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A importância da normalização
Esse procedimento ajuda a reduzir tensões internas induzidas por operações como
forjamento, fundição, usinagem, estampagem ou soldagem
Por que normalizar?
A normalização proporciona dureza e resistência aos componentes de ferro e de aço.
Além disso, ajuda a reduzir tensões internas (fig. 1) induzidas por operações como
forjamento, fundição, usinagem, estampagem ou soldagem. Também melhora a
homogeneidade microestrutural e a resposta a tratamentos térmicos (por exemplo,
recozimento ou têmpera) e melhora a estabilidade ao proporcionar uma “memória
térmica” para os processos com menor temperatura subseqüentes. Peças que requerem
máxima tenacidade e aquelas sujeitas a impacto são geralmente normalizadas. Quando
grandes seções transversais são normalizadas, também são revenidas para reduzir
tensões e controlar de modo mais preciso as propriedades mecânicas.
A normalização é tipicamente executada a fim de:
• melhorar a usinabilidade
• melhorar a estabilidade dimensional
• modificar e/ou refinar a estrutura de grãos
• produzir uma microestrutura homogênea
• reduzir bandeamento
• melhorar a ductilidade
• proporcionar uma resposta mais consistente quando da têmpera ou têmpera superficial
Como exemplo, muitas peças de máquinário são normalizadas antes da usinagem, de
modo que, durante a têmpera ou têmpera superficial subseqüentes, mudanças
dimensionais como crescimento, encolhimento ou arqueamento sejam melhor
controladas.
Os períodos de encharque em temperatura para a normalização são geralmente de uma
hora por polegada de área de seção transversal, mas não menos de duas horas à
temperatura. É importante lembrar que a massa da peça ou da carga podem ter uma
influência significativa na taxa de resfriamento e, portanto, na microestrutura resultante.
Peças finas resfriam mais rápido e são mais duras após a normalização do que peças
mais grossas. Por outro lado, após o resfriamento em forno em um processo de
recozimento, a dureza das partes mais finas e mais grossas é praticamente a mesma.
Aços de baixo carbono geralmente não requerem normalização. Se esses aços forem
normalizados, no entanto, não sofrerão nenhum dano. Peças fundidas com espessura de
parede e tamanho de partes relativamente uniformes são usualmente recozidas em vez
de normalizadas. Outras peças fundidas, especialmente aquelas que tenham uma forma
complexa ou partes finas e
grossas interconectadas e, portanto, sujeitas a altos níveis de tensão residual, se
beneficiam da normalização. A microestrutura obtida com a normalização depende da
composição dos fundidos (que determina sua dureza) e a taxa de resfriamento.
Como funciona
A normalização do aço (fig. 2) é realizada por meio do aquecimento a aproximadamente
38ºC acima da temperatura critica superior (Ac3 ou Acm) seguido do resfriamento a ar
à temperatura ambiente, ou não mais que a tensão de 1 bar usando nitrogênio se o
processo estiver sendo executado em um forno a vácuo.
A normalização é geralmente considerada sob um ponto de vista térmico e
microestrutural. Em termos térmicos, a normalização é a austenitização seguida de um
resfriamento relativamente lento. Em termos microestruturais, as áreas da
microestrutura que contêm cerca de 0,80% de carbono são perlíticas, enquanto áreas de
baixo carbono são ferríticas.
Normalização ou recozimento
A normalização difere do recozimento pelo fato de que o metal é aquecido a uma
temperatura mais alta e então removido do forno para resfriamento ao ar, em vez do
resfriamento no forno. Para muitos engenheiros industriais, há muita confusão sobre
quando especificar normalização e quando determinar recozimento. Existe uma razão
lógica para isso porque, em muitos casos, os procedimentos para normalização e
recozimento são os mesmos. Por exemplo, aços com teor de carbono muito baixo
podem ser quase completamente recozidos aquecendo-se acima da faixa de
transformação e resfriando ao ar.
Na normalização, a taxa de resfriamento é mais lenta do que na operação de têmpera e
revenimento, mas mais rápida que a utilizada no recozimento. Como resultado desta
taxa de resfriamento intermediária, as peças possuirão dureza e resistência um pouco
maiores do que se recozidas, mas um pouco menores do que se temperadas e revenidas.
A taxa de resfriamento mais lenta significa que partes normalizadas não serão tão
tensionadas quanto as partes temperadas. Deste modo, a normalização é um tratamento
no qual um aumento moderado em resistência é obtido sem causar um aumento de
tensão.
Conclusão
Referências
1. Rapid Product Deployment Research Centre (http:rpdrc.ic.polyu.edu.hk)
2. School of Engineering Technologies, Farmingdale State College
(www.lu.farmingdale.edu)