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0002
A C Ó R D Ã O
6ª Turma
GDCCAS/cgs
PROCESSO Nº TST-RR-1067-07.2016.5.11.0002
V O T O
Firmado por assinatura digital em 14/08/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme
MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO Nº TST-RR-1067-07.2016.5.11.0002
Nos termos do art. 896A da CLT (Lei 13.467/2017)
incumbe ao Tribunal Superior do Trabalho o exame prévio da causa
objeto do Recurso de Revista, com relação aos reflexos gerais de
natureza econômica, política, social ou jurídica.
De acordo com o art. 246 do Regimento Interno do
c. TST o exame da transcendência incide nos recursos de revista
interpostos contra decisão proferida pelos TRTs publicada a partir
de 11/11/2017, caso dos autos, em que a decisão regional foi
publicada em 19/03/2019.
PROCESSO Nº TST-RR-1067-07.2016.5.11.0002
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Desse modo, reconheço a transcendência política da
causa, nos termos do art. 896A, §1º, inciso II, da CLT.
CONHECIMENTO
O reclamado observa os requisitos descritos pelo
art. 896, § 1ºA, da CLT, ao destacar o trecho do v. acórdão
regional que pretende ver examinado por esta Corte e demonstrar, por
meio do cotejo analítico, que o eg. Tribunal Regional violou o
artigo 456, parágrafo único, da CLT, ao argumentar que diante da
inexistência de pactuação expressa acerca das atividades
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PROCESSO Nº TST-RR-1067-07.2016.5.11.0002
MÉRITO
O reclamante teve reconhecida a pretensão de
recebimento de plus salarial provenientes da venda de cartão de
crédito, seguros, consórcios e planos de previdência oferecidos pelo
banco, ao entendimento de que o trabalho prestado com vendas deverá
ser retribuído ao empregado, ainda que não tenha havido acordo nesse
sentido.
O acórdão regional consignou que o fato de
inexistir ajuste estabelecendo o pagamento "de comissões para venda
de produtos do banco não é suficiente para afastar a justa
retribuição do empregado pelos serviços prestados".
O art. 456, parágrafo único, da CLT, prevê que "a
falta de prova ou inexistindo cláusula expressa a tal respeito,
entenderseá que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço
compatível com a sua condição pessoal", razão pela qual a
jurisprudência desta Corte Superior se firmou no sentido de que as
atividades desempenhadas pelo empregado bancário na venda de
produtos, são compatíveis com o cargo e não ensejam a condenação ao
pagamento de diferenças salariais pelas vendas realizadas, quando
não houver acordo entre as partes nesse sentido.
Desse modo, dou provimento ao recurso de revista
do Reclamado para excluir da condenação o pagamento de plus salarial
decorrente da venda de produtos, restabelecendo a sentença, no
aspecto.
ISTO POSTO
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