Á beira de um rio, ou um lago, ou o mar - eu me encontro;
Doce, salgado ou suave - eu mergulho, tão profundamente até deixar de ser um rio, um lago ou o mar. O rio com suas correntes de agua me afasta quanto mais tento me aproximar. O lago por mais doce que seja, sempre a de terminar. E o mar com toda sua imensidao e profundidade, invade meus pulmoes e ja nao consigo respirar. Eu, mero ser, sinto que nao sou suficiente para ser pertencente das aguas da terra, por mais que precise delas. Ao lado de uma arvore, ou um campo, ou uma floresta - eu me encontro; Frutifera, vasto ou misteriosa - eu exploro, tão profundamente até deixar de ser uma arvore, um campo ou uma floresta. A arvore bela, e grande, por mais que tente escala-la acabo caindo, como seus frutos, que somente ela escolhe dar. O campo vasto, verde e cheiroso, com sua grama alta me empede de enxergar. E a floresta, tão misteriosa e enigmatica com seus galhos pontudos e entrelaçados conseguem me furar. Eu, mero ser vindo dos quatro elementos, sinto que não sou suficiente para nenhum deles dominar, então sigo a andar e do ar respirar, da terra me alimentar, da agua beber e do fogo me aquecer. Hoje entendo, não os domino, pois a mim não pertecem. Alem de um mero ser, estou apenas de passagem por este vasto e libertador, mundo... Contudo sei, que enquanto eu precisar, se eu procurar, ela, minha mãe ira me salvar.