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Uma das maiores fontes de custos logísticos, os custos de estoque, são definidas por Arnold (1999):
custo por item: é o preço pago por um item comprado , consiste no custo desse item e de qualquer outro
custo direto associado ao mesmo, pode-se incluir transporte , seguro e estocagem;
custo de manutenção: este custo consiste em todas as despesas que a empresa incorre em função do volume
de estoque mantido. Pode-se dividir em três categorias distintas: custo de capital, custo de armazenamento e
custo de riscos;
custos de pedidos: os custos de pedidos em uma fábrica incluem: custo de controle de produção, custos de
preparação e desmontagem, custo de capacidade perdida e custos de pedidos de compra;
custo de esvaziamento de estoque: quando a demanda do lead time excede a previsão, pode-se esperar uma
falta de estoque, tornando-se caro devido aos custos de pedidos não atendidos;
custos relacionados à capacidade: este fator aparece quando é necessário alterar os níveis de produção,
podendo haver um aumento nas horas extras, contratações treinamentos e demissões.
Ballou (2001), resume todos esses custos logísticos em três classes para determinar a política de estoques: custo
de obtenção, custo de manutenção e custos por falta de estoque.
Faz parte deste tipo de Custo, o aluguel do armazém, os custos com aquisição de paletes, custo com pessoal do
armazém, etc.
Há também os custos relacionados à emissão de pedidos, cujos valores são inexpressivos em relação aos demais.
Todos os gastos relacionados à emissão de pedidos na empresa devem ser computados para essa categoria.
São considerados Custos com Emissão de Pedidos: O salário do comprador, o aluguel do espaço destinado ao
setor de compra, os papéis usados na emissão do pedido, etc.
Todas as despesas relacionadas à movimentação de materiais fora da empresa podem ser consideradas
Custos com Transportes.
Enquadram-se aqui os custos com a depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, custo de oportunidade
dos veículos, manutenção, etc.
É muito fácil cairmos em armadilhas por não alocarmos os custos da maneira correta, principalmente nós, que
somos engenheiros.
Apesar de ser chamado de custo, na verdade o que ocorre é que a empresa deixa de ganhar com juros financeiros
imobilizando o capital em estrutura (armazém, paletes e estruturas de armazenagem), máquinas e equipamentos
(empilhadeiras e esteiras), veículos (caminhões), etc.
Em se tratando de Brasil, onde os juros são altíssimos, os custos de oportunidade associados à logística são
relativamente altos se comparados com outros países.
Ao solicitarmos o balancete desse negócio, dificilmente nos é apontado o custo de oportunidade da capex
alocado nesses equipamentos. 3 empilhadeiras, pode exemplo, custam 180 mil reais, o que no Brasil de hoje
(2017), renderiam pelo menos R$ 1.400,00 de juros mensais.
Outro custo logístico de fácil identificação, mas de agregação nem tanto, é o de depreciação de máquinas,
equipamentos e veículos.
Apesar deste custo ser contabilizado na forma tradicional, raramente é alocado como custo da logística e
consequentemente não é agregado aos preços dos produtos, sendo considerado como despesa fixa.
Portanto, saber identificar e mensurar esse tipo de custo pode muitas vezes significar a própria existência da
empresa.
Por exemplo, a melhoria na integração entre a produção e distribuição resultando em uma maior parte de
produtos acabados mais próximo da distribuição, evitando assim os encargos e despesas pelo deslocamento da
mercadoria.
E como esses custos logísticos são alocados?
Por responsabilidades.
A maioria das empresas, aloca os custos logísticos em outras contas, apenas destinando a eles a
responsabilidade logística.
Essas estruturas estão relacionadas ao custo do produto, tendo restrições e recursos definidos que afetam seu
desempenho.
Centro de Custo – é um tipo de Centro de Responsabilidade, em que todos os gastos incorridos são controlados
em determinado departamento ou área, em função da estrutura organizacional da empresa.
Apenas os gastos são controlados, deixando de lado as receitas obtidas, bem como os investimentos realizados.
São eles:
Centro de custos de produção: neste centro de custo são alocadas as despesas das que se aplicam as
fábricas e ou armazém ligados a produção.
Centro de custo discricionário: alocamos neste centro de custo o orçamento operacional, financeiro ou de
processamento de dados.
Centro de renda: neste centro de custo temos os dados sobre o retorno dos investimentos correspondentes a
fatia de mercado desejada em relação as vendas.
Centro de investimento: os objetivos com os custos mínimos é maximizar a produtividade de um
determinado produto.
Centro de lucro: essa operação oferece serviços aos clientes, tanto internos como externos à organização.
Geralmente também ajudam na decisão sobre a terceirização da operação.
Alguns elementos dos Custos Logísticos da empresa aparecem na Demonstração de Resultados, outros no
Balanço Patrimonial e outros não são contemplados nessas demonstrações.
Percebe-se que, apenas visualizando esta demonstração, não se consegue identificar o Custo Logístico Total
efetivo da empresa, pois não é o foco da Contabilidade Financeira.
Uma das dificuldades em identificar os Custos Logísticos Totais é que eles são agrupados sob uma série de
contas de mesma natureza, ao invés de em atividades ou funções, ou segregados por processos.
Percebe-se que a adequação de um sistema de custeio para que os Custos Logísticos se tornem mais “visíveis”
deveria possibilitar aos gestores uma melhor compreensão sobre o comportamento dos processos/atividades,
sendo, também, um importante requisito para a implementação de um sistema logístico integrado.
A maior parte dos autores e instituições que pesquisamos sugere que, para que as informações contábil-
gerenciais sejam geradas de maneira a atender às necessidades de gestão da Logística, deveriam utilizar o
método do Custeio Baseado em Atividades (ABC).
Em muitas situações, as decisões tomadas na gestão logística necessitam de informações de custos mais
adequadas do que os sistemas contábeis tradicionais podem produzir e, segundo Pirttilä e Hautaniemi (1995,
p.332), estão relacionadas à (ao):
Diante desse fato, em nossas Certificações Lean Six Sigma – White Belt, Green Belt e Black Belt, procuramos
explicar esses pontos.
Se o nosso aluno deseja fazer um projeto para redução dos seus custos logísticos, reforçamos a importância dessa
análise.
Sem ela, a análise de custos por um Gráfico de Controle ou um histograma, poderão incorrer numa análise sem
sentido financeiro.