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Lista de figuras

Figura 1: terminais do temporizador 555. .................................................................................. 6


Figura 2: circuito eléctrico do temporizador 555. ...................................................................... 7
Figura 3: amplificador operacional utilizado como comparador de tensão. .............................. 7
Figura 4: flip-flop do tipo RS..................................................................................................... 8
Figura 5: Divisor de tensão do circuito integrado temporizador 555. ....................................... 9
Figura 6: Transistor utilizado como chave no circuito integrado temporizador 555. ................ 9
Figura 7: Temporizador 555 no modo instável (a) e forma de onda da sua saída (b). ............ 10
Figura 8: circuito eléctrico do temporizador 555 no modo monoestável. ............................... 10
Figura 9: circuito driver com transistor PNP. .......................................................................... 11

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Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................................. 4

1.1.1. Objectivo geral ......................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................................. 4

2. Temporizador 555 .................................................................................................................. 5

2.1. Breve historial do circuito integrado 555 .............................................................................. 5

2.2. Alguns conceitos gerais ........................................................................................................... 5

2.3. Os 8 terminais do temporizador 555 ...................................................................................... 6

2.4. Princípio de funcionamento do temporizador 555 ............................................................... 7

2.4.1. Amplificadores operacionais funcionando como compadores de tensão ................. 7

2.4.2. Flip-Flop tipo RS ...................................................................................................... 8

2.4.3. Divisor de Tensão ..................................................................................................... 8

2.4.4. Transistor como Chave ............................................................................................. 9

2.5. Modos de operação do temporizador 555 ........................................................................... 10

2.5.1. Funcionamento do temporizador 555 no modo instável ........................................ 10

2.5.2. Funcionamento do temporizador 555 no modo monoestável ................................. 10

2.6. Características eléctricas ........................................................................................................ 12

2.7. Aplicações do temporizador 555 .......................................................................................... 12

2.8. Vantagens e desvantagens dos Temporisadores 555 ......................................................... 12

2.8.1. Vantagens. .............................................................................................................. 12

2.8.2. Desvantagens .......................................................................................................... 12

3. Conclusão............................................................................................................................. 13

4. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 14

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1. Introdução
O circuito integrado 555 (inventado por Hans R. Camenzind em 1971) é um dos mais
famosos componentes da eletrônica e o presente trabalho trás-nos algumas das características
deste circuito quando usado como temporizador, onde far-se-á atravês deste, um estudo
minuncioso do princípio de funcionamento de um temporizador 555, modos de operação,
entre tantos outros tópicos, a aplicação deste circuito de temporização na electrônica.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


O objectivo geral deste trabalho é estudar o temporizador 555.

1.1.2. Objectivos específicos


 Detalhar minuciosamente as principais partes constituintes do temporizador 555;
 Explicar o princípio de funcionamento;
 Falar dos modos de operação do temporizador 555;
 Apresentar as características eléctricas de um temporizador 555;
 Falar das aplicações do circuito integrado temporizador 555;
 Apresentar as suas vantagens e desvantagens.

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2. Temporizador 555

2.1. Breve historial do circuito integrado 555


Em 1971 a Signetics lançou aquele que seria o mais popular de todos os circuitos integrados,
conhecido como 555 timer, ou seja, temporizador 555 (em português) que serve para
praticamente tudo. Hans Camenzind foi o responsável por isso. Por isso considerado o pai do
555. Trabalhando na Signetics, que depois foi adquirida pela Philips, Hans que já havia
projetado diversos circuitos integrados importantes como o 567 PLL, trabalhou inicialmente
com componentes discretos, obtendo então uma configuração que funcionava. Os testes
levaram meses, tanto, que tendo iniciado o projeto em 1970, o 555 só pode ser lançado um
ano depois. A configuração original tinha 23 transistores e um bom número de resistores. Na
época, integrar tal circuito não era tão simples, tanto que o 555 foi o primeiro circuito da
época com estas características. Uma vez obtida esta configuração, o passo seguinte foi a
integração e depois o nome. Naquela época, os circuitos integrados da Signetics começavam
todos com a designação “5” (como por exemplo: 567, 547, etc.). Camenzind afirmava que
um número forte como 555 deveria ser dado a um componente diferenciado, que deveria
vender muito, e foi justamente o que ocorreu.

2.2. Alguns conceitos gerais


Temporizador
Dispositivo que permite a marcação de tempo para realizar uma certa acção.

Circuito integrado 555


Trata-se de um circuito integrado dos mais conhecidos no universo da eletrônica composto
por 23 transístores, 2 díodos e 16 resistências numa placa de silício podendo apresentar
diferentes encapsulamentos, sendo que o mais utilizado é o DIL (Dual In Line) de 8
terminais, é extremamente versátil, podendo ser utilizado como temporizador ou
multivibrador.

O temporizador 555
O temporizador 555 é um circuito integrado muito versátil que possui um grande número de
aplicações em circuitos eletrônicos, como base de marcação de tempo em circuitos
analógicos e também em circuitos digitais.

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Devido à sua grande versatilidade, o temporizador 555 tornou-se um padrão industrial,
podendo ser utilizado de inúmeras formas e configurações diferentes. Seu código comercial
pode mudar conforme o fabricante, porém o número 555 é comum a todos eles.
Como exemplo pode-se citar o LM 555, o NE 555, o µA 555, etc.

2.3. Os 8 terminais do temporizador 555


Como já foi anteriormente mencionado, o temporizador 555 mais comum de se encontrar é o
de 8 terminais, que encontram-se enumerados na figura abaixo.

Figura 1: terminais do temporizador 555.

Fonte: DE MOURA, Adriano ferreira. 2017.

Legenda
1 – GND 5 – Modulador
2 – Trigger 6 – Threshold (entrada limite)
3 – Saída 7 – Descarga
4 – Reset 8 – Vcc
Funções de cada terminal
GND (1) – Deve ser ligado ao negativo da fonte de alimentação ou de uma bateria, também
conhecido como terra ou massa.
Trigger (2) – É o gatilho usado para disparar o funcionamento do ciruito. Aplicando 1/3 da
tensão de alimentação a saída (terminal 3) vai ao nível alto (tensão Vcc) por um dado
momento.
Saída (3) – É a a saída dos pulsos gerados pelo circuito integrado e seu nível depende dos
resistores e do capacitor ligados ao circuito integrado.
Reset (4) – Inibe o funcionamento do circuito. Quando colocado em nível baixo (no GND),
ele reinicia o funcionamento e mantém tudo parado até que seja colocado em nível alto. Em
funcionamento normal ele é mantido ao Vcc.
Modulador (5) – Também chamado de Control Voltage, é capaz de modular o sinal de saída.

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Threshold (6) – Quando este terminal recebe um sinal maior que 2/3 da tensão de
alimentação ele faz a saída (terminal 3) ir ao nível baixo (zero volts).
Descarga (7) – Descarrega o capacitor externo para que se possa iniciar um novo ciclo de
trabalho.
Vcc (8) – Deve ser ligado ao positivo da fonte de alimentação ou de uma bateria.

2.4. Princípio de funcionamento do temporizador 555


Para que possa-se compreender melhor o funcionamento dos temporizadores 555 torna-se
imperioso apresentar o seu circuito eléctrico e fazer-se um estudo de cada uma das partes que
o compõem. (figura abaixo).

Figura 2: circuito eléctrico do temporizador 555.

Fonte: BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Person
Prentice Hall.

Observando a figura é possível identificar os blocos utilizados na construção deste circuito


integrado, que são os seguintes:
 Dois amplificadores operacionais funcionando como comparadores de tensão;
 Um flip-flop tipo RS;
 Um divisor de tensão formado por três resistores de 5 kΩ;
 Um transistor utilizado como chave.

2.4.1. Amplificadores operacionais funcionando como compadores de tensão


O funcionamento dos comparadores de tensão neste circuito é bastante simples.

Figura 3: amplificador operacional utilizado como comparador de tensão.

Fonte: BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Person
Prentice Hall.

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O componente possui duas entradas, uma inversora (-) e outra não inversora (+) e uma saída.
O nível de tensão na saída poderá ser alto (1) ou baixo (0), dependendo do nível de tensão nas
entradas. A saída será alta ( 1 ou +Vcc) sempre que a tensão na entrada inversora (+) for mais
alta do que a tensão na entrada não inversora (-).

2.4.2. Flip-Flop tipo RS


Este componente será estudado com maiores detalhes posteriormente, nesta cadeira de
electrónica digital, porém, para que se possa compreender o funcionamento do circuito
integrado 555 far-se-á uma breve análise do seu funcionamento.
Trata-se de um componente digital biestável, ou seja, suas saídas podem assumir apenas dois
níveis de tensão ou níveis lógicos ( zero ou um). As saídas são complementares. Enquanto 𝑄
estiver em nível lógico zero, a saída complementar 𝑄̅ estará em nível lógico um e vice-versa.
A figura abaixo ilustra um flip-flop do tipo RS.

Figura 4: flip-flop do tipo RS.

Fonte: BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Person
Prentice Hall.

Quando a entrada S (Set) receber um nível lógico igual a um, a saída 𝑄 será levada para nível
lógico um, ou seja, a operação Set leva a saída 𝑄 para o nível de tensão igual a Vcc. Quando
a entrada R (Reset) receber um nível lógico igual a um, a saída 𝑄 será levada para nível
lógico zero, ou seja, a operação Reset leva a saída 𝑄 para o nível de tensão igual zero volts.

2.4.3. Divisor de Tensão


É formador por três Resistores de 5 KW . Sua função é fornecer as tensões de referência para
os comparadores de tensão. Sobre cada um dos resistores será aplicada uma tensão igual a um
terço da tensão de alimentação Vcc.

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Figura 5: Divisor de tensão do circuito integrado temporizador 555.

Fonte: BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Person
Prentice Hall.

Sendo assim, entre o terminal (Terra) e o primeiro resistor (ponto A) haverá uma tensão igual
a um terço de Vcc (Vcc/3) aplicada à entrada não inversora do primeiro comparador
(Disparador).
Entre o terminal (Terra) e o segundo resistor (ponto B) haverá uma tensão igual a dois terços
da tensão de alimentação (2.Vcc/3) que é aplicada ao segundo comparador (Controlo).

2.4.4. Transistor como Chave


Esta é uma configuração simples muito utilizada em circuitos eletrônicos. O resistor da base
do transistor está conectado à saída Q do Flip-Flop.

Figura 6: Transistor utilizado como chave no circuito integrado temporizador 555.

Fonte: BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Person
Prentice Hall.

Quando a saída Q estiver em nível lógico um, fará com que a corrente de base leve o
transistor à saturação, ou seja, a chave entre coletor e emissor será fechada, aterrando o
terminal de coletor do transistor. Este transistor é utilizado para descarregar capacitores
externos utilizados como base de tempo.

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2.5. Modos de operação do temporizador 555
O circuito integrado temporizador 555 pode funcionar como multivibrador instável (oscilação
livre) e como multivibrador Monoestável (one shot).

2.5.1. Funcionamento do temporizador 555 no modo instável


É basicamente um circuito de inversão com dois níveis de saída distintos, sendo que, com os
componentes apropriados conectados nas suas portas, nenhum dos níveis de saída é estável.
O resultado dessa instabilidade é um circuito que fica invertendo continuamente esses dois
estados instáveis na sua saída.
Em outras palavras, o circuito fica oscilando, e a saída é uma forma de onda rectangular e
periódica.

(a) (b)
Figura 7: Temporizador 555 no modo instável (a) e forma de onda da sua saída (b).

Fonte: DE MOURA, Adriano ferreira. 2017.

2.5.2. Funcionamento do temporizador 555 no modo monoestável


O circuito da figura abaixo ilustra como é ligado electricamente um temporizador 555 no
modo monoestável.

Figura 8: circuito eléctrico do temporizador 555 no modo monoestável.

Fonte: BRAGA C. Newton. Electrónica digital parte 2. São Paulo - Brasil – 2012.

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Quando o circuito é energizado, inicialmente, o LED D1 permanece apagado indicando nível
lógico baixo na saída (terminal 3) do circuito integrado. Para que este terminal mude de
estado, indo ao nível alto e assim acendendo o LED, o terminal 2 deverá receber um sinal
baixo (negativo), o que ocorrerá quando a chave S1 for pressionada.
Para garantir que não haverá disparos erráticos, um resistor de pull-up de 10kΩ é ligado entre
o terminal 2 e o positivo da fonte de alimentação. É de se notar que este resistor mantém o
terminal 2 em nível alto enquanto a chave S1 não for pressionada evitando deste modo que o
LED acenda sem ser accionado.
Quando a chave S1 é pressionada, o terminal 2 recebe nível baixo e dessa forma, o terminal 3
vai ao nível alto acendendo o LED por um tempo que é determinado pelo resistor R1 e o
capacitor C1. Quando C1 se descarrega o terminal 3 volta ao nível baixo desligando o LED.
Para calcular o tempo em que o terminal 3 permanecerá em nível lógico alto podemos usar a
seguinte equação:
𝑇 = 1,1 × 𝑅1 × 𝐶1
Onde:
𝑇 − Tempo em segundos;
𝑅1 − Resistência eléctrica;
𝐶1 − Capacitância.
Porém este circuito pode ser melhorado para acionar cargas de maior consumo eléctrico
como lâmpadas residenciais, ventoinhas ou para o controlo da temporização de alguma
máquina. Para que isso seja possível, basta substituir o LED por um circuito driver feito com
base em um transistor NPN. Como ilustra a figura abaixo.

Figura 9: circuito driver com transistor PNP.

Fonte: BRAGA C. Newton. Electrónica digital parte 2. São Paulo - Brasil – 2012.

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2.6. Características eléctricas
 Tensão de alimentação: 4,5V a 16V;
 Corrente máxima na saída: 200mA;
 Potência dissipada: 600mW;
 Corrente máxima de alimentação: 15mA, quando alimentado em 16V.

2.7. Aplicações do temporizador 555


O temporizador 555 possui um grande número de aplicações em circuitos electrônicos, como
base de marcação de tempo. Podendo ser aplicado como:
 Gerador de sinais de clock;
 Medidor de período de sinais;
 Temporizador para accionamento de um LED;
 Temporizador para accionamento de uma carga.

2.8. Vantagens e desvantagens dos Temporisadores 555

2.8.1. Vantagens.
 Baixo custo;
 Versatilidade para diversas aplicações e uso;
 O seu tempo de resposta pode ser actualizado, isto é, adiantado ou atrasado;
 Podem ser conectados com vários componentes para um determinado comando.

2.8.2. Desvantagens
 Limitações da corrente e tensão;
 Necessidade de se melhorar o desempenho em determinadas aplicações, como por
exemplo, nos computadores, controlos a automatismos industriais, robótica, instrumentos
de medida entre outras aplicações de sincronismo.

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3. Conclusão
Como foi possível notar neste trabalho, o circuito integrado temporizador 555 continua em
pleno uso, graças a sua simplicidade de uso, baixo preço e boa estabilidade. Contudo,
conclui-se que, o temporizador 555 pode ser aplicado em diversas áreas dependendo da
criatividade e necessidade de cada projectista, pois com o seu uso novos projectos ainda
poderão ser elaborados.

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4. Referências Bibliográficas
 DE MOURA, Adriano ferreira. Controle e processos industriais. 1. ed. -Brasília: NT
Editora, 2017.
 BOYLESTAD. Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de
Circuitos. Person Prentice Hall;
 Dispositivos e circuitos eletrônicos – David E. LaLond e Jonh A Ross-2014;
 BRAGA. C. Newton. Electrónica digital parte 2. São Paulo - Brasil – 2012;
 www.clubedaeletonica.com.br;
 http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/592-o-circuito-integrado-
555-art011.

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