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A associação do lobby à uma prática negativa é comum, pois muitos o associam a atos de corrupção.
Mas você sabia que lobby pode ser uma atividade lícita e bem diferente de corrupção? Para tanto, é
imprescindível que o lobista siga um código deética e conduta!
Por isso, vamos esclarecer nesse artigo o que é lobby e reforçar a importância do código de ética frente a
possibilidades de casos de corrupção.
Definição de Lobby
Sua utilização para designar a atividade de defesa de interesses teve origem na Inglaterra, com o objetivo
de identificar a sala de espera da Câmara dos Comuns, onde os membros do Parlamento eram
abordados por aqueles que tinham algo a demandar. O termo lobby foi usado pelo significado de “ante-
sala”, “vestíbulo”, “parte do prédio em que o acesso é público” (tradução literal).
Nos Estados Unidos, a palavra foi adotada com o mesmo sentido, indicando a sala de espera dos hotéis
onde os presidentes eleitos ficavam hospedados antes de mudarem-se à Casa Branca.
No Brasil, como nos demais países ocidentais, o termo é utilizado para designar a atividade em que
empresas, entidades, pessoas físicas e segmentos da sociedade lutam para viabilizar seus interesses
perante o governo. Seja no Congresso ou na esfera Executiva.
De acordo que com o autor brasileiro Said Farhat:
“Lobby é toda atividade organizada, exercida dentro da lei e da ética, por um grupo de interesses
definidos e legítimos, com o objetivo de ser ouvido pelo poder público, para informá-lo, e dele obter
determinadas medidas, decisões ou atitudes.”
No Brasil, embora o lobby tenha uma imagem negativa, a interação entre os agentes públicos e privados
é legítima, pois a sociedade civil tem o direito de participar do processo de decisão estatal. Dessa forma,
o lobby lícito não deve ser considerado atividade obscura ou ilegal.
Mas como a atividade de lobby pode ser lícita diante de tantos casos de corrupção?
O profissional indicado para fazer o lobby – conhecido como lobista – deve ser ético e agir dentro da lei.
Para garantir que isso de fato ocorra, é importante que a atividade de lobby conste no código de ética.
Segundo Andréa Oliveira, um lobista não exerce apenas a pressão, devendo exercer também:
e) monitoramento político;
f) criação da estratégia de ação, que consiste em identificar como resolver o problema do cliente,
apresentando uma proposição, projeto de lei ou emenda; traçar uma estratégia de comunicação –
marcando audiências, levando os tomadores de decisão a eventos educacionais ou visitas às instalações
do cliente; apresentar informação imparcial e confiável, baseada em estudos acadêmicos e pareceres
técnicos;
g) execução do corpo-a-corpo, estágio em que o lobista e seu cliente devem procurar aliados e inimigos
de seu interesse, a fim de convencê-lo a contribuir para o alcance do fim pretendido. (OLIVEIRA, 2004,
78-79).
O QUE É ILEGAL?
a) o “tráfico de influência”, que seria a utilização de sua posição política ou influência sobre o processo
decisório para intermediar interesses entre a esfera pública e privada;
b) receber e repassar propina, a fim de que seu interesse seja atendido, não se utilizando apenas da
persuasão, mas subornando o tomador de decisão para votar contra ou a favor de tal projeto; ou que tal
medida seja tomada para beneficiar uma empresa/grupo em particular. Como por exemplo,
empréstimos, investimentos e licitações;
Se bem orientado e com o código de ética em mãos, não há motivos para que o lobista da sua empresa
se envolva em casos decorrupção.
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