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ROMA

- Principais legados (heranças) que os romanos deixaram para o mundo ocidental,


especialmente para o Brasil, na atualidade:

* Língua portuguesa: É originada do latim, idioma dos romanos.

* Religião Cristã: Responsável pela disseminação do cristianismo no mundo ocidental, já que os


colonizadores do mundo ocidental professavam o cristianismo e fizeram parte do Império
Romano.

* Direito: o direito romano serve de base para o Direito no mundo ocidental, nas sociedades
democráticas.

- Igreja Católica Apostólica Romana.

- Grande extensão territorial.

- Surgiu na região do Lácio, parte central da península itálica, quando sabinos, latinos, úmbrios
e etruscos habitaram a região.

- Fundada no século VIII (753 a. C.) na margem esquerda do rio Tibre, por Rômulo e Remo (filhos
resultantes da relação entre o deus Marte e Reia Sílvia, que foram abandonados dentro de um
cesto no rio Tibre. Eles foram encontrados por uma loba e criados por ela. Depois de se tornarem
adultos, Rômulo mata Remo e se torna o primeiro rei de Roma).

- O período monárquico de Roma durou entre 753 a. C. e 509 a. C.. Roma teve 7 reis (4 latinos e
3 etruscos):

* Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio e Anco Márcio: latinos. Não há registros confiáveis
acerca da existência desses 4 reis.

* Tarquínio, o velho; Sérvio Túlio; Tarquínio, o soberbo: etruscos. Há registros confiáveis acerca
da existência desses 3 reis. Eles fizeram algumas obras importantes em Roma, como a drenagem
de pântanos, a construção de pontes, etc.

- Organização social em Roma:

* Patrícios: grupo dominante, são os grandes proprietários de terras, que gozavam de privilégios
políticos e religiosos.

* Clientes: plebeus que prestavam serviços aos patrícios, sendo seus dependentes e agregados.

* Plebeus: homens livres que, inicialmente, não gozavam de direitos políticos.

* Escravos: oriundos de dívidas ou prisioneiros de guerra.

- O poder do rei era controlado pelo Senado ou Conselho de Anciãos, que era dominado pelos
patrícios.

- Assembleia ou Cúria: conjunto dos cidadãos aptos ao serviço militar.

- 509 a. C.  Tarquínio, o soberbo, é deposto pelos patrícios e se inicia o período republicano


em Roma.
- Durante o período republicano, o poder era exercido pelos magistrados, que eram auxiliados
pelo Senado. Na prática, quem mandava, realmente, era o Senado, composto, inicialmente, por
patrícios.

- Aspectos políticos de Roma:

* Lutas constantes entre patrícios e plebeus por direitos políticos.

* 494 a.C.  retirada dos plebeus de Roma para o monte Sagrado e exigiram participação
política na cidade. Os patrícios se viram na obrigação de ceder, pois, sem os plebeus, Roma
viraria um caos.

* 494 a. C  Criação do cargo de ‘Tribuno da plebe’, que tinha poder de vetar as leis que fossem
prejudiciais aos plebeus.

* 450 a. C.  Elaboração da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código legal romano escrito. Isto
representou um grande avanço para os plebeus, já que, anteriormente, as leis eram
consuetudinárias, podendo ser livremente interpretada pelos PRETORES (MAGISTRADOS
RESPONSÁVEIS PELA JUSTIÇA).

* 445 a. C.  Permissão do casamento entre patrícios e plebeus (Lei Canuleia).

- Principais magistrados romanos:

* Cônsules: Eram 2 e tinham a função de dirigir o Estado. Também propunham leis.

* Pretores: Aplicavam a Justiça.

* Censores: Faziam o censo, ou seja, a contagem da população.

* Questores: Cobradores de impostos, ou seja, lidavam com as finanças.

* Edis: Cuidavam do abastecimento e administravam Roma.

- Senado  composto por 300 patrícios. Tinham as funções de ajudar os magistrados na


administração de Roma e, em casos extremos, onde houvessem ameaças internas ou externas,
poderia suspender o poder dos cônsules e nomeava um ditador, que tinha plenos poderes por
um período inferior a 6 meses.

- Guerras Púnicas  Conflito armado entre Roma e Cartago (cidade fundada pelos fenícios no
norte da África) pela hegemonia comercial no Mediterrâneo. Este conflito foi vencido pelos
romanos e significou um impulso para Roma controlar diversas regiões.

- “Mare est nostrum”  Expressão utilizada pelos romanos após a conquista das margens do
Mediterrâneo.

- A expansão territorial gerou um rápido crescimento econômico e um aumento na oferta de


alguns produtos, consequentemente, causando uma queda nos seus preços. Os pequenos
agricultores não suportaram essa queda e tiveram que vender as suas terras, transformando em
mão de obra barata na cidade.

- As tensões sociais aumentaram devido à distribuição desigual das riquezas.

- Aumento no número de escravos oriundos dos povos dominados, o que consolidou a economia
escravista em Roma.
- Homens-novos  comerciantes enriquecidos que queriam participação política.

- Tibério Graco  Eleito Tribuno da Plebe em 133 a. C., limitou o tamanho das propriedades
rurais em 125 hectares (10.000 metros quadrados = 1 hectare). Foi assassinado no Senado por
patrícios insatisfeitos com esta medida.

- Caio Graco  Também eleito Tribuno da Plebe em 124 a. C., propôs que as terras públicas
fossem divididas entre os plebeus. Novamente, os patrícios não gostaram e o encurralaram nas
proximidades de Roma. Vendo que não conseguiria sair vivo daquela situação, pediu para que
um escravo o assassinasse.

- Guerra dos Gladiadores ou Guerra dos Escravos  Conflito interno entre os anos 73 a. C. e 71
a. C. Liderado pelo escravo Espártaco (Spartacus), desertor de uma tropa auxiliar do exército
romano, venceu o as tropas de Roma em algumas batalhas. O seu exército contava com 120 mil
homens (escravos fugidos) e só foi derrotado pelo comandante romano Marco Licínio Crasso.

- As constantes tensões sociais dilaceraram a República romana. Para tentar “salvar” a Urbe
(Roma), criaram os Triunviratos (governo de três políticos militares), que foram 2:

* Primeiro Triunvirato  Composto pelos generais Júlio César, Pompeu e Crasso em 60 a. C. em


53 a. C. Crasso faleceu e isso gerou uma guerra civil entre os apoiadores de Júlio César e os
apoiadores de Pompeu, que foi morto em 48 a. C. Este conflito foi vencido por Júlio César, que
foi declarado ditador vitalício, sendo assassinado 4 anos depois, no Senado.

* Segundo Triunvirato  Composto pelos generais Marco Antônio, Lépido e Otávio. Também
gerou conflitos entre os apoiadores dos generais. Otávio, em 31 a. C. venceu as tropas
adversárias e recebeu os títulos de imperador (o supremo), autoproclamando-se Augusto
(divino).

- Alto Império (séc. I a.C. – Séc. III d. C.):

* Poder centralizado nas mãos do imperador.

* Estabelecimento de uma hierarquia com distribuição de funções e responsabilidades na


administração pública, obedecendo a critérios censitários, ou seja, de acordo com os
rendimentos  Burocracia. Os cargos foram ocupados pelos antigos componentes da
aristocracia patrícia e pelos homens-novos.

* Política do pão e circo para os plebeus.

* O escravismo estava na base da economia romana. Esses escravos eram oriundos dos povos
conquistados nas guerras.

* Mecenato  apoio financeiro aos diversos artistas romanos, ou seja, configurava no


patrocínio estatal para as atividades artísticas e culturais.

* Imperadores deste período:

# Otávio Augusto  Ampliou o comércio entre as províncias, construiu estradas, pontes e


aquedutos.

# Tibério  Imoralidade e corrupção. Foi neste governo que Jesus Cristo foi crucificado.

# Calígula  Déspota.

# Cláudio  Envenenado pela esposa.


# Nero  Imperador maldito, tocou fogo em Roma e culpou os cristãos. Responsável pelos
“espetáculos” (lutas entre cristãos e grandes feras, como leões, tigres e ursos) no Coliseu.

# Dinastia Flaviana  Responsável pela retomada da política de conquistas, ainda que


sutilmente.

# Dinastia Antonina  Promoveu a estabilidade financeira e firmou a fase final do apogeu


romano.

- Baixo Império (Séc. III – séc. V):

* Sucessivas crises econômicas  O esgotamento da expansão territorial, que era a base de


toda a riqueza e da estabilidade política e social do Império, acabou gerando essas crises.

* Sem as conquistas, houve uma diminuição no número de escravos e, consequentemente, na


mão de obra.

* Altos custos para a manutenção das estruturas imperiais, militares e administrativas abalaram
a moeda, causando a sua desvalorização.

* Disputas entre os chefes militares corroeram o poder em Roma.

* O Cristianismo ajudou na desagregação do império  Pregava que os bons cristãos herdariam


o paraíso e os maus herdariam o inferno.

* Diocleciano  Édito Máximo: fixação dos preços, a fins de diminuir a inflação. Para facilitar a
sua administração, dividiu o Império Romano em 4 partes (tetrarquia), que seriam comandadas
por dois Augustos e dois Césares. Estes prestariam contas ao Augusto Sênior, que era o próprio
Diocleciano.

* Constantino  Édito de Milão: Liberdade de culto aos cristãos. Foi durante o seu governo que
aconteceu o Concílio de Niceia (325 d. C.), onde foi firmada a “Santíssima Trindade”.

* Teodósio  Édito de Tessalônica: Cristianismo é adotado como religião oficial do Império.


Dividiu o Império Romano em duas partes (Diarquia), uma com capital em Roma (Império
Romano do Ocidente) e outra com capital em Constantinopla (Bizâncio (Império Romano do
Oriente)). Aumentou a penetração dos ‘bárbaros’ (povos que não viviam dentro das fronteiras
do império nem falavam latim) no Império, inicialmente foi pacífica e, posteriormente,
transformou-se em invasão.

- 476 d. C.  Um dos povos germânicos (hérulos) invadiram e saquearam Roma, pondo fim ao
Império Romano do Ocidente.

- Cultura romana:

* Politeístas  Assimilaram os deuses gregos e rebatizando-os, ou seja, deram outros nomes


para eles. Júpiter (Zeus), Baco (Dionísio), Netuno (Poseidon), Afrodite (Vênus), etc.

* Ovídio  A arte de amar.

* Tito Lívio e Virgílio  História de Roma e Eneida, respectivamente.

* Direito romano  Jus Naturale (direito natural), Jus Gentium (direito dos povos para os
estrangeiros) e Jus Civile (direito civil para os cidadãos romanos).

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