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PERGUNIE
E
RESPONDEREIVIOS
ON-LlNE
MI'. um "bel,·",r.,": :
"SABER ENVelHECER" . . .. .. . ... . ... . . .. . 348
•••
NO PRO.,MO NOMERO,
filosofia ainda vai. em nossol dias? Os BolistclS outrora e hole. -
QUGI é o IVleia de Cristo ? - E a morte do Cordaol Donié lon? - A
T.rra de luael em foco 151.
--- x
,PERGUNTE E RESPONDEREMOS.
Assinatura anual ... .. .......... ... .................... . . Cr$ 4000
Número avulso ele qualquer m~1 . . ............... .. . . . . . e I S 500
Vol urna encadem.dOl de 1958 e 1959 (pr.ço unlt.trlo) . . . Cr$ 35.00
lndlee Geral de 1957 • 1964 . . . . ..... . .. . .. ... ........ .... CrI 10.00
EDITORA LAUDES S. A.
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20.000 Blo dI! Janeiro (OB) Tel!'.: 268-0081 " ZfJ8·27!)8
Mll0,22: " Aquele qlJe ~T$tverar (:;:; paclenter) ate o fim, s8r6 salvo",
-322 -
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XV _ Nf 177 - Setembro d. 197'"
as tenta~ões de Jesus
Em tini... : O epls6dlo daa lenlaçoe. de Jesus (M! 04,1-11: Me
1,12$: Le 4, '·'3) , lido por certas corranles de .studlosos como crlaçt.o
das anUgas comunidade' crl.liI d...lo$4' de dl.Ungulr do Ideal.meaallnlco
do. Judeu o autlntlco concolto de Messlu, ..• ou deseJOI8' do mostrar em
Jesus o modelo do erlslAo que dllNlI enfrenlar as tentaçlles do dem6nlo.
Neste caso. o relalo evangélico nAo corresponderl. 8 um latp} hlst6rico.
• • •
ComentáTio : Uma das dificeis passagens do Evangelho é
a que se refere. às tentaCóes de Jesus oeorrldas no deserto logo
no inicio da vida pQbUca do Senhor e relatadas em Mt :4.1-l1 ;
Me 1,125 i Lc 4,1·13. Visto que o texto ~grado apresenta Jesus
sujeito às sugestões do demOnio com~ ~ pudesse cair em pe-
,cado. o episódio, p~ não poucos leitores. assume e indole de
fábula ou I1llto. Don.de as qu.es~ões: trata-s.e de· .(ato hlstórJ~ !
Em caso poslUvo, como en~nder o delTl6nio .tentad.o r e 8IiI aU~
~es de Jesus.·frénte às $tias 1.Dvectlv:as 1 . ;.
-323 -
4 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS, 177/1974
-326 -
____________~AS~~TENT
~~A~C=OES~~D~E~JES~U~S~__________ ?
-329-
10 cPERGUNTE E RFSPONDEREMO~ 117 /1974
=~l=.
12 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 111/1974
",1 "Jelu" entlo foi levado pelo "O Senhor teu Coua ta ]8'0'00 para
E'plllto ao deserto para ..r tonta- pOr-le • prova" (OI 8,2).
do", " Ele te eondtu:lu duranto quareJ1ta
anOI no deserto, .. Ele 'a fez lorrar
e pa~"f lome" DI a,2.),
",2 "Depois de Jejuar quarenta "Mola6a neou lunto do Senhor qua-
dIa. e qualenta noU•• , teve lome". renta di.. e querenta nolle., sem
come r 11'10 o .em bober 'gua" (tlC
3.,28).
"DI,.. Mcls6s: 'Perm.nec:1 nI
monl.nha qUllenta dia e quaranta
nollel, te m comer pio • •em beber
agu." (DI UI).
..... "E.t' escrito: 'Nlo s6 de pIo "Nlo a6 de 11"0 vive o homem,
vIve o homem, mes do loda palavra m.a de loda palavra que 111 da boca
quo sal da boca de ceuI", de DOUI" (DI 8,3).
4 ,8 "c.r' on:lent 110. le uI anjo. "Dar' ordens 801 MUI anJoe a
• tou respeito; ellls te lev.,lo nlll teu re spello; eles te leva,lo nas
mb pala quo nlo 11m OI p61 am miot para que nlo 11r. oa pés em
a llluma pedra". elguma pedra" (SI 9O.11e).
4,7 "E,eté. .. erlto · tamWm; 'Nlo "Nlo tentartls o Senoor leu tI&uI"
'ent.,•• o Senhor teu Dllus", (OI 6,16). .
",a M", lobre um monle multo "Moi". subiu sobre a montanh ....
alto, donde lhe moalrou todos os a o Sanhor lhe mostrou a terta (de
relnoa da !erra". Cenal)" (OI 34,1).
AS TENT ACOES DE JESUS 13
".10 ""dorarAs ao Sanhor leu "e o Senhor teu OOUI que edor.·
Deus, e s6 a Elo servi"',", rés e a Ele só que urvirás" (OI
8,13).
3 .2 .1 . O Oxodo prolongado
O uso tão freqüente e constante do Deuteronômio no relato
evangél~ mostrA que o evangelista quis apresentar a tentação
de Jesus no deserto sobre o fundo de cena da tentação (ou
Pl'OVIlção) que Israel sofreu da parte de Deus no deserto. O
antJgo povo de Deus outrora foi submetido tà prova da. vida
dura em Arida região, a fim de passar do cativeiro do Egito
para a llberdade da Terra Prometida; Israel, porém, reca1cl·
trou: chegou a tentar reciprocamente a Deus. manifestando
88.udades da terra da servidão. Em suma. Israel foI um fUbo
Infiel e rebelde, como o repetem a. Le[ de Moisés (d. Dt 6,18;
17.2.7: 32-34; Núm 14,22), os salmos (et. SI 77,18-41; 8Q,11;
94,8; 95,6), os profetas (et. Jer 7,22; Ez 20,5: ls ·63, '10) e
06 autores do Novo Testamento (Hebr 3.16j Jud 5),
Ora Jesus no deserto quis assumir o papel do povo de
Israel, p.ara ser, dessa vez, o Filho obediente e humilde: aceitou
Integralmente a mlssAo que o Pai hav[a confiado a Ele como
homem, sem f:tentar:t o Pai. pedindo sinais O.U cedendo às
sugestões politlcas e nacionalistas de SatanAs.
O texto do Evan5t:elho. confhturado como estã, assemelha
Jesus também ti. MolsM. Com . efeito; como Molsês atravessou
o Mar Vermelho, entrou no deserto e se preparou pelo jejum
em atta montanha, para promulgar a Magna Carta de Israel,
assim também Jesus rerebeu o 'batismo' 1 , foi para o deserto e
Viveu, de ·certo modo, a eJQ>erlêncla do êxodo félta Dor Moisés
e Israel outrora.. Ele otHs principalmente passar pelas provas
a que foi submetido Israel, a fim de chancelar as faltas da C!e--
raçio do êxodo e obter para os homens a entrada na verdadeira
t J6 Slo .Paulo via na p ....gem do Mar Vermelho ·. um tIpo ou UrM.
Imagem do baIlamo; cf. 1 Cor 10, 15.
-333 -
14 orPERGUNTE E RESPONDEREMOS, lT1 /1974
3 .2 .2 . A lIçlo moral
A1ém da intenção de apresentar uma c:teologla do êxodG e
da tenta~o" podemos descobrir no relato evangéllco também
uma finalidade parenétlca ou exortatória. Os Evangelista.s não
escreveram apenas para Instruir, mas também para encorajar
os leltores e oferecer-lhes wn modelo de <:onduta perfeIta. Com
efelto, na visAo de Mt e Le. a comunidade dos judeus do êxodo
vem a ser um ponto de referência para as eomunidades c:rIstãs.
Por eonsegulnte. os fatos ocorridos com aquela oonstituem de
certo modo uma admoesteçio para os fiéis er1stãos (cf. 1 Cor
lO, Vll) . Jesus mostrou que é possivel não cair nas atitudes
de ,pouca té. 1nsubordina~Ao e idolatria dos antigos pais, desde
que 8 cr1atura saiba ter paclêncla e tenacidade.
" ~","",f"
Jesus transformou também a Imagem do deserto: consi-
derado peles israelitas do êxodo como lugar de horror e vasta
solidão (cf. Dt 32,10), o deserto ficou sendo, após Cristo, o
lugar do encontro com Deus. transfonnado. de c.erto modo, em
novo paralso terrestre: as feras vêm a ser ai amigas dos
homens i e, se o tentador aparece no deserto, os fiéis de Deus
podem contar com o exemplo e a graça de Cristo . para su-
peré._Io.l
Procuremos agora tlumular, de tudo o que acaba. de ser
exposto. uma
4. Conclusão
Podece dizer que, mediante o relato das tentações, Jesus
quis incutir wna concepção teológica a respeito do Messias e de
sua obra. Terá. então referido, em meados da sua vida púbUca,
que, havendo-sa retirado para o deserto após o seu batismo,
-33(-
AS TENTACOES DE JESUS 15
-335-
16 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS) 1'77 /1974
BlbllOgtafla :
J. Dupont, "Lu tanlsUOM dane lo d.ert (MI IV 1-11)", em "AMtm-
blées du Selgnaur" 28 (1Q82), pp. 37·53.
Idem. "L'o,lglne du ré.:l! das tenlatlons de J6.ul lU d_rt", em "Ae-
vua blbJlqu." 73 (1966), pp. 3G-78.
O. H. P. Thompson, "Called-Proved-obadient. A Swdy 00 te Bapllam
and Temptsllon. Narrativa. cf Mellhew and Luka", em "Jou,naJ cf Theologl-
cal Sludlal" 11 (1980), pp. '-12. .
J . H. Rlesenfeld, "La careci'" messlanlque de la IInlallon au d, •• rt",
em "La vanue du Messle". Aeçherches blbllquea VI. Bruges H162. pp. 5.1-&3.
C, Duquoc. ··lalenlaUon du Ch,lst", em "LumllHe ai \/Ie" 63, pp. 21-4'.
PR 89/ 1967, pp. 1~206.
AInda a on4a do exorcIsmo :
Evldanl.manla, lal cuo 1'110 11m que var com possesBlo dllb6Uca, mo
com histeria e lugastlon,menlo. Klwalarowlcz e:.plora o 'pI16dIo, da lorta
I!" lugorlr que o celibato a -li Clllldada 110 'ator81 de demonllmo ou a'l..
doa pelcopatol6glcos; I vldl rangIa.. , auln'l carlclturada, Juntlmenla
com Outloa vlloles caro. 10 CfI,lIanlsmo.
O clnealla .ngana-se nl lua manelr. de encarar I vide consagrade I
Deus. Esta também li vida de amor a Deu, e ao próximo em termos nobrtl
• dlgnillcantal. O lenómano da Loudun se d.yla ... clrcunll"nclu próprlle
da época; nJo Ifatl o valor da vida rellglOll, qua é a se""almpre uma
daa mels aut6ntlcas expressOe. do Evangell'lo, desde qua vivida com IId.11-
dada. larvor.
• • •
Camentárlo: Voltou ao cartaz dos cinemas no Brasil o
· filme polonês «Madre Joana dos Anjos_ de Jerzy Kawalerowicz
(producão Kadr). Vem fazer eco, do seu modo, ao romance e
ao tllme cO Exorcista~. de que trata PR 173/ 1974, pp. 195-205.
· Na verdade, os assuntos atinentes à possessão diabóUca e ao
exorcismo estão muito em loco desde 1973.
O fUme .Madre Joana dos Anjos_, embora 'date de l.961'é
e seja relativamente pobre em cenários e variedades, impres-
sfona o púbUco. pois trata de tema emocionante 8prest!ntado
r.om esmero e finura.
-337 -
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 171/1974
-339-
20 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS, 117/1974
2. O filmo
1. No clnerna Kawalerowicz explora os fatos baseando-se
nc.o romance que a respeito dos mesmos escreveu Jaroslaw
Iwaldewicz. Começa por mostrar a chegada do Pe. Surln. pie--
doso e austero, ao convento de Loudun. a fim de proceder a
exorcismos sobre Madre Joana dOs Anjos. Aos poucos, o padre
ê vitima de seu zelo e de seus nervos: desejando realmente
Ubertar Madre Joana das intestacães do Maligno, ele se orerece
ao demônio como presa, em troca da Religiosa. Em conseqüên-
cia, Surin vai-se sentindo aos poucos, e oada vez mais, cpos-
sesso_ ; o filme tenn1na em uma cena na qual o Padre manda
dizer a Madre Joana dos Anjos que ele aceitou ser vitima do
demônio para poder salvA-la do Maligno e ajudá-la a ser·santa.
Kawalerowlcz acrescentou ao episódio histórico alguns to.-
piOO6 destinados a tornar mais expressiva a tese do fUme.
Tenha-&e e.m vista, por exemplo, a figura da Rellgtosa que fugia
-340 -
(MADRE JOANA DOS ANJOS. 21
-341-
22 .PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 177 11974
3 .1 . VId. ",Uglosa
A vida consagrada a Deus pelos votos rel1gosos, especlal.
mente pejo de castidade. está longe de ser a expressão de um
estado de ânlmo patológico ou frustrado. Quando genuinamente
abraçada e vivida. a prof.issão reUgfosa conventual é. antes, a
expressAD do mnor - O valor mais nobre da er1atura huntana -
a Deus e ao próxlmo. O mesmo amor que no casamento leva
os cônjuges c:r1stios & se darem um aQ outro para .que ambos
cheguem juntos a Crlsto, pode levar ~ criatura a, procurar, dJre.
tamente ~sto e os valores eternos. sem passar ~a vi~ con·
jugal. :t o autêntJoo amor - e tio somente o autêntico' amor -
qqe Inspira tanto o consórclo matrimonial como a · consagraçlo
-342-
eMADRE JOANA DOS ANJOS~ 23
3 ,2 . O Canego Orandl.r
-344:-
cMADRE' JOANA DOS ANJOS:. 25
3 .3 . A e.l.tlnel. do dem6nlo
-345-
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 177/1974
-348-
cMADRE JOANA DOS ANJOS.
--x--
o QUE O FILJIO PENSA DO PAI
Aos M anos:
Que pena papai ter morrldo ! A verdade é Que ele tinha
idéias notáveis !
Aos GO anos:
, Pobre papal! Era wn sAbIa ~
Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde! •.•
-347 -
Mais um "best..seller":
"saber envelhecer /I
• • •
Comentárlo: JA em PR 171}1974, 4' capa, apreSentamoa
sumariamente o Uvro de .Alfons Deecken: cSaber envelhecer_,
-348 -
..sABER ENVELHECER~ 29
1. O problema da Idade
o autor começa por mencionar o fato de que no Japão,
onde ele passou vArios anos, existe profundo respeito pela ge-
raÇão anciã i pais e avós são cercados da estima e dos cuidados
que a tradição religiosa local sempre lhes assinalou. Diz wn
· sábio neo-confuclano : cA piedade fmal distingue o homem das
~ves e dos brutos».
OUtra, porém. ê a mentalidade reinante no Ocidente. A
· nossa civilização tem cultivado de modo crescente os valores
da independência e da. autonomia do individuo, negligenciando
os da solidariedade e comunidade. :t: o que faz que Os velbos
se sintam especlalmente entregues ao isolamento e à solldlo.
O fato de saber que tal é freqUentemente o clima em que COSo-
tuma decorrer a veJhlce, suscita em multas pessoas uma crise
prematura de sen1l1dade. Não é raro Quererem ocultar a Idade
rea.i. Que têm; 1á se têm fabricado até mesmo cosméticos para
homens. a fim de que não transpareça o seu número de anos.
·Outros assumem atitudes de fuventude que absolutamente nlo
condizem com a sua faixa etâria. Outros ainda se apegam cio-
samente a posicôes sociais ou a tarefas profissionnis que carac--
terizaram Os seus anos de maior produtividade e projeção, e
não aceitam facilmente a necessidade de ceder o lugar à gera-
ção mais jovem.
Esta situa~o merece particular a.tencão quando se con-
sidera que o número de pessoaa idosas em nossa sociedade ê
-349 ~
30 cPERGUNI'E E RESPONDEREMOS~ lTI/1974
1 .1 . R....ntlmanto e Inveja
2 .1 . Personalidade pr6prla
1. Uma das mais Interessantes descobertas aa gerontolo-
gia atual é que cada pessoa tem, na realldade. três tipos de
idade: '
- a Idade cronológica, detenn1nBda peJo número de anOl
que lá viveu :
- a ldad. bloI6g1ea, determinada pclas condições de saúde
ou desgaste do .seu flslco ;
- • Idade pslcológlca, avaliada pelas atitudes que ti. pes.-
soa assume dtante dos altos e baixos da existência.
32 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS) lT1/1974
-353-
34 cPERCUNfE E RESPONDEREMOS. 177/1974
2 .2 . DesprendlmentD e sabedDrla
No apogeu da vida.. a pessoa está, em geraI, tão envolvida
em afazeres cliârios e preocupações que dlficUmente consegue
emergir e considerar o mundo com superioridade e desprendi·
mcnw. l!'.: parte Integrante de um todo ou roda de engrenagem.
Com o passar dos decênios, porém, pode ir conquistando uma
atitude de desapego e recuo em relação ao seu ambiente e des-
cortinar nOVOS horizontes; apura·se a sua capacidade de &
cernimento do sentido de tudo: vida, amor, mundo, tempo, eter.-
nldade ... Quem adquire tal clarividência - que também se
chama «sabedoria. - poderá tomar-se conselheiro da geração
nova, 'a qual jé. não terá que recear a dureza de ambições ego1s-
tas e subjetivas do conselheiro. Particlparã, de novo modo, da
construção da sociedade.
A sabedoria da idade avançada dUere da Inteligência pers--
picaz ou da capacidade de Informação que alguém possa ter.
Não pode zer aprendlda nos lívros nem ser adquirida nas ~
las, mas derIva-se do amadurecimento progressivo de uma per-
sonaUdade no decorrer de longos anos de vida.
.- 355-
36 ePERCUNTE E RESPONDEREMOS~ 177/1974
-356 -
·SABER ENVELKECER~ 87
-358_
.SABER ENVELHECER, 39
-359 -
a terra de Israel em foco
IV. JelUsal6m: a "bem-enntvrada palxlo"
-362 -
resenha de livros
o Mundo da Sibila, por Jose! Schalbert. Traduçlo do P•. Frederico
Oall1ur, - Ed. Vales, PalrÓj:lolls 1974, l!5D x 230 mm, .243 pp.
Saudamo. com prazer •• ta nova adlçlo - ampliada li atualizada -
de um livro que saiu pala prima Ir. vez Im traduçlo braallelr. no ."0 de
1962. Além da tratar daa . queIIO" de InUoduçlo Geral na Blblla (lnaplraçlo,
CAnon, História do 'ax10 li prlnclplos da Hermen6utica), Seharbert apresenta
uma vlslo geral da origem I do cantaudo da cada um d03 livro. blbllcot
- o qUI 6 novo em relaçAo • adlçlo 11I1IIrlor .. toma a obra de grande
utilidade. Mllrlce especial relel'ncl. o aqulllbrlo de pensamento qUI carac-
ler!za a abordagem d•• mais dallcadas quest6es no livro dll 5ch.rbert: I
noçAo de Insplraçlo. por exemplo (hoJe em dia tio discutida), • Ipresen-
tada .. luz dos novos conhecimento. quo temo. aobro a paulaUna lormaçlo
do. livros IIgrados; este. aupllem longas fase. de Iranaml!.Sio meramente
oral da Palavra de Deus. Isto, porém, nlllo Impo<le ~ue a redaçlo deffnlllva
dessas Iradlç~es lenha sido lella "sob a Inllulncla dlrela, 80brenalural e
carllmétlca do Etplrlto Sanlo, am virtude da qual o. homens, conservando
a liberdade de selaçAo dos .~sunlos o dos meios de expressA0 lIIerirla,
asaenlaram por escrfto o que Ela quis 10110 registrado" Cpp. 132:a). Sanen-
tomos tamWm o resumo de história da SIIlvaçlo, em qua le Inserem os
dlvOfllO' Ilvroa sagredo. (pp. 21-92); , lúcido e suficientemente Informatlyo.
Em apênalce ao livro, O aulor acrescentou oportuno ®cuMant4rlo:
o taxto de Constltutçlo "Oel Verbum" do Concilio do Vaticano li, um
quadro e uma alnopta apresenlando a. camadas lII~trlhlll do Pentateuco
eas fontes J, E, P anlrelecldu em GAn, b-, levo Núm) a oulr05 lexlo. an-
Ugo$. Ao lradutor dev.mQs uma blbllog,alla br85l1elra rela,-ente às Sagrada.
Escrlluras: assim o laltor Intereando em aprolundar-1le no estudo encontrar'
o 'lalêlogo do. livros publicado. no Bfasll (e em Portugal) aobre o assunto.
Numar0S85 gravuras anUgas e medlevels IIj.1stram (I obra. Em suma,
era necess4rlo lal estudo, deltlnado aos amblanles de cultura media.
Como ler (J Novo Tnl.manlo, por Aoderlck A. F. MacKeru:le, Tr.duçao
do originai. 11'1911•. Colaçlo "Deus laia hoje" n9 1, sob a dlre,lo de Frei
Gilberto aOfgulno e Ana Flora Anderson. Ed. Paullnas 1974, 125 • 180 mm,
85 pp.
No seu tllulo originai, 81la livro Ó uma 1r'llroduçlo (lntroducllon) 110
Novo Testamanto. Redigida em lermos concl$OS, reconaUlul o "mblante
pollllco $' religIoso em que nascau 4 Igreja, e percorre as dlvernl c~lIego
rias de escrito. do Novo T8Itl!.mento, apresentando os autores reapeclivot.
8S clrcun$lAnelas de Origem e o conle6do de ceda um, ApOa cada capitulo,
encontram·s. algumas parguntas destinadas a favorecer a revislo a " dis-
-cussao do assunto. O teor do livro • SÓlido a claro; dlrlgo-.e a quem
c esaJo uma primeira lnlclaçlo nos escritos do Novo raslamenlo. O valor
dessa obra depre8nde·~e do lalo mesmo de que em poucos meses J' conla
duas edlç~ee braslle1ru. Na capa, os nomes de frei Gorgulho a Ana Flora
figuram nlo como la fossem os auloras, mas apenes f'Or l e rem os raspan-
dvols da coleçAo. Sugerlrl.mos a Ireduç80 exata do lIIulo l"lntroduçlo ... '"
para um livro quo merece sinceros apleusos.
o novo povo do DeuI, por Joseph Ral:rlnger. Tr.duçlo do origInai
alemao por Clamente Raphu' Mahl. - Ed. Paullllas, SAo Paulo 1974,
160 • 230 mm, 3eO pp.
Retzlnger , dtsclpulo do lamolo teólogo alemto Karl Aahner S. J.
O .ou novo livro ago" apresentado ~ português é uma Ecleslologla ou
-363 -
44. cPERCUNTE E RESPONDEREMOS, 177/1974
- 364-
Para orl.r'llaçlo doll Int.resudo., nolamos aqui que. Editora H.rder
.. trlNformou em Edltorl Ped.gólllca e Unlverslt6rJa lida., com sede •
Praça D. Jod Gaspar, 108-3' .obreloJ. n' 15, ca;u postal 75011, 01047
51(1 Paulo ISP). Tem represenlante no Alo de Janeiro à Ay, Rio Branco, 9,
..tM 178/ 180 (GB).
O o.spart'r, p.lo Pe. Paulo Milton de L.cerdo. Coleçlo "J uventude
• Crescimento na Fé" - t . - Ed. Paullnall, Slo Paulo 1974, 110 li 160 mm,
232 pp.
O Pe. Lacerda tem-s. dedicado, lunlamente com o Pe. 2ezlnho, ao
apostOlado enlre os Jovens, .rmuenlndo, no decorrar ae olto anos, Jê
nctAyel experler\Cla am sator complexo e deUcado como ·esse. Nota q\Ol
uma des principais dificuldades encontr.das por quem deseja ,.aUur p ....
lOtai de juventude, • • faUI di pistas para começer o lrabel.~ ou para
prclsegulr apÓl OI prlmelros pasaoe, O aulor, com 1$111 l1yro, contribui
plr. a >loluçlo de laia problemas, procurando moatrar como . bordar os
loyens pela primeira vez, como Inlcli-Ios no caminho da vida, lem forçar
etapI' e um eaquece r as asplraçOes mais urgentes da Juventude.
O autor começa propondo algunl prlnclplos: os Jovena 'crellcerlo
na " .. .aubarmos acompanhA-los na 8Voluçao paulallna de suas 1~las
li se epllcarmos. no contato cem elos. algurnu técnicas fi Instrumentos da
lra~lho .eoaquadot • aua c;ornpreetlslo fi maturidade. Na legunda 'pana
do Ilno, 8JO onutlcladot e expostos alguns meios concretos, Ilextvels e
bem testados da promover os jovens na lê : lemanas de ju~enlude, acam-
pamantos, dia dos namorad03, cursos de formaçao, cursos dI) penlonetl-
dade, Felre Intemaclon.1 EstudanU! do Livro .. .
O Pe. Lacerda .aba manter-se em tudo A IIUure de auténllco pastdr,
que vlaa tio somante a transmlllr a doulrlna de Cristo e as autênticas pars-
pecUvas da IgreJa. um publico sequioso de verdade, mllS essaz: balejado
por idéias hetaroglneas ; aem fazer concesslo a estas, o Pe. Lacerda lO.
nos aprclenl. como \Im plonelto dlQno d. crédito no setor de pal loral da
JUY8ntude, Suas observllÇ6e. e augest!)es podem dar multo bona frutos.
E.• .
Caro leitor,
Em Junho pp., lançamos aOI nOllol amIgos a lug_stlo
d. ,e mudar o Utulo da nossa revllta para ··CONFRONTO".
flc.ando " PERGUNTE E RESPONDEREMOS" como IUbtftulo.
Eua mudança de nome nlo IlgnlRcarla em abloluto lU..
,.çlo da orl.nlaçlo e do programa do nosso PR i também
nHo ..ria conce .. io .. volubllld.de e ao capriChO. mas de-
ver-I ..la exclu.lv..... nt. a razões funclonals : um titulo mais
breve facilitaria a publlcldad. da r.vl.ta e equlpar'·la-I., 80b
• • t • •Ipecto, il revistas que ·vemo. circular amplamente no
Bralll.
Somos gratoa a todos quantos sa manlf••taram a.' hoje
.obre • troca do nom. de " PERGUNTE E RESPONDEREMOS".
Pre.taram-no. grande servi90, porque, além do ••u Sim ou
Nlo, multa. vez •• no. transmitIram Impressõe•• suga.tõe.
vallo.ca, .
Nlo 'endo ainda decidido colla alguma, resolvemos
aguardar novo. pronunciamentos dOI nOIlOI leitor••• amigai
sobre a propolla de mudança. Teremos assim a oc.,llo de
um Intercamblo ml ls amplo e profundo com o pObllco, que ,
multo no. pode ajudar a realizar o nosso -program. d. servir I
Cam an.eclpadot agradecimento.,
A Rodaçlo do PR
VIDA SINGULAR