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Campus I – Arapiraca
Curso: História
Disciplina: História Moderna I
Prof. Me Francisco S. Pinto
Aluno(a): ELVIS GABRIEL TEMÓTEO DE ALMEIDA nº ____
Texto de análise: A Modernidade. Extraído de Reis, José Carlos. História e teoria: hitoricismo,
modernidade, temporalidade e verdade. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. p22-35.
É uma revolução cultural que acontece apenas no Ocidente que tornou possível a expansão
europeia e a criação de uma nova ordem política, econômica e social, trazendo liberdade,
reflexão e instabilidade para o povo. A representação do tempo é marcada fundamentalmente
pela recusa da metafísica, a religião.
2. Explique, de acordo com Le Goff, o conflito que passa a ocorrer em decorrência da nova
mentalidade do mundo “moderno”.
O conflito que passa a ocorrer entre o tempo da igreja e o tempo do mercador fundou essa nova
mentalidade. O burguês possui objetivos incompatíveis: o lucro e a salvação. Ao mesmo tempo
que desejam o sucesso como burguês almeja a salvação divina. Isso gera a fragmentação de
consciência e por consequência o esforço de racionalização: reúne, organiza gestos e sentidos
contraditórios.
3. Por que, segundo Max Weber, o processo da modernidade ocorreu somente na Europa
Ocidental?
Porque o Ocidente nunca foi denso e sinceramente, religioso, mas profundamente greco-
romana, discursivo e expansionista. A cultura ocidental não é uma cultura mística, no sentido de
valorizar a contemplação do silêncio, mas racional e laica, "pagã", no sentido de valorizar o
discurso, o raciocínio demostrativo e a ação intramundana.
No primeiro momento, ele vive contradições com alegria, sem lágrimas. Embora ainda deseje a
salvação, afrouxou um pouco esse freio sagrado e não quer mais desdenhar este mundo. Quer
o êxtase neste mundo transitório, quer o êxtase econômico, êxtase político, o êxtase social,
êxtase erótico e o êxtase intelectual.
Ele descreve a irrupção do tempo humano contra o absolutismo do tempo divino com euforia,
como uma emancipação. O homem livre da religião, multiplica-se em vários: a história se
pluraliza. As ações e expressões humanas se diferenciam e se multiplicam.
Não é tão entusiasta quanto Gusdorf. Ele faz uma avaliação mais cética, embora não seja
contrário àquela mudança. Ele revela as dificuldades trazidas pela perda da unidade religiosa da
consciência. Para ele, como não havia mais uma referência universal para ação, como reinava a
tensão e a contradição, esse tempo se tornará perigoso: cisões, conflitos, guerras civis.
Para ele, o século XVIII criou o pensamento específico da modernidade, as filosofias da história,
que seriam uma nova legitimação da história universal não mais baseada na fé. Elas são
modernas porque têm a forma de uma elaboração racional da história, de uma interpretação
sistemática da história da humanidade universal, estabelecendo um princípio que procurava
reunificar a sucessão dos acontecimentos em um sentido universal.