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DE OBRAS PÚBLICAS
MANUAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PÚBLICAS
Bahia
TCE
2011
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
COPYRIGHT© 2011 TCE
PEDIDOS E CORRESPONDÊNCIAS:
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
Avenida 04, Plataforma V – CAB
Edf. Cons. Joaquim Batista Neves
Cep: 41.475-002
Telefone: 0xx(71) 3115-4477
Fax: 0xx(71) 3115-4613
Email: biblioteca@tce.ba.gov.br
FICHA CATALOGRÁFICA
92 p.
CDU 351.712
TRIBUNAL PLENO
Conselheira Ridalva Correa de Melo Figueiredo - Presidente
Conselheiro Antonio Honorato de Castro Neto - Vice-Presidente
Conselheiro Filemon Neto Matos - Corregedor
Conselheiro Antônio França Teixeira
Conselheiro Pedro Henrique Lino de Souza
Conselheiro Manoel Figueiredo Castro
Conselheiro Zilton Rocha
SUPERINTENDENTE TÉCNICO
Frederico de Freitas Tenório de Albuquerque
ELABORAÇÃO
Heinz Ulrich Ruther
Maria Salete Silva Oliveira
COLABORAÇÃO
Servidores que atuam na área de auditoria de obras
REVISÃO
Clarissa Carneiro da Rocha
Eliane de Sousa Silva
Ivonete Dionízio de Lima
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 11
1 CONCEITOS ESSENCIAIS .................................................................... 13
1.1 Obra Pública ..................................................................................... 13
1.2 Serviço de Engenharia ...................................................................... 14
1.3 Serviços Técnicos Profissionais Especializados ............................. 14
1.4 Projeto Básico ................................................................................... 14
1.5 Projeto Executivo .............................................................................. 17
1.6 Fiscalização ...................................................................................... 17
1.7 Licenciamento Ambiental ................................................................. 17
AA Autorização Ambiental
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
BDI Bonificação e Despesas Indiretas
CEF Caixa Econômica Federal
CEPRAM Conselho Estadual de Meio Ambiente
CCE Coordenadoria de Controle Externo
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
CUB Custo Unitário Básico
DMT Distância Média de Transporte
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte
EIA Estudo de Impacto Ambiental
FGV Fundação Getúlio Vargas
IBRAOP Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas
ISC Índice de Suporte Califórnia
LA Licença de Alteração
LI Licença de Implantação
LL Licença de Localização
LO Licença de Operação
LS Licença Simplificada
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal
MPa Mega Pascal
NAGs Normas de Auditoria Governamental
RIMA Relatório de Impacto Ambiental
SGA Sistema de Gerenciamento de Auditoria
SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil
TCPO Tabela de Composição de Preços e Orçamento
TCE/BA Tribunal de Contas do Estado da Bahia
TCU Tribunal de Contas da União
ATO Nº 253, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.
RESOLVE:
10
Apresentação
Este Manual é fundamentado no seguinte marco legal: Lei Federal
de Licitações e Contratos nº 8.666/1993, Lei Federal de Proteção
Ambiental nº 6.938/1981; Resoluções CONAMA nºs 001/1986 e
237/1997; Resolução CONFEA nº 361/1991 e Decisão Normativa/
CONFEA nº 34/1990; Lei Estadual de Licitações e Contratos nº
9.433/2005; Decretos Estaduais nos 9.534/2005 e 12.366/2010.
11
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
12
1 CONCEITOS ESSENCIAIS
Este manual, além de utilizar conceitos legais, a exemplo do
estabelecido ao longo das Leis Federais nºs 8.666/93 e 6.938/81,
valeu-se de conceitos de domínio público e de entidades
representativas da área. Eles são apresentados em duas sessões:
na primeira, denominados como essenciais, assim considerados
por se constituírem nos mais elementares e estruturantes para
a realização da auditoria, e no glossário, onde são apresentados
outros conceitos, subdivididos por tipologia de obras, de forma
mais detalhada e minuciosa, resvestidos de igual importância
para a auditoria.
14
equipamentos e definir as quantidades e os custos de serviços
e fornecimentos de tal forma a ensejar a determinação do custo
global da obra com precisão de mais ou menos 15%.
construtivos, materiais a empregar e suas instalações provisórias,
e de modo a permitir a fácil elaboração do Projeto Executivo.
15
QUADRO 1 - Elementos Técnicos do Projeto Básico (continuação)
Elementos Técnicos Descrição
Avaliação do custo total da obra, tendo como base preços dos
insumos praticados no mercado ou valores de referência e
levantamentos de quantidades de materiais e serviços obtidos a
partir do conteúdo dos elementos anteriores, sendo inadmissíveis
apropriações genéricas ou imprecisas, bem como a inclusão de
4 Orçamento
materiais e serviços sem previsão de quantidades.
O orçamento deverá ser lastreado em composições de custos
unitários e expresso em planilhas de custos e serviços,
referenciadas à data de sua elaboração.
O valor do BDI (Bonificação e Despesas Indiretas) considerado para
compor o preço total deverá ser explicitado no orçamento.
A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e deve
conter, no mínimo:
• discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade,
4.1 Planilha de Custos
custo unitário e custo parcial;
e Serviços
• custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais
de cada serviço e/ou material;
• nome completo do responsável técnico, seu número de registro
no CREA e assinatura.
Cada composição de custo unitário define o valor financeiro a ser
despendido na execução do respectivo serviço e é elaborada com
base em coeficientes de produtividade, de consumo e
aproveitamento de insumos e seus preços coletados no mercado,
devendo conter, no mínimo:
4.2 Composição de
• discriminação de cada insumo, unidade de medida, sua
Custo Unitário de
incidência na realização do serviço, preço unitário e custo
Serviço
parcial;
• custo unitário total do serviço, representado pela soma dos
custos parciais de cada insumo.
Para o caso de se utilizarem composições de custos de entidades
especializadas, a fonte de consulta deve ser explicitada.
Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem
5 Cronograma físico-
executados ao longo do tempo de duração da obra,
financeiro
demonstrando, em cada período, o percentual físico a ser
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16
A Resolução CONFEA nº 1.025/09 e a Lei Federal
desde que autorizado pela Administração, ou seja, é o
detalhamento no nível máximo do projeto básico, com os
elementos necessários à realização do empreendimento.
1.6 FISCALIZAÇÃO
1
Art. 43, da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006.
17
A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades que se utilizem de recursos
ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores,
bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão
estadual competente2.
18
O projeto básico só deve ser elaborado quando a LL
já estiver autorizada e atestada a viabilidade
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento das exigências constantes das licenças anteriores
e estabelecimento das condições e procedimentos a serem
observados para essa operação.
19
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20
2 METODOLOGIA DE TRABALHO
contratação e execução.
21
Coordenadorias de Controle Externo (CCEs), abrangendo todos
os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta
Estadual.
22
Administração, Engenharia, e com habilidades correlatas, não
sendo necessário que cada integrante da mesma possua
individualmente cada uma dessas habilidades.
Contabilidade, Economia e Administração de Empresas –
executam atividades relacionadas à verificação das operações
financeiras e orçamentárias da obra e à comprovação de seus
registros.
4
A Resolução nº 53, de 23/07/2011, determinou a adoção das NAGs pelo TCE.
23
2205.3 – As normas que recomendam agir com o devido zelo
profissional também têm aplicação, nessas situações, para a
manutenção da qualidade do trabalho.
5
Desenvolvidos basicamente para obras de edificações (construção e reforma).
24
3 ORIENTAÇÕES GERAIS
Assim, a equipe deverá obter, no mínimo, informações sobre o
ambiente de controle do órgão/entidade responsável pela obra/
serviços de engenharia; sobre os projetos arquitetônicos e
complementares, cadernos de encargos, quantitativo de serviços,
especificações de materiais e serviços (planejamento técnico);
cronograma físico, planilhas orçamentárias, cronograma
financeiro, o estágio em que a obra se encontra; a empresa
contratada; a existência ou não de convênios; a verificação do
prazo de conclusão dos serviços e sobre a execução financeira-
orçamentária.
25
Em suma, nesta fase da auditoria, a equipe deverá obter o maior
número possível de informações sobre a obra, de modo a poder
programar as atividades de campo ainda no escritório.
6
Adaptação dos itens constantes do Roteiro de Fiscalização de Obras de Edificações do
TCU.
26
parágrafo único do art. 26 da Lei no 8.666/93 e art. 65, § 30 da
Lei Estadual no 9.433/05;
• todos os documentos relativos ao projeto básico, conforme
ordem de serviço para o início das obras;
• alvará de construção;
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), dos projetos e
da obra;
• contratos e termos aditivos;
• documentação relativa ao convênio, se for o caso;
• cronograma físico-financeiro;
• memorial descritivo e especificações de materiais e de
serviços;
• eventuais alterações de projeto ou de especificações com
respectivas análises técnicas e autorizações;
• relatórios e pareceres técnicos;
• laudos de verificação;
• adequação ao art. 16 § 4º, inciso I da Lei de Responsabilidade
Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000);
• relação das fontes de recursos com respectivas datas e
valores;
• relatórios de medições (boletins de medição);
• diário de ocorrências (ou de obras), previsto no § 1º do art. 67
da Lei Federal no 8.666/93, inciso I do art.154 da Lei Estadual
no 9.433/05 e Resolução Federal no 1.024/09;
• termos de recebimento (provisório e definitivo), conforme o
disposto no inciso I do art. 73 da Lei Federal no 8.666/93 e
arts.161 e 165 da Lei Estadual no 9.433/05;
27
• notas fiscais e faturas de pagamento com atesto do
responsável;
• comprovantes de recolhimento das contribuições de INSS e
FGTS e demais tributos pertinentes, a fim de elidir a
responsabilidade solidária da contratante definida no art. 71
da Lei Federal no 8.666/93; art.159 da Lei Estadual no 9.433/
05;
• habite-se, se for o caso.
28
3.1 AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO
dos recursos, a suficiência, oportunidade e confiabilidade das
informações, o uso econômico e eficiente dos recursos, o
direcionamento aos planos, políticas, procedimentos, leis e
regulamentos, e o cumprimento das metas e objetivos. Portanto,
ao efetuar o acompanhamento, o auditor deverá verificar, entre
outros aspectos, que o controle interno torne efetivo o modo de:
29
3.2 ANÁLISE DO EDITAL/LICITAÇÃO
• minuta do contrato;
• planilha orçamentária;
• projeto básico e/ou executivo, com todos os projetos,
especificações e outros complementos necessários e
suficientes para assegurar uma adequada contratação.
30
os com os praticados no mercado à época da licitação. Tais
inferências devem estar suportadas em revistas especializadas,
em tabelas de uso consagrado (Editora PINI, SINAPI/SICRO, FGV).
Os projetos são elaborados geralmente em três etapas
sucessivas, a saber:
7
Espécie de estudo preliminar contendo um esboço e diretrizes a serem observadas
para obras/serviços de engenharia.
31
3.3.2 Análise do Projeto Básico
• segurança;
• funcionalidade e adequação ao interesse público;
• possibilidade de emprego de mão de obra, materiais,
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
32
3.3.3 Análise do Projeto Executivo
as fases de projeto básico e projeto executivo, pois indicam alta
possibilidade de deficiência no primeiro e alteração do objeto
licitado.
33
precisão e clareza os objetivos e elementos necessários à
elaboração do programa do projeto”, assim como “dispor do local
desembaraçado física e legalmente, em tempo hábil, necessário
para o início e desenvolvimento do empreendimento”.
8
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos
sistemas e meios de comunicação , por pessoa portadora de deficiência ou com
34
executados, só mencionando o tipo e seu respectivo custo. O
segundo contempla a composição destes, estabelecendo quais
são os insumos necessários à realização dos mesmos, os
macroindicadores, tais como o Custo Unitário Básio (CUB) do
Sinduscon, indicadores de referência de preços existentes no
mercado como o SINAPI da Caixa Econômica Federal, tabelas da
Editora PINI, indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), etc.,
além de indicadores divulgados por determinados órgãos (o
Ministério da Saúde, por exemplo, divulga o preço previsto para
obras de unidades de saúde), ou pela comparação com o preço
de obras semelhantes.
35
e caso a análise preliminar indique a possibilidade de sobrepreço,
deve-se proceder à análise do orçamento sintético, a fim de se
localizar em qual serviço está a divergência.
36
Por fim, vale ressaltar que essa análise pode ser
significativamente simplificada se for feita a partir de uma Curva
ABC do orçamento, visto que, em geral, 20% dos itens dos mais
da superestimativa do coeficiente de utilização dos insumos ou
do próprio preço desses insumos.
37
É altamente desejável que o orçamento da contratada
apresente a composição analítica do BDI, sendo
importante orientar os órgãos licitantes que ainda
não o fazem a inserir essa exigência nos editais de
licitação.
9
Cartilha de obras públicas – Tribunal de Contas da União (TCU).
38
Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as
condições para a execução, expressas em cláusulas que definam
Esse procedimento consiste em aferir a conformidade das obras
às normas técnicas, à legislação vigente e aos termos do edital
e do contrato (projetos, planilhas orçamentárias, especificações
de materiais e de serviços, cronogramas físico e financeiro,
aditivos, etc.), bem como aferir o desempenho na execução dos
serviços e propor ações corretivas, visando assegurar que os
objetivos organizacionais e os planos estabelecidos para
alcançá-los sejam cumpridos.
39
Para efeito de medição e pagamento, só poderão ser
considerados os serviços e obras efetivamente executados
pelo contratado e aprovados pela fiscalização, respeitadas
a rigorosa correspondência com o projeto, as modificações
expressas e previamente aprovadas e as planilhas
orçamentárias pertinentes à obra.
3.6.1 Fiscalização
40
necessária ao acompanhamento e controle dos serviços
relacionados com o tipo de obra que está sendo executada. Os
fiscais poderão ser servidores do órgão, ou, no caso de
realizados em relação ao licitado, especialmente em contratos
por preços unitários, o que acarretará superfaturamento ou, no
mínimo, pagamentos antecipados.
41
3.6.2 Execução Física do Contrato
10
Normas de Segurança de Higiene do Trabalho – NR 18 e outras equivalentes.
42
Também deverá ser observado se, após o recebimento provisório,
o servidor, ou comissão designada pela autoridade competente,
recebeu definitivamente a obra, mediante termo circunstanciado,
O auditor deve ter em vista que o recebimento provisório ou
definitivo não exclui a responsabilidade civil do construtor pela
solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional
pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites
estabelecidos pela lei ou pela avença, visto que, conforme o art.
618 da Lei n0 10.406/02 (Código Civil), a coisa recebida em virtude
de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
ocultos, que tornem impróprio ao uso a que é destinado ou lhe
diminuem o valor.
43
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
44
4 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
• contrato de execução dissonante do contrato de
financiamento ou termo de convênio, especialmente quanto
a valores e indexadores;
• empresas vencedoras do processo licitatório sem habilitação
exigida;
• ausência de registros cadastrais das empresas licitantes;
• ausência de plano de trabalho relativo à execução de
convênio;
• plano de trabalho relativo a convênios pouco detalhado;
• recursos repassados com atraso em relação ao pactuado,
sem atentar para a subsequente alteração de metas;
• desvio de finalidade no emprego dos recursos;
• projeto básico em desacordo com a legislação (tecnicamente
incompleto ou sem o necessário orçamento detalhado);
• projeto básico em desacordo com o objeto contratado
(especialmente preços e quantidades);
• direcionamento da licitação (por meio de critérios de
julgamento ou exigências de capacidade técnica impróprios,
ou preço-base sigiloso);
45
• superfaturamento, através de:
9 preços contratados superiores aos praticados pelo
mercado;
9 alteração de especificações previstas no projeto, sem
justificativa;
9 ausência de orçamentos detalhados;
9 quantitativos superestimados;
9 BDI elevado em relação ao praticado no mercado à mesma
época;
9 jogo de preços (elevação dos custos dos serviços iniciais,
de modo a se obter o lucro pretendido nas primeiras fases
da obra);
9 preços unitários elevados de serviços sujeitos a
acréscimos por aditivo;
9 supressão de serviços com baixo preço unitário;
9 negociação ardilosa para a definição de preços de
serviços extra-contratuais;
9 medição de quantitativos elevada (incompatíveis com o
volume aplicado e/ou com os equipamentos utilizados);
9 pagamentos de serviços de forma diferente do previsto
originalmente (escavação de material de 3ª categoria,
quando o previsto era de 1ª categoria, por exemplo);
9 custo direto dos insumos superestimado;
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
46
9 pagamento em prazo anterior ao estipulado no contrato
sem a devida compensação financeira;
O Anexo apresenta de forma sistematizada os principais achados,
suas causas, critérios, efeitos e riscos envolvidos.
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Tribunal de Contas do Estado da Bahia
48
GLOSSÁRIO
em quatro partes: licitações e execução dos contratos; obras
em geral; obras rodoviárias; e obras de infraestrutura de água e
saneamento.
49
própria composição. Alguns comentários quanto aos seus
principais componentes são abaixo apresentados:
50
empreiteira pagou pelos insumos adquiridos para
utilização em determinado período (num mês, por exemplo)
e a data em que receberá da Administração a fatura
outros isentam as obras públicas desse recolhimento.
51
9 Seguros: valores pagos às seguradoras, especialmente
contra acidentes da construção civil. Também
denominado de seguros de engenharia, podem ser
estimados por meio de uma consulta a qualquer uma
delas, e variam conforme o tipo, localização e valor da
obra.
52
acabamento) e conforme uma “cesta básica” de insumos,
cujos preços são pesquisados a cada mês. Sua metodologia
de cálculo está definida na norma NB 12.721 da ABNT, e é
itens que dela fazem parte e que não estão contempladas
na composição do CUB.
53
programa de necessidades, bem como de eventuais
condicionantes do contratante.
54
9 Empreitada por Preço Unitário: quando se contrata a
execução da obra ou serviço por preço certo de unidades
determinadas, por ex.: m2, m3, Kg etc. (não se pode
além de todas as etapas da obra, os serviços e instalações
necessárias para sua entrada em operação (é importante
verificar, nesse caso, se não foi ferido o princípio da
economicidade).
55
¾ Obras e Serviços de Grande Vulto: aqueles cujo valor
estimado seja superior a 25 vezes o limite máximo para a
modalidade de licitação “tomada de preços”.
56
amostra de macadame padronizada, conforme as normas
do ensaio.
energias padronizadas.
57
9 Ensaio de Penetração: determinação da consistência de
um material betuminoso, expressada pelo cumprimento
de uma agulha padrão que penetra verticalmente no
material, em condições determinadas de peso, tempo e
temperatura.
58
dimensionamento e integrante do pavimento que, por
circunstâncias técnico-econômicas, será executada sobre
o greide de regularização projetado.
9 Revestimento: camada destinada a receber diretamente
a ação do trânsito, devendo ser, tanto quanto possível,
impermeável, resistente ao desgaste e suave ao
rolamento.
59
9 Aterros: segmentos da rodovia cuja implantação requer
a importação de material.
60
9 Obras de Arte: termo utilizado em obras rodoviárias para
designar as estruturas especiais a elas agregadas, tais
como pontes, bueiros e túneis.
destinados a conduzir a água em escoamento superficial
para o interior das galerias subterrâneas.
61
Conceitos relacionados a obras de infraestrutura de água e
saneamento
¾ Esgotamento Sanitário
62
saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/
enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se
• Valor de oxidação – reator biológico aeróbico de formato
característico que pode ser utilizado para qualquer variante
do processo de lodos ativados que comporte um reator em
mistura completa.
63
Em alguns aterros há laboratórios para tratamento
microbiológico de resíduos líquidos, procedendo-se à
reinoculação no aterro. Esse método é conhecido como
bioremediação e pode reduzir em até 50% a vida média de
degradação dos resíduos sólidos depositados. A disposição
adequada dos resíduos está presente em apenas 10% das
situações.
usina de compostagem.
64
• Usina de compostagem – instalação industrial especializada
onde se processa a transformação do lixo em composto
orgânico para uso agrícola.
reduzindo seu peso e volume, em forno especialmente
projetado para tal.
65
barragens ou mesmo diretamente em rios ou lagoas.
Classificadas em águas de lençol freático e águas de
lençol confinado.
66
9 Emissário: canalização destinada a conduzir os esgotos
à estação de tratamento ou, na inexistência deste, ao
local de lançamento.
manutenção. É utilizado nos seguintes casos: encontro
de mais de dois trechos do coletor; encontro que exige
colocação de tubo de queda (devido à mudança do nível
da canalização); quando a profundidade é maior que 3,00
m; onde há mudança de diâmetro de tubulação.
67
9 Tratamento convencional: quando a água bruta passa
por tratamento completo em ETA antes de ser distribuída
à população. Uma ETA compõe-se basicamente de casa
de química, grades, floculadores, decantadores, filtros,
correção de pH, desinfeção (cloração) e fluoretação.
11
Produtos químicos mais utilizados na fase de coagulação: alcalinizantes, argila, cal
hidratada, cal virgem, carbonato de sódio, cloreto férrico, coagulantes, hidróxido de
sódio, polieletrólitos, sílica ativada, sulfato de alumínio, sulfato férrico, sulfato
68
9 Floculação: é o processo pelo qual as partículas em
estado de equilíbrio eletrostaticamente instável no seio
da massa líquida são forçadas a se movimentar, a fim de
diminuindose a velocidade de escoamento das águas,
reduzem-se os efeitos da turbulência, provocando a
deposição das partículas. Com relação ao sistema de
limpeza e lavagem no decantador tem-se a manual,
hidráulica e mecanizada.
70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Manual Fiscalis Execução
Obras. Brasília: TCU/Secretaria Geral de Controle Externo, 2010.
71
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Contas do Estado. Sistema para
Controle de Obras Públicas. Porto Alegre, 2004.
72
Manual de Auditoria de Obras Públicas
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM
OBRAS PÚBLICAS
73
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
CONTROLE INTERNO
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
Decreto Federal no. Cobranças de multas, juros e
1.Ausência de retenção
3.000/1999, Erro de processamento da despesa. outros encargos por atraso pelos
de Imposto de Renda
art. 647. órgãos de fiscalização federal.
75
Manual de Auditoria de Obras Públicas
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ANEXO
76
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
CONTROLE INTERNO
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
Decreto Federal no. Cobranças de multas, juros e
1.Ausência de retenção
3.000/1999, Erro de processamento da despesa. outros encargos por atraso pelos
de Imposto de Renda
art. 647. órgãos de fiscalização federal.
77
Manual de Auditoria de Obras Públicas
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
78
ANÁLISE DO EDITAL
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
6.Ausência de Orçamento da entidade; Decisões gerenciais sem suporte técnico. Execução de projetos fora das
o.
estudos de Lei Estadual n 7.799/01 normas e padrões exigíveis;
o
viabilidade e de Lei Federal de Licitações n
planejamento dos 8.666/93, art. 73 Não utilização do bem, seja por
o
projetos Lei Estadual de Licitações n desinteresse das comunidades, que
o 9.433/05, art.161,item b seriam potencialmente atendidas
art. 69 e 157 com o projeto, ou por inexistência de
demanda;
Fraude.
o
8.Ausência ou Decreto Estadual n Deficiência de controle interno; Sobrepreço ou superfaturamento.
desatualização de 9.534/05 Ausência de parâmetro para fixação dos
preço de Lei Federal de Licitações nº critérios de aceitabilidade de preços globais
referência. 8.666/93, art. 43, IV e unitários.
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
ANÁLISE DO EDITAL
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
9.Ausência dos valores Decreto Estadual no Deficiência de controle Sobrepreço ou superfaturamento.
unitários nas planilhas 9.534/05 interno;
orçamentárias. Ausência de parâmetro
para fixação dos critérios
de aceitabilidade de
preços globais e unitários.
Alteração de insumos/serviços durante a execução;
79
Manual de Auditoria de Obras Públicas
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
80
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
ANÁLISE DO EDITAL
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
Lei Federal de Licitações Favorecimento por parte
nº 8.666/93,art. 7º, § da Administração a
5º. determinada empresa Desobediência aos princípios da isonomia e da
11.Definição de marca na Lei Estadual de fornecedora; economicidade, com possibilidade de ocorrer dano
planilha orçamentária. Licitações nº Utilização de material ao Erário, uma vez que o preço do produto
9.433/05,art. 12º, inadequado. definido pode ser superior ao dos outros similares.
III,“art. 12 , art.31,§ 6º.
81
da execução
82
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
ANÁLISE DO CONTRATO
Lei Federal de Licitações nº Deficiência de controle Impossibilidade de assegurar o fiel cumprimento das
4.Ausência de entrega da
8.666/93, art. 56 interno; obrigações contratuais;
garantia no ato da o
Lei Estadual de Licitações n Imperícia da comissão Prejuízos ao Erário com possibilidade de ressarcimento
assinatura do contrato.
9.433/05. art. 136 de licitação reduzida.
o
Lei Federal de Licitações n
5.Ausência de entrega da
8.666/93, art. 56 Deficiência de controle Prejuízos ao Erário com possibilidade de ressarcimento
garantia durante toda a o
Lei Estadual de Licitações n interno. reduzida ou nula.
execução do contrato.
9.433/05, art. 136
83
Anexo Único, item 1.5, inciso II
84
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
ANÁLISE DO CONTRATO
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
Interdição/embargo da obra por descumprimento
Resolução CONAMA nos 01/86 Deficiência de legal;
8.Início das obras sem
e 237/97 controle interno;
as devidas licenças
Atraso no cronograma e aumento dos custos da obra;
ambientais de
Jurisprudência TCU Acórdão Intempestividade na
instalação e de
516/2003- TCU - Plenário, solicitação da Licença. Readequação de projetos com necessidade de
operações.
subitem 9.2.3.2 alterações significativas decorrentes de novas
condicionantes.
Utilização de materiais de baixa qualidade com
Inadequada
o consequente redução da vida útil do
Lei Federal de Licitações n qualificação técnica
9.Ausência de 0 empreendimento;
8.666/93 art. 40, § 2 , I de pessoal;
especificações de
materiais e de serviços Superfaturamento dos serviços por utilização de
Lei Estadual de Licitações nº Projetos Básicos
da obra. materiais convenientes ao interesse da contratada,
9.433/05, art. 81,IV. deficientes ou
em detrimento da qualidade.
incompletos.
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Tribunal de Contas do Estado da Bahia
ANEXO
ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
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EXECUÇÃO DA OBRA OU SERVIÇO
6.Ausência do alvará de Lei Municipal, nº 3.903/98, Deficiências na gestão e na fiscalização; Embargo da obra pela prefeitura municipal;
reforma / construção. art. 16 II,III,IV, no caso de Deficiência de controle interno;
Salvador. Intempestividade na solicitação da Acréscimos nos custos do empreendimento.
referida autorização à Prefeitura.
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Tribunal de Contas do Estado da Bahia
ANEXO
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ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
EXECUÇÃO DA OBRA OU SERVIÇO
Medições inadequadas;
Ausência de fiscalização do órgão
Fraude/dano ao Erário;
9.Ausência dos Cláusula dos termos do Contrato executor;
o Impossibilidade de confrontar os valores pagos
Boletins de Medição Lei Federal de Licitações n 8.666/93 Deficiência de controle interno.
com as quantidades efetivamente executadas.
Sistema SINAPI/SICRO da
Improbidade administrativa;
Caixa Econômica Federal
Ausência de técnicos especializados
14.Superfaturamento Tabelas de custos de órgãos
em orçamentação (Engenharia de Prejuízos ao Erário.
ou sobrepreço públicos estaduais,
Custos), nos quadros de pessoal dos
indicadores da FGV ou da
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entes públicos.
editora PINI
ANEXO
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ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
EXECUÇÃO DA OBRA OU SERVIÇO
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Atrasos na concessão de licenças.
ANEXO
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ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS
RECEBIMENTO DA OBRA OU SERVIÇO
CONDIÇÃO FONTES DE CRITÉRIO CAUSAS EFEITOS/RISCOS
ABNT Associação
Brasileira de Normas
5.Não apresentação Técnicas Falta do atesto e registro das modificações
Fiscalização ineficiente.
do “As Built” ocorridas durante a execução dos serviços.
NBR 14.645-1 de
2000.