante Universidade do Estado do Pará Rejane Silva Cavalcante Universidade do Estado do Pará
Maria das Merces M. Sovano Universidade Federal do Pará Maria das Mercês M. Sovano Universidade Federal do Pará
Mariane C. Alves Franco Universidade do Estado do Pará Mariane C. Alves Franco Universidade do Estado do Pará
Suely de Jesus Carvalho Secretaria de Saúde de Belém Suely de Jesus Carvalho Secretaria de Saúde de Belém
Márcia W. Anaisse Sociedade Paraense de Pediatria Márcia W. Anaisse Sociedade Paraense de Pediatria
Rosa Vieira Marques Universidade do Estado do Pará Rosa Vieira Marques Universidade do Estado do Pará
Maria de Fátima Amador Sociedade Paraense de Pediatria Maria de Fátima Amador Sociedade Paraense de Pediatria
Maria Florinda P. P. de Carvalho Universidade do Estado do Pará Maria Florinda P. P. Carvalho Universidade do Estado do Pará
Denis de O. G. Cavalcante Júnior Aluno de Medicina da UFPA Amira Consuelo de Melo Universidade Federal do Pará
Affonso Celso Vieira Marques Aluno de Medicina da UEPA Aurimery Gomes Chermont Universidade Federal do Pará
Danille Lima da Silva Santa Casa de Misericórdia do Pará
Leila Haber Feijó Sociedade Paraense de Pediatria
Luciana Mota Leonardi Santa Casa de Misericórdia do Pará
Ozaneide de Oliveira Sociedade Paraense de Pediatria
Salma Saraty Malveira Universidade do Estado do Pará
Participação especial: Dr. Rolando Cerezo - Organização Pan-Americana da Saúde
Sumário

PROCEDIMENTOS DE ATENÇÃO À MULHER


Aconselhar a mãe quando deve retornar a consulta de seguimento
Avaliar e determinar o risco antes da gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 ou de imediato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Avaliar e determinar o risco durante a gestação . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .2
Avaliar e determinar o risco durante o parto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 MÉTODOS DE SEGUIMENTO E REAVALIAÇÃO DO MENOR DE 2 MESES
PROCEDIMENTOS DE ATENÇÃO IMEDIATA AO RECÉM-NASCIDO Infecção localizada, sem desidratação, problemas de nutrição, vigilância do
Avaliar a necessidade de reanimação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Avaliar o risco ao nascer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 Oferecer serviços de atenção e aconselhar a mãe sobre sua própria saúde . . . . . . . . 19
Formulário de registro 1. . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Formulário de registro 2. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
AVALIAR E CLASSIFICAR A CRIANÇA DE 0 A 2 MESES DE IDADE
Zonas de icterícia de Kramer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
Determinar presença de doença grave ou infecção localizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Nível de Bilirrubina Total (BT) para indicação de fototerapia e exsanguineotrans-
Em seguida, perguntar se a criança tem diarreia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 fusão (EST) em RN > 35 semanas de idade gestacional.. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .22
Depois, avaliar problemas de nutrição ou de alimentação. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 8
Verificar o desenvolvimento da criança menor de 2 meses de idade. . . . . . . . . . . . . . ..9
Verificar os antecedentes de vacinação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .10
ANEXOS
TRATAR O MENOR DE 2 MESES DE IDADE E ACONSELHAR A
ANEXO I: CAPURRO, curvas de crescimento intra-uterino . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
MÃE OU O ACOMPANHANTE
ANEXO II: Tratamento - Avaliar e determinar risco durante a gestação e parto. . . . 24
Normas da estabilização antes e durante o transporte da criança. . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 ANEXO III: Gráfico de controle evolutivo do crescimento (sexo masculino) . . . . . 25
Dar a primeira dose de antibiótico por via parenteral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . ..12 ANEXO IV: Gráfico de controle evolutivo do crescimento (sexo feminino) . . . . . . 26
Dar antitérmico para febre alta ( > 38 ºC). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 ANEXO V: Gráfico de controle de perímetro cefálico (sexo masculino) . . . . . . . . .27
Como prevenir e tratar a hipoglicemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 ANEXO VI: Gráfico de controle de perímetro cefálico (sexo feminino) . . . . . . . . . 28
Tratar convulsão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 ANEXO VII: Curvas de crescimento pós-natal para prematuros (estatura e
Cuidados rotineiros do recém-nascido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 perímetro cefálico x idade pós-natal). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Plano A e Plano C para o tratamento da diarreia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 ANEXO VIII: Reanimação Neonatal, Medicações para Reanimação . . . . . . . . . . . 30
Ensinar à mãe a tratar as infecções localizadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 ANEXO IX: Normatização do transporte inter-hospitalar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Ensinar a posição e a pega corretas para amamentação. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 ANEXO X: Diagnóstico diferencial das principais infecções congênitas. . . . . . . . . 32
Ensinar à mãe medidas preventivas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 ANEXO XI: Tratamento das principais infecções congênitas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

iii SUMÁRIO
AVALIAR E DETERMINAR O RISCO ANTES DA GESTAÇÃO
DETERMINAR SINAIS E SINTOMAS DE PERIGO AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
PERGUNTAR OBSERVAR E DETERMINAR
C
L Um dos seguintes sinais: ŸRecomendar engravidar após resolução dos problemas
ŸQual sua idade? ŸPeso ŸReferir a um nível de maior resolução, se necessário
ŸJá iniciou vida sexual? ŸAltura
A ŸMenor de 15 anos ou tratar se puder
ŸSe sim: tem vida sexual ŸIMC S ŸIntervalo interpartal < 2 anos ŸPlanejamento reprodutivo
ativa? ŸPressão arterial (PA) S ŸIMC < 20 ou >30 ŸControlar doença prévia
ŸHemoglobina ŸPA > 140x90mmHg GESTAÇÃO NÃO
ŸTem parceiro estável? I ŸDeterminar a causa e tratar a anemia
ŸHb < 7 g/dL ou palidez palmar intensa RECOMENDADA
Ÿ Você e seu parceiro ŸABO, Rh. Se Rh ŸDar ferro e polivitaminas, se necessário
utilizam algum método negativo, realizar F ŸRh negativo, Coombs indireto positivo
OU SE
ŸÁcido fólico 4 mg VO diariamente, três meses antes
RECOMENDA
de planejamento Coombs indireto. I ŸVDRL +, sem tratamento prévio adequado ADIAR A da gravidez
reprodutivo? ŸVDRL C ŸHIV + GESTAÇÃO ŸDesparasitar com Albendazol em zonas de alta
ŸTem relação sexual sem ŸHIV ŸCâncer prevalência
A ŸDoença prévia sem controle ŸVDRL +, sem tratamento prévio adequado, tratar
proteção? ŸTOXO
ŸQuantos partos já teve? ŸHBSAg
R ŸConsumo de álcool, fumo ou droga conforme o protocolo do Ministério da Saúde. Tratar o
ŸQual o intervalo entre os ŸHepatite C ŸAlto risco para malformação do tubo neural parceiro
ŸTristeza extrema, depressão ou violência ŸHIV +, tratar conforme o protocolo do Ministério da
partos? Qual o tipo de ŸHTLV
ŸDoença falciforme Saúde
parto? ŸCorrimento vaginal
ŸVacinar contra Rubéola e Hepatite B, se necessário.
ŸAntecedentes de: cirurgia ŸPalidez palmar
ŸAconselhar sobre a higiene pessoal e estilos de vida
prévia do aparelho ŸSaúde bucal: dor, saudável
reprodutor, abortos, sangramento, ŸAconselhar sobre higiene bucal e tratamento
mortes perinatais, baixo inflamação, halitose, ŸTratamento e aconselhamento nutricional
peso ao nascer, cárie, peças dentárias
Um dos seguintes sinais: ŸConsulta com especialista
prematuros ou com incompletas.
ŸPlanejamento reprodutivo
malformações congênitas ŸEsquema de ŸIdade: 35 anos ou mais
ŸDar 120 mg Ferro elementar, VO, por dia, se
do tubo neural. vacinação. ŸIMC > 26
ŸParto cesáreo anterior
necessário
ŸFaz uso de: álcool, fumo, ŸRisco de HIV e DST.
ŸParceiros múltiplos ŸÁcido fólico 4 mg, VO diariamente, três meses antes
drogas ou medicamentos? EM
ŸHb entre 7 e 12 g/dL ou palidez palmar moderada CONDIÇÕES DE da gravidez
Se sim, quais?
ŸRh negativo com Coombs indireto negativo ENGRAVIDAR ŸDesparasitar com Albendazol em zonas de alta
ŸTem alguma doença?
ŸSem planejamento reprodutivo, DST, risco antecedente ou atual MAS COM prevalência
ŸSe sim, quais? FATORES DE
Doença crônica prévia controlada ŸManejo das DST, segundo as normas do Ministério
ŸTeve contato com RISCO
ŸProblemas de saúde bucal da Saúde
inseticidas e outros
ŸSem vacina anti-rubéola e anti hepatite B ŸProfilaxia e tratamento da saúde bucal
agentes químicos?
ŸExposição a agentes químicos e inseticidas ŸAconselhamento nutricional e dieta adequada
ŸInvestigar dados de
ŸMortes perinatais, baixo peso ao nascer, prematuridade e ŸAconselhar sobre o risco por Rh negativo
depressão, tristeza
abortos prévios ŸAconselhar sobre a higiene pessoal e estilos de vida
extrema ou violência.
ŸAnomalias congênitas anteriores saudável
ŸHTLV + ŸAconselhar sobre a prevenção de câncer de mama e
ŸHepatite B + de colo uterino - Vacinar contra HPV, se possível
ŸHepatite C + ŸVacinar contra Rubéola e Hepatite B, se necessário.
Fatores de risco para malformações do tubo neural: Se: ŸÁcido fólico 4 mg, VO diariamente, três meses
antes da gravidez
Exposição a medicamentos anticonvulsivantes, diabetes materna, ŸIdade entre 15 e 35 anos
ŸAconselhar sobre a higiene pessoal e bucal
ŸIMC entre 20 e 26
anemia falciforme, baixo nível socioeconômico, desnutrição ŸEducação sexual e aconselhamento em
ŸVacinada contra Rubéola e Hepatite B
materna, deficiência de ácido fólico, hipertermia materna, fatores planejamento reprodutivo
ŸAusência dos riscos acima mencionados EM
genéticos, a agricultura como atividade laboral da mãe, exposição a CONDIÇÕES DE ŸDesparasitar com Albendazol em zonas de alta
pesticidas, tipo ocupacional, contato com pesticidas durante a ENGRAVIDAR prevalência
ŸAconselhar sobre a prevenção de câncer de mama e
gravidez.
de colo uterino - Vacinar contra HPV, se possível
ŸAconselhar sobre estilos de vida saudável: nutrição,
exercício físico, prevenção e exposição a tóxicos e
infecções

1 AVA L I A R E D E T E R M I N A R O R I S C O A N T E S D A G E S T A Ç Ã O
AVALIAR E DETERMINAR O RISCO DURANTE A GESTAÇÃO
OBSERVAR AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
PERGUNTAR
DETERMINAR C Um dos seguintes sinais: Estabilizar e referir URGENTEMENTE ao hospital
L ŸTrabalho de parto em curso < 37 semanas segundo normas de referência.
Ÿ Qual a sua idade? Ÿ Data provável do parto
Ÿ Quando foi a última Ÿ Idade gestacional A ŸGestação > 41 semanas ŸColocar em decúbito lateral esquerdo
menstruação? Ÿ Peso/Altura/IMC S ŸDiminuição ou ausência de movimentos fetais
ŸPrevenir hipotensão
Ÿ Faz controle pré-natal? Ÿ Pressão arterial ŸDoença sistêmica grave
Ÿ Quando começou o pré- Ÿ Temperatura
S ŸTratar hipertensão arterial segundo protocolo do
ŸInfecção urinária com febre GESTAÇÃO
natal? Ÿ Altura uterina I ŸDiabetes não controlada COM RISCO Ministério da Saúde
Ÿ Quantas consultas? Ÿ Batimento cardíaco
fetal (BCF)
F ŸSangramento vaginal IMINENTE ŸSe trabalho de parto prematuro, inibir contrações e
Ÿ Quantas gestações já teve?
Ÿ Quando foi seu último Ÿ Apresentação fetal I ŸRotura prematura de membranas > 12 horas administrar corticóide
parto? Ÿ Presença de contrações C ŸHipertensão não controlada e/ou presença de convulsões, visão
ŸSe rotura prematura de membranas > 12 horas e/ou
Ÿ Os partos foram normais, uterinas infecção urinária com febre administrar a primeira dose do
cesáreas ou com fórceps? Ÿ Gestação múltipla A turva, perda de consciência ou cefaleia intensa
antibiótico recomendado
Ÿ Teve filhos com baixo peso? Ÿ Se fez cesárea anterior R ŸAlteração da frequência cardíaca fetal (< 120 ou > 160)
ŸAdministrar oxigênio, se necessário
Ÿ Teve filhos prematuros ? Ÿ Se tem palidez palmar ŸApresentação anormal com trabalho de parto
Ÿ Teve filhos malformados? intensa ŸPalidez palmar intensa e/ou Hb < 7mg/dL
Ÿ Teve abortos (gestação Ÿ Se tem edema de face,
mãos e/ou pernas ŸEdema de face, mãos e pernas
menor que 5 meses)?
Ÿ Teve morte de filhos antes Ÿ Se tem ou teve
Um dos seguintes sinais: Referir para consulta com especialista
de nascer ou na primeira sangramento vaginal ŸGestação múltipla referir antes de 30 semanas
semana de vida? Ÿ Se tem corrimento Ÿ< 15 ou > 35 anos Ÿ Palidez palmar moderada e/ou ŸVDRL +, sem tratamento prévio adequado, tratar
Ÿ Está tendo dores de parto? vaginal Ÿ Primigesta ou grande Hb entre 7- 10 mg/dL conforme protocolo do Ministério da Saúde. Tratar o
Ÿ Sente os movimentos fetais? Ÿ Sinais de doença parceiro.
multigesta ŸCorrimento vaginal
Ÿ Tem tido febre? sistêmica e/ou de ŸTOXO IgM +, tratar conforme protocolo do Ministério da
transmissão sexual Ÿ Sem pré-natal ŸDrogas teratogênicas
Ÿ Tem alguma doença? Qual? Saúde
Ÿ Está tomando algum (DST) ŸIntervalo entre as gestações Ÿ Alcoolismo, tabagismo ou
ŸTratar e controlar infecção urinária.
medicamento? Qual? Ÿ Saúde bucal: dor, < 2 anos drogas ŸRecomendar à mãe que continue com o tratamento
Ÿ Tem ou teve sangramento sangramento, ŸAltura uterina sem correlação Ÿ Hipertensão controlada
vaginal? inflamação, halitose, GESTAÇÃO instituído
com a idade gestacional ŸGanho inadequado de peso ŸAdministrar ferro, ácido fólico e polivitaminas
Ÿ Tem ou teve perda de cárie, peças dentárias DE ALTO
incompletas ŸCesárea anterior < 2 anos ŸApresentação anormal ŸEm zonas de alta prevalência de parasitose, administrar
líquido pela vagina? Qual a
cor? Há quanto tempo? Ÿ Tem as vacinas contra ŸAntecedentes de prematuros, ŸGestação de mãe Rh negativo RISCO Albendazol (2º e 3º trimestres)
Ÿ Tem corrimento? Tétano e Hepatite B de baixo peso ao nascer ou ŸVDRL, HIV, HTLV, Hepatite B e ŸAdministrar toxóide tetânico e/ou vacinar contra Hepatite B,
Ÿ Tem dor de cabeça forte? completas e malformados C, TOXO, EGB e/ou CMV se necessário
Ÿ Tem visão turva? controladas? ŸOrientação para DST/SIDA
ŸAntecedentes de abortos, positivos
Ÿ Teve convulsões? ŸEGB + orientar profilaxia periparto
Ÿ Tem perda de consciência? morte fetal e /ou neonatal ŸGestação múltipla ŸOrientar nutrição, saúde bucal, cuidados com a gestação,
Ÿ Fuma, bebe ou consome precoce ŸSaúde bucal: dor, sangramento, puerpério, aleitamento materno, vacinas e cuidados com o
drogas? ŸDoença sistêmica controlada RN
Ÿ Tem ou teve queixas inflamação, halitose, cárie, peças
ŸInfecção urinária sem febre ŸEnsinar sinais de perigo para retorno imediato
urinárias? ŸDiabetes controlada dentárias incompletas ŸOrganizar com a família referência antes do parto de
ŸProblemas de saúde bucal acordo com os fatores de risco e capacidade resolutiva
ŸMarcar retorno

Se: ŸAcompanhamento até o final da gestação com o pré-natal


ŸOrientar nutrição, saúde bucal, cuidados com a gestação,
ŸGestação sem risco iminente ou alto risco puerpério, aleitamento materno, vacinas e cuidados com o
SE EXISTIR POSSIBILIDADE DETERMINE: RN
Hb, Ht, prova de Coombs indireto (se mãe Rh negativo), glicemia, VDRL, ŸOrientação para DST/SIDA
GESTAÇÃO ŸRecomendar à mãe que continue com o tratamento
HIV, Toxoplasmose e exame de urina no 1º, 2º e 3º trimestres. Grupo
DE BAIXO instituído
sanguíneo no 1º trimestre, HTLV, CMV e Hepatite B e C no 3º trimestre.
RISCO ŸAdministrar ferro, ácido fólico e polivitaminas
Estreptococo do Grupo B (EGB) entre 35 e 37 semanas. Ultrassonografia
Obstétrica. ŸEm zonas de alta prevalência de parasitose, administrar
Albendazol (2º e 3º trimestres).
SE NÃO FOR POSSÍVEL REFIRA PARA EXAMES ŸAdministrar toxóide tetânico e/ou vacinar contra Hepatite B,
se necessário
PERGUNTE A TODAS AS MÃES SE POSSUEM ŸEnsinar sinais de perigo para retorno imediato
ŸOrganizar com a família o parto e o estabelecimento de
O CARTÃO DA GESTANTE E ANOTE SUA CONDUTA NO MESMO
saúde
ŸMarcar retorno

AVA L I A R E D E T E R M I N A R O R I S C O D U R A N T E A G E S T A Ç Ã O
2
AVALIAR E DETERMINAR O RISCO DURANTE O PARTO

PERGUNTAR OBSERVAR E DETERMINAR AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO


C
Ÿ Quando foi a última Ÿ Pressão arterial (PA) Um dos seguintes sinais:
menstruação? Ÿ Temperatura
L Referir URGENTEMENTE ao hospital segundo
A ŸTrabalho de parto em curso < 37 semanas as normas de referência.
Ÿ Tem dores de parto? Ÿ Número de contrações
ŸDiminuição ou ausência de movimentos fetais
Ÿ Teve infecção urinária em 10 minutos S ŸDoença sistêmica não controlada: diabetes, cardiopatia,
ŸColocar em decúbito lateral esquerdo
recente? Ÿ Hipertonia uterina S hipertireoidismo ŸPrevenir a hipotensão
Ÿ Tem hemorragia vaginal? Ÿ Batimento cardíaco fetal ŸTratar hipertensão arterial segundo protocolo do
I ŸHipertensão arterial não controlada e/ou presença de
Ÿ Tem saído líquido da vagina? a cada 30 minutos convulsões, visão borrada, perda de consciência ou dor de Ministério da Saúde
Ÿ Qual a cor? Há quanto
F
Ÿ Dilatação cervical e cabeça forte ŸTratar hemorragia segundo protocolo do Ministério
tempo? apresentação fetal I ŸHemorragia vaginal
PARTO COM
da Saúde
Ÿ Tem dor de cabeça forte? Ÿ Hemorragia vaginal C ŸRotura prematura de membranas > 12 horas e/ou febre RISCO
ŸSe tem trabalho de parto prematuro: inibir
Ÿ Tem zumbido nos ouvidos? Ÿ Número de movimentos A ŸBatimento cardíaco fetal < 120 ou > 160 bpm IMINENTE contrações com Nifedipina ou Terbutalina e
Ÿ Tem escotomas ou visão fetais em 10 minutos R ŸPalidez intensa ou Hb < 7 g/dL
administrar corticóides (betametasona,
borrada? Ÿ Perda de líquido ŸApresentação anormal com trabalho de parto
ŸPresença de líquido aminiótico meconial
dexametasona) para induzir maturação pulmonar
Ÿ Tem convulsões? Ÿ Duração do trabalho de
ŸRh negativo isoimunizada ŸSe rotura prematura de membranas > 12 horas e/ou
Ÿ Tem febre? parto
ŸEdema de face, mãos e pernas febre administrar a primeira dose do antibiótico
Ÿ Percebe movimentos fetais; Ÿ Edema de face, mãos
Ÿ3 contrações de 45 segundos em 10 minutos sem modificações recomendado
menos que o normal ou o e/ou pernas?
cervicais num período de 2 horas Ÿ Administrar oxigênio, se necessário
bebê deixou de movimentar-
ŸVigilância do trabalho de parto (Partograma)
se?
Ÿ Tem doença prévia? ŸVigilância do trabalho de parto (Partograma)
Um dos seguintes sinais
ŸManejo ativo do terceiro período do parto, incluindo
pinçamento tardio do cordão umbilical (aos 2 a 3
ŸDoença sistêmica controlada: diabetes, hipertensão arterial
minutos), exceto mãe Rh negativo, Hepatite B/C, HIV
sistêmica, cardiopatia, hipertireoidismo e/ou HTLV +
ŸMãe Rh negativo não isoimunizada ŸSe HIV e/ou VDRL +, tratar conforme protocolo do
ŸVDRL +, sem tratamento prévio adequado PARTO
Ministério da Saúde. Tratar o parceiro. Se TOXO +,
ŸHIV + DE
ALTO RISCO investigar o bebê
ŸEGB + ou fatores de risco para doença estreptocócica neonatal ŸSe EGB + ou presença de fatores de risco, iniciar
ŸHepatite B + e/ou C + profilaxia para doença estreptocócica neonatal
ŸHTLV + ŸSe Hepatite B/C e/ou HIV/HTLV +, aspiração cuidadosa
REVISE RESULTADOS DE: ŸTOXO + (se necessário) para evitar lesões. Banho precoce e
ŸIMC < 20 ou > 30 injeções só após banho
ŸPalidez palmar moderada e/ou Hb entre 7 e 10mg/dL ŸSe hepatite B positivo fazer no RN imunoglobulina e
Ÿ Hb, Ht, HTLV, VDRL, HIV, Hepatite B e C, Toxoplasmose,
vacinar contra hepatite B segundo protocolo do Ministério
Estreptococo do Grupo B (EGB) e Glicemia. Se não tem resultados de da Saúde
VDRL e HIV do 3º trimestre, realize teste rápido antes do parto e ŸIniciar contato pele a pele
VDRL. ŸAleitamento materno na primeira hora de vida, inclusive
Ÿ Grupo sanguíneo, Coombs indireto. Se mãe Rh negativo investigar uso no parto cesáreo, se possível, exceto HIV + e HTLV +
de imunoglobulina anti-D. ŸMãe Rh negativo, RN Rh positivo e Coombs direto
Ÿ Proteína na urina.
negativo, aplicar Imunoglobulina anti-D até 72 horas após
o parto, independente do Grupo ABO
Se:
ŸVigilância do trabalho de parto (Partograma)
TODA MULHER EM TRABALHO DE PARTO DEVE ŸParto sem risco iminente ou alto risco ŸIndique deambulação livre durante o trabalho de
REALIZAR O PARTOGRAMA parto e hidratação oral
PARTO
ŸRealize parto normal com manejo ativo do terceiro
DE
BAIXO RISCO período do parto, incluindo pinçamento tardio do
cordão umbilical (aos 2 a 3 minutos)
ŸIniciar contato pele a pele/aleitamento materno na
PERGUNTE A TODAS AS MÃES SE POSSUEM primeira hora de vida, inclusive no parto cesáreo, se
O CARTÃO DA GESTANTE E ANOTE SUA CONDUTA NO MESMO possível
ŸOrientar sobre sinais de perigo no puerpério
ŸAconselhar sobre planejamento reprodutivo

3 AVA L I A R E D E T E R M I N A R O R I S C O D U R A N T E O P A R T O
PROCEDIMENTOS DE ATENÇÃO IMEDIATA AO RECÉM-NASCIDO
AVALIAR A NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO
PERGUNTAR OBSERVAR E DETERMINAR AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
C
ŸAusência de mecônio? L Líquido amniótico com mecônio e um dos REANIMAÇÃO ŸAspiração e sucção endotraqueal, uma única vez, antes de
ŸÉ a termo? A seguintes sinais: URGENTE iniciar reanimação
S ŸNão respira ou respiração irregular EM PRESENÇA
S ŸFlácido DE MECÔNIO
I ŸFC < 100
F Líquido amniótico claro e um dos seguintes
Iniciar REANIMAÇÃO
O batimento cardíaco fetal I ŸProporcionar calor
sinais: ŸPosicionar a cabeça
C REANIMAÇÃO
ŸNão respira ou respiração irregular URGENTE ŸAspirar vias aéreas, se necessário
A ŸFlácido ŸSecar e desprezar o campo úmido
R ŸReposicionar o RN
ŸFC < 100
ŸReavaliar após 30 seg.

Em TODOS os casos, antes do parto, perguntar sobre os NÃO REANIMA


antecedentes da gestação e o trabalho de parto. Se for possível,
assistir ao parto ou perguntar imediatamente depois do
nascimento sobre as condições em que ocorreu o mesmo.
REAVALIAÇÃO APÓS 30 SEGUNDOS
ŸVentilação com pressão positiva (MÁSCARA E BALÃO
ANTES DO NASCIMENTO CONTINUAR AUTO-INFLÁVEL)
REANIMAÇÃO ŸDar oxigênio a 21%
No momento do parto deve estar presente pelo menos uma pessoa ŸReavaliar em 30 seg. *
capacitada em atenção ao RN, treinada em reanimação neonatal.
Preparar o ambiente e os equipamentos: SUSPENDER
REANIMAÇÃO
Ÿ Ambiente de atenção imediata em sala de parto (T=24-26°C)
Ÿ Fonte de calor
Ÿ Mesa de reanimação
Ÿ Dois campos secos aquecidos REAVALIAÇÃO APÓS 30 SEGUNDOS
Ÿ Um saco plástico poroso (30x50 cm)
Ÿ Sonda de aspiração traqueal nº 8 ou 10 e pêra de borracha REANIMAÇÃO ŸVentilação com pressão positiva (MÁSCARA E BALÃO
Ÿ Balão auto-inflamável com máscara para prematuro e COM AUTO-INFLÁVEL)
RN a termo Ÿ Dar oxigênio a 100%
MASSAGEM
Ÿ Compressão torácica (relação 3:1 com ventilação)
Ÿ Estetoscópio CARDÍACA Ÿ Reavaliar em 30 seg. **
Ÿ Laringoscópio, lâminas retas (nº 0 e 1)
Ÿ Tubos endotraqueais (nº 2,5; 3; 3,5; 4)
Ÿ Aspirador de mecônio
ŸVentilação com pressão positiva (MÁSCARA E BALÃO
Ÿ Fonte de oxigênio ŸFC > 60 e <100 bpm CONTINUAR AUTO-INFLÁVEL)
Ÿ Luvas Ÿ Dar oxigênio a 100%
REANIMAÇÃO
Ÿ Relógio com segundos Ÿ Reavaliar em 30 seg.

SUSPENDER ŸO2 inalatório


ŸLavar as mãos antes e depois de reanimar o REANIMAÇÃO Ÿ Cuidados de rotina
recém-nascido. Ÿ Transferir para unidade de cuidados intensivos
ŸEvitar a hipotermia.
*Se não responder em 30 segundos, corrigir a técnica e se não melhorar aumentar a conce ntração de oxigênio para 100%
ŸEstimular aleitamento materno. **Se não responder em 30 segundos considerar intubação, medicamentos e/ou transferência urgente, mantendo a
reanimação.

P R O C E D I M E N T O S D E AT E N Ç Ã O I M E D I AT A A O R E C É M - N A S C I D O 4
AVALIAR O RISCO AO NASCER
CLASSIFICAR O RISCO
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
PERGUNTAR OBSERVAR E DETERMINAR C
L Um dos seguintes sinais:
ŸReferir URGENTEMENTE para UCI ou UTI Neonatal de
ŸGestação a termo? ŸCor A ŸPeso ao nascer < 2000g ou ≥ 4000g
acordo com as normas de estabilização e transporte
S ŸIdade gestacional < 35 semanas ŸFavorecer o contato pele a pele quando as condições da criança e
ŸTeve rotura prematura de ŸRespiração
S ŸTemperatura axilar < 36° ou ≥ 37,5°C da mãe permitirem
membranas? ŸChoro
I ŸDesconforto respiratório e/ou frequência respiratória ALTO RISCO ŸControle de glicemia periférica e tratamento da hipoglicemia, se
Ÿ Há quanto tempo? ŸVitalidade F AO NASCER necessário
≥ 60 ou < 30 rpm
ŸAnomalias congênitas I ŸIniciar a amamentação, se possível (exceto HIV + e/ou HTLV +)
ŸA mãe teve ou tem febre? ŸFebre materna ou corioamnionite ŸManter o RN aquecido
ŸSinais de infecção C
ŸTeve doenças durante a ŸRotura prematura de membranas > 12 horas antes do ŸSe a rotura prematura de membranas > 12 horas e/ou febre
A
intrauterina (TORCH’S) parto materna e/ou corioamnionite dar primeira dose dos antibióticos
gestação? (TORCH’S, R recomendados
ŸLesões graves devido ao ŸPalidez ou pletora (bebê muito vermelho)
hipertensão, infecção ŸInfecção intrauterina (TORCH’S) ŸVerificar o cumprimento dos cuidados de rotina em sala de parto
parto ŸOrientar a mãe sobre os motivos da transferência
urinária, diabetes e/ou ŸAnomalias congênitas maiores
ŸPeso e idade gestacional
ŸLesões graves devido ao parto
doença sistêmica grave)
ŸTemperatura axiliar ŸReanimação com pressão positiva/massagem cardíaca
ŸO RN necessitou
ŸFrequência respiratória Ÿ Colocar o RN em contato pele a pele com a mãe
Um dos seguintes sinais:
procedimentos de ŸIniciar amamentação na primeira hora de vida, se possível
ŸPeso ao nascer entre ≥ 2000g e < 2500g (exceto HIV + e/ou HTLV +)
reanimação?
ŸIdade gestacional ≥ 35 e < 37 semanas ŸSe PIG, GIG ou peso < 2500g, controle de glicemia periférica
ŸManter o RN em alojamento conjunto
ŸIdade gestacional ≥ 42 semanas MÉDIO RISCO
ŸOrientar a mãe a manter o RN aquecido
ŸAnomalias congênitas menores AO NASCER
ŸVerificar o cumprimento dos cuidados de rotina em sala de parto
ŸReanimação sem pressão positiva/massagem cardíaca ŸOrientar a mãe sobre os cuidados com o RN em casa
ŸPIG ou GIG ŸEnsinar a mãe medidas preventivas e os sinais de perigo para
retorno imediato
O ambiente térmico adequado para o recém- ŸIndicar vacinação de acordo com o esquema do Ministério da
nascido é de 24 a 26°C, sem corrente de ar Saúde
na sala de parto, e de 36°C na mesa onde ŸOrientar o teste do pezinho, olhinho e orelhinha
receberá os primeiros cuidados ŸSolicitar avaliação de pediatra/neonatologista antes da alta
hospitalar
ŸReferir à consulta médica especializada

Se: ŸColocar o RN em contato pele a pele com a mãe


ŸIniciar amamentação na primeira hora de vida, se possível
ŸRespiração regular
ŸLavar as mãos antes e depois de examinar o (exceto HIV + e/ou HTLV +)
ŸChoro forte
ŸManter o RN em alojamento conjunto
recém-nascido. ŸPele e mucosas rosadas
BAIXO RISCO
ŸOrientar a mãe a manter o RN aquecido
ŸBoa atividade AO NASCER ŸVerificar o cumprimento dos cuidados de rotina em sala de parto
ŸEvitar hipotermia. ŸOrientar a mãe sobre os cuidados com o RN em casa
ŸPeso ao nascer ≥ 2500g e < 4000g
ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e os sinais de perigo para
ŸEstimular aleitamento materno. ŸIdade gestacional ≥ 37 e < 42 semanas retorno imediato
ŸIndicar vacinação de acordo com o esquema do Ministério da
Saúde
ŸOrientar o teste do pezinho, olhinho e orelhinha
ŸAgendar consulta de seguimento em 3 dias

5 P R O C E D I M E N T O S D E AT E N Ç Ã O I M E D I AT A A O R E C É M - N A S C I D O
AVALIAR E CLASSIFICAR A CRIANÇA DE 0 A 2 MESES DE IDADE
DETERMINAR PRESENÇA DE DOENÇA GRAVE OU INFECÇÃO LOCALIZADA
Determinar se é a primeira consulta por este problema ou se
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
é uma consulta para uma reavaliação do caso
Um dos seguintes sinais:
ŸReferir URGENTEMENTE ao hospital segundo
Ÿ“Não vai bem”, irritada as normas de estabilização e transporte
ŸNão consegue mamar ŸDar a primeira dose via parenteral dos antibióticos
ŸVomita tudo
recomendados, exceto em anomalias congênitas
ŸTemperatura axilar < 36° ou ≥ 37,5°C
PERGUNTAR OBSERVAR E DETERMINAR ŸConvulsões sem exposição de vísceras, icterícia e peso <
C
ŸLetargia/inconsciência ou flacidez 2000g
ŸPode mamar no ŸLetargia, inconsciência, L ŸTiragem subcostal grave ŸAdministrar oxigênio se houver cianose central
peito ou tomar flacidez, irritabilidade ou A ŸApneia
ŸPrevenir, controlar e, se necessário, tratar a
“não vai bem” S ŸBatimentos de asas do nariz DOENÇA
leite? hipoglicemia
ŸGemido, estridor ou sibilância GRAVE
ŸTem vômitos? ŸVômitos S ŸCianose central ŸDar acetaminofen para febre > 38°C
ŸTem dificuldade ŸTiragem subcostal grave I ŸPalidez intensa ŸPrevenir a hipotermia (manter a criança aquecida)
ŸApneia F ŸIcterícia abaixo do umbigo e/ou de aparecimento antes
para respirar? ŸRecomendar à mãe que continue a amamentação,
ŸBatimentos de asas do nariz I de 24 horas de vida
ŸTem febre ou ŸManifestações de sangramento: equimoses, petéquias se possível
ŸG e m i d o , e s t r i d o r o u C
hipotermia? e/ou hemorragias
sibilância A ŸSecreção purulenta do ouvido ou da conjuntiva
ŸTem convulsões?
ŸCianose, palidez ou icterícia R (abundante e com edema palpebral) ou do umbigo (com
ŸPústulas ou vesículas na pele eritema que se estende para a pele ao redor)
ŸEquimoses, petéquias ou ŸDistensão abdominal
ŸPeso < 2000g
hemorragia
ŸFrequência respiratória > 60 ou < 30rpm
ŸSecreção purulenta no ŸPústulas ou vesículas na pele (muitas ou extensas)
umbigo, olhos ou ouvidos ŸEnchimento capilar lento ( > 2seg)
ŸDistensão abdominal ŸAnomalias congênitas maiores
ŸMovimentos anormais ŸDar antibiótico recomendado por 7 dias ou
Um dos seguintes sinais: Nistatina segundo o sinal observado. Se monilíase
ŸPlacas brancas na boca INFECÇÃO
ŸSecreção purulenta conjuntival oral tratar o mamilo da mãe
ŸEnchimento capilar lento (> LOCALIZADA ŸAplicar tratamento local (antibiótico tópico)
2 seg.) ŸUmbigo com secreção purulenta e/ou eritema
ŸEnsinar à mãe a tratar as infecções localizadas em
ŸOutros problemas (ex:
sem estender-se para a pele ao redor casa
ŸPústulas na pele (poucas ou localizadas) ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e sinais de
anomalias congênitas)
ŸPlacas brancas na boca perigo para retorno imediato
ŸAconselhar a mãe a prosseguir com o aleitamento
Ÿ Peso
materno exclusivo
Ÿ Frequência respiratória ŸFazer o seguimento após 2 dias
Ÿ Temperatura axilar
Se: ŸAconselhar a mãe a prosseguir com o aleitamento
SEM
ŸNenhum dos sinais anteriores materno exclusivo
DOENÇA
ŸNenhum tratamento adicional
Os recém-nascidos PIG, GIG, com restrição do crescimento GRAVE OU ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e os sinais de
intra-uterino (RCIU), prematuros e os que nascem deprimidos, INFECÇÃO perigo para retorno imediato
têm maior risco de hipoglicemia, por isso deve se prevenir, e se LOCALIZADA ŸOrientar a mãe quanto ao retorno para nova
possível, medir a glicemia sanguínea. consulta

Lavar as mãos antes e depois de examinar a criança

AVA L I A R E C L A S S I F I C A R A C R I A N Ç A D E 0 A 2 M E S E S D E I D A D E 6
EM SEGUIDA, PERGUNTAR SE A CRIANÇA TEM DIARREIA

SE A RESPOSTA C AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO


OBSERVAR E
É POSITIVA, L
DETERMINAR Dois dos sinais seguintes: ŸReferir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e/ou
PERGUNTAR:
A profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente
Sinais de desidratação: S durante o caminho
ŸLetárgico ou S DESIDRATAÇÃO
ŸDar líquidos para desidratação: PLANO C
inconsciente I ŸAconselhar a mãe que continue dando o peito
ŸInquieto ou irritado F
ŸOlhos fundos I Se: ŸDar líquidos para prevenir a desidratação em casa:
ŸSinal da prega cutânea C PLANO A
A SEM ŸIndicar quando retornar de imediato
R DESIDRATAÇÃO ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e os sinais de perigo
para retorno imediato
ŸRetornar em 2 dias.

Se: ŸReferir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e/ou


DIARREIA
profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente
PROLONGADA
durante o caminho
ŸAconselhar a mãe que continue dando o peito, se possível

Se: ŸReferir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e/ou


profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente
DIARREIA durante o caminho
COM SANGUE
ŸAconselhar a mãe que continue dando o peito se a criança
aceitar
ŸAdministrar uma dose de 1 mg de vitamina K por via
intramuscular
ŸAdministrar a primeira dose dos antibióticos recomendados
via parenteral

Lavar as mãos antes e depois de examinar a criança

7 AVA L I A R E C L A S S I F I C A R A C R I A N Ç A D E 0 A 2 M E S E S D E I D A D E
DEPOIS AVALIAR PROBLEMA DE NUTRIÇÃO OU ALIMENTAÇÃO
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO
PERGUNTAR
OBSERVAR E C
DETERMINAR L Se: ŸReferir URGENTEMENTE ao hospital segundo as
ŸPerda de peso > 10% na primeira PROBLEMA
A GRAVE normas de estabilização e transporte
A criança tem: ŸO peso para a idade usando semana de vida
S DE NUTRIÇÃO ŸPrevenir hipoglicemia
ŸAlguma dificuldade para se as curvas de crescimento S ŸPrevenir hipotermia
alimentar? propostas pelo Ministério I Um dos seguintes sinais:
da Saúde. ŸSe peso/idade na curva de peso está abaixo de -2
ŸDeixou de comer? F ŸTendência de crescimento
ŸA pega e a posição na escores Z ou tendência horizontal, ou em declínio, ou
Desde quando? I horizontal ou em declínio ou baixo
amamentação. baixo ganho ponderal (< 600g/mês), referir para
ŸMama no peito? C ganho ponderal (< 600g/mês)
consulta com pediatra
Quantas vezes por dia? A ŸPeso/idade abaixo de
ŸAconselhar a mãe que dê o peito sempre que a criança
ŸRecebe outros alimentos? R -2 escores Z (ou P3) quiser e pelo tempo que quiser, de dia e de noite, ao
Quais e com que Ÿ Pega incorreta menos 8 vezes ao dia
frequência? ŸNão mama bem ŸSe a criança tem pega incorreta ou não mama bem,
ŸToma outro tipo de leite? ŸAlimenta-se ao peito menos que 8 orientar a mãe quanto à pega e posição corretas
Qual? vezes ao dia ŸSe recebe outros alimentos ou líquidos, aconselhar a
ŸComo é preparado esse ŸRecebe outros alimentos ou PROBLEMA DE mãe que lhe dê o peito mais vezes, e vá reduzindo os
leite? líquidos NUTRIÇÃO outros alimentos e líquidos até eliminá-los
ŸRecebe outro leite OU DE completamente, e que não use mamadeira
ALIMENTAÇÃO ŸSe a criança não se alimenta ao peito, encaminhar
para orientação sobre aleitamento materno e possível
relactação
ŸIniciar suplemento vitamínico, se recomendado
ŸCaso necessário, orientar a mãe sobre o preparo
correto dos outros leites e a usar o copinho
ŸFazer o seguimento para qualquer problema de
alimentação 2 dias depois
ŸFazer o seguimento de peso no 7° dia
ŸSe a mãe apresentar algum problema nas mamas,
orientar o tratamento
ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e os sinais de
perigo para retorno imediato

Se:
ŸElogiar a mãe por estar alimentando bem seu filho (a)
NÃO TEM
ŸPeso/idade normal e não há ŸFazer o seguimento segundo normas estabelecidas
PROBLEMA DE
nenhum problema de alimentação NUTRIÇÃO OU
para vigilância do crescimento e do desenvolvimento
DE ŸEnsinar à mãe medidas preventivas e os sinais de
ŸTendência ascendente da curva de
ALIMENTAÇÃO perigo para retorno imediato
crescimento

AVA L I A R E C L A S S I F I C A R A C R I A N Ç A D E 0 A 2 M E S E S D E I D A D E 8
VERIFICAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA MENOR DE 2 MESES DE IDADE (sempre que não houver uma
classificação grave que necessite referir ao hospital)

PERGUNTAR: OBSERVAR: AVALIAR CLASSIFICAR TRATAMENTO


C
MENOR DE 1 MÊS: Se:
L ŸElogiar a mãe/cuidador pelo que está

ŸPostura (barriga para cima,


A ŸPC acima de + 2 escores Z ou abaixo de fazendo de correto
S - 2 escores Z e/ou ŸReferir para avaliação neuropsicomotora
pernas e braços fletidos, e/ou
cabeça lateralizada) S PROVÁVEL ATRASO
ŸPresença de 3 ou mais alterações fenotípicas
ŸObserva um rosto I e/ou
NO DESENVOLVIMENTO
ŸReage ao som F Ÿ Ausência do reflexo cócleo-palpebral ou da
ŸEleva a cabeça I postura adequada ou de uma ou mais
C habilidades, para a faixa etária anterior à sua
(criança de 0 a 1 mês considerar a ausência
DE 1 MÊS A < 2 MESES: A de um ou mais desses marcos, para a sua
R faixa etária, suficiente para esta
classificação)
Se: ŸElogiar a mãe/cuidador pelo que está
ŸAusência do reflexo cócleo-palpebral ou fazendo de correto
ALERTA PARA O
da postura adequada ou de uma ou mais ŸOrientar a mãe sobre a estimulação de seu
DESENVOLVIMENTO
habilidades, para sua faixa etária (exceto filho
menores de 1 mês) ŸMarcar consulta de retorno em 30 dias
ALTERAÇÕES NO ŸInformar à mãe sobre os sinais de alerta
EXAME FÍSICO: ......................................................... para voltar antes de 30 dias

FAZER PERGUNTAS DESENVOLVIMENTO


ADICIONAIS: Se:
NORMAL COM FATORES
acima de + 2 escores Z ŸReflexo de cócleo-palpebral, postura DE RISCO
ou abaixo de - 2 escores Z adequada, todas habilidades, para sua
faixa etária estão presentes, mas existe
um ou mais fatores de risco

Se: ŸElogiar a mãe/cuidador pelo que está


DESENVOLVIMENTO fazendo de correto
Ÿ Fenda palpebral ŸReflexo de cócleo-palpebral, postura NORMAL
oblíqua adequada, todas habilidades presentes ŸOrientar a mãe para que continue
LEMBRE-SE: Ÿ Olhos afastados para sua faixa etária e ausência de fatores estimulando seu filho
Ÿ Implantação baixa de de risco ŸRetornar para acompanhamento conforme
orelhas a rotina do seu serviço de saúde
Ÿ Lábio leporino ŸInformar à mãe sobre os sinais de alerta
Ÿ Fenda palatina para voltar antes de 30 dias
Ÿ Pescoço curto e/ou
largo
Ÿ Prega palmar única
Ÿ 5º dedo da mão curto e
recurvado

9 AVA L I A R E C L A S S I F I C A R A C R I A N Ç A D E 0 A 2 M E S E S D E I D A D E
VERIFICAR OS ANTECEDENTES DE VACINAÇÃO

ESQUEMA
DE
VACINAÇÃO

· V a c in a r t o d a s a s c r ia n ç a s m e no r e s d e 2 m e s e s, s e g u in d o o c a le n d á r io .
· A v a l i a r o u t r o s p r o b l e m a s ( c o m p l e t a r o e x a m e f í s i c o e x : t r a u m a a o n a s c e r , le s õ e s c u t â n e a s ,
l u xa ç ã o d e q u a d r i l , o u o u t r o s q u e a m ã e r e fi r a )

Observações:

DIARREIA

AVA L I A R O S A N T E C E D E N T E S D E VA C I N A Ç Ã O 10
TRATAR O MENOR DE 2 MESES DE IDADE E ACONSELHAR A MÃE OU O ACOMPANHANTE

NORMAS DE ESTABILIZAÇÃO ANTES E DURANTE O TRANSPORTE DA CRIANÇA

1. MANTER O AMBIENTE TÉRMICO NEUTRO PARA PREVENIR A HIPOTERMIA


Ÿ Contato pele a pele, campos aquecidos, saco plástico poroso, fonte de aquecimento, incubadora ou outro método seguro.

2. PREVENIR E TRATAR A HIPOGLICEMIA


Ÿ Leite materno ou água açucarada, solução intravenosa com soro glicosado 10% (80-100mL/Kg/dia)

Ÿ Determinar a glicemia periférica. Se glicemia periférica < 45mg/dL, tratar com 2mL/kg/dose de soro glicosado a 10% endovenoso.

3. MANTER A OXIGENAÇÃO ADEQUADA (segundo a disponibilidade) através de:


Ÿ Hood, cânula nasal ou máscara, balão auto-inflável, CPAP nasal, ventilação mecânica.

4. DAR A PRIMEIRA DOSE DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NOS QUADROS

Ÿ Antibióticos via parenteral, expansores de volume, soro glicosado 10% , sais de reidratação oral e vitamina k.

5. OUTROS CUIDADOS IMPORTANTES

Ÿ Se a criança tem distensão abdominal, colocar uma sonda orogástrica e deixá-la aberta
Ÿ Toda criança com dificuldade respiratória deve ser transportada com sonda orogástrica aberta
Ÿ Se a criança tem alguma patologia como exposição de vísceras ou mielomeningocele, envolvê-las com plástico transparente
Ÿ Se a criança tem uma fratura ou trauma, imobilizar a extremidade afetada

11 T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E
DAR A PRIMEIRA DOSE DOS ANTIBIÓTICOS POR VIA PARENTERAL

ŸUm menor de 2 meses classificado como DOENÇA GRAVE sempre deve ser REFERIDO após a primeira dose dos antibióticos.
ŸCaso não seja possível referir, continuar no horário de acordo com os quadros de cada droga, preferencialmente pela via endovenosa.
ŸNo recém-nascido a medicação IM deve ser aplicada no vasto lateral da coxa.

PENICILINA G PROCAÍNA PENICLINA G CRISTALINA


Dose: 50.000 UI/kg/dia IM Dose: 100.000 UI/kg/dia EV ou IM

, logo ,logo

T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E 12
DAR ANTITÉRMICO PARA FEBRE ALTA (> 38°C) COMO PREVENIR A HIPOGLICEMIA

ACETOMINOFEN Nos RN: PIG, GIG, e/ou de baixo peso ao nascer:


Dose: 12mg/Kg/dose Ÿ Fazer a glicemia periférica com 1,3,6,12,18 e 24 horas de vida. Se glicemia periférica menor que 45mg/dL
Dose (gotas) seguir o esquema de tratamento da hipoglicemia
Peso 100mg/ 200mg/ 300mg/ Frequência
Se a criança pode sugar o peito vigorosamente:
(Kg) mL mL mL
Ÿ Dizer à mãe que dê o peito com uma frequência maior
2,0 4 2 1 A cada 8
horas Se a criança não pode sugar o peito, mas pode deglutir:
3,0 6 3 2 Ÿ Dar leite materno ordenhado ou outro leite
4,0 8 4 3 Ÿ Se não for possível, dar à criança de 30 a 50 mL de água com açúcar antes de ser transferida. Para preparar
5,0 12 6 4 A cada 6 a água com açúcar: dissolver 4 colheres de chá de açúcar (20g) em um copo com 200 mL de água
6,0 14 7 5 horas
7,0 16 8 6 Se a criança não pode deglutir:
Ÿ Dar 50 mL de leite ou água com açúcar por uma sonda orogástrica
Ÿ Se for possível, administrar solução IV com soro glicosado a 10% (80-100 mL/kg/dia)

TRATAR CONVULSÃO

Ÿ Como a causa mais frequente de convulsão no RN é a COMO TRATAR A HIPOGLICEMIA


TRATAR A HIPOGLICEMIA
hipoglicemia: deve-se imediatamente fazer a glicemia
periférica, se menor que 45mg/dL – tratar a hipoglicemia Se a glicemia periférica for menor que 45mg/dL:
(quadro COMO TRATAR A HIPOGLICEMIA). Ÿ Tratar a hipoglicemia com 2mL/kg/dose de soro glicosado a 10% via endovenosa (ver abaixo preparo de soro
glicosado a 10%), e
Ÿ Se a glicemia periférica estiver acima de 45mg/dL: tratar a Ÿ Manter solução endovenosa de soro glicosado a 10%, 80-100mL/kg/dia (aproximadamente 3 a 4
convulsão com fenobarbital 20mg/kg uma dose de ataque e microgotas/kg/dia), em microfix, aumentando o gotejamento para que a glicose estabilize acima de 45mg/dL.
manter 2,5mg/kg/dose de 12/12 horas por via intramuscular.
Controlar a glicemia periférica:
Ÿ De 30 em 30 minutos até que a glicose estabilize acima de 45mg/dL. Depois controlar com glicemia periférica
de 6/6horas.
FENOBARBITAL Para preparar o soro glicosado a 10%:
Dose de ataque: 20mg/Kg IM Ÿ Misturar 89mL de soro glicosado a 5% com 11 mL de glicose 50%. Logo, terá 100mL de soro glicosado a
Dose de manutenção: 2,5 a 5mg/kg/dia VO 10%.
Peso IM VO Frequência
(Kg) 200mg/mL 1 gota= 1mg
Ataque Manutenção
2,0 0,2 mL 3 a 5 gotas
3,0 0,3 mL 4 a 7 gotas A cada
4,0 0,4 mL 6 a 10 gotas 12
5,0 0,5 mL 6 a 12 gotas horas
6,0 0,6 mL 8 a 15 gotas
7,0 0,7 mL 9 a 17 gotas

13 T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E
CUIDADOS ROTINEIROS DO RECÉM-NASCIDO

1. Recepcionar o recém-nascido em campo aquecido

2. Posicionar o recém-nascido no tórax ou abdome materno, ao nível da placenta e cobrir com um segundo campo aquecido

3. Desprezar o primeiro campo

4. Avaliar o Apgar no primeiro minuto

5. Realizar o pinçamento do cordão umbilical entre 2 a 3 minutos depois do nascimento

6. Identificar o RN

7. Avaliar o Apgar no quinto minuto

8. Determinar a idade gestacional

9. Determinar as medidas antropométricas

10. Administrar vitamina K1 e profilaxia ocular

T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E 14
“PLANO A” E “PLANO C” PARA O TRATAMENTO DA DIARREIA

“PLANO A” PARA O TRATAMENTO DA DIARREIA EM CASA: “PLANO C” PARA O TRATAMENTO DA DIARREIA, TRATAR A DESIDRATAÇÃO
RAPIDAMENTE
Orientar a mãe sobre as regras do tratamento em casa: aumentar a ingestão Siga as setas. Se a resposta for “SIM”, em sentido transversal. Se for “NÃO”, no sentido
de líquidos, continuar dando o peito e quando deve retornar. vertical

Comece a solução intravenosa de imediato. Se a criança


1. AUMENTAR A INGESTÃO DE LÍQUIDOS (tanto quanto a pode beber, administre SRO enquanto se instala o soro
criança queira tomar): venoso.
Pode dar o liquído
Intravenoso (IV) de SIM Dê 100 mL/kg de ringer lactato ou soro fisiológico:
Primeiro: 30mL/kg em 1h
Ÿ Amamentar a criança com frequência e durante mais tempo em imediato? Depois: 70mL/kg em 5h
cada amamentação;
Ÿ Se a criança é exclusivamente amamentada, administrar-lhe SRO Reavaliar a criança a cada 1-2 hora. Se não melhorar o
estado de hidratação, repetir a primeira etapa.
além do leite materno;
Ÿ Se a criança não é exclusivamente amamentada, dar-lhe : SRO, Dê também o SRO (5mL/kg/hora)
NÃO tão logo a criança possa beber.
água pura, manter o aleitamento materno e orientar a alimentação .
Reavalie o lactente após 6 horas. Classifique a
desidratação e escolha o plano adequado
(A ou C) para continuar o tratamento.
ENSINAR À MÃE COMO MISTURAR E ADMINISTRAR Existe tratamento IV em
SRO. local próximo, distante
até 30 minutos do local
DISPONIBILIZAR À MÃE 2 PACOTES DE SRO PARA de origem?
USAR EM CASA
Envie o paciente URGENTEMENTE ao hospital
SIM para tratamento intravenoso.
Mostrar à mãe a quantidade de SRO que ela deve dar à criança NÃO
Se a criança aceitar soro oral, dê à mãe SRO e
além do leite materno: mostre-lhe como oferecer à criança goles
frequentemente durante a viagem.
Ÿ 50 a 100 mL depois de cada evacuação diarreica
Tem pessoal capacitado
para usar uma sonda
Orientar a mãe: orogástrica (SOG) para SIM Comece a reidratação por sonda (ou via oral) com SRO;
hidratação?
Ÿ Dar de beber à criança com um copinho em goles pequenos e Dar 20mL/kg/hora durante 6
NÃO horas (total 120mL/kg)
frequentes. SIM
Ÿ Se a criança vomitar, esperar 10 min. Continuar depois, porém, A criança Reavalie a criança a cada 1-2 horas:
mais lentamente. pode beber? ŸSe os vômitos se repetem ou há maior distensão
Ÿ Seguir dando-lhe mais abdominal, administre a solução mais lentamente.
NÃO ŸSe o estado de hidratação não melhorar depois de 2
2. SEGUIR DANDO ALIMENTOS Envie a criança horas envie a criança para que receba terapia
intravenosa.
URGENTEMENTE ao
ŸSe estiver melhorando, depois de 5 horas reavalie a
3. ORIENTAR QUANDO RETORNAR hospital para tratamento IV criança. Classifique a desidratação e escolha o plano
Ÿ Imediatamente, se a criança apresentar sinais de perigo ou SOG. adequado (A ou C) para dar sequência ao tratamento.
Ÿ Em 2 dias para consulta de seguimento

Obs.: Todo menor de dois meses classificado como desidratação deve ser referido para um
hospital.

15 T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E
ENSINAR À MÃE A TRATAR AS INFECÇÕES LOCALIZADAS

Ensinar à mãe como tratar as infecções localizadas: NISTATINA CEFALEXINA


100.000 UI/mL Dose: 50mg/Kg/dia Via oral
Ÿ Explicar como se administra o tratamento Peso Dose Frequência Apresentação: 250mg/5mL
Ÿ Observá-la enquanto administra a primeira dose da (Kg) (mL)
1mL = 50mg
2,0
medicação no serviço de saúde 2,5 Peso Dose Frequência
3,0
(Kg) (mL)
Ÿ Orientá-la para que administre a medicação o número
3,5 1,0 A cada 6 horas 2,0 0,5
de vezes indicado 2,5 0,6
4,0
ŸA mãe deve
Ensinar voltar
a mãe imediatamente
a tratar com alocalizadas:
as infecções criança ao 4,5 3,0 0,7
5,0 3,5 0,9 A cada 6 horas
serviço decomo
• Explicar saúdeseseadministra
a infecção piorar
o tratamento. 4,0 1,0
DAR NISTATINA
• Observá-la enquanto administra a primeira dose da medicação ORAL
no serviço dePARA
saúde.CANDIDÍASE: 4,5 1,1
ŸAgitar bem o frasco antes
• Orie ntá-la para que administre a medicação o número de vezes recomendados. de aplicar a nistatina na boca da criança. 5,0 1,2
Não misturar com leite.
• A mãe deve voltar imediatamente com a criança ao serviço de saúde se a infecção piorar. DAR CEFALEXINA PARA PÚSTULAS NA PELE OU
ŸTratar os mamilos da mãe com nistatina local a cada 6 horas. INFECÇÃO NO UMBIGO

Para tratar pústulas na pele ou infecção no umbigo Para tratar as infecções nos olhos Para tratar candidíase oral (úlceras ou
placas esbranquiçadas na boca)
A mãe deve: A mãe deve:
ŸLavar as mãos antes de iniciar o tratamento Ÿ Lavar as mãos antes de iniciar o tratamento
A mãe deve:
ŸLavar suavemente com água e sabão para tirar Ÿ Limpar os olhos da criança com um pano
Ÿ Lavar as mãos antes de iniciar o tratamento
o pus e as crostas limpo, 6 vezes ao dia Ÿ Lavar a boca da criança com um pano suave
Ÿ Secar o local Ÿ Abaixar a pálpebra inferior da criança
enrolado em um dedo e umedecido com água e sal
Ÿ Aplicar antibiótico tópico 3 vezes ao dia (neomicina + Ÿ Aplicar antibiótico tópico (colírio ou pomada) 6x ao dia
Ÿ Aplicar 1 conta-gotas de nistatina a cada 6 horas
bacitracina ) Ÿ Fazer o mesmo procedimento no outro olho
na boca da criança
Ÿ Evitar o uso de pós, cremes, corantes e loções Ÿ Aplicar a medicação por 7 dias
Ÿ Tratar seus mamilos com nistatina local
Ÿ Lavar as mãos Ÿ Lavar as mãos
Ÿ Lavar as mãos

T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E 16
ENSINAR A POSIÇÃO E A PEGA CORRETAS PARA AMAMENTAÇÃO ENSINAR À MÃE MEDIDAS PREVENTIVAS
Mostrar à mãe como segurar bem uma criança: Ÿ Aleitamento materno exclusivo logo após o nascimento para prevenir
Ÿ Com a cabeça e o corpo da criança alinhados hipoglicemia e infecções
Ÿ Em direção ao seu peito, com o nariz da criança de frente ao peito Ÿ Lavar as mãos antes e depois de trocar ou alimentar a criança
Ÿ Com o corpo da criança em frente ao corpo da mãe (barriga com barriga) Ÿ Limpar o umbigo com álcool 70%, 3 vezes ao dia. Não cobrir e não usar outras
Ÿ Segurando todo o corpo da criança e não somente o pescoço e os ombros substâncias em cima do umbigo
Ÿ Não deitar a criança em decúbito ventral para evitar a morte súbita. Dar
Mostrar como facilitar a pega. A mãe deve: preferência ao decúbito dorsal
ŸTocar os lábios da criança com o mamilo Ÿ Manter a criança agasalhada ou contato pele a pele (canguru) para prevenir
ŸEsperar até que a criança abra bem a boca hipotermia
ŸMover a criança rapidamente para o peito e certificar-se de que o lábio Ÿ Dar banho diário
inferior da criança toque bem debaixo do bico Ÿ Dar líquidos adicionais, SRO, além do leite materno nos episódios de diarreia
Ÿ Segurando todo o corpo da criança e não somente o pescoço e os ombros para prevenir desidratação
Ÿ Ensinar como preparar outros leites para prevenir problemas de infecções (se a
Verificar os sinais da pega correta: criança não receber leite materno)
ŸBoca bem aberta Ÿ Estimular a criança para prevenir problema de desenvolvimento
ŸO queixo do bebê encostado na mama Ÿ Vacinar a criança para prevenir doenças
ŸO lábio inferior do bebê virado para fora Ÿ Proporcionar afeto – estimular os pais a conversar, sorrir e acariciar o bebê
ŸMais aréola visível acima do lábio superior e menos visível abaixo do lábio Ÿ Levar o bebê para consulta de rotina
inferior

ACONSELHAR A MÃE SOBRE QUANDO DEVE RETORNAR PARA CONSULTA DE SEGUIMENTO OU DE IMEDIATO

Quando deve retornar para consulta de seguimento Quando deve retornar de imediato

Retornar para consulta Recomendar à mãe que volte de imediato se a criança


Se a criança tem de seguimento em: apresentar qualquer dos seguintes sinais de perigo:

Infecção localizada Não mama ou bebe mal Sangue nas fezes ou diarreia
Diarreia sem desidratação Piora ou está mal Febre ou hipotermia (fica fria)
Qualquer problema de alimentação Cianose (fica roxa) Vomita tudo
Dificuldade para respirar Icterícia (fica amarela)
Umbigo com pus Está pouco reativa, largada, ou
Baixo risco ao nascer “não vai bem”
Problema de nutrição
Problema do desenvolvimento 30 dias

Conselhos: lavar as mãos, deitar o bebê de barriga para cima, evitar hipotermia, aleitamento materno exclusivo, acariciar e dizer à criança que a
quer bem, frequentemente.

17 T R AT A R O M E N O R D E 2 M E S E S D E I D A D E E A C O N S E L H A R A M Ã E O U O A C O M P A N H A N T E
INFECÇÃO LOCALIZADA INFECÇÃO LOCALIZADA SEM DESIDRATAÇÃO
(NO UMBIGO, OLHO OU PELE) (CANDIDÍASE ORAL)
Depois de 2 dias: Depois de 2 dias: Depois de 2 dias:
ŸExaminar o umbigo. Está hiperemiado ou apresenta Ÿ Examinar a criança. Verificar se tem úlceras Ÿ Examine a criança: Está inquieta ou irritada?
supuração? A hiperemia se estende à pele? ou placas brancas na boca (monilíase oral). Ÿ Bebe mal ou não pode beber?
Ÿ Reavaliar a alimentação. Ÿ Tem os olhos fundos? Prega cutânea se desfaz
ŸExaminar os olhos. A secreção purulenta
Ÿ Em seguida determinar se tem problema de lentamente ou muito lentamente?
aumentou?
alimentação ou de nutrição. Ÿ Tem sangue nas fezes?
ŸExaminar as pústulas da pele. São
Ÿ Reavaliar os mamilos/mãe Ÿ Determinar o grau de hidratação. Está bem
muitas e extensas?
hidratada?
TRATAMENTO:
TRATAMENTO:
Ÿ Se a CANDIDÍASE piorou ou se a criança TRATAMENTO:
ŸSe o pus e/ou a hiperemia ou as pústulas na pele tem problema com a pega no seio, referir ao Ÿ Se a criança está desidratada, referir
seguem igual ou piorarem, referir ao hospital. hospital.
Ÿ Se o pus e/ou a hiperemia ou as pústulas
URGENTEMENTE ao hospital.
Ÿ Se a CANDIDÍASE melhorar e se a Ÿ Se o número de evacuações continua igual ou piorou
melhorarem, aconselhar a mãe que continue dando criança está se alimentando bem, continuar
ou se tem problemas de alimentação ou tem algum
o antibiótico até completar 7 dias de tratamento e com a nistatina até terminar os 5 dias restantes de
tratamento. sinal geral de perigo, referir ao hospital.
continue tratando a infecção localizada em casa.
Ÿ Aconselhar a mãe de como cuidar de seus Ÿ Se tem febre e/ou sangue nas fezes, dar a primeira
ŸRecomendar a mãe que continue dando peito 8
vezes ao dia. mamilos para evitar que se contamine pela dose de antibiótico recomendado por via IM ou EV e
CÂNDIDA. vitamina k (se sangue nas fezes) antes de referir.

PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO PROBLEMA DO DESENVOLVIMENTO

Depois de 2 dias: Depois de 30 dias:


Ÿ Reavaliar a alimentação. Consultar o quadro intitulado “Em seguida Reavaliar o processo de desenvolvimento com os seguintes critérios:
determinar se tem problema de alimentação”. Ÿ Eleva cabeça.
Ÿ Perguntar sobre qualquer problema de alimentação detectado na primeira consulta. Ÿ Postura (barriga para cima; membros fletidos, cabeça lateralizada).
Ÿ Aconselhar a mãe sobre qualquer problema novo ou persistente. Ÿ Observa um rosto.
ŸRecomendar à mãe que não faça mudanças importantes na alimentação, e que retorne Ÿ Reage ao som.
com a criança. Ÿ Sorriso social.
Ÿ Se o peso do menor de 2 meses é baixo para a idade, dizer a mãe que volte 7 dias Ÿ Abre as mãos.
depois da primeira consulta para detectar se a criança aumentou de peso. Ÿ Emite sons guturais
Ÿ Se acredita que a alimentação não vai melhorar ou se a criança menor de 2 meses Ÿ Movimenta ativamente os membros.
está perdendo peso, referir. Se a criança cumpre com a avaliação para sua idade, elogiar a mãe e orientá-la sobre
como estimular a conduta da criança em casa. Se a criança não cumpre com um ou
mais critérios de avaliação para a sua idade, referir a um especialista para uma
avaliação mais completa.

M É T O D O S D E S E G U I M E N T O E R E AVA L I A Ç Ã O D O M E N O R D E 2 M E S E S 18
OFERECER SERVIÇOS DE ATENÇÃO E ACONSELHAR A MÃE SOBRE SUA PRÓPRIA SAÚDE

ŸSe a mãe está doente, administre o tratamento ou a refira

ŸQuando se identifica risco de saúde na mãe, aconselhar

ŸSe tem algum problema nas mamas (como ingurgitamento, mamilos doloridos, infecção) administre o tratamento e a refira a um centro
especializado

ŸRecomendar que coma todos os alimentos disponíveis em sua casa e beba líquido suficiente para manter-se sã e forte

ŸAconselhar sobre planejamento reprodutivo, citologia vaginal, exploração das mamas e prevenção de doenças de transmissão sexual (DST)

ŸDeterminar os antecedentes de vacinação da mãe e, se necessário, dar-lhe toxóide tetânico

ŸAconselhar sobre higiene, autocuidado e auto estima

ŸFazer controle puerperal no primeiro mês, dar vitaminas e ferro

19 M É T O D O S D E S E G U I M E N T O E R E AVA L I A Ç Ã O D O M E N O R D E 2 M E S E S
Formulário de Registro 1 ATENÇÃO INTEGRADA DA MÃE E DA CRIANÇA MENOR DE 2 MESES DE IDADE
1.- DADOS DA MÃE 2.- DADOS DA CRIANÇA

3.- ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS:


2500g 4000g

AVALIAR CLASSIFICAR

ATENÇÃO A MÃE DURANTE A GESTAÇÃO E AO RECÉM-NASCIDO

VERIFIQUE O RISCO NA GESTAÇÃO QUE AFETA O BEM ESTAR FETAL:


ŸT. parto < 37 sem Ÿ< 15 anos ou > 35 anos ŸDiabetes controlada
ŸGestação > 41 sem ŸPrimigesta ou grande multigesta ŸPalidez palmar moderada e/ou Hb
ŸDiminuição ou ausência de movimetos fetais ŸSem pré-natal < 7mg/dl Gravidez com risco
ŸDoença sistêmica grave ŸIntervalo entre partos < 2 anos ŸSecreção vaginal iminente
ŸInfecção urinária com febre ŸAltura uterina sem correlação com IG ŸDrogas teratogênicas
ŸDiabetes não controlada ŸCesária anterior ŸAlcoolismo, tabagismo ou drogas
ŸHemorragia vaginal ŸAntecedentes de PMT, BPN ou ŸHipertensão controlada Gravidez de alto risco
ŸRPM > 12 horas malformação do tubo neural ŸGanho inadequado de peso
ŸHipertensão não controlada e/ou presença de convulsões, visão turva, perda de ŸAntecedentes de abortos, morte fetal ou ŸApresentação anormal
consciência ou cefaleia intensa neonatal precoce ŸGravidez múltipla Gravidez de baixo risco
ŸAlteração do BCF ŸDoença sistêmica controlada ŸMãe Rh negativo
ŸApresentação anormal com trabalho de parto ŸInfecção urinária sem febre ŸVRRL, HIV, HTLV, Hepatite B e C,
ŸPalidez palmar intensa e/ou Hb < 7mg/dl ŸProblemas de saúde bucal CMV; TOXO e/ou EGB positivos.
ŸEdema de face, mãos e pernas
NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO
APGAR: Reanimação urgente + mecônio
Líquido amniótico com mecônio Líquido amniótico claro
Não respira ou não chora Respirando ou chorando Reanimação urgente
FC < 100 bpm 1° min:____
FC > 100 bpm Reanimação + Massagem
FC < 60 bpm 5° min:____
Sem reanimação
O RISCO AO NASCER E CLASSIFICAR SEGUNDO O PESO E IDADE GESTACIONAL
Peso < 2000g ou > 4000g Anomalias congênitas maiores Peso > 2000g e < 2500g Respiração regular Idade Gest:_____semanas

Dificuldade respiratória; frequência RPM > 12 horas Idade gestacional > 35 e < 37 semanas Choro forte
respiratória > 60 ou < 30 rpm PIG AIG GIG
Lesão grave devido ao parto Idade gestacional > 42 semanas Pele e mucosas rosadas Pré-termo
Infecção intra-uterina (TORCH/HIV) Termo
Temperatura axilar < 36°C ou > Anomalias congênitas menores Boa atividade
37,5°C Pós-termo
Idade gestacional < 35 semanas
Palidez ou pletora Reanimação sem pressão positiva/ Peso > 2500g e < 4000g Alto risco ao nascer
Febre materna ou corioaminionite massagem cardíaca Médio risco ao nascer
Reanimação com pressão positiva/ Idade gestacional > 37 semanas e < 42 semanas
massagem cardíaca Baixo risco ao nascer
PIG ou GIG

FORMULÁRIO DE REGISTRO # 1 20
Formulário de Registro 2
ATENÇÃO INTEGRADA DA MÃE E DA CRIANÇA MENOR DE 2 MESES DE IDADE
DADOS DA CRIANÇA

AVALIAR CLASSIFICAR
AVALIAR E CLASSIFICAR A CRIANÇA DOENTE DE 0 A 2 MESES

DOENÇA GRAVE OU INFECÇÃO LOCALIZADA FR= SIM NÃO

Ÿ”Não vai bem”, irritada ŸCianose central, palidez intensa ŸFR > 60 ou < 30 mrpm ŸSecreção purulenta conjuntival Doença grave
ŸNão pode pegar o peito ŸIcterícia abaixo do umbigo, e/ou ŸPústulas ou vesículas na pele ŸUmbigo com secreção purulenta e/ou Infecção localizada
ŸVomita tudo início antes de 24 h (numerosas ou extensas) eritema sem estender-se para a pele Não tem doença grave
ŸTemp. Axilar < 36 ou > 37,5ºc ŸTiragem subcostal grave ŸEnchimento capilar lento (> 2 segundos) ao redor ou infecção localizada
Ÿ Convulsões ŸDistenção abdominal ŸAnomalias congênitas maiores ŸPústulas na pele (poucas ou
ŸLetárgica/inconsciente ŸPeso menor que 2000g ŸSecreção purulenta do ouvido ou da localizadas)
ŸApneia ŸManifestação de sangramento conjuntiva (abundante e com edema ŸPlacas brancas na boca
ŸBatimentos de asas de nariz ŸEquimose, petéquias, hemorragias palpebral) ou do umbigo (com eritrema
ŸGemido, estridor ou sibilância que se estende para a pele ao redor)
DIARREIA SIM NÃO
ŸLetárgica/inconsciente ŸSinal de prega cutânea Desidratação
ŸInquieta ou irritada ŸMama mal ou não consegue beber ŸDiarreia há 7 dias ou mais ŸSangue nas fezes Sem desidratação
ŸOlhos fundos Diarreia prolongada
Diarreia com sangue

NUTRIÇÃO Problema grave de nutrição


Não mama bem Problemas de nutrição ou
Perda do peso maior que 10% na primeira semana de vida Tendência de crescimento horizontal ou em declínio
Alimenta-se ao peito menos de 8x ao dia de alimentação
Peso/idade abaixo de -2 escores Z Não tem problemas de nutrição
Pega incorreta Recebe outros alimentos ou líquidos
ou de alimentação
Baixo ganho ponderal (< 600g/mês) Recebe outro leite

PC abaixo de - 2 escores Z ou acima de + 2 escores Z Postura (barriga para cima, membros fletidos, cabeça lateralizada) Provável atraso no
desenvolvimento
Alterações fenotípicas: fenda palpebral oblíqua, olhos Reflexo cócleo-palpebral (reage ao som); observa um rosto; eleva a cabeça; sorriso social; abre as
Alerta para desenvolvimento
afastados, implantação baixa de orelhas, lábio leporino, mãos; emite sons e movimenta ativamente os membros.
Desenvolvimento normal
fenda palatina, pescoço curto e/ou largo, prega palmar Reflexo cócleo-palpebral, postura, todas habilidades presentes para faixa etária, mas existem fatores com fatores de risco
única, 5º dedo da mão curto e encurvado de risco. Desenvolvimento normal
Voltar para próxima vacina
VERIFICAR OS ANTECEDENTES DE VACINAÇÃO DO MENOR DE 2 MESES E DA MÃE. Marcar com um círculo as vacinas que serão aplicadas hoje
em:
Mãe Criança
____/____/____
Data

AVALIAR OUTROS PROBLEMAS:

21 FORMULÁRIO DE REGISTRO # 2
~ 6 mg/dl)
ZONA 1. Icterícia de cabeça e pescoço (BT =
ZONA 2. Icterícia até no umbigo (BT ~= 9 mg/dl)
ZONA 3. Icterícia até os joelhos (BT ~= 12 mg/dl)
~ 15 mg/dl)
ZONA 4. Icterícia até os tornozelos e/ou antebraço (BT =
~ 18 mg/dl ou mais)
ZONA 5. Icterícia até região plantar e palmar (BT =

BT – bilirrubina total (aproximadamente)

Nível de Bilirrubina total -BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e exsanguineotransfusão - EST em RN > 35 semanas de idade gestacional ao nascer

Bilirrubina total (mg/dL)


Idade Fototerapia Exsanguineotransfusão Situações especiais para indicação de fototerapia em RN > 35 semanas de idade
350 /7- 376 /7 > 380 /7 35 0/7 - 37 6/7 > 380 /7 gestacional ao nascer
semanas semanas semanas semanas
24 horas 8 10 15 18 Ÿ Diminuir em 2mg/dL o nível de indicação de fototerapia ou EST se doença
36 horas 9,5 11,5 16 20 hemolítica, (Rh, ABO, outros antígenos), deficiência de G-6-PD, asfixia,
48 horas 11 13 17 21 letargia, instabilidade na temperatura, sepse, acidose ou albuminemia < 3g/dL.
72 horas 13 15 18 22
Ÿ Iniciar fototerapia de alta intensidade sempre que: BT > 17-19 mg/dL e colher
96 horas 14 16 20 23
BT após 4-6 horas; BT entre 20-25 mg/dL e colher BT em 3-4 horas; BT > 25
5 a 7 dias 15 17 21 24 mg/dL e colher BT em 2-3 horas, enquanto o material da EST está sendo
preparado.
Valores de bilirrubina total - BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e
exsanguineotransfusão - EST em RN < 34 semanas de idade gestacional Ÿ Se houver indicação de EST, enquanto ocorre o preparo colocar o RN em
fototerapia de alta intensidade, repetindo a BT em 2 a 3 horas para reavaliar a
Bilirrubina total (mg/dL) indicação de EST.
Peso ao nascer Fototerapia Exsanguineotransfusão
1001-1500g 6a8 11 a 13 Ÿ A EST deve ser realizada imediatamente se houver sinais de encefalopatia
bilirrubínica ou se a BT estiver 5 mg/dL acima dos níveis referidos.
1501-2000g 8 a 10 13 a 15
2001-2500g 10 a 12 15 a 17 Ÿ A fototerapia pode ser suspensa, em geral, quando BT < 8-10 mg/dL, sendo a BT
Considerar o valor inferior na presença de fatores de risco: doença reavaliada 12-24 horas após suspensão para detectar rebote
hemolítica de G-6PD, asfixia, letargia, instabilidade na temperatura,
sepse, acidose, hipotermia ou albumina < 3,0 g/dL.

ZONA DE ICTERÍCIA DE KRAMER 22


ANEXO I: DETERMINE A IDADE GESTACIONAL: CAPURRO SOMÁTICO

Chata, Pavilhão Pavilhão Pavilhão EQUIVALÊNCIA DIA X SEMANAS


FORMA DA disforme. parcialmente encurvado em totalmente
Pavilhão não encurvado no todo o bordo DIAS SEMANAS
ORELHA encurvado
encurvado bordo superior superior 24
0 8 16 168 174 ........................... 24
CÁLCULO =
TAMANHO Não palpável Palpável: Palpável: Palpável:
DA 0 menor de 5 entre 5 maior
175 181 ........................... 25
GLÁNDULA mm e 10 mm de 10 mm
MAMÁRIA 5 10 15 182 188 ........................... 26
Diâmetro Diâmetro
FORMAÇÃO Apenas Diâmetro maior de 7,5 maior de 7,5 189 195 ........................... 27
DO visível menor de 7,5 mm. Aréola mm. Aréola
mm. Aréola pontiaguda e bordo pontiaguda e
MAMILO sem aréola
lisa e chata 196 202 ........................... 28
0 não levantado bordo levantado
5 10 15
203 209 ........................... 29
Muito fina e Fina e lisa Algo mais Grossa, marcas Grossa, enrugada, com
TEXTURA gelatinosa 5 grossa. Discreta superficiais, marcas profundas
210 216 ........................... 30
DA PELE 0 descamação descamação nas 20
superficial mãos e pés
10 15 217 223 ........................... 31
Sem pregas Marcas mal Marcas bem Sulcos na
0 definidas na definidas na metade anterior Sulcos em mais da metade 224 230 ........................... 32
metade metade anterior. 15 anterior
PREGAS anterior Sulcos no terço 20 231 237 ........................... 33
PLANTARES 5 anterior
10 238 244 ........................... 34

245 251 ........................... 35


CURVAS DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO
252 256 ........................... 36
PRE-TERMO A TERMO PÓS-TERMO
257 265 ........................... 37

266 272 ........................... 38

273 279 ........................... 39

280 286 ........................... 40

287 293 ........................... 41

294 300 ........................... 42

301 307 ........................... 43

semanas 308 314 ........................... 44


PIG = Pequeno para idade gestacional; AIG = Adequado para idade gestacional;
GIG = Grande para idade gestacional 315 323 ........................... 45

23 ANEXOS
ANEXO II: TRATAMENTO – AVALIAR E DETERMINAR O RISCO DURANTE A GESTAÇÃO E PARTO

PREVENIR HIPOTENSÃO TRABALHO DE PARTO PREMATURO:

ŸObter acesso venoso periférico calibroso para reposição de volume. ŸNifedipina comprimido de 20mg VO ou Terbutalina 2,5mg (5 ampolas) em 500 mL de
SG 5% - 10 gotas/min com aumento de 10 gotas a cada 15 min.
ŸTransfundir hemoderivados se hemoglobina < 7g/dL. ŸCorticóide (TPP <35 semanas): Betametasona 12 mg IM de 24/24 horas - 2 doses
ŸManter débito urinário > 30mL/hora - total de líquidos deve ser limitado a
ou Dexametasona 6mg IM de 12/12 horas - 4 doses
150mL/kg. No máximo 2 ciclos. Cada ciclo tem efeito por 1 semana
ŸRotura prematura ou prolongada de membranas: Ampicilina 1g IV, de 6/6 horas ou
Eritromicina 500mg VO, de 6/6 horas.
ŸSe ITU com febre: Ampicilina 1g IV, de 6/6 horas ou Cefalexina, 1g VO, 6/6 horas, se
não tiver acesso venoso.
TRATAR HIPERTENSÃO: Pressão Arterial acima de 140 x 90 mmHg

ŸPaciente sentada ou em decúbito dorsal horizontal com manguito adequado à


circunferência do braço, na ausência de esforço físico, consumo de cafeína ou ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B
cigarro e após repouso de alguns minutos.
Cultura de Swab vaginal e retal entre 35 a 37 semanas de gestação positivas fazer
ŸSe hipertensão antes da 20ª semana pensar em hipertensão arterial crônica.
profilaxia intraparto:

Ÿ Penicilina G cristalina 5 milhões UI EV - dose inicial e 2,5 milhões UI de 4/4 horas


Emergência hipertensiva: associação de altos níveis pressóricos quase sempre
até o parto ou
com PA > 160 x 110 mmHg. Ÿ Ampicilina 2g EV inicial e 1g/EV até o parto, 4/4 horas
Ÿ Se alergia: cefazolina 2g EV inicial e 1g/EV, 8/8 horas
Tratamento: hidralazina 5mg IV 15/15 minutos até que a PA esteja menor 20 a 30%
do início – máximo de 20 mg em 1 hora. (1 ampola de 1mL tem 20 mg de hidralazina, Na impossibilidade de fazer a cultura, instituir profilaxia por fator de risco nos
casos de:
dilui com 19 mL de soro fisiológico – 1mg/mL).
Ÿ Trabalho de parto antes de 37 semanas
Ÿ Temperatura materna intraparto > 38°C
Ÿ Rotura prematura de membranas > 18h
SINAIS DE PERIGO DURANTE O PARTO QUE COLOCAM EM RISCO A
Com ou sem realização de cultura, fazer profilaxia em:
VIDA DO RECÉM-NASCIDO: Ÿ Filho anterior com história de doença por EGB
Ÿ Infecção urinária por EGB na gestante
ŸHemorragia vaginal
ŸApresentação anômala
ŸFebre materna CÁLCULO DO IMC (Índice de Massa Corporal):

CLASSIFICAÇÃO I.M.C. = Peso (Kg) /Altura (m²)


SINAIS DE PERIGO NA GESTAÇÃO QUE PODEM AFETAR O BEBÊ : Emagrecida IMC < 20

ŸMenor de 15 anos Normal IMC de 20 a 26


ŸDor e ardor ao urinar Sobrepeso IMC > 26 a 30
ŸSangramento vaginal Obesidade grau I IMC de 30 a < 35
ŸEdema em face, mãos e pés
Obesidade grau II IMC de 35 a < 40
ŸPerda de líquido > 12 horas
Obesidade grau III IMC > 40

ANEXOS 24
ANEXO III:
ANEXO III:GRÁFICO
GRÁFICODE
DECONTROLE
CONTROLEEVOLUTIVO
EVOLUTIVODO
DOCRESCIMENTO
CRESCIMENTO(SEXO
(SEXOMASCULINO)
MASCULINO)

Peso / Idade - MENINOS


Nascimento a 6 meses (escore-Z)
Peso (kg)

Semanas
Meses
Idade (semanas ou meses)

25 ANEXOS
ANEXO IV: GRÁFICO DE CONTROLE EVOLUTIVO DO CRESCIMENTO (SEXO FEMININO)

Peso / Idade - MENINAS


Peso (kg) Nascimento a 6 meses (escore-Z)

Semanas
Meses
Idade (semanas ou meses)

ANEXOS 26
ANEXO V: GRÁFICO DE CONTROLE DE PERÍMETRO CEFÁLICO (SEXO MASCULINO)

Perímetro cefálico / Idade - MENINOS


Nascimento a 13 semanas (escore-Z)
Perímetro cefálico (cm)

Nasc
Idade (semanas)

27 ANEXOS
ANEXO VI: GRÁFICO DE CONTROLE DE PERÍMETRO CEFÁLICO (SEXO FEMININO)

Perímetro cefálico / Idade - MENINAS


Nascimento a 13 semanas (escore-Z)
Perímetro cefálico (cm)

Nasc
Idade (semanas)

ANEXOS 28
ANEXO VII: CURVAS DE CRESCIMENTO PÓS-NATAL PARA PREMATUROS

Fenton, 2003.
29 ANEXOS
ANEXO VIII: REANIMAÇÃO NEONATAL

MEDICAÇÕES PARA REANIMAÇÃO


Adrenalina Adrenalina Expansores de Adrenalina Adrenalina Expansores de
Endovenosa Endotraqueal Volume Peso ao nascer
Endovenosa Endotraqueal Volume
1:10.000 1:10.000 SF 0,9%
1 mL adrenalina 1 mL adrenalina
1kg 0,1 - 0,3 mL 0,5 - 1,0 mL 10 mL
Diluição Ringer lactato
em 9 mL 1:1000 em 9 mL Sangue Total 2kg 0,2 - 0,6 mL 1,0 - 2,0 mL 20 mL
de SF 0,9% de SF 0,9%
Preparo 1 mL 5 mL 2 seringas de 20 mL 3kg 0,3 - 0,9 mL 1,5 - 3,0 mL 30 mL

Dose 0,1 - 0,3 mL/Kg 0,5 - 1 mL/Kg 10 mL/kg EV 4kg 0,4 - 1,2 mL 2,0 - 4,0 mL 40 mL
Infundir rápido na Infundir diretamente Infundir o expansor
Velocidade e veia umbilical e, a na cânula traqueal e de volume na veia
Precauções seguir infundir 0,5 - ventilar a seguir. umbilical lentamente,
1,0 mL de SF 0,9%. USO ÚNICO em 5 a 10 minutos

FLUXOGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL EM SALA DE PARTO


Gestação a termo? Sim Cuidados de rotina junto à mãe:
NASCIMENTO
Respirando ou chorando? prover calor, manter vias aéreas
. Tônus muscular em flexão? pérvias, secar e avaliar FC e
. respiração de modo contínuo
. Não
.
. Prover calor
.
. Posicionar cabeça
30 segundos Aspirar vias aéreas s/n
Secar
.
.
. FC <100 bpm ou Sim
. Apneia ou resp. irregular Desconforto Respiratório?
.
. Sim Sim
60 segundos
Golden minute VPP, considerar monitorar SatO2 Considerar monitorar SatO2
Considerar CPAP
FC <100 bpm?

Sim
Assegurar VPP adequada
Considerar O2 suplementar
Considerar intubação?
Minutos Sat O 2 pré ductal
FC <60 bpm?
de vida região palmar e
Sim direita radial
Massagem cardíaca Até 5 70 – 80%
coordenada com VPP
5 - 10 80 -90%
> 10 85 – 95%
FC <60 bpm?

Sim
Adrenalina endovenosa

ANEXOS 30
ANEXO IX: NORMATIZAÇÃO DO TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR

A normatização do transporte inter-hospitalar encontra-se estabelecida


Ÿ 2 cilindros de oxigênio
pela resolução CFM n° 1.672/2003, que determina:
Ÿ oxímetro não invasivo portátil
Art1° Ÿ monitor cardioversor
Que o sistema de transporte inter-hospitalar de pacientes deverá ser efetuado conforme o Ÿ bomba de infusão com bateria e equipo
abaixo estabelecido. Ÿ màscaras laríngeas, cânulas endotraqueais
I O hospital previamente estabelecido como referência, não pode negar atendimento Ÿ sondas de aspiração
Ÿ laringoscópio com lâminas retas (0 e 1) estetoscópio
aos casos que se enquadrem em sua capacidade de resolução.
Ÿ esfignomanômetro infantil
II Pacientes com risco de vida não podem ser removidos sem a prévia realização de
Ÿ maleta de acesso venoso com tala para fixação do membro, luvas
diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento básico respiratório e estéreis, algodão com antiséptico, gaze estéril, esparadrapo, tesoura e
hemodinâmico além da realização de outras medidas urgentes e específicas para cada material para punção.
caso. Ÿ seringas, torneiras e equipo de infusão
III Pacientes graves ou de risco devem ser removidos acompanhados de equipe composta Ÿ caixa de pequena cirurgia
por tripulação mínima de médico, um profissional de enfermagem e o motorista, em Ÿ maleta de parto
Ÿ material para drenagem torácica
ambulância de suporte avançado. Nas situações em que seja tecnicamente impossível o
Ÿ cobertores ou filmes metálicos
cumprimento dessa norma, deve ser avaliado o risco potencial do transporte em relação Ÿ conjunto de colares cervicais e prancha para a imobilização da coluna
à permanência do paciente no local de origem. Ÿ medicamentos obrigatórios que deverão constar: adrenalina, atropina,
IV Antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar contato com o dopamina, dobutamina, hidrocortisona, glicose 5%, fenobarbital, água
médico receptor ou diretor técnico do hospital de destino e ter a concordância do destilada, dipirona e furosemida
mesmo.
V Todas as ocorrências inerentes ao transporte devem ser registradas no prontuário de ART2°
origem. Os médicos diretores técnicos das instituições, inclusive os dos serviços de
VI Todo o paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível e atendimento pré-hospitalar, serão responsáveis pela efetiva aplicação destas normas
assinado (com o número do CRM) que passará a integrar o prontuário no destino.
RESUMINDO: antes, durante e após o transporte
Quando do recebimento, o relatório deve ser também assinado pelo médico receptor.
ŸSeguir normas de transporte (Capítulo XI);
VII Para o transporte, faz-se necessário a obtenção de consentimento após esclarecimento
ŸContactar o hospital para onde quer transferir a criança;
por escrito, assinado pelo paciente ou seu responsável legal. ŸEstabilizar o paciente;
Isso pode ser dispensado quando houver risco de morte e impossibilidade de ŸChecar o meio de transporte, pessoal habilitado, material necessário;
localização do responsável. Nesta circunstância, o médico solicitante pode autorizar o ŸFazer o relatório médico;
transporte, documentando tal fato devidamente no prontuário. ŸCuidados com o bebê.
VIII A responsabilidade inicial da remoção é do médico transferente, assistente ou a) Manter o ambiente térmico neutro para prevenir a hipotermia: contato pele a pele, campos
substituto, até que o paciente seja efetivamente recebido pelo médico receptor. A aquecidos, fonte de aquecimento, incubadora ou outro método seguro (ataduras, touca e meias). O
responsabilidade para o transporte, quando realizado por ambulância tipo D, E ou F é prematuro pode ser transportado dentro de um saco plástico para prevenir maior perda de calor e a
do médico da ambulância, até sua chegada ao local de destino e efetiva recepção por hipotermia.
outro médico. As providências administrativas e operacionais para o transporte não são b) Prevenir a hipoglicemia (pág. 13 do Manual de Quadros)
c) Manter a oxigenação adequada (segundo a disponibilidade e necessidade) através de: Hood,
de responsabilidade médica do receptor. A responsabilidade para o transporte, quando
cânula nasal ou máscara, ambu ou ventilação mecânica.
realizado por ambulância tipo D, E ou F é do médico da ambulância, até sua chegada no d) Administrar a primeira dose dos medicamentos indicados nos quadros
local de destino e efetiva recepção por outro médico. As providências administrativas e Antibiótico parenteral, Sais de Reidratação Oral (SRO) ou nistatina (pág.12, 13 e 16 do manual de
operacionais para o transporte não são de responsabilidade médica. quadros).
IX O transporte do paciente neonatal deverá ser realizado por ambulância tipo e) Outros cuidados importantes em casos de:
D, aeronave ou barco contendo: ŸDistensão abdominal: colocar uma sonda orogástrica e deixá-la aberta, em drenagem espontânea.
Ÿ incubadora de transporte, com bateria ou ligação à tomada do veículo ŸDificuldade respiratória deve ser transportada com sonda orogástrica aberta.
(12volts), com suporte em seu próprio pedestal para o cilindro de oxigênio ŸPresença de patologia como exposição de vísceras ou mielomeningocele, envolvê-las com filme
e ar comprimido e controle de temperatura com alarme plástico transparente de PVC.
Ÿ respirador de transporte neonatal com circuito estéril de reserva ŸNos casos de fratura ou trauma, imobilizar a extremidade afetada.

31 ANEXOS
ANEXO X: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES CONGÊNITAS

Baixo peso
Anemia
Icterícia
Trombocitopenia
Hepatomegalia
Púrpura
Erupção Cutânea
Calcificações
intracranianas
Edema
generalizado

Oski

ANEXOS 32
ANEXO XI: INFECÇÃO CONGÊNITA – TRATAMENTO

I. SÍFILIS CONGÊNITA Ÿ Se recém-nascido com VDRL positivo e/ou alterações clínicas, radiológicas e/ou
hematológicas, mas sem acometimento neurológico, tratar com Penicilina Cristalina,
EV por 10 dias, na dose de 50.000 unidades/kg/dose a cada 12 horas na primeira
A – Critérios diagnósticos (Segundo a Secretaria de Saúde do Estado
semana de vida e a cada 8 horas após a primeira semana ou com Penicilina Procaína
de São Paulo e Ministério da Saúde / Brasil)
50.000 unidade/kg/dose a cada 24 horas, IM, por 10 dias.
Os 3 primeiros critérios são aceitos como confirmatório e os demais (4-8) são Ÿ Se houver alteração liquórica ou se não foi possível colher o LCR: Penicilina
considerados critérios presumíveis para o diagnóstico da Sífilis Congênita: Cristalina, EV, por 10 dias, na dose de 50.000 unidades/kg/dose, a cada 12 horas na
1. Criança portadora de exame físico anormal (incluindo-se alterações liquóricas primeira semana de vida e a cada 8 horas, após a primeira semana.
e/ou ósseas) compatíveis com Sífilis Congênita Ÿ Se o recém nascido com VDRL negativo, sem alterações clínicas, radiológicas,
2. Recém-nascido com título sorológico para a sífilis (VDRL) 4x superior ao hematológicas e liquóricas: Penicilina Benzatina, dose única de 50.000 unidades/kg,
título materno (ausência do aumento desse título não pode ser usado como IM.
evidência final contra o diagnóstico de Sífilis Congênita) Ÿ O acompanhamento é obrigatório, incluindo o VDRL sérico com 1 e 3 meses. Sendo
3. Teste positivo para a detecção de Treponema palidum em campo escuro ou de
impossível garantir o acompanhamento, tratar com Penicilina Cristalina ou Procaína
nas doses recomendadas acima, por 10 dias.
anticorpos de fluidos orgânicos
Ø RECÉM-NASCIDOS DE MÃES COM SÍFILIS ADEQUADAMENTE
4. Mãe com Sífilis em atividade e não tratada durante a gestação TRATADA, realizar VDRL de sangue periférico e:
5. Mãe com evidência sorológica de reinfecção ou recorrência de infecção após Ÿ Recém-nascido com VDRL positivo com título superior ao materno e alterações
tratamento clínicas, realizar radiografia dos ossos longos e exame do líquor. Se não houver
6. Mãe com tratamento inadequado na gestação, ou seja: alterações no LCR, tratar com Penicilina Cristalina, EV por 10 dias, dose de 50.000
Ÿ tratamento com eritromicina ou com outro esquema não penicilínico unidades/kg/dose a cada 12 horas na primeira semana de vida e a cada 8 horas, após a
Ÿ tratamento inadequado quanto ao estágio da Sífilis materna primeira semana, ou com Penicilina Procaína, 50.000 unidade/kg/dose a cada 24
Ÿ tratamento concluído por período inferior a 1 mês antes do parto horas, IM por 10 dias.
Ÿ Se o líquor estiver alterado, usar apenas a Penicilina Cristalina nas doses acima, EV
Ÿ tratamento durante a gestação não foi documentado
por 10 dias.
Ÿ parceiro sexual não tratado
Ÿ Recém-nascido assintomático (exame clínico, raio-X de ossos longos normais) e
Ÿ tratamento realizado com esquema penicilínico apropriado para o estágio
VDRL com titulação igual ou inferior à materna ou VDRL negativo, proceder apenas
de infecção, mas não há documentação do declínio dos títulos nos testes seguimento ambulatorial e sorológico. Diante da impossibilidade de garantir o
sorológicos (queda de 4x quando tratada na fase precoce da doença ou seguimento ambulatorial, aplicar a Penicilina Benzatina na dose única de 50.000
títulos estáveis e < 1:4 para gestantes tratadas nas fases tardias da doença) unidades/kg, por via intramuscular.
7. Crianças que não negativaram os testes não Treponêmicos até os 6 meses de Critérios de cura:
idade ou que demonstrem elevação quantitativa desses títulos Ÿ Crianças que apresentam queda dos títulos sorológicos ou negativação dos exames. Na
8. Crianças que não foram tratadas para a Sífilis e que apresentem testes neurosífilis, o exame liquórico deve ser normal e a sorologia no LCR deve ser
Treponêmicos positivos além dos 18 meses de idade negativa.
II- RUBÉOLA CONGÊNITA
Tratamento da mãe:
Tratamento: Não há tratamento específico e a atenção médica deve ser focalizada em
Ÿ Sífilis primária: Penicilina Benzatina – 2.400.000 UI IM dose única
um bom suporte clínico. Devido ao caráter crônico da doença devemos estar atentos não
Ÿ Sífilis recente secundária e latente: Penicilina Benzatina – 2.400.000 UI IM só as lesões imediatas como à sua progressão.
7/7 dias 2 doses III- CITOMEGALOVIRUS
Ÿ Sífilis tardia (latente ou terciária): Penicilina Benzatina – 2.400.000 UI IM 7/7 Tratamento. Os antivirais não devem ser utilizados pela grávida, pela ausência de
dias 3 doses comprovação dos riscos fetais.
Tratamento do recém-nascido Todo RN cuja mãe teve IgM + para CMV ou viragem sorológica para CMV (IgG
Conduta preconizada pelo Centers for Disease Control (2000) e pelo Ministério da Saúde do inicialmente negativo, depois positivo) deverá ser encaminhado para atendimento
Brasil (2005) para a sífilis congênita confirmada ou provável: especializado. A indicação atual do tratamento com ganciclovir em crianças com
Ø RECÉM-NASCIDOS DE MÃES COM SÍFILIS NÃO TRATADA OU infecção congênita por CMV está restrita a casos selecionados, ou seja, RN com
INADEQUADAMENTE TRATADA, realizar VDRL de sangue periférico, raio-X de infecção confirmada, sintomáticos e com evidências de envolvimento do SNC
(calcificações intracranianas, microcefalia, atrofia cortical e/ou LCR anormal), alteração
ossos longos, hemograma, punção lombar e:
auditiva e/ou coriorretinite.

33 ANEXOS
ANEXO XI: INFECÇÃO CONGÊNITA – TRATAMENTO (cont. )

IV-DOENÇAS DE CHAGAS
Tratamento: 40kg 50kg 60kg 70kg 80kg 90kg
Benzenidazol (Rochagan) dose 7,5 mg/Kg/dia VO por 45 dias Dose de ataque
Nifurtimox - dose 25-20 mg/Kg/dia - 3x dia VO após as refeições (2mg/kg correr AZT 8mL 10mL 12mL 14mL 16mL 18mL
na 1ª hora
V-TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 36 37 37 39 38 39
Tratamento da Gestante: gts/min gts/min gts/min gts/min gts/min gts/min
1. Toxoplasmose aguda independente da idade gestacional: Dose 4mL
AZT 5mL 6mL 7mL 8mL 9mL
manutenção
Ÿ Espiramicina (500mg) 3g/dia VO em 3 tomadas (8/8h) (1mg/kg/ correr
2. Com infecção fetal diagnosticada, após 21 semanas de gestação: 35 35 35 36 36 36
a cada hora)
gts/min gts/min gts/min gts/min gts/min gts/min
Ÿ Pirimetamina – dose ataque: 100mg por dia de 12/12h por 2 dias
dose manutenção: 50mg/dia de 24/24 horas
Ÿ Sulfadiazina – dose ataque: 75mg/Kg/dia de 12/12h por 2 dias Ÿ Preparação de AZT para infusão endovenosa em 100ml de SG 5%
dose manutenção 100mg/Kg/dia de 12/12h
Ÿ Leucovorin: 10 a 20 mg por dia (em dias alternados) Obs: Esquema alternativo com ZT oral é recomendado para uso em situação de não
Fazer tratamento até o término da gestação e interromper sulfadiazina 2 semanas disponibilidade do AZT injetável no momento do parto. Dose 300mg no começo do
antes do parto. trabalho de parto e a partir de então 300mg a cada 3 horas até o clampeamento do
V-TOXOPLASMOSE CONGÊNITA cordão umbilical.
Tratamento na criança:
Considerações gerais:
Toxoplasmose congênita sintomática ou assintomática = durante o primeiro ano de vida
Oferecer o AZT a toda gestante infectada, pela eficácia comprovada na redução da
Ÿ Sulfadiazina 100mg/Kg/dia VO 12/12h (comp. 500mg) transmissão vertical do HIV, independente do nível do CD4, carga viral, estado clínico
Ÿ Pirimetamina – dose ataque 2mg/Kg/dia VO 12/12h por 2 dias, dose manutenção ou uso concomitante de outros antiretrovirais, devendo o tratamento ser iniciado a
1mg/Kg/dia VO 24/24h. Daraprim (comp. de 25mg) partir da 14ª semana de gestação ou a partir do momento que for detectado até a
Ÿ Ácido Folínico (Leucovorim) 5mg a 10 mg/dose 3 vezes na semana (enquanto hora do parto e prolongar até o clampeamento precoce do cordão umbilical
estiver fazendo uso da Sulfadiazina e Pirimetamina) pode-se utilizar o fermento
biológico (1 colher das de cafezinho diluído no próprio leite materno ou em água filtrada) Ÿ Via de parto: Cesárea eletiva, com membranas íntegras e sem ter iniciado o
em dias alternados trabalho de parto, estudos mostram que contribuem para a redução da transmissão
Ÿ Corticosteróide (prednisona) quando houver níveis elevados de proteinorraquia
vertical
Ÿ Evitar deixar a paciente com bolsa rota > 4 horas ou em trabalho de parto
(>1g/dl) ou tratamento de coriorretinite aguda. Dose 1mg/Kg/dia VO 12/12h (A
prolongado
duração do uso é até melhorar a proteinorraquia e/ou resolução da coriorretinite) Ÿ Realizar o clampeamento imediato do cordão umbilical
VI-SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) Ÿ Aspirar delicadamente as vias aéreas do RN, evitando traumatismo em mucosa
Ÿ Lavar o RN com água e sabão para a retirada de secreções maternas
Tratamento na gestante:
Ÿ Contraindicar aleitamento materno
Ÿ Verificar protocolo do Ministério da Saúde
Tratamento na parturiente: ŸConduta no recém-nascido.
Ÿ AZT injetável: frasco ampola de 200mg com 20ml (10mg/ml) Ÿ AZT xarope VO dose 2mg/Kg/dose de 6/6h nas primeiras 6 semanas de vida.
Ÿ Iniciar a infusão em acesso venoso individualizado, com 2mg/Kg na 1ª hora, seguido de Iniciar até 2 horas após o nascimento. A partir da sexta semana de vida iniciar
infusão contínua com 1mg/Kg/hora até o clampeamento do cordão umbilical. Diluir em profilaxia com sulfametoxazol – trimetropim (40mg/dia de 12/12 horas) 3x semana.
SG 5% e gotejar conforme a tabela abaixo (concentração não Ÿ Encaminhar para acompanhamento especializado
exceder 4mg/ml)

ANEXOS 34

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