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ANOS 2014–2017
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Direito Fácil – 2014 a 2017
Direito Fácil
EXPEDIENTE
Administração Superior
Adriana Jobim
Assessora
Textos explicativos
Bruno Eustáquio Arantes – ACS
Ilustrações
Marina Bousquet Ofugi – ACS
Publicação
Arte da capa
Marina Bousquet Ofugi – ACS
ANOS 2014–2017
Apresentação
D
esde de 2014, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
2016 foi criada uma página no site do Tribunal para facilitar o acesso
ACS
#DireitoFacil
Índice Alfabético
A C
Abandonar Recém-Nascido é Crime 382 Arrependimento Posterior 438 Cambismo 26 Conspurcação 286
Abandono de Pessoa com Deficiência 360 Audiência de Custódia 200 Cartel 222 Corrupção Ativa 48
Abuso de Autoridade 24 Autoacusação Falsa 302 Caso Fortuito e Força Maior 92 Corrupção Passiva 50
Abuso de Confiança 62 Autoria/Participação 34 Circunscrição Judiciária 102 Crianças em Baile de Carnaval 268
Acareação 466 Autorização para Viagem de Menores Desacompanhados 240 Codicilo 114 Crime contra Segurança Nacional 386
Adulteração de Quilometragem
Advocacia Administrativa
452
448
B Comunicação Falsa de Crime
Conciliação
350
60
Crime de Usura 490
Alteração de Resultado de Evento Esportivo 346 Beijar à Força 110 Conciliação 486
Animais no Direito Brasileiro 164 Bens Fungíveis x Bens Infungíveis 130 Concussão 52
Apropriação Indébita 148 Brincar e se Divertir são Direitos Fundamentais 370 Condenado não Pode Votar 44
Área de Preservação Permanente 182 Bullying 280 Condicionamento de Atendimento Médico-Hospitalar Emergencial 310
Das Medidas Protetivas de Urgência 120 Dispensa Legal de Licitação 228 Falsidade Ideológica 332 Imputabilidade Penal 334
De Cujus 54 Divulgação de Pornografia Infantil 278 Falsificação de Alimentos 390 Incêndio 322
Delação Premiada 42 Do Atendimento pela Autoridade Policial 124 Falso Testemunho ou Falsa Perícia 96 Incitação ao Crime 304
Denunciação Caluniosa 284 Fiança 16 Indicar Quantidade Menor do que a Verdadeira em Produto é Crime 420
Desacato 22
494
Induzimento a Erro Essencial
462
Desobediência 354 É Proibido Fumar 180 Fraude Processual 352 Infanticídio 126
Detetive Particular 430 Embaraçar Investigação 478 Furar Poço sem Autorização 410 Injúria Racial 484
Diferença entre Saidão e Indulto 72 Estado de Perigo 40 Grilagem 468 Injúria, Difamação e Calúnia 28
Direito à Informação 94 Estatuto da Pessoa com Deficiência 192 Horário de Mandados Judiciais 218 Invasão de Área Pública 172
Direito de Resposta 216 Exploração de Prestígio 482 Invasão ou Tumulto em Local Restrito a Atletas 344
Juizado Especial Criminal 58 Maus Tratos com Idoso 472 Perigo de Contágio Venéreo 378 Rebelião de Presos 398
Juizados Especiais Cíveis 68 Medidas Cautelares Diversas da Prisão 314 Petição Inicial: Onde Tudo Começa 64 Receptação 30
Jurisprudência X Precedente 160 Monitoração Eletrônica: Fiscalização de Presos a Distância 414 Porte de Drogas para Uso Pessoal 176 Receptação Culposa 20
Lavagem de Dinheiro 358 Montagem de Vídeo Sexual com Menores 474 Posse X Porte de Arma 170 Reclusão X Detenção X Prisão Simples 204
Lei de Execuções Penais 408 Motivo Torpe X Motivo Fútil 144 Precatória e Rogatória 194 Residência e Domicílio 140
Lei do Silêncio 272 Multa por Atraso 380 Precatórios 134 Resistência 372
Lei Seca 84 Múnus Público 306 Presas Grávidas 428 Responsabilidade de Sites de Venda 244
Liberdade Provisória, Relaxamento da Prisão e Revogação da Prisão 368 Não Há Eleições Municipais no DF 364 Preso Provisório 396 Responsabilidade do Dono do Animal 356
Limite da Janela do Vizinho 264 Obrigação Alimentar dos Avós 168 Prevaricação 300 Responsabilidade do Morador 336
Limpeza e Segurança dos Estádios 348 Omissão de Socorro 308 Princípio da Insignificância 138 Revelia 470
Livramento Condicional 36 Overbooking 252 Prisões Cautelares 234 Roubo e Furto 292
Segredo de Justiça e Sigilo 38 Testamento 258 Venda de Fogos para Menores 248
Segurança nos Locais de Eventos Esportivos 340 Tombamento 422 Vender Bebida Alcoólica para Menor é Crime 166
Subtração de Criança 464 Tutela X Curatela 190 Violação de Direito Autoral – Fotografia 488
Suspensão Condicional da Pena – SURSIS 416 União estável 152 Violação do Segredo Profissional 330
Suspensão Condicional do Processo 256 Urinar na Rua 106 Violência Financeira contra Idoso é Crime 198
Fiança
C
om as alterações trazidas pela Lei 12.403/11 a fiança pas-
conceder.
de fiança.
Vias de Fato
T
ART. 21. Praticar vias de fato contra alguém:
rata-se de infração penal que ameaça a integridade fí-
PENA – prisão simples, de quinze dias a
sica através da pratica de atos de ataque ou violência três meses, ou multa, de cem mil réis a
um conto de réis, se o fato não constitui
lesão corporal.
Decreto-Lei 3.688.
Receptação Culposa
O
ART. 180. Adquirir, receber, transportar, condu-
crime de receptação, em breve resumo, pode ser en- zir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de
tendido com o ato de receber algo que seja produto de crime, ou influir para que terceiro, de
boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
crime. No caso da receptação culposa, definida no § 3º do ar-
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
RECEPTAÇÃO QUALIFICADA
à origem da coisa, que possivelmente tenha origem criminosa,
§ 1º Adquirir, receber, transportar, conduzir,
mas a pessoa preferiu ignorar. Mesmo havendo algum indicio ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, vender, expor à venda,
de que a coisa seja produto de crime a pessoa não se preocupa ou de qualquer forma utilizar, em pro-
veito próprio ou alheio, no exercício de
Desacato
D
DESACATO
esacatar pode ser entendido como faltar com o res-
ART. 331. Desacatar funcionário público no exercí-
peito ou afrontar. O crime de desacato ocorre quando cio da função ou em razão dela:
seu trabalho.
Abuso de Autoridade
A
ART. 3º Constitui abuso de autoridade qualquer E) levar à prisão e nela deter quem quer
s punições para o crime de abuso de autoridade podem atentado: que se proponha a prestar fiança, permiti-
da em lei;
ocorrer em três esferas; 1) Administrativa, que pode va- A) à liberdade de locomoção;
F) cobrar o carcereiro ou agente de autorida-
B) à inviolabilidade do domicílio; de policial carceragem, custas, emolumentos
riar desde advertência até demissão; 2) Civil, cabendo indeni- C) ao sigilo da correspondência; ou qualquer outra despesa, desde que a co-
brança não tenha apoio em lei, quer quanto
D) à liberdade de consciência e de crença;
zação; e 3) Penal, com a possibilidade de multa, detenção de E) ao livre exercício do culto religioso;
à espécie quer quanto ao seu valor;
B) submeter pessoa sob sua guarda ou cus- ART. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos
tódia a vexame ou a constrangimento não desta lei, quem exerce cargo, emprego
autorizado em lei; ou função pública, de natureza civil, ou
C) deixar de comunicar, imediatamente, ao militar, ainda que transitoriamente e
juiz competente a prisão ou detenção de sem remuneração.
qualquer pessoa;
ART. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu
D) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento
de prisão ou detenção ilegal que lhe seja autor à sanção administrativa civil e
comunicada; penal.
Cambismo
C
LEI 10.671/03
ambista é aquele que negocia ingressos, com valores su-
ART. 41-G. Fornecer, desviar ou facilitar a distribui-
periores ao do bilhete, fora das bilheterias. “Cambismo” ção de ingressos para venda por preço
superior ao estampado no bilhete:
é a palavra, informal, utilizada para dar nome ao crime cometi- PENA – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos e multa.
do pelos cambistas. O estatuto do torcedor prevê que a venda
PARÁGRAFO ÚNICO. A pena será aumentada
de ingressos acima do valor estipulado no bilhete é crime. A lei de 1/3 (um terço) até a metade se o
agente for servidor público, dirigente
ainda determina aumento da pena para servidores públicos, ou funcionário de entidade de prática
desportiva, entidade responsável pela
pessoas envolvidas com a organização do evento, emissão, dis- organização da competição, empresa
contratada para o processo de emis-
tribuição ou venda dos bilhetes, dirigentes de entidades espor- são, distribuição e venda de ingressos
ou torcida organizada e se utilizar
C
DOS CRIMES CONTRA A HONRA atingindo sua honra e moral. O exemplo
aluniar é atribuir falsamente crime. Difamar é atribuir mais comum são os xingamentos.
CALÚNIA
fato negativo que não seja crime. Injuriar é atribuir pala- CALUNIAR – é dizer de forma mentirosa que
ART. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a digni-
dade ou o decoro:
alguém cometeu crime. Para a ocorrên-
vras ou qualidades negativas, xingar. cia do crime decalunia é essencial que PENA – detenção, de um a seis meses, ou
haja atribuição falsa de crime. Ex: dizer multa.
que fulano furtou o dinheiro do caixa,
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
sabendo que não foi ele, ou que o di-
nheiro não foi furtado. I– quando o ofendido, de forma reprová-
vel, provocou diretamente a injúria;
ART. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsa-
mente fato definido como crime: II – no caso de retorsão imediata, que
consista em outra injúria.
PENA – detenção, de seis meses a dois
anos, e multa. § 2º Se a injúria consiste em violência ou
vias de fato, que, por sua natureza ou
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo
pelo meio empregado, se considerem
falsa a imputação, a propala ou divulga.
aviltantes:
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
PENA – detenção, de três meses a um ano,
DIFAMAÇÃO e multa, além da pena correspondente à
violência.
DIFAMAR – é tirar a boa fama ou o crédito,
desacreditar publicamente atribuindo § 3º Se a injúria consiste na utilização de
a alguém um fato específico negativo, elementos referentes a raça, cor, etnia,
para ocorrer o crime de difamação o religião, origem ou a condição de pes-
fato atribuído não pode ser considerado soa idosa ou portadora de deficiência:
crime. Ex: Dizer para os demais colegas
PENA – reclusão de um a três anos e
que determinado funcionário costuma
multa.
trabalhar bêbado.
III – na presença de várias pessoas, ou
ART. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato
por meio que facilite a divulgação da
ofensivo à sua reputação:
calúnia, da difamação ou da injúria.
PENA – detenção, de três meses a um ano,
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta)
e multa.
anos ou portadora de deficiência, exceto
INJÚRIA no caso de injúria.
Receptação
I
ART. 180. Adquirir, receber, transportar, condu-
ncorre no crime de receptação aquele que recebe ou guarda zir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de
coisa que sabe ser produto de crime, ou que engane tercei- crime, ou influir para que terceiro, de
boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
ro para receber ou guardá-lo, sem informá-lo da procedência
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
(...)
veio o produto o receptor pode ser punido.
§ 4º A receptação é punível, ainda que des-
conhecido ou isento de pena o autor do
crime de que proveio a coisa.
Improbidade Administrativa
I
mprobidade tem como sinônimo desonestidade e a impro-
Autoria/Participação
A
utor é quem pratica o crime, por exemplo, no caso do ho-
leva ao local onde a vítima para que ele possa matá-lo, ou quem
Livramento Condicional
L
CÓDIGO PENAL – REQUISITOS DO LIVRAMENTO CONDICIONAL tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
ivramento ou liberdade condicional é o benefício que afins, e terrorismo, se o apenado não for
ART. 83. O juiz poderá conceder livramento con-
pode ser concedido a um condenado, que permite o dicional ao condenado a pena privativa reincidente específico em crimes dessa
cumprimento da pena em liberdade até total de sua pena, des- anos, desde que:
PARÁGRAFO ÚNICO. Para o condenado por
I– cumprida mais de um terço da pena crime doloso, cometido com violência
de que preencha as condições e requisitos definidos no artigo se o condenado não for reincidente em ou grave ameaça à pessoa, a concessão
crime doloso e tiver bons antecedentes;
83 do Código Penal e 131 a 146 da LEP. do livramento ficará também subordina-
nado for reincidente em crime doloso; que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir.
III – comprovado comportamento sa-
tisfatório durante a execução da pena, LEI DE EXECUÇÃO PENAL – DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
V– cumprido mais de dois terços da ART. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará
O
ART. 155. Os atos processuais são públicos. Cor-
s atos processuais, em regra, são públicos, porém, al- rem, todavia, em segredo de justiça os
processos:
guns processos correm em segredo de justiça, onde o
I– em que o exigir o interesse público;
acesso aos dados processuais ficam limitados às partes e os IL – que dizem respeito a casamento,
filiação, separação dos cônjuges, con-
seus advogados. versão desta em divórcio, alimentos e
guarda de menores.
Os casos onde o segredo de justiça deve ocorrer estão de-
PARÁGRAFO ÚNICO. O direito de consultar os
finidos no Código de Processo Civil, que define que alguns pro- autos e de pedir certidões de seus atos
é restrito às partes e a seus procurado-
cessos devem sempre observá-lo, mas possibilita que também res. O terceiro, que demonstrar interesse
jurídico, pode requerer ao juiz certidão
possa ser decretado quando houver interesse público. do dispositivo da sentença, bem como
de inventário e partilha resultante do
Estado de Perigo
E
ART. 156. Configura-se o estado de perigo quando
stado de perigo é uma das modalidades de defeito no alguém, premido da necessidade de
salvar-se, ou a pessoa de sua família,
negócio jurídico, está previsto no artigo 156 do Código de grave dano conhecido pela outra
parte, assume obrigação excessivamen-
Civil, e pode ser configurado quando alguém assume obrigação te onerosa.
muito onerosa, acima do normal, para salvar a si mesmo ou PARÁGRAFO ÚNICO. Tratando-se de pessoa
não pertencente à família do declarante,
pessoa de sua família de dano ou prejuízo grave, que é de co- o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
doente, em perigo de vida, que concorda em pagar um valor mui- que cessar a incapacidade.
Delação Premiada
T
rata-se de um acordo entre o acusado e o Ministério Pú-
O
ART. 15. É vedada a cassação de direitos políti-
preso que foi condenado por sentença criminal transita cos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
em julgado, tem como efeito da condenação, a suspen-
III – condenação criminal transitada em
são dos seus direitos políticos ficando impedido de votar ou ser julgado, enquanto durarem seus efeitos;
S
ART. 148. Privar alguém de sua liberdade, median-
ão tratados no mesmo capitulo do Código Penal, como te sequestro ou cárcere privado:
se fossem o mesmo tipo de crime, tanto que a descrição PENA – reclusão, de um a três anos.
tro, o vitima possui maior liberdade de locomoção, por exemplo ou maior de 60 (sessenta) anos;
como se locomover, sua liberdade é mais restrita, por exemplo, de quinze dias.
Os crimes possuem previsão de pena de até três anos, que V– se o crime é praticado com fins libi-
dinosos.
podem ser aumentada até cinco anos nas hipóteses previstas.Por § 2º Se resulta à vítima, em razão de maus-
-tratos ou da natureza da detenção,
fim, a lei prevê que no caso de a vítima sofrer dano físico ou moral grave sofrimento físico ou moral:
em razão do confinamento, a pena pode chegar até a oito anos. PENA – reclusão, de dois a oito anos.
Corrupção Ativa
É
CORRUPÇÃO ATIVA
oferecer vantagem indevida a um funcionário público,
ART. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevi-
em troca de algum tipo de favor ou benefício. O crime da a funcionário público, para determi-
ná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
outro tipo de crime, a concussão. Basta o simples ato de ofere- PARÁGRAFO ÚNICO. A pena é aumentada de
um terço, se, em razão da vantagem
cer a vantagem que o crime é considerado como praticado, não ou promessa, o funcionário retarda
ou omite ato de ofício, ou o pratica
Corrupção Passiva
É
CORRUPÇÃO PASSIVA
a atitude do funcionário público em solicitar ou receber
ART. 317. Solicitar ou receber, para si ou para ou-
vantagem ou promessa de vantagem em troca de algum trem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la,
tipo de favor ou benefício ao particular. Ao contrário da corrupção mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
ativa, esse crime só pode ser praticado por funcionário público. PENA – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)
anos, e multa.
Não é necessário que o particular aceite a proposta, bas-
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se,
ta o simples ato de oferecer é suficiente para que o crime seja em consequência da vantagem ou pro-
messa, o funcionário retarda ou deixa
configurado. Esse crime está previsto no Capitulo I do Código de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
Penal que trata dos crimes praticados por funcionários públi- § 2º Se o funcionário pratica, deixa de
praticar ou retarda ato de ofício, com
cos contra a administração. infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
O funcionário público ainda pode ser punido em caso de
PENA – detenção, de três meses a um ano,
Concussão
É
ART. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou
a atitude de uma pessoa que tem ou vai assumir um indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão
cargo público, e utiliza esse cargo de alguma forma para dela, vantagem indevida:
exigir, para si ou para outro, algum tipo de vantagem indevida. PENA – reclusão, de dois a oito anos, e
multa.
De Cujus
D
e cujus é uma expressão forense que se usa no lugar
Progressão de Regime
T
LEP – LEI 7.210/84
rata-se da mudança de regime de cumprimento de pena,
ART. 112. A pena privativa de liberdade será
de forma gradual, onde o condenado sai de regime mais executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoro-
rigoroso e passa para regime mais leve. A progressão de regime é so, a ser determinada pelo juiz, quando
o preso tiver cumprido ao menos um
um direito garantido a presos que estão em cumprindo pena. Para sexto da pena no regime anterior e
ostentar bom comportamento carcerá-
a concessão do benefício o juiz analisa se o preso preenche os re- rio, comprovado pelo diretor do estabe-
lecimento, respeitadas as normas que
quisitos da lei, uma vez preenchidos, o benefício será concedido. vedam a progressão.
LEI 8.072/90
Os requisitos estão previstos no artigo 112, da LEP que determina o
ART. 2º Os crimes hediondos, a prática da tor-
cumprimento de pelo menos um sexto da pena no regime anterior tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo são insusce-
O
LEI 9.099/95
s Juizados Especiais Criminais são órgãos da Justiça que
ART. 60. O Juizado Especial Criminal, provido
julgam infrações penais de menor potencial ofensivo, por juízes togados ou togados e leigos,
tem competência para a conciliação, o
buscando-se, com rapidez e informalidade, a reparação do dano julgamento e a execução das infrações
penais de menor potencial ofensivo,
sofrido pela vítima, a transação penal, a suspensão condicional respeitadas as regras de conexão e con-
tinência.
do processo e, em último caso, uma possível condenação. PARÁGRAFO ÚNICO. Na reunião de processos,
perante o juízo comum ou o tribunal do
As Infrações penais de menor potencial ofensivo são as júri, decorrentes da aplicação das regras
de conexão e continência, observar-se-
contravenções penais e aqueles crimes cuja pena máxima pre- -ão os institutos da transação penal e
da composição dos danos civis.
vista não ultrapasse a 2 (dois) anos.
ART. 61. Consideram-se infrações penais de me-
As demais regras referentes aos Juizados Criminais estão nor potencial ofensivo, para os efeitos
desta Lei, as contravenções penais e os
previstas do artigo 60 em diante na lei dos Juizados Especiais, crimes a que a lei comine pena máxima
não superior a 2 (dois) anos, cumulada
Conciliação
C
ART. 277. O juiz designará a audiência de conci- PARÁGRAFO ÚNICO. Em causas relativas à famí-
onciliação: É uma forma de solucionar conflitos onde liação a ser realizada no prazo de trinta lia, terá lugar igualmente a conciliação, nos
dias, citando-se o réu com a antecedên- casos e para os fins em que a lei consente
as partes envolvidas aceitam que uma terceira pessoa cia mínima de dez dias e sob advertên- a transação.
cia prevista no § 2º deste artigo, deter-
(neutra), o conciliador, faça o papel orientá-las para chegarem minando o comparecimento das partes.
ART. 448. Antes de iniciar a instrução, o juiz tenta-
rá conciliar as partes. Chegando a acor-
Sendo ré a Fazenda Pública, os prazos
a um acordo. do, o juiz mandará tomá-lo por termo.
contar-se-ão em dobro.
ART. 449. O termo de conciliação, assinado pe-
A conciliação judicial ocorre quando já há um pedido de juiz ser auxiliado por conciliador.
ART. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as dis-
ART. 331. Se não ocorrer qualquer das hipóteses
posições deste Código, competindo-lhe:
solução do problema na justiça, assim, o próprio juiz ou um previstas nas seções precedentes, e ver-
sar a causa sobre direitos que admitam I– assegurar às partes igualdade de
conciliador treinado têm a oportunidade de atuar de forma a transação, o juiz designará audiência tratamento;
ta, mais eficaz e pacifica muito mais. O risco injustiça é muito termo e homologada por sentença. LEI 9.099/95
ART. 447. Quando o litígio versar sobre direitos ART. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios
menor, pois os próprios envolvidos, com ajuda do juiz ou con- patrimoniais de caráter privado, o juiz, da oralidade, simplicidade, informalida-
de ofício, determinará o compareci- de, economia processual e celeridade,
ciliador, definem a solução para o problema, assim, todos saem mento das partes ao início da audiên- buscando, sempre que possível, a conci-
cia de instrução e julgamento. liação ou a transação.
vitoriosos.
centivam a conciliação.
Abuso de Confiança
T
FURTO
rata-se de uma qualificadora, conduta que qualifica o
ART. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa
a vítima confiava, permitia que tivesse acesso aos seus bens, FURTO QUALIFICADO
me em um valor já delimitado, ou seja, define a pena de acordo II – com abuso de confiança, ou median-
te fraude, escalada ou destreza;
com o crime praticado e de modo exato. Diferente da agravante
III – com emprego de chave falsa;
Petição Inicial:
Onde Tudo Começa
A
LEI 5.869/73
petição inicial, como o nome já diz, é primeiro ato para
ART. 282. A petição inicial indicará:
por escrito, onde a pessoa apresenta sua causa perante a Justi- II – os nomes, prenomes, estado civil,
profissão, domicílio e residência do
o provoca a atuar no caso concreto, gerando uma decisão que IV – o pedido, com as suas especificações;
V– o valor da causa;
substitui a vontade das partes. No mundo jurídico são utiliza-
VI – as provas com que o autor pretende
das várias expressões como sinônimos de petição inicial: peça demonstrar a verdade dos fatos alegados;
exordial, peça isagógica, peça introdutória, petitório inaugural, documentos indispensáveis à proposi-
tura da ação.
peça pórtica, peça de ingresso. ART. 284. Verificando o juiz que a petição inicial
não preenche os requisitos exigidos nos
O Código de Processo Civil, em vários artigos determina as arts. 282 e 283, ou que apresenta defei-
tos e irregularidades capazes de dificul-
regras e requisitos para que a petição inicial seja válida e possa tar o julgamento de mérito, determinará
que o autor a emende, ou a complete,
levar o processo adiante. no prazo de 10 (dez) dias.
Além dos requisitos legais, é importante que a peça seja PARÁGRAFO ÚNICO. Se o autor não cumprir
a diligência, o juiz indeferirá a petição
serem assistidos por seus responsáveis, já os totalmente inca- cos, poderá ser dispensada a citação e
proferida sentença, reproduzindo-se o
e associações). A Lei 9.099/95, conhecida como Lei dos Juizados § 2º Caso seja mantida a sentença, será or-
denada a citação do réu para responder
S
ão órgãos do Poder Judiciário que servem para resol-
Valor da causa
vada ao JEC, mas nesse caso, a pessoa teria que renunciar o que
ultrapassar o limite.
A
mbos são benefícios concedidos a sentenciados que
Saidão
e hora determinados.
Indulto
Direito ao Arrependimento de
Compra
Q
ART. 49. O consumidor pode desistir do contra-
uando um produto for comprado fora do estabeleci- to, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do
mento comercial, por exemplo, por telefone ou internet, produto ou serviço, sempre que a con-
tratação de fornecimento de produtos e
o Código de Defesa do Consumidor garante o direito de arrepen- serviços ocorrer fora do estabelecimen-
to comercial, especialmente por telefo-
dimento, conforme artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor. ne ou a domicílio.
Caso a pessoa queira exercer seu direito de arrependimen- PARÁGRAFO ÚNICO. Se o consumidor exerci-
tar o direito de arrependimento previsto
to a lei não exige que o comprador explique porque desistiu neste artigo, os valores eventualmente
pagos, a qualquer título, durante o prazo
da compra, e o vendedor não tem outra opção que não seja a de reflexão, serão devolvidos, de ime-
diato, monetariamente atualizados.
Q
CÓDIGO CIVIL
uando o viajante compra sua passagem ele adquire o
ART. 734. O transportador responde pelos danos
direito de ser transportado até o seu destino, em se- causados às pessoas transportadas e
suas bagagens, salvo motivo de força
gurança, juntamente com sua bagagem. Assim, a empresa de maior, sendo nula qualquer cláusula
excludente da responsabilidade.
transporte fica responsável pela malas despachadas desde o CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
momento do check-in, até o momento da entrega ao dono. ART. 14. O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de
Caso haja algum problema, perda, extravio ou mesmos da- culpa, pela reparação dos danos cau-
sados aos consumidores por defeitos
nos à sua bagagem, a lei garante que o viajante seja indenizado. relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou
Ao identificar alguma ocorrência com sua bagagem, seja inadequadas sobre sua fruição e riscos.
passageiro.
Lei Seca
C
SANÇÃO ADMINISTRATIVA PENAS – detenção, de seis meses a três
om as festas de fim de ano aumenta o número de pes- anos, multa e suspensão ou proibição
ART. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de
de se obter a permissão ou a habilita-
soas que desrespeitam a norma contida no Código de qualquer outra substância psicoativa
ção para dirigir veículo automotor.
que determine dependência.
Trânsito Brasileiro que proíbe o consumo de álcool por condu- INFRAÇÃO – gravíssima; § 1º As condutas previstas no caput serão
constatadas por:
tores de veículos. PENALIDADE – multa (dez vezes) e suspen-
são do direito de dirigir por 12 (doze) I– concentração igual ou superior a 6
A norma ficou conhecida como “lei seca”, e tem como ob- meses; decigramas de álcool por litro de sangue
ou igual ou superior a 3 miligramas de
MEDIDA ADMINISTRATIVA – recolhimento do
jetivo proibir que pessoas dirijam sob a influência de álcool documento de habilitação e retenção do
álcool por litro de ar alveolar;
SANÇÃO PENAL
outros meios de prova em direito admi-
CTB prevê como crime o ato de conduzir veículo automotor sob tidos, observado o direito à contraprova.
ART. 306. Conduzir veículo automotor com capaci-
o efeito de bebida alcoólica ou outra substância psicoativa, a dade psicomotora alterada em razão da § 3º O Contran disporá sobre a equivalência
pena prevista é de detenção, de seis meses a três anos, multa e tância psicoativa que determine depen- ou toxicológicos para efeito de caracte-
dência: rização do crime tipificado neste artigo.
Troca de Produto
A
CDC – LEI 8.078/90
o contrário do que grande parte das pessoas pensam,
ART. 18. Os fornecedores de produtos de con-
as lojas não são obrigadas a trocar um produto optam sumo duráveis ou não duráveis res-
pondem solidariamente pelos vícios de
por fazer as trocas no intuito de agradar e manter o cliente sa- qualidade ou quantidade que os tornem
impróprios ou inadequados ao consumo
tisfeito, comprado ou recebido como presente, porque a pessoa a que se destinam ou lhes diminuam o
valor, assim como por aqueles decor-
não gostou, por causa do tamanho que não deu, ou pela cor rentes da disparidade, com a indicações
constantes do recipiente, da embala-
Na prática, a maioria dos estabelecimentos, mas não há de sua natureza, podendo o consumidor
exigir a substituição das partes viciadas.
obrigação legal. As condições para a troca do produto, assim § 1º Não sendo o vício sanado no prazo má-
ximo de trinta dias, pode o consumidor
como os prazos, podem ser determinadas pelos próprios lojis- exigir, alternativamente e à sua escolha:
tas, desde que as regras sejam claras e sejam informadas pre- I– a substituição do produto por outro
da mesma espécie, em perfeitas condi-
Defesa do Consumidor – CDC, o vendedor é obrigado a substi- § 2º Poderão as partes convencionar a re-
dução ou ampliação do prazo previsto
tuir o produto ou devolver o dinheiro. no parágrafo anterior, não podendo ser
inferior a sete nem superior a cento e
Cabe ressaltar que o CDC prevê o direito de arrependimen- oitenta dias. Nos contratos de adesão, a
cláusula de prazo deverá ser convencio-
to de compra, sem necessidade de justificativa, especificamen- nada em separado, por meio de mani-
festação expressa do consumidor.
te para os casos de compras não presenciais.
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imedia-
to das alternativas do § 1º deste artigo
sempre que, em razão da extensão do
vício, a substituição das partes viciadas
puder comprometer a qualidade ou ca-
racterísticas do produto, diminuir-lhe o
valor ou se tratar de produto essencial.
S
ART. 393. O devedor não responde pelos prejuízos
ão fatos ou eventos imprevisíveis ou de difícil previsão, resultantes de caso fortuito ou força
maior, se expressamente não se houver
que não podem ser evitados, mas que provocam con- por eles responsabilizado.
sequências ou efeitos para outras pessoas, porém, não geram PARÁGRAFO ÚNICO. O caso fortuito ou de for-
ça maior verifica-se no fato necessário,
responsabilidade nem direito de indenização. cujos efeitos não era possível evitar ou
impedir.
mos dizer que o caso fortuito é o evento que não se pode prever
Direito à Informação
O
ART. 6º São direitos básicos do consumidor: ART. 9º O fornecedor de produtos e serviços
direito à informação é direito básico do consumidor e potencialmente nocivos ou perigosos à
III – a informação adequada e clara sobre
visa assegurar, ao mesmo tempo, uma escolha conscien- os diferentes produtos e serviços, com
saúde ou segurança deverá informar, de
te, permitindo que suas expectativas em relação ao produto ou características, composição, qualidade, to da sua nocividade ou periculosidade,
tributos incidentes e preço, bem como sem prejuízo da adoção de outras medi-
ao serviço sejam de fato atingidas, manifestando o que vem sobre os riscos que apresentem; das cabíveis em cada caso concreto.
neira clara, correta e precisa, nos termos definidos pelo Código to industrial, ao fabricante cabe prestar PARÁGRAFO ÚNICO. As informações de que
as informações a que se refere este trata este artigo, nos produtos refrige-
de Defesa do Consumidor. artigo, através de impressos apropriados rados oferecidos ao consumidor, serão
que devam acompanhar o produto. gravadas de forma indelével.
sumidor.
O
ART. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar
Código Penal Brasileiro traz em seu artigo 342 o crime de a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em pro-
falso testemunho ou falsa perícia. Trata-se de condutas cesso judicial, ou administrativo, inqué-
rito policial, ou em juízo arbitral:
contra a administração da justiça e somente pode ser cometido
PENA – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
deixar de falar a verdade quando as referidas pessoas esti- sentença no processo em que ocorreu o
ilícito, o agente se retrata ou declara a
em juízo arbitral.
Adoção Internacional
C
ART. 50. A autoridade judiciária manterá, em parado para a medida, mediante parecer
onforme determina a legislação brasileira – art. 52, §4, IV cada comarca ou foro regional, um elaborado por equipe Inter profissional,
registro de crianças e adolescentes em observado o disposto nos §§ 1º e 2º do
e V, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança condições de serem adotados e outro art. 28 desta Lei.
de pessoas interessadas na adoção.
ou adolescente adotado por casal estrangeiro deverá ser acom- § 2º Os brasileiros residentes no exterior
§ 1º A adoção internacional somente será terão preferência aos estrangeiros, nos
panhada pelas autoridades do país de acolhida por período deferida se, após consulta ao cadas- casos de adoção internacional de crian-
tro de pessoas ou casais habilitados à ça ou adolescente brasileiro.
mínimo de dois anos. Esse acompanhamento é realizado por adoção, mantido pela Justiça da Infân-
§ 3º A adoção internacional pressupõe a
cia e da Juventude na comarca, bem
intervenção das Autoridades Centrais
meio de relatórios enviados semestralmente para a autoridade como aos cadastros estadual e nacional
Estaduais e Federal em matéria de ado-
referidos no § 5º deste artigo, não for
ção internacional.
do país de origem da criança, no caso o Brasil. encontrado interessado com residência
permanente no Brasil. ART. 52. A adoção internacional observará o pro-
A maioria dos casos de adoção internacional é mediada por cedimento previsto nos arts. 165 a 170
ART. 51. Considera-se adoção internacional
desta Lei, com as seguintes adaptações:
organismos internacionais que passam por rigorosos critérios aquela na qual a pessoa ou casal pos-
I– a pessoa ou casal estrangeiro, interes-
tulante é residente ou domiciliado fora
sado em adotar criança ou adolescente
para receberem a autorização para atuar nas adoções. Antes de do Brasil, conforme previsto no Artigo 2
brasileiro, deverá formular pedido de
da Convenção de Haia, de 29 de maio de
habilitação à adoção perante a Auto-
obterem o credenciamento, os organismos são avaliados pela 1993, Relativa à Proteção das Crianças
ridade Central em matéria de adoção
e à Cooperação em Matéria de Adoção
internacional no país de acolhida, assim
Polícia Federal, pelo Ministério das Relações Exteriores, bem Internacional, aprovada pelo Decreto
entendido aquele onde está situada sua
Legislativo 1, de 14 de janeiro de 1999, e
residência habitual;
como pela Autoridade Central Administrativa Federal – ACAF. promulgada pelo Decreto 3.087, de 21 de
junho de 1999. II – se a Autoridade Central do país de
acolhida considerar que os solicitantes
§ 1º A adoção internacional de criança ou
estão habilitados e aptos para adotar,
adolescente brasileiro ou domiciliado
emitirá um relatório que contenha in-
no Brasil somente terá lugar quando
formações sobre a identidade, a capa-
restar comprovado:
cidade jurídica e adequação dos solici-
I– que a colocação em família substituta tantes para adotar, sua situação pessoal,
é a solução adequada ao caso concreto; familiar e médica, seu meio social, os
motivos que os animam e sua aptidão
II – que foram esgotadas todas as pos-
para assumir uma adoção internacional;
sibilidades de colocação da criança
ou adolescente em família substituta III – a Autoridade Central do país de
brasileira, após consulta aos cadastros acolhida enviará o relatório à Autorida-
mencionados no art. 50 desta Lei; de Central Estadual, com cópia para a
Autoridade Central Federal Brasileira;
III – que, em se tratando de adoção de
adolescente, este foi consultado, por IV – o relatório será instruído com toda
meios adequados ao seu estágio de de- a documentação necessária, incluindo
senvolvimento, e que se encontra pre- estudo psicossocial elaborado por equi-
Publicado sábado, 31 de janeiro de 2015
#DireitoFacil 100 Adoção Internacional
pe interprofissional habilitada e cópia Centrais Estaduais e publicação nos da, inclusive quanto à sua composição, § 9º Transitada em julgado a decisão, a
autenticada da legislação pertinente, órgãos oficiais de imprensa e em sítio funcionamento e situação financeira; autoridade judiciária determinará a
acompanhada da respectiva prova de ; próprio da internet. expedição de alvará com autorização
IV – apresentar à Autoridade Central
de viagem, bem como para obtenção
V– os documentos em língua estrangeira § 3º Somente será admissível o credencia- Federal Brasileira, a cada ano, relatório
de passaporte, constando, obrigatoria-
serão devidamente autenticados pela mento de organismos que: geral das atividades desenvolvidas, bem
mente, as características da criança ou
autoridade consular, observados os como relatório de acompanhamento das
I– sejam oriundos de países que ratifica- adolescente adotado, como idade, cor,
tratados e convenções internacionais, e adoções internacionais efetuadas no
ram a Convenção de Haia e estejam de- sexo, eventuais sinais ou traços peculia-
acompanhados da respectiva tradução, período, cuja cópia será encaminhada
vidamente credenciados pela Autoridade res, assim como foto recente e a aposi-
por tradutor público juramentado;
ao Departamento de Polícia Federal; ção da impressão digital do seu polegar
Central do país onde estiverem sediados
VI – a Autoridade Central Estadual pode- e no país de acolhida do adotando para direito, instruindo o documento com
V– enviar relatório pós-adotivo semestral
rá fazer exigências e solicitar comple- atuar em adoção internacional no Brasil; cópia autenticada da decisão e certidão
para a Autoridade Central Estadual, com
mentação sobre o estudo psicossocial de trânsito em julgado.
II – satisfizerem as condições de integri- cópia para a Autoridade Central Federal
do postulante estrangeiro à adoção, já
dade moral, competência profissional, Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira
realizado no país de acolhida;
experiência e responsabilidade exigidas anos. O envio do relatório será mantido poderá, a qualquer momento, solicitar
VII – verificada, após estudo realizado pelos países respectivos e pela Autori- até a juntada de cópia autenticada do informações sobre a situação das crian-
pela Autoridade Central Estadual, a dade Central Federal Brasileira; registro civil, estabelecendo a cidadania ças e adolescentes adotados.
compatibilidade da legislação estran- do país de acolhida para o adotado;
III – forem qualificados por seus padrões § 11. A cobrança de valores por parte dos
geira com a nacional, além do preen-
éticos e sua formação e experiência para VI – tomar as medidas necessárias para organismos credenciados, que sejam
chimento por parte dos postulantes à
atuar na área de adoção internacional; garantir que os adotantes encaminhem considerados abusivos pela Autorida-
medida dos requisitos objetivos e sub-
à Autoridade Central Federal Brasileira de Central Federal Brasileira e que não
jetivos necessários ao seu deferimento, IV – cumprirem os requisitos exigidos
cópia da certidão de registro de nas- estejam devidamente comprovados, é
tanto à luz do que dispõe esta Lei como pelo ordenamento jurídico brasileiro e
cimento estrangeira e do certificado causa de seu descredenciamento.
da legislação do país de acolhida, será pelas normas estabelecidas pela Autori-
expedido laudo de habilitação à adoção de nacionalidade tão logo lhes sejam § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não
dade Central Federal Brasileira.
internacional, que terá validade por, no concedidos. podem ser representados por mais de
§ 4º Os organismos credenciados deverão ainda:
máximo, 1 (um) ano; uma entidade credenciada para atuar
§ 5º A não apresentação dos relatórios re-
na cooperação em adoção internacional.
VIII – de posse do laudo de habilitação, o I– perseguir unicamente fins não lucrati- feridos no § 4º deste artigo pelo orga-
interessado será autorizado a formalizar vos, nas condições e dentro dos limites nismo credenciado poderá acarretar a § 13. A habilitação de postulante estrangeiro
pedido de adoção perante o Juízo da fixados pelas autoridades competentes suspensão de seu credenciamento. ou domiciliado fora do Brasil terá vali-
Infância e da Juventude do local em que do país onde estiverem sediados, do dade máxima de 1 (um) ano, podendo
§ 6º O credenciamento de organismo nacio-
se encontra a criança ou adolescente, país de acolhida e pela Autoridade Cen- ser renovada.
nal ou estrangeiro encarregado de inter-
conforme indicação efetuada pela Auto- tral Federal Brasileira;
mediar pedidos de adoção internacional § 14. É vedado o contato direto de repre-
ridade Central Estadual.
II – ser dirigidos e administrados por sentantes de organismos de adoção,
terá validade de 2 (dois) anos.
§ 1º Se a legislação do país de acolhida pessoas qualificadas e de reconhecida nacionais ou estrangeiros, com diri-
§ 7º A renovação do credenciamento poderá
assim o autorizar, admite-se que os pe- idoneidade moral, com comprovada for- gentes de programas de acolhimento
mação ou experiência para atuar na área ser concedida mediante requerimen-
didos de habilitação à adoção interna- institucional ou familiar, assim como
cional sejam intermediados por organis- de adoção internacional, cadastradas to protocolado na Autoridade Central com crianças e adolescentes em condi-
mos credenciados. pelo Departamento de Polícia Federal e Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias ções de serem adotados, sem a devida
aprovadas pela Autoridade Central Fe- anteriores ao término do respectivo autorização judicial.
§ 2º Incumbe à Autoridade Central Federal
deral Brasileira, mediante publicação de prazo de validade.
Brasileira o credenciamento de orga- § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira
portaria do órgão federal competente;
nismos nacionais e estrangeiros en- § 8º Antes de transitada em julgado a de- poderá limitar ou suspender a conces-
carregados de intermediar pedidos de III – estar submetidos à supervisão das cisão que concedeu a adoção interna- são de novos credenciamentos sempre
habilitação à adoção internacional, com autoridades competentes do país onde cional, não será permitida a saída do que julgar necessário, mediante ato
posterior comunicação às Autoridades estiverem sediados e no país de acolhi- adotando do território nacional. administrativo fundamentado.
Circunscrição Judiciária
O
termo circunscrição significa uma divisão territorial que
lei estadual.
crições.
penal para o ato, assim, não há punição de âmbito criminal III – produtos cujos componentes possam
causar dependência física ou psíquica
para a conduta. ainda que por utilização indevida;
Além do ECA, o decreto – Lei 3.688/41, que trata das con- IV – fogos de estampido e de artifício,
exceto aqueles que pelo seu reduzido
travenções penais, define como contravenção o ato de servir potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utiliza-
bebidas alcoólicas para menores, prevendo uma pena de prisão ção indevida;
Urinar na Rua
O
CÓDIGO PENAL
ato de urinar nas ruas, prática comum durante as festas
ART. 233. Praticar ato obsceno em lugar público,
chamado de ato obsceno, cuja pena é de é de detenção, de ART. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio cons-
purcar edificação ou monumento urbano.
três meses a um ano, ou multa. Todavia, este não parece o
PENA – detenção, de 3 (três) meses a 1
melhor enquadramento, haja vista que o referido crime exige (um) ano, e multa.
época em época.
em seu artigo 65, que pode punir a pessoa que decidir urinar
Beijar à Força
A
CÓDIGO PENAL
Lei 12.015/09 alterou o Código Penal e trouxe nova de-
ART. 213. Constranger alguém, mediante violência
finição para os chamados “crimes contra os costumes”, ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se
em especial ao art. 213 do Código Penal, que trata do delito de pratique outro ato libidinoso:
O novo texto trata dos “crimes contra a dignidade sexual”, § 1º Se da conduta resulta lesão corporal de
natureza grave ou se a vítima é menor
estupro e atentado violento ao pudor, previstos no texto ante- PENA – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze)
anos.
rior, e transforma em delito grave outras ações como os beijos
§ 2º Se da conduta resulta morte:
forçados, mão boba”, puxar cabelo, práticas muito comuns du- PENA – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
anos.
rante o carnaval.
DECRETO-LEI 3.688/41
Segundo as novas normas penais, beijar e agarrar à força, ART. 61. Importunar alguém, em lugar público ou
acessível ao público, de modo ofensivo
“mão boba” e puxar cabelo, são consideradas agressões sexuais ao pudor:
e a pessoa que pratica esses atos pode ser severamente punida. PENA – multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis.
Com a alteração, a redação do artigo 213 determina que ART. 62. Apresentar-se publicamente em esta-
do de embriaguez, de modo que cause
“constranger alguém mediante violência ou ameaça a ter con- escândalo ou ponha em perigo a segu-
rança própria ou alheia:
junção carnal ou a praticar outro ato libidinoso” é punível com
PENA – prisão simples, de quinze dias a
reclusão de seis a dez anos de cadeia. três meses, ou multa, de duzentos mil
réis a dois contos de réis.
O crime de atentado violento ao pudor deixou de existir, e PARÁGRAFO ÚNICO. Se habitual a embriaguez,
o contraventor é internado em casa de
tudo aquilo que era tratado como ato violento ao pudor, agora custódia e tratamento.
Ofensiva ao Pudor.
Codicilo
C
ART. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá,
odicilo é a manifestação de última vontade, de forma es- mediante escrito particular seu, datado
e assinado, fazer disposições especiais
crita, onde a pessoa pode estabelecer disposições para sobre o seu enterro, sobre esmolas de
pouca monta a certas e determinadas
serem cumpridas após a sua morte, que sejam referentes ao pessoas, ou, indeterminadamente, aos
pobres de certo lugar, assim como legar
seu funeral, doações de pequenas quantias em dinheiro, bens móveis, roupas ou jóias, de pouco valor,
de seu uso pessoal.
pessoais moveis, roupas ou objetos de pequeno valor.
ART. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antece-
Parece com um testamento, mas é mais limitado e não exi- dente, salvo direito de terceiro, valerão
como codicilos, deixe ou não testamen-
O codicilo encontra-se previsto nos arts. 1.881 e seguintes dentes revogam-se por atos iguais, e
consideram-se revogados, se, havendo
Violência Patrimonial
A
LEI 11.340/06 presenciar, a manter ou a participar de
Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, traz relação sexual não desejada, mediante
ART. 7º São formas de violência doméstica e
intimidação, ameaça, coação ou uso da
em seu texto diversas formas de violências que podem familiar contra a mulher, entre outras:
força; que a induza a comercializar ou a
I– a violência física, entendida como
ser praticadas contra a mulher. qualquer conduta que ofenda sua inte-
utilizar, de qualquer modo, a sua sexu-
alidade, que a impeça de usar qualquer
gridade ou saúde corporal;
Uma das formas de Valencia tratadas na lei é a violência método contraceptivo ou que a force
patrimonial. Esse tipo de violência, apesar de ser muito comum como qualquer conduta que lhe cause à prostituição, mediante coação, chan-
dano emocional e diminuição da auto- tagem, suborno ou manipulação; ou
no dia-a-dia, tem poucas reclamações registradas pelas vítima. -estima ou que lhe prejudique e per- que limite ou anule o exercício de seus
turbe o pleno desenvolvimento ou que direitos sexuais e reprodutivos;
O texto da referida lei descreve como violência patrimonial vise degradar ou controlar suas ações,
IV – a violência patrimonial, entendida
comportamentos, crenças e decisões,
como qualquer conduta que configure
qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição mediante ameaça, constrangimento,
retenção, subtração, destruição parcial
humilhação, manipulação, isolamento,
ou total de seus objetos, instrumentos
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, do- vigilância constante, perseguição contu-
maz, insulto, chantagem, ridicularização, de trabalho, documentos pessoais, bens,
cumentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econô- exploração e limitação do direito de ir valores e direitos ou recursos econômi-
e vir ou qualquer outro meio que lhe cos, incluindo os destinados a satisfazer
micos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. cause prejuízo à saúde psicológica e à suas necessidades;
autodeterminação;
V– a violência moral, entendida como
Por exemplo, pode caracterizar violência patrimonial o ato III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
qualquer conduta que a constranja a difamação ou injúria.
de o responsável legal, que tem recursos financeiros, deixar de
Da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher
A
LEI 11.340/06
violência doméstica e familiar contra a mulher consiste
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
em toda forma de violência praticada dentro do âmbito ART. 5º Para os efeitos desta Lei, configura vio-
lência doméstica e familiar contra a mu-
familiar. Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e ge- lher qualquer ação ou omissão baseada
no gênero que lhe cause morte, lesão,
ralmente é praticada por um membro da família que viva com a sofrimento físico, sexual ou psicológico
e dano moral ou patrimonial:
vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e
I– no âmbito da unidade doméstica,
A Lei 11.340/06, conhecida como lei Maria de Penha, foi cria- sem vínculo familiar, inclusive as espo-
radicamente agregadas;
da para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, II – no âmbito da família, compreendi-
da como a comunidade formada por
e traz em seu texto uma ampla definição do que configura a indivíduos que são ou se consideram
aparentados, unidos por laços naturais,
violência contra mulher e suas formas de manifestação. por afinidade ou por vontade expressa;
rantidas por lei, às vítimas de violência doméstica, que ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 PARÁGRAFO ÚNICO. O juiz poderá revogar
(quarenta e oito) horas: a prisão preventiva se, no curso do
tem a finalidade de garantir a sua proteção e de sua família. I– conhecer do expediente e do pedido processo, verificar a falta de motivo
e decidir sobre as medidas protetivas de para que subsista, bem como de novo
Por se tratar de medida de urgência a vítima pode solicitar urgência; decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
a medida por meio da autoridade policial, ou do Ministério Pú- II – determinar o encaminhamento da
ofendida ao órgão de assistência judici- ART. 21. A ofendida deverá ser notificada dos
blico, que vai encaminhar o pedido ao juiz. A lei prevê que a au- ária, quando for o caso; atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao in-
III – comunicar ao Ministério Público para
toridade judicial deverá decidir o pedido no prazo de 48 horas. que adote as providências cabíveis.
gresso e à saída da prisão, sem prejuízo
da intimação do advogado constituído
A lei prevê medidas que ensejam obrigações ao agressor, ART. 19. As medidas protetivas de urgência ou do defensor público.
poderão ser concedidas pelo juiz, a
como afastamento do lar, proibição de contato com a ofendi- requerimento do Ministério Público ou a
PARÁGRAFO ÚNICO. A ofendida não poderá
da, bem como medidas que asseguram a proteção da ofendida, § 1º As medidas protetivas de urgência
agressor.
poderão ser concedidas de imediato, DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR
como por exemplo, encaminhá-la junto com seus dependentes independentemente de audiência das
ART. 22. Constatada a prática de violência do-
partes e de manifestação do Ministério
a programa oficial de proteção, determinar a recondução da ví- Público, devendo este ser prontamente
méstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar,
comunicado.
tima ao seu domicílio. de imediato, ao agressor, em conjunto
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão ou separadamente, as seguintes medi-
aplicadas isolada ou cumulativamente, das protetivas de urgência, entre outras:
e poderão ser substituídas a qualquer
I– suspensão da posse ou restrição do
tempo por outras de maior eficácia,
porte de armas, com comunicação ao
sempre que os direitos reconhecidos
órgão competente, nos termos da Lei
nesta Lei forem ameaçados ou violados.
10.826/03;
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Minis-
tério Público ou a pedido da ofendida, II – afastamento do lar, domicílio ou local
ou provisórios.
III – determinar o afastamento da ofen-
§ 1º As medidas referidas neste artigo não dida do lar, sem prejuízo dos direitos
impedem a aplicação de outras previs- relativos a bens, guarda dos filhos e
tas na legislação em vigor, sempre que a alimentos;
segurança da ofendida ou as circunstân-
cias o exigirem, devendo a providência IV – determinar a separação de corpos.
ART. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem cartório competente para os fins previs-
co potencial de sofrê-la, tem direito a atendimento pela ART. 10. Na hipótese da iminência ou da prática
circunstâncias;
A Lei 11.340/06 prevê, nos artigos 10 a 12, o procedimento PARÁGRAFO ÚNICO. Aplica-se o disposto no
IV – determinar que se proceda ao exame
caput deste artigo ao descumprimento de
que a autoridade policial deve seguir ao identificar prática efe- medida protetiva de urgência deferida. de corpo de delito da ofendida e requisi-
Ministério Público; encaminhar a vítima ao hospital, posto de Ministério Público e ao Poder Judiciário; a existência de mandado de prisão ou
Infanticídio
O
DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal Brasileiro prevê em seu artigo 123, o cri-
ART. 123. Matar, sob a influência do estado puer-
me de infanticídio, que se caracteriza quando a mulher, peral, o próprio filho, durante o parto ou
logo após:
sob a influência do estado puerperal, atenta contra a vida de PENA – detenção, de dois a seis anos.
seu filho.
Achado do Tesouro
A
LEI 10.406/02
char um tesouro, segundo o código civil brasileiro, é
DO ACHADO DO TESOURO
uma forma de adquirir a propriedade desse bem, que é ART. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas,
oculto e de cujo dono não haja me-
considerado um bem móvel. mória, será dividido por igual entre o
proprietário do prédio e o que achar o
Para ser possível que o descobridor seja dono do tesouro tesouro casualmente.
são necessários quatro requisitos: o tesouro ser antigo, estar ART. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao pro-
prietário do prédio, se for achado por
escondido, o dono ser desconhecido e o descobridor ter encon- ele, ou em pesquisa que ordenou, ou
por terceiro não autorizado.
B
LEI 10.406/02
ens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos
ART. 85. São fungíveis os móveis que podem
por outros de mesma espécie, qualidade e quantida- substituir-se por outros da mesma es-
pécie, qualidade e quantidade.
fungíveis.
quantidade e qualidade.
Feminicídio
O
DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal Brasileiro foi recentemente modificado,
FEMINICÍDIO
pela Lei 13.104/15, que incluiu o feminicídio no rol dos VI – contra a mulher por razões da condi-
ção de sexo feminino:
crimes contra a vida.
PENA – reclusão, de doze a trinta anos.
Trata-se de uma nova forma qualificada do crime de homi- § 2º A Considera-se que há razões de condi-
ção de sexo feminino quando o crime
cídio que tem como pena a reclusão, de doze a trinta anos. envolve:
Para caracterizar o crime é necessário que a vítima seja I– violência doméstica e familiar;
mulher.
Precatórios
P
recatórios são instrumentos utilizados pelo Poder Ju-
gado.
de vinculada à Presidência.
www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/informacoes/perguntas-mais-
-frequentes/precatorios
Princípio da Insignificância
O
princípio da insignificância, ou bagatela, afasta a carac-
cado como sendo um crime. Mas para que possa ser aplicado é
jurídica provocada.
de pequeno valor.
Residência e Domicílio
R
LEI 10.406/02 domicílio especial no seu estatuto ou
esidência é o local onde a pessoa mora com intuito
atos constitutivos.
ART. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar
permanente, que pode coincidir com o domicílio legal. onde ela estabelece a sua residência § 1º Tendo a pessoa jurídica diversos es-
com ânimo definitivo.
tabelecimentos em lugares diferentes,
Diferente das moradas provisórias, como os casos de hotéis ou ART. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diver- cada um deles será considerado domicí-
PARÁGRAFO ÚNICO. Se a pessoa exercitar cimento, sito no Brasil, a que ela corres-
vil, pode ser o local onde a pessoa estabelece sua residência profissão em lugares diversos, cada um ponder.
deles constituirá domicílio para as rela-
definitiva, ou local onde a pessoa exerce suas atividades profis- ções que lhe corresponderem.
ART. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o
Estelionato
T
DECRETO-LEI 2.848/40 DEFRAUDAÇÃO DE PENHOR
rata-se do famoso crime do “171”, infração penal con-
ART. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem III – defrauda, mediante alienação não
tra o patrimônio que pode ser praticado por qualquer ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou consentida pelo credor ou por outro
mantendo alguém em erro, mediante modo, a garantia pignoratícia, quando
pessoa que tenha a intenção de enganar alguém para lhe tirar artifício, ardil, ou qualquer outro meio tem a posse do objeto empenhado;
fraudulento:
vantagem.
FRAUDE NA ENTREGA DE COISA
PENA – reclusão, de um a cinco anos,
e multa, de quinhentos mil réis a dez IV – defrauda substância, qualidade ou
O crime de estelionato exige quatro requisitos, obrigatórios contos de réis. quantidade de coisa que deve entregar
a alguém;
para sua caracterização: 1) obtenção de vantagem ilícita; 2) cau- § 1º Se o criminoso é primário, e é de pe-
queno valor o prejuízo, o juiz pode apli- FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO OU VALOR DE SEGURO
sar prejuízo a outra pessoa; 3) uso de meio de ardil, ou artima- car a pena conforme o disposto no art.
V– destrói, total ou parcialmente, ou
155, § 2º.
oculta coisa própria, ou lesa o próprio
nha; e 4) enganar alguém ou a leva-lo a erro. A ausência de um § 2º Nas mesmas penas incorre quem: corpo ou a saúde, ou agrava as conse-
quências da lesão ou doença, com o
dos quatro elementos, seja qual for, impede a caracterização do DISPOSIÇÃO DE COISA ALHEIA COMO PRÓPRIA
intuito de haver indenização ou valor de
I– vende, permuta, dá em pagamento, seguro;
estelionato. Alguns golpes comuns que são enquadrados como em locação ou em garantia coisa alheia
FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE
como própria;
estelionato são o golpe do bilhete premiado e o golpe do falso VI – emite cheque, sem suficiente provi-
ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO FRAUDULENTA DE COISA PRÓPRIA
são de fundos em poder do sacado, ou
emprego. II – vende, permuta, dá em pagamento
lhe frustra o pagamento.
ou em garantia coisa própria inaliená-
O crime aceita apenas a forma dolosa, ou seja, que haja vel, gravada de ônus ou litigiosa, ou § 3º A pena aumenta-se de um terço, se o
grafos e incisos.
O
DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal Brasileiro em seu artigo 121 prevê o crime
HOMICÍDIO SIMPLES
micídio qualificado, onde a reprovação do crime, bem como a PENA – reclusão, de seis a vinte anos.
Dentre as hipóteses do §2º, os incisos I e II, tratam de ter- por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta
mos que podem gerar dúvidas quanto ao seu significado, que emoção, logo em seguida a injusta pro-
vocação da vítima, ou juiz pode reduzir
HOMICÍDIO QUALIFICADO
O motivo torpe é aquele considerado como imoral, vergo-
§ 2º Se o homicídio é cometido:
nhoso, repudiado moral e socialmente, algo desprezível. Um I– mediante paga ou promessa de re-
compensa, ou por outro motivo torpe;
exemplo seria matar para receber uma herança, ou matar por
II – por motivo fútil;
Arras ou Sinal
N
LEI 10.406/02
a celebração de um contrato, principalmente na com-
ART. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato,
pra e venda de imóveis, é muito comum a presença uma parte der à outra, a título de arras,
dinheiro ou outro bem móvel, deverão as
de uma cláusula que estabelece as arras. Trata-se de uma ga- arras, em caso de execução, ser restituí-
das ou computadas na prestação devida,
rantia, geralmente em dinheiro ou bens móveis, que tem como se do mesmo gênero da principal.
arras, ou pagou o sinal, desiste do negócio, ele perde o valor Pode, também, a parte inocente exigir a
execução do contrato, com as perdas e
das arras em favor da parte contrária. No caso de quem recebeu danos, valendo as arras como o mínimo
da indenização.
as arras desistir do contrato, terá que devolvê-las em dobro a ART. 420. Se no contrato for estipulado o direito
de arrependimento para qualquer das
quem as pagou. O contrato também pode prever o direito de partes, as arras ou sinal terão função
unicamente indenizatória. Neste caso,
arrependimento. Nesse caso, não há direito à indenização su- quem as deu perdê-las-á em benefí-
cio da outra parte; e quem as recebeu
plementar, pois as arras já servem como indenização suficiente. devolvê-las-á, mais o equivalente. Em
ambos os casos não haverá direito a
Caso o contrato não tenha previsão do direito de arrepen- indenização suplementar.
desfazimento do contrato.
Apropriação Indébita
A
DECRETO-LEI 2.848/40
propriação indébita é o crime previsto no artigo 168 do
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Código Penal Brasileiro que consiste no apoderamento ART. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de
que tem a posse ou a detenção:
de coisa alheia móvel, sem o consentimento do proprietário.
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
AUMENTO DE PENA
passa a agir como se fosse o dono. O crime pode ser confundido
§ 1º A pena é aumentada de um terço, quan-
com o crime de furto, mas a principal diferença é que no furto, do o agente recebeu a coisa:
I– em depósito necessário;
a intenção de apropriação da coisa é anterior à sua obtenção,
II – na qualidade de tutor, curador, síndi-
na apropriação indébita, o agente tem acesso ao bem de forma co, liquidatário, inventariante, testamen-
teiro ou depositário judicial;
legal, mas depois que recebe o bem, resolve apoderar-se do III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
mesmo ilicitamente, ou seja, a pessoa deixa de entregar ou de- APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA
ária. O mesmo está previsto no artigo 168-A, do Código Penal, PENA – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, e multa.
o qual consiste em deixar de repassar à previdência social as § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e na forma I– recolher, no prazo legal, contribuição
ou outra importância destinada à previ-
legal ou convencional. Tem como pena, a reclusão, de 2 (dois) a dência social que tenha sido desconta-
da de pagamento efetuado a segurados,
5 (cinco) anos, e multa. Trata-se de crime omissivo próprio, em a terceiros ou arrecadada do público;
dos salários dos seus empregados. III – pagar benefício devido a segurado,
quando as respectivas cotas ou valores
já tiverem sido reembolsados à empresa
pela previdência social.
o agente for primário e de bons antece- I– quem acha tesouro em prédio alheio
dentes, desde que: e se apropria, no todo ou em parte, da
quota a que tem direito o proprietário
I– tenha promovido, após o início da
do prédio;
ação fiscal e antes de oferecida a denún-
APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA
cia, o pagamento da contribuição social
sendo o mínimo para o ajuizamento de ART. 170. Nos crimes previstos neste Capítulo,
suas execuções fiscais. aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
União estável
S
LEI 10.406/02
egundo o Código Civil, a união estável é um relaciona-
DA UNIÃO ESTÁVEL
mento público, contínuo e duradouro entre duas pesso- ART. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a
união estável entre o homem e a mulher,
as com o intuito de constituir uma família. A lei não exige que configurada na convivência pública, con-
tínua e duradoura e estabelecida com o
o casal tenha filhos ou more na mesa casa, nem determina um objetivo de constituição de família.
Mesmo que não haja reconhecimento oficial em cartório, não se aplicando a incidência do inciso
VI no caso de a pessoa casada se achar
Em regra, aplica-se à união estável, o regime da comunhão guarda, sustento e educação dos filhos.
Um casal de namorados, que mesmo sem reconhecer, cum- panheiros ao juiz e assento no Registro
Civil.
prem os requisitos da lei, mesmo sem querer, podem estar em ART. 1.727. As relações não eventuais entre o ho-
mem e a mulher, impedidos de casar,
uma união estável. constituem concubinato.
Tribunal do Júri
O
Tribunal do Júri é o órgão do poder judiciário que tem
conexos.
autoria (se o acusado cometeu o delito que lhe está sendo im-
Poder Judiciário.
RI_comofunciona.pdf
Jurisprudência X Precedente
J
urisprudência é um termo jurídico, que significa o conjunto
Vilipêndio a Cadáver
V
LEI 2.848/40
ilipêndio é ato de fazer com que alguém se sinta
VILIPÊNDIO A CADÁVER
humilhado, menosprezado ou ofendido, através de ART. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
sileiro.
O
LEI 10.406/02
Código Civil Brasileiro traz em seu artigo 82 o conceito
ART. 82. São móveis os bens suscetíveis de movi-
de bens móveis, e de acordo com esse artigo os animais mento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou
são considerados como tal, assim, podem ser objeto de apro- da destinação econômico-social.
e do Adolescente, e considerou como crime os atos de ART. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou
entregar, ainda que gratuitamente, de
vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica a qualquer forma, a criança ou a adoles-
cente, bebida alcoólica ou, sem justa
criança ou a adolescente, e prevê pena de detenção de dois a causa, outros produtos cujos compo-
nentes possam causar dependência
quatro anos, além de multa. física ou psíquica:
S
LEI 10.406/02
egundo a legislação brasileira, os pais ou genitores de-
ART. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges; sus-
vem garantir o sustento, guarda e educação dos filhos. tento guarda e educação dos filhos.
A responsabilização dos avós é possível devido ao prin- ART. 1.695. São devidos os alimentos quando quem
os pretende não tem bens suficientes,
cípio da solidariedade, que prevê um dever mútuo de auxílio nem pode prover, pelo seu trabalho,
a própria mantença, e aquele que, de
familiar, mas mesmo que os avós tenham melhores condições quem se reclamam, pode fornecê-los,
sem desfalque do necessário ao seu
financeiras que os pais, não significa que tenham que pagar in- sustento.
A
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/03
pesar de serem condutas parecidas, o estatuto do de-
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
sarmamento as trata de forma distinta, e prevê dois ART. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma
de fogo, acessório ou munição, de uso
crimes diferentes para as condutas de posse irregular e porte permitido, em desacordo com determi-
nação legal ou regulamentar, no interior
ilegal de arma de fogo. de sua residência ou dependência desta,
ou, ainda no seu local de trabalho, desde
O crime de posse irregular de arma de fogo, previsto no que seja o titular ou o responsável legal
do estabelecimento ou empresa:
artigo 12 do referido estatuto, consiste em manter no interior
PENA – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos,
no artigo 14, e pressupõe que a arma de fogo esteja circulando ber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar,
ou esteja fora da residência ou do local de trabalho. remeter, empregar, manter sob guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, sem autori-
zação e em desacordo com determina-
ção legal ou regulamentar:
B
LEI 10.406/02 CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DO DISTRITO FEDERAL – LEI 2.105/98
ens ou áreas públicas são todos aqueles que perten-
DOS BENS PÚBLICOS ART. 1º O Código de Edificações do Distrito
cem à Administração Pública, e não podem ser vendi- ART. 98. São públicos os bens do domínio nacio-
Federal disciplina toda e qualquer obra
de construção, modificação ou demo-
nal pertencentes às pessoas jurídicas de
dos, nem adquiridos em razão do tempo, ou seja, não podem lição de edificações na área do Distrito
direito público interno; todos os outros
Federal, bem como o licenciamento das
sofrer usucapião. são particulares, seja qual for a pessoa
obras de engenharia e arquitetura.
a que pertencerem.
O Código de Edificações do Distrito
O Código Civil, em seu art. 98, estabelece que “são públicos ART. 99. São bens públicos:
ART. 2º
os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas I– os de uso comum do povo, tais como qualidade dos espaços edificados que
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja II – os de uso especial, tais como edifí-
gurança, conforto, higiene e saúde dos
usuários e demais cidadãos, por meio
cios ou terrenos destinados a serviço
qual for a pessoa a que pertencerem”. da determinação de procedimentos
ou estabelecimento da administração administrativos e parâmetros técnicos
Para fazer qualquer tipo de construção ou edificação, a pes- federal, estadual, territorial ou munici- que serão observados pela administra-
pal, inclusive os de suas autarquias; ção pública e pelos demais interessados
soa precisa solicitar perante o órgão competente uma licença III – os dominicais, que constituem o pa-
e envolvidos no projeto, na execução de
obras e na utilização das edificações.
trimônio das pessoas jurídicas de direito
para construção. público, como objeto de direito pessoal, PARÁGRAFO ÚNICO. Os padrões de qualidade
ou real, de cada uma dessas entidades. de que trata este artigo serão majorados
No Distrito Federal o Código de Edificações, Lei distrital em benefício do consumidor e do usuá-
PARÁGRAFO ÚNICO. Não dispondo a lei em
rio das edificações, sempre que possível.
2.105/98, traz as regras para todas as obras de construção, mo- contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
dificação ou demolição de edificações na área do Distrito Fede- de direito público a que se tenha dado
ART. 160. Considera-se infração:
estrutura de direito privado.
ral, bem como o licenciamento das obras de engenharia e ar- I– toda ação ou omissão que importe
ART. 100. Os bens públicos de uso comum do
inobservância dos preceitos desta Lei e
quitetura, e prevê as penalidades para as infrações dentre elas povo e os de uso especial são inaliená-
demais instrumentos legais afetos;
veis, enquanto conservarem a sua quali-
a demolição. ficação, na forma que a lei determinar.
II – o desacato ao responsável pela fisca-
lização.
ART. 101. Os bens públicos dominicais podem ser
PARÁGRAFO ÚNICO. Todas as infrações serão
alienados, observadas as exigências da lei.
notificadas pelo responsável pela fisca-
ART. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a lização das Administrações Regionais.
usucapião.
ART. 161. Considera-se infrator a pessoa física ou ju-
ART. 103. O uso comum dos bens públicos pode rídica, de direito público ou privado, que
ser gratuito ou retribuído, conforme for se omitir ou praticar ato em desacordo
estabelecido legalmente pela entidade com a legislação vigente, ou induzir, auxi-
a cuja administração pertencerem. liar ou constranger alguém a fazê-lo.
Publicado sábado, 8 de agosto de 2015
#DireitoFacil 174 Invasão de Área Pública
ART. 162. A autoridade pública que tiver ciência III – por falsidade de declarações apre- ART. 177. O responsável pela fiscalização manterá dispuser tabela de preço unitário cons-
ou notícia de ocorrência de infração na sentadas à Administração Regional; vigilância sobre a obra e, ocorrendo o tante da regulamentação desta Lei.
Região Administrativa em que atuar pro- descumprimento do embargo ou inter-
IV – por desacato ao responsável pela ART. 179. A apreensão de materiais ou equipamen-
moverá a apuração imediata, sob pena dição, comunicará o fato imediatamente
fiscalização; tos provenientes de construções irregula-
de responsabilidade. ao superior hierárquico, adotadas as
res será efetuada pelo responsável pela
V– por descumprimento do embargo, da providências administrativas e judiciais
§ 1º Será considerado co-responsável o ser- fiscalização, que providenciará a respec-
interdição ou da notificação de demo- cabíveis.
vidor público ou qualquer pessoa, física tiva remoção para depósito público ou
lição. Parágrafo único. O auto de infra-
ou jurídica, que obstruir o processo de § 1º A representação criminal contra o infra- determinado pela Administração Regional.
ção será emitido pelo responsável pela
apuração da infração. tor, com base no Código Penal, ocorrerá
fiscalização. § 1º A devolução dos materiais e equipa-
após esgotados os procedimentos admi-
§ 2º A responsabilidade do servidor público mentos apreendidos condiciona-se:
ART. 174. O embargo parcial ou total será aplica- nistrativos cabíveis.
será apurada nos termos da legislação
do pelo responsável pela fiscalização I– à comprovação de propriedade;
específica. § 2º Caberá à Polícia Militar, após comunica-
sempre que a infração corresponder à
ção da Administração Regional, a ma- II – ao pagamento das despesas de
ART. 163. Os responsáveis por infrações decorrentes execução de obras em desacordo com
nutenção do embargo ou da interdição, apreensão, constituídas pelos gastos
da inobservância aos preceitos desta Lei a legislação vigente e após expirado o
nos termos da Lei Orgânica do Distrito efetivamente realizados com remoção,
e demais instrumentos legais afetos serão prazo consignado para a correção das
Federal. transporte e depósito.
punidos, de forma isolada ou cumulativa, irregularidades que originaram as pena-
sem prejuízo das sanções civis e penais lidades de advertência e de multa. § 3º Caso se verifique a continuidade da § 2º Os gastos efetivamente realizados com
cabíveis, com as seguintes penalidades: obra após o embargo, o responsável a remoção e transporte dos materiais
§ 1º O prazo referido neste artigo será o con-
pela fiscalização requisitará os equi- e equipamentos apreendidos serão
I– advertência; signado nas penalidades de advertência
pamentos e materiais necessários à ressarcidos à Administração Regional,
e multa.
II – multa; Administração Regional para proceder à mediante pagamento de valor calculado
§ 2º Será embargada imediatamente a obra demolição da parte acrescida. com base em tabela de preços unitários
III – embargo parcial ou total da obra;
quando a irregularidade identificada definidos na regulamentação desta Lei.
ART. 178. A demolição total ou parcial da obra
IV – interdição parcial ou total da obra ou não permitir a alteração do projeto ar-
será imposta ao infrator quando se § 3º O valor referente à permanência no depósito
da edificação; quitetônico para adequação à legislação
vigente e a consequente regularização tratar de construção em desacordo com será definido na regulamentação desta Lei.
V– demolição parcial ou total da obra;
da obra. a legislação e não for passível de alte-
§ 4º A Administração Regional fará publicar, no
VI – apreensão de materiais, equipamen- ração do projeto arquitetônico para ade-
§ 3º Admitir-se-á embargo parcial da obra Diário Oficial do Distrito Federal, a relação
tos e documentos. quação à legislação vigente.
somente nas situações que não acar- dos materiais e equipamentos apreendi-
ART. 164. A advertência será aplicada pelo res- retem prejuízos ao restante da obra e § 1º O infrator será comunicado a efetuar a dos, para ciência dos interessados.
ponsável pela fiscalização por meio de risco aos operários e terceiros. demolição no prazo de até trinta dias,
§ 5º A solicitação para devolução dos mate-
notificação ao proprietário, que será exceto quando a construção ocorrer em
ART. 175. A interdição parcial ou total será aplicada riais e equipamentos apreendidos será
instado a regularizar sua obra no prazo área pública, na qual cabe ação imediata.
imediatamente pelo responsável pela fis- feita no prazo máximo de trinta dias,
determinado. Parágrafo único. O prazo
calização sempre que a obra ou edifica- § 2º Caso o infrator não proceda à demolição contado a partir da publicação a que se
referido neste artigo será de, no máximo,
ção apresentar situação de risco iminen- no prazo estipulado, esta será executada refere o parágrafo anterior.
trinta dias, prorrogável por igual período.
te para operários e terceiros ou em caso pela Administração Regional em até quin-
§ 6º Os interessados poderão reclamar os
ART. 165. A multa será aplicada ao proprietário de descumprimento de embargo. ze dias, sob pena de responsabilidade.
materiais e equipamentos apreendidos
da obra pelo responsável pela fiscaliza-
PARÁGRAFO ÚNICO. Admitir-se-á interdição § 3º O valor dos serviços de demolição efe- antes da publicação de que trata o § 4º.
ção, precedida de auto de infração, nos
parcial somente nas situações que não tuados pela Administração Regional se-
seguintes casos: § 7º Os materiais e equipamentos apreen-
acarretem riscos aos operários e terceiros. rão cobrados do infrator e, na hipótese
didos e removidos para depósito não
I– por descumprimento do disposto de não pagamento, o valor será inscrito
ART. 176. O descumprimento do embargo ou da reclamados no prazo estabelecido serão
nesta Lei e demais instrumentos legais; na dívida ativa.
interdição torna o infrator incurso em declarados abandonados por ato do
II – por descumprimento dos termos da multa cumulativa, calculada em dobro § 4º O valor dos serviços de demolição pre- Administrador Regional, a ser publicado
advertência no prazo estipulado; sobre a multa originária. vistos no § 3º serão cobrados conforme no Diário Oficial do Distrito Federal.
P
LEI 11.343/06 § 5º A prestação de serviços à comunidade
revê pena de advertência prestação de serviços à comu- será cumprida em programas comunitá-
DOS CRIMES E DAS PENAS
rios, entidades educacionais ou assis-
nidade e medidas educativas ou tratamento. Segundo ART. 27. As penas previstas neste Capítulo po- tenciais, hospitais, estabelecimentos
derão ser aplicadas isolada ou cumu- congêneres, públicos ou privados sem
a Lei 11.343/06, os atos de adquirir, guardar, ou transportar, ou lativamente, bem como substituídas a fins lucrativos, que se ocupem, prefe-
pessoal o juiz deverá observar a quantidade, local e condições II – prestação de serviços à comunidade;
II – multa.
Transação Penal
O
ART. 76. Havendo representação ou tratando-se cunstâncias, ser necessária e suficiente
cidadão que por algum motivo estiver respondendo a de crime de ação penal pública incon- a adoção da medida.
dicionada, não sendo caso de arqui-
processo de competência do Juizado Especial Criminal e vamento, o Ministério Público poderá
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração
e seu defensor, será submetida à apre-
propor a aplicação imediata de pena
que seja primário, tenha bons antecedentes, possua boa con- restritiva de direitos ou multas, a ser
ciação do Juiz.
juizados especiais.
É Proibido Fumar
É
LEI 9.294/96
proibido fumar em locais coletivos fechados, sejam
ART. 2º É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas,
privados ou públicos. Conforme prevê a Lei Federal charutos, cachimbos ou qualquer outro
produto fumígeno, derivado ou não do
9.294/96, é proibido o uso de cigarros e produtos semelhan- tabaco, em recinto coletivo fechado,
privado ou público.
tes, derivados do tabaco, em locais coletivos fechados, sejam § 1º Incluem-se nas disposições deste artigo
as repartições públicas, os hospitais e
privados ou públicos. postos de saúde, as salas de aula, as
bibliotecas, os recintos de trabalho cole-
A lei define que o recinto coletivo fechado é considerado o tivo e as salas de teatro e cinema.
que tem acesso público destinado a utilização simultânea por § 2º É vedado o uso dos produtos menciona-
dos no caput nas aeronaves e veículos
bidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agríco- ART. 3º É vedada, em todo o território nacional,
a propaganda comercial de cigarros, ci-
las, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal. garrilhas, charutos, cachimbos ou qual-
quer outro produto fumígeno, derivado
ou não do tabaco, com exceção apenas
da exposição dos referidos produtos
nos locais de vendas, desde que acom-
panhada das cláusulas de advertência
a que se referem os §§ 2º, 3º e 4º deste
artigo e da respectiva tabela de preços,
que deve incluir o preço mínimo de
venda no varejo de cigarros classifica-
dos no código 2402.20.00 da Tipi, vigente
à época, conforme estabelecido pelo
Poder Executivo.
Á
LEI 12.651/12
rea de Preservação Permanente, também chamada de
ART. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se
qualquer curso d´água têm com área de proteção permanente manente, em zonas rurais ou urbanas,
para os efeitos desta Lei:
uma faixa que varia de acordo com o tamanho do curso d´água. I– as faixas marginais de qualquer curso
d’água natural perene e intermitente,
A vegetação situada em APP deverá ser mantida pelo pro- excluídos os efêmeros, desde a borda
da calha do leito regular, em largura
prietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pes- mínima de:
soa física ou jurídica, de direito público ou privado. A) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água
de menos de 10 (dez) metros de largura;
Alterações na vegetação nativa de APP somente poderão B) 50 (cinquenta) metros, para os cursos
d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cin-
quenta) metros de largura;
ocorrer nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social C) 100 (cem) metros, para os cursos d’água
que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzen-
ou de baixo impacto ambiental, conforme previsão da lei. tos) metros de largura;
III – as áreas no entorno dos reservató- XI – em veredas, a faixa marginal, em social ou de baixo impacto ambiental
rios d’água artificiais, decorrentes de projeção horizontal, com largura míni- previstas nesta Lei.
barramento ou represamento de cursos ma de 50 (cinquenta) metros, a partir
§ 1º A supressão de vegetação nativa pro-
d’água naturais, na faixa definida na do espaço permanentemente brejoso e
licença ambiental do empreendimento; encharcado. tetora de nascentes, dunas e restingas
seja sua situação topográfica, no raio artificiais de água que não decorram de § 2º A intervenção ou a supressão de vege-
mínimo de 50 (cinquenta) metros; barramento ou represamento de cursos tação nativa em Área de Preservação
d’água naturais.
Permanente de que tratam os incisos
V– as encostas ou partes destas com de-
clividade superior a 45º, equivalente a ART. 7º A vegetação situada em Área de Preser- VI e VII do caput do art. 4º poderá ser
100% (cem por cento) na linha de maior vação Permanente deverá ser mantida autorizada, excepcionalmente, em locais
(mil e oitocentos) metros, qualquer que Permanente somente ocorrerá nas hipó- realização de atividades de baixo impac-
Símbolos Nacionais
S
LEI 5.700/71
ão símbolos Nacionais: A Bandeira, o Hino, as Armas e o
ART. 1º São Símbolos Nacionais:
Selo. Os símbolos nacionais são protegidos por lei. Seu I– a Bandeira Nacional;
DA BANDEIRA NACIONAL
caso, o disposto na parte final do pará- do diâmetro vertical do círculo com a que olha a faixa de frente), sendo vedado III – O todo brocante sobre uma espada,
grafo anterior. base do quadro externo (ponto C indica- fazer uma face como avesso da outra. em pala, empunhada de ouro, guardas
do no Anexo 2). de blau, salvo a parte do centro, que
ART. 4º A Bandeira Nacional em tecido, para as DO HINO NACIONAL
é de goles e contendo uma estrela de
repartições públicas em geral, federais, VI – O raio do arco inferior da faixa bran-
ART. 6º O Hino Nacional é composto da música prata, figurará sobre uma coroa formada
estaduais, e municipais, para quartéis ca será de oito módulos (8M); o raio do
de Francisco Manoel da Silva e do poe- de um ramo de café frutificado, à destra,
e escolas públicas e particulares, será arco superior da faixa branca será de
ma de Joaquim Osório Duque Estrada, e de outro de fumo florido, à sinistra,
executada em um dos seguintes tipos: oito módulos e meio (8,5M).
de acordo com o que dispõem os Decre- ambos da própria cor, atados de blau,
tipo 1, com um pano de 45 centímetros
VII – A largura da faixa branca será de tos 171/90, e 15.671/22, conforme consta ficando o conjunto sobre um resplendor
de largura; tipo 2, com dois panos de
meio módulo (0,5M). dos Anexos números 3, 4, 5, 6, e 7. de ouro, cujos contornos formam uma
largura; tipo 3, três panos de largura;
estrela de 20 (vinte) pontas.
tipo 4 quatro panos de largura; tipo VIII – As letras da legenda Ordem e PARÁGRAFO ÚNICO. A marcha batida, de au-
5, cinco panos de largura; tipo 6, seis Progresso serão escritas em cor verde. toria do mestre de música Antão Fer- IV – Em listel de blau, brocante sobre os
panos de largura; tipo 7, sete panos de Serão colocadas no meio da faixa bran- nandes, integrará as instrumentações de punhos da espada, inscrever-se-á, em
largura. ca, ficando, para cima e para baixo, um orquestra e banda, nos casos de execu- ouro, a legenda República Federativa
espaço igual em branco. A letra P ficará ção do Hino Nacional, mencionados no do Brasil, no centro, e ainda as expres-
PARÁGRAFO ÚNICO. Os tipos enumerados
sobre o diâmetro vertical do círculo. A inciso I do art. 25 desta lei, devendo ser sões “15 de novembro”, na extremidade
neste artigo são os normais. Poderão
distribuição das demais letras far-se- mantida e adotada a adaptação vocal, destra, e as expressões “de 1889”, na
ser fabricados tipos extraordinários de
-á conforme a indicação do Anexo 2. As em fá maior, do maestro Alberto Nepo- sinistra.
dimensões maiores, menores ou inter- letras da palavra Ordem e da palavra muceno.
mediárias, conforme as condições de Progresso terão um terço de módulo DO SELO NACIONAL
uso, mantidas, entretanto, as devidas (0,33M) de altura. A largura dessas letras DAS ARMAS NACIONAIS
ART. 9º O Selo Nacional será constituído, de
proporções. será de três décimos de módulo (0,30M). ART. 7º As Armas Nacionais são as instituídas conformidade com o Anexo 9, por um
A altura da letra da conjunção E será pelo Decreto 4/89 com a alteração feita círculo representando uma esfera ce-
ART. 5º A feitura da Bandeira Nacional obedece-
de três décimos de módulo (0,30M). A
rá às seguintes regras (Anexo 2): pela Lei 5.443/68 (Anexo 8). leste, igual ao que se acha no centro da
largura dessa letra será de um quarto de
Bandeira Nacional, tendo em volta as
I– Para cálculo das dimensões, tomar- módulo (0,25M). ART. 8º A feitura das Armas Nacionais deve
palavras República Federativa do Brasil.
-se-á por base a largura desejada, obedecer à proporção de 15 (quinze)
IX – As estrelas serão de 5 (cinco) dimen- Para a feitura do Selo Nacional obser-
dividindo-se esta em 14 (quatorze) de altura por 14 (quatorze) de largura, e
sões: de primeira, segunda, terceira, var-se-á o seguinte:
partes iguais. Cada uma das partes será atender às seguintes disposições:
quarta e quinta grandezas. Devem ser
considerada uma medida ou módulo. I– Desenham-se 2 (duas) circunferên-
traçadas dentro de círculos cujos diâ- I– o escudo redondo será constituído
cias concêntricas, havendo entre os
II – O comprimento será de vinte módu- metros são: de três décimos de módulo em campo azul-celeste, contendo cinco
seus raios a proporção de 3 (três) para 4
los (20M). (0,30M) para as de primeira grandeza; estrelas de prata, dispostas na forma
(quatro).
de um quarto de módulo (0,25M) para da constelação Cruzeiro do sul, com a
III – A distância dos vértices do losango
as de segunda grandeza; de um quinto bordadura do campo perfilada de ouro, II – A colocação das estrelas, da faixa e
amarelo ao quadro externo será de um
de módulo (0,20M) para as de tercei- carregada de estrelas de prata em nú- da legenda Ordem e Progresso no círcu-
módulo e sete décimos (1,7M).
ra grandeza; de um sétimo de módulo mero igual ao das estrelas existentes na lo inferior obedecerá as mesmas regras
IV – O círculo azul no meio do losango (0,14M) para as de quarta grandeza; e de Bandeira Nacional; estabelecidas para a feitura da Bandeira
amarelo terá o raio de três módulos e um décimo de módulo (0,10M) para a de Nacional.
II – O escudo ficará pousado numa
meio (3,5M). quinta grandeza.
estrela partida-gironada, de 10 (dez) III – As letras das palavras República
V– O centro dos arcos da faixa branca X– As duas faces devem ser exatamente peças de sinopla e ouro, bordada de Federativa do Brasil terão de altura um
estará dois módulos (2M) à esquerda do iguais, com a faixa branca inclinada da 2 (duas) tiras, a interior de goles e a sexto do raio do círculo inferior, e, de
ponto do encontro do prolongamento esquerda para a direita (do observador exterior de ouro. largura, um sétimo do mesmo raio.
Tutela X Curatela
A
LEI 10.406/02
curatela serve para dar assistência e administrar os
DA CURATELA
bens de pessoas maiores, porém incapazes, em razão ART. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
de doença ou acidente. Existem dois requisitos para que a cura- I– aqueles que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o neces-
tela seja deferida, a incapacidade e a decisão judicial. Só será sário discernimento para os atos da vida
civil;
concedida a curatela mediante prévia decretação do juiz. II – aqueles que, por outra causa du-
radoura, não puderem exprimir a sua
A Tutela é o instituto destinado a suprir a ausência do po- vontade;
der familiar. Na falta dos pais, o tutor é nomeado para dar as- III – os deficientes mentais, os ébrios
habituais e os viciados em tóxicos;
sistência ao menor, bem como administrar seus bens. O tutor é IV – os excepcionais sem completo de-
senvolvimento mental;
obrigado a prestar contas de sua administração em juízo a cada
V– os pródigos.
possuem a finalidade de proteger os interesses daqueles que se PARÁGRAFO ÚNICO. Se a mulher estiver inter-
dita, seu curador será o do nascituro.
Os institutos estão previstos no Código Civil, sendo a tutela ART. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:
O nascituro e seus bens também devem ser protegidos pelo II – EM CASO DE OS PAIS DECAÍREM DO PODER FAMILIAR.
ência para assegurar e promover condições de igualda- ART. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito
V– exercer o direito à família e à convi-
vência familiar e comunitária; e
à igualdade de oportunidades com as
de, exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. E, com demais pessoas e não sofrerá nenhuma VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à
espécie de discriminação.
isso, realizar a inclusão social e a cidadania de todas as pesso- curatela e à adoção, como adotante ou
as com deficiência. deficiência toda forma de distinção, res- des com as demais pessoas.
de qualquer tipo de discriminação. com deficiência, incluindo a recusa de PARÁGRAFO ÚNICO. Se, no exercício de suas
adaptações razoáveis e de fornecimento funções, os juízes e os tribunais tiverem
O estatuto regula os aspectos de inclusão do deficiente de tecnologias assistivas. conhecimento de fatos que caracterizem
as violações previstas nesta Lei, devem
§ 2º A pessoa com deficiência não está obri-
como um todo, descrevendo seus direitos fundamentais, bem gada à fruição de benefícios decorren-
remeter peças ao Ministério Público
tra os deficientes ou seus direitos. de toda forma de negligência, discri- família assegurar à pessoa com defici-
III – exercer o direito de decidir sobre o das Pessoas com Deficiência e seu Pro-
número de filhos e de ter acesso a in- tocolo Facultativo e das leis e de outras
formações adequadas sobre reprodução normas que garantam seu bem-estar
e planejamento familiar; pessoal, social e econômico.
Precatória e Rogatória
C
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 5.869/73 § 3º A carta de ordem, carta precatória ou
arta precatória é uma forma de comunicação entre ju- carta rogatória pode ser expedida por
CAPÍTULO IV – DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS
meio eletrônico, situação em que a assi-
ízos, que estão em estados diferentes, com objetivo de SEÇÃO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS natura do juiz deverá ser eletrônica, na
forma da lei.
cumprir algum ato processual. ART. 200. Os atos processuais serão cumpridos
por ordem judicial ou requisitados por ART. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o
Por meio da carta precatória, o juiz competente para atuar carta, conforme hajam de realizar-se prazo dentro do qual deverão ser cum-
dentro ou fora dos limites territoriais da pridas, atendendo à facilidade das co-
em um processo requisita ao juiz de outro Estado ou comar- comarca. municações e à natureza da diligência.
O cumprimento dessas cartas deve obedecer às regras es- III – quando tiver dúvida acerca de sua
autenticidade.
tabelecidas nas Convenções Internacionais.
ART. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto
à sua admissibilidade e modo de seu
cumprimento, ao disposto na convenção
internacional; à falta desta, será reme-
tida à autoridade judiciária estrangeira,
por via diplomática, depois de traduzi-
da para a língua do país em que há de
praticar-se o ato.
considerada como qualquer prática que visa à apro- ventos, pensão ou qualquer outro ren-
dimento do idoso, dando-lhes aplicação
priação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa e pode ser diversa da de sua finalidade:
de idosos.
Audiência de Custódia
A
audiência tem a finalidade de verificar a legalidade da
medidas cautelares.
Vício Oculto
V
LEI 8.078/90
ício oculto é um defeito ou falha de fabricação que
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
se manifesta após certo tempo de uso do produto, ART. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparen-
tes ou de fácil constatação caduca em:
por exemplo, um veículo novo, cuja fábrica instalou uma peça
I– trinta dias, tratando-se de forneci-
defeituosa, que vem a apresentar defeito no câmbio após me- mento de serviço e de produtos não
duráveis;
zos para que o consumidor reclame sobre defeitos que podem dencial a partir da entrega efetiva do
produto ou do término da execução dos
§ 2º Obstam a decadência:
cios ocultos, esses prazos só podem iniciar quando o defeito
I– a reclamação comprovadamente formu-
for realmente identificado, e não no momento onde o produto lada pelo consumidor perante o fornece-
dor de produtos e serviços até a resposta
II – (Vetado);
Reclusão X Detenção
X Prisão Simples
R
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
eclusão: admite o regime inicial fechado; detenção:
RECLUSÃO E DETENÇÃO
não admite o regime inicial fechado; e prisão simples: ART. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida
em regime fechado, semi-aberto ou
não admite o regime fechado em hipótese alguma. aberto. A de detenção, em regime semi-
-aberto, ou aberto, salvo necessidade de
A pena de reclusão é aplicada a condenações mais seve- transferência a regime fechado.
admite que o inicio do cumprimento seja no regime fechado. casa de albergado ou estabelecimento ade-
quado.
estabelecimentos menos rigorosos como colônias agrícolas, in- siva, segundo o mérito do condenado,
observados os seguintes critérios e res-
dustriais ou similares, ou no regime aberto, nas casas de alber- salvadas as hipóteses de transferência a
regime mais rigoroso:
como pena para condutas descritas como contravenções, que seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda
a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-
-la em regime semi-aberto;
são infrações penais de menor lesividade. O cumprimento ocorre C) o condenado não reincidente, cuja pena
seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,
sem rigor penitenciário em estabelecimento especial ou seção poderá, desde o início, cumpri-la em regime
aberto.
especial de prisão comum, em regime aberto ou semi-aberto. § 3º A determinação do regime inicial de
cumprimento da pena far-se-á com ob-
Somente são admitidos os regimes aberto e semi-aberto, para servância dos critérios previstos no art.
59 deste Código.
a prisão simples.
§ 4º O condenado por crime contra a ad-
ministração pública terá a progressão
de regime do cumprimento da pena
condicionada à reparação do dano que
Publicado sábado, 24 de outubro de 2015
#DireitoFacil 206 Reclusão X Detenção X Prisão Simples
ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou ART. 5º As penas principais são:
II – multa.
hipótese para a prisão simples.
PRISÃO SIMPLES
Outrossim, o condenado à pena de prisão simples fica sem- ART. 6º A pena de prisão simples deve ser
cumprida, sem rigor penitenciário, em
pre separado dos condenados à pena de reclusão ou de deten- estabelecimento especial ou seção
especial de prisão comum, em regime
ção e nos casos em que a pena aplicada não excede a 15 dias o semi-aberto ou aberto.
Comodato X Mútuo
A
CÓDIGO CIVIL – LEI 10.406/02 ART. 585. Se duas ou mais pessoas forem simulta-
diferença é que enquanto no caso mútuo o bem rece- neamente comodatárias de uma coisa,
DO COMODATO
ficarão solidariamente responsáveis
bido é consumível, e a pessoa deve restituir na mesma ART. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de para com o comodante.
coisas não fungíveis. Perfaz-se com a
quantidade e qualidade; no comodato a pessoa deve devolver DO MÚTUO
tradição do objeto.
a mesma coisa que foi emprestada. Tanto no mútuo como no ART. 580. Os tutores, curadores e em geral todos
ART. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fun-
gíveis. O mutuário é obrigado a restituir
os administradores de bens alheios não
comodato, alguém recebe uma coisa emprestada: poderão dar em comodato, sem autori-
ao mutuante o que dele recebeu em
coisa do mesmo gênero, qualidade e
33 Mútuo – empréstimo de bem consumível, a devolução deve ser na zação especial, os bens confiados à sua
quantidade.
guarda.
mesma qualidade e quantidade. Exemplo: dinheiro. ART. 587. Este empréstimo transfere o domínio da
ART. 581. Se o comodato não tiver prazo conven-
coisa emprestada ao mutuário, por cuja
33 Comodato – empréstimo de bem que não pode ser substituído e
cional, presumir-se-lhe-á o necessário
conta correm todos os riscos dela desde
deve ser devolvido ao final. Exemplo: uma máquina. para o uso concedido; não podendo o
a tradição.
comodante, salvo necessidade impre-
O Comodato tem previsão nos artigos 579 a 585 do Código vista e urgente, reconhecida pelo juiz,
ART. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem pré-
via autorização daquele sob cuja guarda
suspender o uso e gozo da coisa em-
Civil Brasileiro, é considerado um contrato unilateral, pois ape- prestada, antes de findo o prazo con-
estiver, não pode ser reavido nem do
mutuário, nem de seus fiadores.
vencional, ou o que se determine pelo
nas uma das partes tem obrigações, e gratuito, onde uma pes- uso outorgado. ART. 589. Cessa a disposição do artigo anteceden-
te:
soa, chamada de comodante, entrega a outra, ou comodatário, ART. 582. O comodatário é obrigado a conservar,
como se sua própria fora, a coisa em- I– se a pessoa, de cuja autorização
coisa infungível, ou seja, que não pode ser substituída, para prestada, não podendo usá-la senão de necessitava o mutuário para contrair o
acordo com o contrato ou a natureza empréstimo, o ratificar posteriormente;
que seja utilizada por um certo tempo e depois devolvida. dela, sob pena de responder por perdas
II – se o menor, estando ausente essa
e danos. O comodatário constituído em
O mútuo, por sua vez, é empréstimo de coisa fungível, ou mora, além de por ela responder, paga-
pessoa, se viu obrigado a contrair o
empréstimo para os seus alimentos
rá, até restituí-la, o aluguel da coisa que
seja, consumível ou que podem ser substituídas. A parte que for arbitrado pelo comodante.
habituais;
tuito, o mútuo pode ser oneroso, como é o caso do empréstimo ART. 591. Destinando-se o mútuo a fins econô-
micos, presumem-se devidos juros, os
de dinheiro que é conhecido como mútuo feneratício. quais, sob pena de redução, não pode-
rão exceder a taxa a que se refere o art.
As regras para celebração do contrato de mútuo estão pre- 406, permitida a capitalização anual.
Venda Casada
V
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI 8.078/90
enda casada é o termo utilizado para descrever a
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
situação onde o consumidor só consegue adquirir ART. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas abusi-
um produto se também levar outro. Para a constatação da ven- vas:
condicione, sem justificativa razoável ou limites, o fornecimento outro produto ou serviço, bem como,
sem justa causa, a limites quantitativos;
DAS PENAS
Direito de Resposta
N
o dia 12 de novembro do presente ano foi publicada
terminações.
da referida lei.
C
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 5.869/73
onforme o artigo 172 do Código de Processo Civil, os man-
ART. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em
dados judiciais decorrentes de processos cíveis podem dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Os mandados decorrentes dos juizados especiais podem fora do horário estabelecido neste
artigo, observado o disposto no art. 5o,
ser realizados em qualquer dia e hora. A Lei 9.099/95, nos arti- inciso Xl, da Constituição Federal.
em qualquer horário, inclusive aos domingos e dias feriados. mento de direito; e bem assim o arresto,
o sequestro, a penhora, a arrecadação, a
33 Cível – de 6 da manhã até as 8 da noite, de segunda a sábado. Com busca e apreensão, o depósito, a prisão,
autorização judicial, podem a qualquer hora do dia ou da noite, in- a separação de corpos, a abertura de
testamento, os embargos de terceiro, a
clusive domingos e feriados. nunciação de obra nova e outros atos
organização judiciária.
ART. 797. Excetuadas as sessões de julgamento,
ART. 13. Os atos processuais serão válidos sem- que não serão marcadas para domingo
pre que preencherem as finalidades ou dia feriado, os demais atos do pro-
para as quais forem realizados, aten-
cesso poderão ser praticados em perío-
didos os critérios indicados no art. 2º
do de férias, em domingos e dias feria-
desta Lei.
dos. Todavia, os julgamentos iniciados
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade em dia útil não se interromperão pela
sem que tenha havido prejuízo. superveniência de feriado ou domingo.
Cartel
F
LEI 8.137/90 ciência de agente econômico em relação
ormação de cartel é crime. O cartel é um acordo de a seus competidores não caracteriza o
ART. 4º Constitui crime contra a ordem econô-
ilícito previsto no inciso II do caput des-
cooperação entre empresas que buscam controlar um mica:
te artigo.
I– abusar do poder econômico, do-
mercado, determinando os preços e limitando a concorrência. minando o mercado ou eliminando,
§ 2º Presume-se posição dominante sempre
que uma empresa ou grupo de empre-
total ou parcialmente, a concorrência
Os cartéis prejudicam os consumidores, pois aumentam os mediante qualquer forma de ajuste ou
sas for capaz de alterar unilateral ou
coordenadamente as condições de mer-
acordo de empresas;
preços e restringem a oferta de produtos ou serviços, ou invia- cado ou quando controlar 20% (vinte
II – formar acordo, convênio, ajuste ou por cento) ou mais do mercado relevan-
biliza a aquisição deles. aliança entre ofertantes, visando: te, podendo este percentual ser alterado
A Lei 8.137/90 considera como crime contra a ordem econô- des vendidas ou produzidas; economia.
em seu texto todos os atos que implicam na formação de cartel. I– limitar, falsear ou de qualquer forma
serviços, mediante, dentre outros, a distri-
buição de clientes, fornecedores, regiões ou
prejudicar a livre concorrência ou a livre períodos;
Nela, há previsão de penas administrativas para a prática. iniciativa;
D) preços, condições, vantagens ou absten-
ção em licitação pública;
II – dominar mercado relevante de bens
ou serviços; II – promover, obter ou influenciar a ado-
ção de conduta comercial uniforme ou
III – aumentar arbitrariamente os lucros;
concertada entre concorrentes;
e
III – limitar ou impedir o acesso de novas
IV – exercer de forma abusiva posição
empresas ao mercado;
dominante.
IV – criar dificuldades à constituição, ao
§ 1º A conquista de mercado resultante de
funcionamento ou ao desenvolvimento
processo natural fundado na maior efi-
Publicado sábado, 28 de novembro de 2015
#DireitoFacil 224 Cartel
de empresa concorrente ou de fornece- XIII – destruir, inutilizar ou açambarcar vado, bem como quaisquer associações II – a proibição de contratar com institui-
dor, adquirente ou financiador de bens matérias-primas, produtos intermediá- de entidades ou pessoas constituídas ções financeiras oficiais e participar de
ou serviços; rios ou acabados, assim como destruir, de fato ou de direito, ainda que tempo- licitação tendo por objeto aquisições,
inutilizar ou dificultar a operação de rariamente, com ou sem personalidade alienações, realização de obras e servi-
V– impedir o acesso de concorrente
equipamentos destinados a produzi-los, jurídica, que não exerçam atividade em- ços, concessão de serviços públicos, na
às fontes de insumo, matérias-primas,
distribuí-los ou transportá-los; presarial, não sendo possível utilizar-se administração pública federal, estadual,
equipamentos ou tecnologia, bem como
o critério do valor do faturamento bruto, municipal e do Distrito Federal, bem
aos canais de distribuição; XIV – açambarcar ou impedir a explora-
a multa será entre R$ 50.000,00 (cin- como em entidades da administração
ção de direitos de propriedade indus-
VI – exigir ou conceder exclusividade quenta mil reais) e R$ 2.000.000.000,00 indireta, por prazo não inferior a 5 (cin-
trial ou intelectual ou de tecnologia;
para divulgação de publicidade nos (dois bilhões de reais); co) anos;
meios de comunicação de massa; XV – vender mercadoria ou prestar servi-
III – no caso de administrador, direta ou III – a inscrição do infrator no Cadastro
ços injustificadamente abaixo do preço
VII – utilizar meios enganosos para pro- indiretamente responsável pela infra- Nacional de Defesa do Consumidor;
de custo;
vocar a oscilação de preços de terceiros; ção cometida, quando comprovada a
IV – a recomendação aos órgãos públicos
XVI – reter bens de produção ou de con- sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por
VIII – regular mercados de bens ou servi- competentes para que:
sumo, exceto para garantir a cobertura cento) a 20% (vinte por cento) daquela
ços, estabelecendo acordos para limitar
dos custos de produção; aplicada à empresa, no caso previsto A) seja concedida licença compulsória de
ou controlar a pesquisa e o desenvol- direito de propriedade intelectual de titula-
no inciso I do caput deste artigo, ou às
vimento tecnológico, a produção de XVII – cessar parcial ou totalmente as ridade do infrator, quando a infração estiver
pessoas jurídicas ou entidades, nos ca-
bens ou prestação de serviços, ou para atividades da empresa sem justa causa relacionada ao uso desse direito;
sos previstos no inciso II do caput deste
dificultar investimentos destinados à comprovada; B) não seja concedido ao infrator parcela-
artigo.
produção de bens ou serviços ou à sua mento de tributos federais por ele devidos
XVIII – subordinar a venda de um bem à ou para que sejam cancelados, no todo ou
distribuição; § 1º Em caso de reincidência, as multas co-
aquisição de outro ou à utilização de em parte, incentivos fiscais ou subsídios
minadas serão aplicadas em dobro.
IX – impor, no comércio de bens ou um serviço, ou subordinar a prestação públicos;
serviços, a distribuidores, varejistas e de um serviço à utilização de outro ou à § 2º No cálculo do valor da multa de que V– a cisão de sociedade, transferência
representantes preços de revenda, des- aquisição de um bem; e trata o inciso I do caput deste artigo, o de controle societário, venda de ativos
contos, condições de pagamento, quan- Cade poderá considerar o faturamen- ou cessação parcial de atividade;
XIX – exercer ou explorar abusivamente
tidades mínimas ou máximas, margem to total da empresa ou grupo de em-
direitos de propriedade industrial, inte- VI – a proibição de exercer o comércio
de lucro ou quaisquer outras condições presas, quando não dispuser do valor
lectual, tecnologia ou marca. em nome próprio ou como representan-
de comercialização relativos a negócios do faturamento no ramo de atividade
te de pessoa jurídica, pelo prazo de até
destes com terceiros; CAPÍTULO III – DAS PENAS empresarial em que ocorreu a infração,
5 (cinco) anos; e
definido pelo Cade, ou quando este for
X– discriminar adquirentes ou fornece- ART. 37. A prática de infração da ordem econô-
apresentado de forma incompleta e/ou VII – qualquer outro ato ou providência
dores de bens ou serviços por meio da mica sujeita os responsáveis às seguin-
não demonstrado de forma inequívoca necessários para a eliminação dos efei-
fixação diferenciada de preços, ou de tes penas:
e idônea. tos nocivos à ordem econômica.
condições operacionais de venda ou
I– no caso de empresa, multa de 0,1%
prestação de serviços; ART. 38. Sem prejuízo das penas cominadas no ART. 39. Pela continuidade de atos ou situa-
(um décimo por cento) a 20% (vinte por
art. 37 desta Lei, quando assim exigir ções que configurem infração da ordem
XI – recusar a venda de bens ou a pres- cento) do valor do faturamento bruto da
a gravidade dos fatos ou o interesse econômica, após decisão do Tribunal
tação de serviços, dentro das condições empresa, grupo ou conglomerado obti-
público geral, poderão ser impostas as determinando sua cessação, bem como
de pagamento normais aos usos e cos- do, no último exercício anterior à ins-
seguintes penas, isolada ou cumulativa- pelo não cumprimento de obrigações
tumes comerciais; tauração do processo administrativo, no
mente: de fazer ou não fazer impostas, ou pelo
ramo de atividade empresarial em que
XII – dificultar ou romper a continuidade descumprimento de medida preventiva
ocorreu a infração, a qual nunca será I– a publicação, em meia página e a
ou desenvolvimento de relações comer- ou termo de compromisso de cessação
inferior à vantagem auferida, quando for expensas do infrator, em jornal indicado
ciais de prazo indeterminado em razão previstos nesta Lei, o responsável fica
possível sua estimação; na decisão, de extrato da decisão con-
de recusa da outra parte em submeter- sujeito a multa diária fixada em valor de
denatória, por 2 (dois) dias seguidos, de
-se a cláusulas e condições comerciais II – no caso das demais pessoas físicas R$ 5.000,00 (cinco mil reais), podendo
1 (uma) a 3 (três) semanas consecutivas;
injustificáveis ou anticoncorrenciais; ou jurídicas de direito público ou pri- ser aumentada em até 50 (cinquenta)
vezes, se assim recomendar a situação PARÁGRAFO ÚNICO. A multa a que se refere o pecuniária de R$ 1.000,00 (mil reais)
econômica do infrator e a gravidade da caput deste artigo será aplicada me- a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sem
infração. diante auto de infração pela autoridade
prejuízo de abertura de outros proce-
competente.
ART. 40. A recusa, omissão ou retardamento dimentos cabíveis.
D
LEI 8.666/93 urgência de atendimento de situação
ispensar ou não exigir licitação fora das hipóteses le- que possa ocasionar prejuízo ou com-
DOS CRIMES E DAS PENAS
prometer a segurança de pessoas, obras,
gais é crime. A Licitação é a forma oficial, prevista pela ART. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das serviços, equipamentos e outros bens,
hipóteses previstas em lei, ou deixar de públicos ou particulares, e somente para
Constituição Federal, e regulamentada pela Lei 8.666/93, para observar as formalidades pertinentes à os bens necessários ao atendimento da
dispensa ou à inexigibilidade: situação emergencial ou calamitosa e
que todos os órgãos da Administração Pública realizem contra- para as parcelas de obras e serviços que
PENA – detenção, de 3 (três) a 5 (cinco)
possam ser concluídas no prazo máximo
tação de serviços ou compra de produtos. anos, e multa.
de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos
PARÁGRAFO ÚNICO. Na mesma pena incorre
A Lei 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui- aquele que, tendo comprovadamen-
e ininterruptos, contados da ocorrência
da emergência ou calamidade, vedada a
te concorrido para a consumação da
ção Federal, e institui as normas para as licitações e contratos ilegalidade, beneficiou-se da dispensa
prorrogação dos respectivos contratos;
O crime de dispensar ou inexigir licitação fora das hipóte- I– para obras e serviços de engenha-
domínio econômico para regular preços
ou normalizar o abastecimento;
ria de valor até 10% (dez por cento) do
ses legais está previsto no artigo 89 da Lei 8.666/93, e a pena limite previsto na alínea “a”, do inciso I VII – quando as propostas apresentadas
IX – quando houver possibilidade de compatíveis ou inerentes às finalidades Admininistração Pública, para a pres- sólidos urbanos recicláveis ou reutili-
comprometimento da segurança nacio- do órgão ou entidade. tação de serviços ou fornecimento de záveis, em áreas com sistema de coleta
nal, nos casos estabelecidos em decreto mão-de-obra, desde que o preço con- seletiva de lixo, efetuados por associa-
XVI – para a impressão dos diários ofi-
do Presidente da República, ouvido o tratado seja compatível com o praticado ções ou cooperativas formadas exclu-
ciais, de formulários padronizados de
Conselho de Defesa Nacional; no mercado; sivamente por pessoas físicas de baixa
uso da administração, e de edições
renda reconhecidas pelo poder público
X– para a compra ou locação de imóvel técnicas oficiais, bem como para presta- XXI – para a aquisição de bens e insumos
como catadores de materiais recicláveis,
destinado ao atendimento das finalida- ção de serviços de informática a pessoa destinados exclusivamente à pesquisa
com o uso de equipamentos compatí-
des precípuas da administração, cujas jurídica de direito público interno, por científica e tecnológica com recursos
veis com as normas técnicas, ambientais
órgãos ou entidades que integrem a concedidos pela Capes, pela Finep,
necessidades de instalação e localiza-
e de saúde pública;
Administração Pública, criados para esse pelo CNPq ou por outras instituições de
ção condicionem a sua escolha, desde
fim específico; fomento a pesquisa credenciadas pelo XXVIII – para o fornecimento de bens e
que o preço seja compatível com o valor
CNPq para esse fim específico; serviços, produzidos ou prestados no
de mercado, segundo avaliação prévia; XVII – para a aquisição de componentes
ou peças de origem nacional ou es- XXII – na contratação de fornecimento País, que envolvam, cumulativamente,
XI – na contratação de remanescente de
trangeira, necessários à manutenção ou suprimento de energia elétrica e gás alta complexidade tecnológica e defesa
obra, serviço ou fornecimento, em con-
de equipamentos durante o período de natural com concessionário, permissio- nacional, mediante parecer de comissão
sequência de rescisão contratual, desde
garantia técnica, junto ao fornecedor nário ou autorizado, segundo as normas especialmente designada pela autorida-
que atendida a ordem de classificação
original desses equipamentos, quando da legislação específica; de máxima do órgão;
da licitação anterior e aceitas as mes-
tal condição de exclusividade for indis-
mas condições oferecidas pelo licitante XXIII – na contratação realizada por em- XXIX – na aquisição de bens e contratação
pensável para a vigência da garantia;
vencedor, inclusive quanto ao preço, presa pública ou sociedade de economia de serviços para atender aos contingen-
devidamente corrigido; XVIII – nas compras ou contratações de mista com suas subsidiárias e contro- tes militares das Forças Singulares brasi-
serviços para o abastecimento de na- ladas, para a aquisição ou alienação de leiras empregadas em operações de paz
XII – nas compras de hortifrutigranjei-
vios, embarcações, unidades aéreas ou bens, prestação ou obtenção de serviços, no exterior, necessariamente justificadas
ros, pão e outros gêneros perecíveis, no tropas e seus meios de deslocamento desde que o preço contratado seja com- quanto ao preço e à escolha do forne-
tempo necessário para a realização dos quando em estada eventual de curta patível com o praticado no mercado; cedor ou executante e ratificadas pelo
processos licitatórios correspondentes, duração em portos, aeroportos ou lo- Comandante da Força;
XXIV – para a celebração de contratos de
realizadas diretamente com base no calidades diferentes de suas sedes, por
prestação de serviços com as organizações XXX – na contratação de instituição ou
preço do dia; motivo de movimentação operacional
sociais, qualificadas no âmbito das respec- organização, pública ou privada, com ou
ou de adestramento, quando a exiguida-
XIII – na contratação de instituição bra- tivas esferas de governo, para atividades sem fins lucrativos, para a prestação de
de dos prazos legais puder comprome-
sileira incumbida regimental ou estatu- contempladas no contrato de gestão; serviços de assistência técnica e exten-
ter a normalidade e os propósitos das
tariamente da pesquisa, do ensino ou são rural no âmbito do Programa Nacio-
operações e desde que seu valor não XXV – na contratação realizada por Insti-
do desenvolvimento institucional, ou nal de Assistência Técnica e Extensão
exceda ao limite previsto na alínea “a” tuição Científica e Tecnológica – ICT ou
de instituição dedicada à recuperação Rural na Agricultura Familiar e na Refor-
do inciso II do art. 23 desta Lei; por agência de fomento para a transfe-
social do preso, desde que a contratada ma Agrária, instituído por lei federal;
rência de tecnologia e para o licencia-
detenha inquestionável reputação ético- XIX – para as compras de material de uso
mento de direito de uso ou de explora- XXXI – nas contratações visando ao cum-
-profissional e não tenha fins lucrativos; pelas Forças Armadas, com exceção de
ção de criação protegida;
materiais de uso pessoal e administrati- primento do disposto nos arts. 3º, 4º,
XIV – para a aquisição de bens ou servi- 5º e 20 da Lei 10.973/04, observados os
vo, quando houver necessidade de man- XXVI – na celebração de contrato de pro-
ços nos termos de acordo internacional ter a padronização requerida pela estru- grama com ente da Federação ou com princípios gerais de contratação dela
específico aprovado pelo Congresso Na- tura de apoio logístico dos meios navais, entidade de sua administração indireta, constantes;
cional, quando as condições ofertadas aéreos e terrestres, mediante parecer de para a prestação de serviços públicos de
XXXII – na contratação em que houver
forem manifestamente vantajosas para comissão instituída por decreto; forma associada nos termos do autori-
transferência de tecnologia de produtos
o Poder Público; zado em contrato de consórcio público
XX – na contratação de associação de estratégicos para o Sistema Único de
ou em convênio de cooperação;
XV – para a aquisição ou restauração de portadores de deficiência física, sem Saúde – SUS, no âmbito da Lei 8.080/90,
obras de arte e objetos históricos, de fins lucrativos e de comprovada ido- XXVII – na contratação da coleta, proces- conforme elencados em ato da direção
autenticidade certificada, desde que neidade, por órgãos ou entidades da samento e comercialização de resíduos nacional do SUS, inclusive por ocasião
da aquisição destes produtos durante Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 3 (três) dias, à autoridade superior, para
as etapas de absorção tecnológica; entidades equivalentes; ratificação e publicação na imprensa
oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
XXXIII – na contratação de entidades II – para a contratação de serviços téc-
condição para a eficácia dos atos.
privadas sem fins lucrativos, para a nicos enumerados no art. 13 desta Lei,
implementação de cisternas ou outras de natureza singular, com profissionais PARÁGRAFO ÚNICO. O processo de dispensa,
tecnologias sociais de acesso à água ou empresas de notória especialização, de inexigibilidade ou de retardamento,
para consumo humano e produção de vedada a inexigibilidade para serviços previsto neste artigo, será instruído, no
alimentos, para beneficiar as famílias de publicidade e divulgação; que couber, com os seguintes elementos:
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e através de empresário exclusivo, desde dispensa, quando for o caso;
que consagrado pela crítica especializa-
II do caput deste artigo serão 20% (vinte
II – razão da escolha do fornecedor ou
da ou pela opinião pública.
por cento) para compras, obras e servi-
executante;
ços contratados por consórcios públicos, § 1º Considera-se de notória especialização
sociedade de economia mista, empresa III – justificativa do preço.
o profissional ou empresa cujo conceito
pública e por autarquia ou fundação no campo de sua especialidade, decor- IV – documento de aprovação dos proje-
qualificadas, na forma da lei, como rente de desempenho anterior, estudos, tos de pesquisa aos quais os bens serão
Agências Executivas. experiências, publicações, organização, alocados.
aparelhamento, equipe técnica, ou de
§ 2º O limite temporal de criação do órgão CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
outros requisitos relacionados com suas
ou entidade que integre a administra-
atividades, permita inferir que o seu ART. 37. A administração pública direta e indireta
ção pública estabelecido no inciso VIII
trabalho é essencial e indiscutivelmente de qualquer dos Poderes da União, dos
do caput deste artigo não se aplica aos
o mais adequado à plena satisfação do Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
órgãos ou entidades que produzem pro-
objeto do contrato.
pios obedecerá aos princípios de legalida-
dutos estratégicos para o SUS, no âmbi-
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer de, impessoalidade, moralidade, publici-
to da Lei 8.080/90, conforme elencados
dos casos de dispensa, se comprovado dade e eficiência e, também, ao seguinte:
em ato da direção nacional do SUS.
superfaturamento, respondem solida-
XXI – ressalvados os casos especificados
ART. 25. É inexigível a licitação quando houver in-
riamente pelo dano causado à Fazenda
na legislação, as obras, serviços, com-
viabilidade de competição, em especial: Pública o fornecedor ou o prestador de
pras e alienações serão contratados
I– para aquisição de materiais, equipa- serviços e o agente público responsável,
mediante processo de licitação pública
sem prejuízo de outras sanções legais
mentos, ou gêneros que só possam ser que assegure igualdade de condições
cabíveis.
fornecidos por produtor, empresa ou a todos os concorrentes, com cláusulas
representante comercial exclusivo, veda- ART. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do que estabeleçam obrigações de paga-
da a preferência de marca, devendo a art. 17 e no inciso III e seguintes do art. mento, mantidas as condições efetivas
comprovação de exclusividade ser feita 24, as situações de inexigibilidade refe- da proposta, nos termos da lei, o qual
através de atestado fornecido pelo ór- ridas no art. 25, necessariamente jus- somente permitirá as exigências de
gão de registro do comércio do local em tificadas, e o retardamento previsto no qualificação técnica e econômica indis-
que se realizaria a licitação ou a obra ou final do parágrafo único do art. 8º desta pensáveis à garantia do cumprimento
o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Lei deverão ser comunicados, dentro de das obrigações.
Prisões Cautelares
P
risão preventiva é uma medida cautelar, e não significa
Prisão temporária
Prisão em flagrante
A
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI 8.078/90 propriedades, origem, preço e quaisquer
propaganda enganosa é aquela capaz de levar o con- outros dados sobre produtos e serviços.
DA PUBLICIDADE
sumidor a erro, prometendo algo que na realidade não ART. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade
discriminatória de qualquer natureza, a
forma que o consumidor, fácil e imedia-
vai ocorrer. Por exemplo, apresenta um produto com caracterís- que incite à violência, explore o medo
tamente, a identifique como tal.
ou a superstição, se aproveite da defi-
ticas ou qualidades que na verdade não tem. PARÁGRAFO ÚNICO. O fornecedor, na publi- ciência de julgamento e experiência da
portar de forma prejudicial ou perigosa à própria saúde ou se- § 1º É enganosa qualquer modalidade de
DAS INFRAÇÕES PENAIS
informação ou comunicação de caráter
ART. 67. Fazer ou promover publicidade que
gurança. publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
sabe ou deveria saber ser enganosa ou
ou, por qualquer outro modo, mesmo
abusiva:
O CDC traz em seu texto, artigo 37, a definição legal do que é por omissão, capaz de induzir em erro
o consumidor a respeito da natureza, PENA – Detenção de três meses a um ano
propaganda enganosa ou abusiva, bem como descreve, em seu características, qualidade, quantidade, e multa.
torização para viajar desacompanhadas de seus pais, ART. 83. Nenhuma criança poderá viajar para
fora da comarca onde reside, desacom-
ou na presença de apenas um deles. panhada dos pais ou responsável, sem
expressa autorização judicial.
No caso de viagem nacional, o Estatuto da Criança (ECA) exi-
§ 1º A autorização não será exigida quando:
ge que menores de 12 anos tenham autorização dos pais para A) tratar-se de comarca contígua à da resi-
dência da criança, se na mesma unidade
viajar desacompanhados ou na companhia de pessoas que não da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana;
sejam seus parentes até o terceiro grau, como: irmãos, tios e B) a criança estiver acompanhada:
avós. A autorização é dispensável quando a criança estiver na terceiro grau, comprovado documentalmen-
te o parentesco;
companhia do pai, da mãe ou de ambos, do responsável legal, 2) de pessoa maior, expressamente autoriza-
da pelo pai, mãe ou responsável.
ou ainda de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, § 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido
dos pais ou responsável, conceder auto-
comprovado documentalmente o parentesco (art. 83, § 1º, b, 1, rização válida por dois anos.
original ou cópia autenticada (art. 83 c/c art. 2º da Lei 8.069/90). ART. 85. Sem prévia e expressa autorização judi-
cial, nenhuma criança ou adolescente
No caso de viagem internacional, a lei exige que os meno- nascido em território nacional poderá
sair do País em companhia de estrangei-
res de 17 anos que forem viajar desacompanhados, na compa- ro residente ou domiciliado no exterior.
atendimento da vara.
S
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI 8.078/90
ite que faz intermediação de vendas pode ser respon-
ART. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou
sabilizado por prejuízos ao consumidor. Aquele que par- jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes desper-
ticipa da negociação, mesmo que apenas intermediando as sonalizados, que desenvolvem atividade
de produção, montagem, criação, cons-
transações entre o consumidor e terceiros, faz parte da cadeia trução, transformação, importação, ex-
portação, distribuição ou comercialização
de consumo. Por isso, pode ser responsabilizado por prejuízos de produtos ou prestação de serviços.
Nas relações de consumo, a responsabilidade pelos prejuí- excluem outros decorrentes de tratados
ou convenções internacionais de que
zos causados aos consumidores é objetiva, ou seja, não depen- o Brasil seja signatário, da legislação
interna ordinária, de regulamentos ex-
dores. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado derivem dos princípios gerais do direito,
analogia, costumes e equidade.
quando provar que o defeito inexiste ou que a culpa é exclusiva PARÁGRAFO ÚNICO. Tendo mais de um autor
a ofensa, todos responderão solidaria-
do consumidor ou de terceiro, conforme artigo 14 do Código de mente pela reparação dos danos previs-
tos nas normas de consumo.
Defesa do Consumidor – CDC.
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
PARÁGRAFO ÚNICO. Aquele que efetivar o pa- ta nesta e nas seções anteriores.
ART. 14. O fornecedor de serviços responde, § 2º Sendo o dano causado por componen-
independentemente da existência de te ou peça incorporada ao produto ou
culpa, pela reparação dos danos cau- serviço, são responsáveis solidários seu
sados aos consumidores por defeitos fabricante, construtor ou importador e o
relativos à prestação dos serviços, bem que realizou a incorporação.
V
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI 8.069/90
enda de fogos para menores é crime com pena
ART. 81. É proibida a venda à criança ou ao ado-
objetivo a proteção integral de todos os direitos dos menores, III – produtos cujos componentes possam
causar dependência física ou psíquica
traz em seu texto norma que proíbe a venda de fogos de arti- ainda que por utilização indevida;
Além da proibição, o referido Estatuto considera a conduta potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utiliza-
como crime e prevê, para quem não respeitar a proibição, pena ção indevida;
Overbooking
O
ANAC – RESOLUÇÃO 141/10 B) do trecho não utilizado, se o deslocamen-
verbooking é a palavra em inglês, utilizada pelas em- to já realizado aproveitar ao passageiro;
DA PRETERIÇÃO DE PASSAGEIRO
a realização do serviço por outra
presas aéreas, para definir a ocorrência de excesso de
III –
Defesa do Consumidor, que prevê como direito básico do con- que gerem a preterição de embarque,
ART. 14. Nos casos de atraso, cancelamento
o transportador deverá procurar por
ou interrupção de voo, bem como de
sumidor a prestação adequada e eficaz dos serviços públicos passageiros que se voluntariem para preterição de passageiro, o transporta-
embarcar em outro voo mediante o ofe- dor deverá assegurar ao passageiro que
em geral. recimento de compensações. comparecer para embarque o direito a
receber assistência material.
§ 1º As compensações de que trata o caput
A Agência Nacional de Aviação – ANAC possui normas que deverão ser objeto de negociação entre § 1º A assistência material consiste em sa-
o passageiro e o transportador. tisfazer as necessidades imediatas do
regulam a prática do overbooking e prevê algumas obrigações passageiro, gratuitamente e de modo
§ 2º Não haverá preterição caso haja pas-
compatível com a estimativa do tempo
para as empresas que a realize. sageiros que se voluntariem para ser
de espera, contados a partir do horário
reacomodados em outro voo mediante a
de partida originalmente previsto, nos
Para o caso de overbooking, a resolução 141 da ANAC deter- aceitação de compensações.
seguintes termos:
mina que a empresa ofereça as seguintes alternativas ao passa- § 3º O transportador poderá solicitar ao pas-
I– superior a 1 (uma) hora: facilidades
sageiro a assinatura de termo específico
de comunicação, tais como ligação tele-
geiro: 1) reacomodação em voo próprio ou de outra companhia RECONHECENDO A ACEITAÇÃO DE COMPENSAÇÕES fônica, acesso a internet ou outros;
passageiro; 2) reembolso integral, assegurado o retorno ao ae- guintes alternativas ao passageiro: III – superior a 4 (quatro) horas: acomoda-
ção em local adequado, traslado e, quan-
I– a reacomodação:
roporto de origem, em caso de interrupção, ou devolução inte- do necessário, serviço de hospedagem.
A) em voo próprio ou de terceiro que ofereça
§ 2º O transportador poderá deixar de ofe-
gral do valor pago pelo trecho não utilizado, se o deslocamento serviço equivalente para o mesmo destino,
outra modalidade de transporte. II – o reembolso: ART. 15. Aplicam-se as disposições do artigo an-
A) integral, assegurado o retorno ao aeropor- terior, no que for cabível, aos casos em
to de origem em caso de interrupção; que os passageiros já estejam a bordo
Publicado sábado, 2 de janeiro de 2016
#DireitoFacil 254 Overbooking
Suspensão Condicional
do Processo
A
ART. 89. Nos crimes em que a pena mínima § 3º A suspensão será revogada se, no curso
suspensão condicional do processo pode ser propos- cominada for igual ou inferior a um ano, do prazo, o beneficiário vier a ser proces-
abrangidas ou não por esta Lei, o Minis- sado por outro crime ou não efetuar, sem
ta ao cidadão que estiver respondendo a processo de motivo justificado, a reparação do dano.
tério Público, ao oferecer a denúncia,
competência do Juizado Especial Criminal, desde que a pena poderá propor a suspensão do proces-
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o
so, por dois a quatro anos, desde que o
acusado vier a ser processado, no curso
prevista para o crime do qual esteja sendo acusado seja igual acusado não esteja sendo processado
do prazo, por contravenção, ou descum-
ou não tenha sido condenado por outro prir qualquer outra condição imposta.
ou inferior a um ano. crime, presentes os demais requisitos
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
que autorizariam a suspensão condicio-
Na oportunidade em que o Ministério Público oferecer a nal da pena (art. 77 do Código Penal).
declarará extinta a punibilidade.
a suspensão do processo por até quatro anos, se o acusado recebendo a denúncia, poderá suspen- § 7º Se o acusado não aceitar a proposta
der o processo, submetendo o acusado prevista neste artigo, o processo prosse-
não tiver outro processo criminal ou não tenha sido condenado a período de prova, sob as seguintes guirá em seus ulteriores termos.
condições:
ART. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
por outros crimes, para que o acusado cumpra determinadas I– reparação do dano, salvo impossibili- aos processos penais cuja instrução já
Se o acusado aceitar a proposta, e a denúncia for recebida, dos lugares; no âmbito da Justiça Militar.
derá fazer novo uso dele dentro de 5 anos. § 2º O Juiz poderá especificar outras condi- ART. 92. Aplicam-se subsidiariamente as dispo-
ções a que fica subordinada a suspen- sições dos Códigos Penal e de Processo
Todos os requisitos e detalhes referentes à concessão do são, desde que adequadas ao fato e à Penal, no que não forem incompatíveis
situação pessoal do acusado. com esta Lei.
benefício estão previstos no artigo 89 da Lei 9.099/95, que trata
Testamento
T
CÓDIGO CIVIL – LEI 10.406/02
estamento é a manifestação de última vontade, na qual
DO TESTAMENTO EM GERAL
a pessoa estabelece o que deve ser feito com o seu pa- ART. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por tes-
tamento, da totalidade dos seus bens, ou
trimônio após sua morte. Além da disposição de patrimônio, o de parte deles, para depois de sua morte.
testamento pode conter outros tipos de determinações como § 1º A legítima dos herdeiros necessários
não poderá ser incluída no testamento.
instruções para o enterro, reconhecimento de filho, existência
§ 2º São válidas as disposições testamentá-
de uma união estável, criação de uma fundação, entre outras. rias de caráter não patrimonial, ainda
que o testador somente a elas se tenha
nulo. O testamento só pode ser feito pelo próprio testador, ou ART. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de
impugnar a validade do testamento,
por pessoa por ele designada, desde que o testador concorde contado o prazo da data do seu registro.
sinado por duas testemunhas; cerrado, escrito pelo testador, ou de dezesseis anos.
lidades da lei; e particular, que pode ser escrito manualmente CAPÍTULO III – DAS FORMAS ORDINÁRIAS DO TESTAMENTO
III – o particular.
lido na presença de três testemunhas que vão assinar o termo SEÇÃO II – DO TESTAMENTO PÚBLICO
A lei ainda traz formas especiais de testamento, que na I– ser escrito por tabelião ou por seu
substituto legal em seu livro de notas,
prática não são muito utilizados, como: testamento marítimo, de acordo com as declarações do testa-
dor, podendo este servir-se de minuta,
SEÇÃO III – DO TESTAMENTO CERRADO ART. 1.870. Se o tabelião tiver escrito o testamento presença de pelo menos três testemu-
a rogo do testador, poderá, não obstan- nhas, que o devem subscrever.
ART. 1.868. O testamento escrito pelo testador,
te, aprová-lo.
ou por outra pessoa, a seu rogo, e por
§ 2º Se elaborado por processo mecânico,
aquele assinado, será válido se aprova- ART. 1.871. O testamento pode ser escrito em língua
não pode conter rasuras ou espaços em
do pelo tabelião ou seu substituto legal, nacional ou estrangeira, pelo próprio
branco, devendo ser assinado pelo tes-
observadas as seguintes formalidades: testador, ou por outrem, a seu rogo.
tador, depois de o ter lido na presença
I– que o testador o entregue ao tabelião ART. 1.872. Não pode dispor de seus bens em testa- de pelo menos três testemunhas, que o
em presença de duas testemunhas; mento cerrado quem não saiba ou não subscreverão.
possa ler.
II – que o testador declare que aquele é o
ART. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em juízo
seu testamento e quer que seja aprovado; ART. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-
o testamento, com citação dos herdeiros
-mudo, contanto que o escreva todo, e o
III – que o tabelião lavre, desde logo, o legítimos.
assine de sua mão, e que, ao entregá-lo
auto de aprovação, na presença de duas
ao oficial público, ante as duas testemu- ART. 1.878. Se as testemunhas forem contestes so-
testemunhas, e o leia, em seguida, ao
nhas, escreva, na face externa do papel bre o fato da disposição, ou, ao menos,
testador e testemunhas;
ou do envoltório, que aquele é o seu
sobre a sua leitura perante elas, e se
IV – que o auto de aprovação seja assina- testamento, cuja aprovação lhe pede.
reconhecerem as próprias assinaturas,
do pelo tabelião, pelas testemunhas e
ART. 1.874. Depois de aprovado e cerrado, será o assim como a do testador, o testamento
pelo testador.
testamento entregue ao testador, e o será confirmado.
PARÁGRAFO ÚNICO. O testamento cerrado tabelião lançará, no seu livro, nota do
pode ser escrito mecanicamente, desde PARÁGRAFO ÚNICO. Se faltarem testemunhas,
lugar, dia, mês e ano em que o testa-
que seu subscritor numere e autentique, mento foi aprovado e entregue. por morte ou ausência, e se pelo menos
É
CÓDIGO CIVIL – LEI 10.406/02
proibido construir janelas a menos de um metro e meio
DO DIREITO DE CONSTRUIR
do terreno vizinho. O Código Civil traz normas sobre o ART. 1.299. O proprietário pode levantar em seu
terreno as construções que lhe aprou-
direito de construir e determina que o proprietário tem liber-
ver, salvo o direito dos vizinhos e os
dade para construir o que quiser em seu terreno, desde que regulamentos administrativos.
ou casa, faça uma janela com visibilidade frontal a menos de a linha divisória, bem como as perpen-
diculares, não poderão ser abertas a
um metro e meio da construção do vizinho. Para janelas com menos de setenta e cinco centímetros.
Em caso de violação do limite de construção da janela, a lei construídas a mais de dois metros de
altura de cada piso.
permite que a mesma seja demolida ou tampada. ART. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano
e dia após a conclusão da obra, exigir
que se desfaça janela, sacada, terraço
ou goteira sobre o seu prédio; escoado
o prazo, não poderá, por sua vez, edifi-
car sem atender ao disposto no artigo
antecedente, nem impedir, ou dificultar,
o escoamento das águas da goteira, com
prejuízo para o prédio vizinho.
ART. 1.303. Na zona rural, não será permitido levan- armários, ou obras semelhantes, corres- do prédio vizinho, senão após haverem
tar edificações a menos de três metros pondendo a outras, da mesma natureza, sido feitas as obras acautelatórias.
do terreno vizinho. já feitas do lado oposto.
PARÁGRAFO ÚNICO. O proprietário do prédio
ART. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados cuja edi- ART. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a vizinho tem direito a ressarcimento pelos
ficação estiver adstrita a alinhamento, parede divisória, se necessário recons- prejuízos que sofrer, não obstante haverem
o dono de um terreno pode nele edifi- truindo-a, para suportar o alteamento; sido realizadas as obras acautelatórias.
car, madeirando na parede divisória do arcará com todas as despesas, inclusive
ART. 1.312. Todo aquele que violar as proibições
prédio contíguo, se ela suportar a nova de conservação, ou com metade, se o vi-
estabelecidas nesta Seção é obrigado a
construção; mas terá de embolsar ao zinho adquirir meação também na parte
demolir as construções feitas, respon-
vizinho metade do valor da parede e do aumentada.
dendo por perdas e danos.
chão correspondentes.
ART. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória
ART. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é
ART. 1.305. O confinante, que primeiro construir, chaminés, fogões, fornos ou quaisquer
obrigado a tolerar que o vizinho entre
pode assentar a parede divisória até aparelhos ou depósitos suscetíveis de
no prédio, mediante prévio aviso, para:
meia espessura no terreno contíguo, produzir infiltrações ou interferências
sem perder por isso o direito a haver prejudiciais ao vizinho. I– dele temporariamente usar, quando
meio valor dela se o vizinho a travejar, indispensável à reparação, construção,
PARÁGRAFO ÚNICO. A disposição anterior não
caso em que o primeiro fixará a largura reconstrução ou limpeza de sua casa ou
abrange as chaminés ordinárias e os
e a profundidade do alicerce. do muro divisório;
fogões de cozinha.
PARÁGRAFO ÚNICO. Se a parede divisória per- II – apoderar-se de coisas suas, inclusive
ART. 1.309. São proibidas construções capazes de
tencer a um dos vizinhos, e não tiver ca- animais que aí se encontrem casualmente.
poluir, ou inutilizar, para uso ordinário, a
pacidade para ser travejada pelo outro,
água do poço, ou nascente alheia, a elas § 1º O disposto neste artigo aplica-se aos
não poderá este fazer-lhe alicerce ao pé
preexistentes. casos de limpeza ou reparação de esgo-
sem prestar caução àquele, pelo risco a
tos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços
que expõe a construção anterior. ART. 1.310. Não é permitido fazer escavações ou
e nascentes e ao aparo de cerca viva.
quaisquer obras que tirem ao poço ou à
ART. 1.306. O condômino da parede-meia pode
nascente de outrem a água indispensá- § 2º Na hipótese do inciso II, uma vez entregues
utilizá-la até ao meio da espessura, não
vel às suas necessidades normais. as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser
pondo em risco a segurança ou a separa-
impedida a sua entrada no imóvel.
ção dos dois prédios, e avisando previa- ART. 1.311. Não é permitida a execução de qualquer
mente o outro condômino das obras que obra ou serviço suscetível de provocar § 3º Se do exercício do direito assegurado
ali tenciona fazer; não pode sem consen- desmoronamento ou deslocação de neste artigo provier dano, terá o preju-
timento do outro, fazer, na parede-meia, terra, ou que comprometa a segurança dicado direito a ressarcimento.
A
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI 8.069/90
dolescentes e crianças e não podem frequentar bailes
DA INFORMAÇÃO, CULTURA, LAZER, ESPORTES, DIVERSÕES E ESPE-
TÁCULOS
de carnaval ou demais eventos de diversão ou cultura
ART. 74. O poder público, através do órgão
que não sejam adequados para sua idade. Segundo o Estatuto competente, regulará as diversões e
espetáculos públicos, informando sobre
da Criança e do Adolescente, todos os eventos devem disponi- a natureza deles, as faixas etárias a que
não se recomendem, locais e horários
bilizar, em local de fácil acesso, informações claras quanto ao em que sua apresentação se mostre
inadequada.
tipo de espetáculo, local e data, e qual faixa etária é impedida PARÁGRAFO ÚNICO. Os responsáveis pelas di-
versões e espetáculos públicos deverão
de participar. afixar, em lugar visível e de fácil acesso,
à entrada do local de exibição, infor-
No Distrito Federal a regulamentação da participação de mação destacada sobre a natureza do
espetáculo e a faixa etária especificada
crianças em blocos de carnaval é feita pela Vara da Infância e no certificado de classificação.
Federal, VIJ 1/16, permite que crianças e adolescentes menores PARÁGRAFO ÚNICO. As crianças menores de
dez anos somente poderão ingressar e
de 16 anos participem dos desfiles dos blocos de rua, desde permanecer nos locais de apresentação
ou exibição quando acompanhadas dos
que acompanhados dos pais ou responsáveis, os quais deverão pais ou responsável.
www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/destaques/carnaval-1
Lei do Silêncio
É
LEI DISTRITAL 4.092/08
proibido perturbar o sossego alheio fazendo barulho
ART. 1º Esta Lei estabelece as normas gerais
acima dos limites estabelecidos em lei. A Lei Distrital sobre o controle da poluição sonora
e dispõe sobre os limites máximos de
4.092/08 regulamenta o controle da poluição sonora e os limi- intensidade da emissão de sons e ruí-
dos resultantes de atividades urbanas e
tes máximos de intensidade da emissão de sons e ruídos, re- rurais no Distrito Federal.
O estabelecimento que descumpre a Lei do Silêncio pode ART. 3º Para os efeitos desta Lei, são estabeleci-
das as seguintes definições:
ainda ser embargado, interditado e até ter cassada sua licença I– poluição sonora: toda emissão de
som que, direta ou indiretamente, seja
de funcionamento. ofensiva ou nociva à saúde, à seguran-
ça e ao bem-estar da coletividade ou
A lei estabelece limites diferentes para o período do dia, transgrida o disposto nesta Lei;
que vai das 7h até as 22 horas, e o período da noite, onde os II – atividades potencialmente poluido-
ras: atividades suscetíveis de produzir
limites são menores, indo das 22h até as 7 horas. Nos domingos ruído nocivo ou incomodativo para os
que habitem, trabalhem ou permane-
e feriados, entre as 22h e 8 horas da manhã. çam nas imediações do local de onde
decorre;
co ou privado, diretamente por alguém XII – nível de pressão sonora equivalen- V– apreensão dos instrumentos, petre- II – cancelamento de registro, licença ou
ou por intermédio de outrem, ou de te – LAeq: nível obtido a partir do valor chos, equipamentos ou veículos de qual- autorização;
dispositivo à sua guarda, ou de animal médio quadrático da pressão sonora quer natureza utilizados na infração;
III – perda ou restrição de incentivos e
colocado sob sua responsabilidade que, (com ponderação A) referente a todo
VI – suspensão parcial ou total de ativi- benefícios fiscais;
pela duração, repetição ou intensida- o intervalo de medição, que pode ser
dades poluidoras;
de do ruído, seja suscetível de atentar calculado conforme Anexo A da Norma IV – perda ou suspensão da participação
contra a tranquilidade da vizinhança ou Brasileira da Associação Brasileira de VII – intervenção em estabelecimento; em linhas de financiamento em estabe-
a saúde pública; Normas Técnicas – ABNT NBR 10.151; lecimentos oficiais de crédito;
VIII – cassação de alvará de funciona-
V– meio ambiente: é o conjunto formado mento do estabelecimento; V– proibição de contratar com a Admi-
XIII – limite real da propriedade: aquele
pelo meio físico e os elementos natu- nistração Pública pelo período de até
representado por um plano imaginário IX – restritivas de direitos.
rais, sociais e econômicos nele contidos; três anos.
que separa o imóvel de uma pessoa físi-
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamen-
VI – som: fenômeno físico provocado ca ou jurídica do de outra ou de áreas,
ART. 17. Os valores arrecadados em razão da
te, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão
pela propagação de vibrações mecâ- vias ou equipamentos públicos;
aplicação de multas por infrações ao
aplicadas, cumulativamente, as sanções
nicas em um meio elástico, dentro de
XIV – horário diurno: o período do dia disposto nesta Lei serão revertidos ao
a elas cominadas.
faixa de frequência de 16Hz (dezesseis
compreendido entre as sete horas e as Fundo Único de Meio Ambiente do Dis-
hertz) a 20kHz (vinte quilohertz), e § 2º A advertência poderá ser aplicada com
vinte e duas horas; trito Federal, criado pela Lei 41/89.
passível de excitar o aparelho auditivo fixação do prazo para que seja regula-
humano; ART. 18. Para efeito das aplicações das penalida-
XV – horário noturno: o período compre- rizada a situação, sob pena de punição
endido entre as vinte e duas horas e as des, as infrações aos dispositivos desta
mais grave.
VII – ruído: qualquer som ou vibração que
sete horas do dia seguinte ou, nos do- Lei classificam-se em:
cause ou possa causar perturbações ao § 3º A multa será aplicada sempre que o
mingos e feriados, entre as vinte e duas leves: aquelas em que o infrator for be-
sossego público ou produza efeitos psi- infrator, por negligência ou dolo: I–
Divulgação de Pornografia
Infantil
O
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI 8.069/90
artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente
ART. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
descreve o crime de divulgação de pornografia infantil, distribuir, publicar ou divulgar por qual-
quer meio, inclusive por meio de sistema
deixando bem claro que são considerados crimes os atos de de informática ou telemático, fotografia,
vídeo ou outro registro que contenha
oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
divulgar, por qualquer meio, qualquer material que contenha PENA – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis)
anos, e multa.
sexo ou pornografia envolvendo crianças.
multa.
Bullying
B
LEI 13.185/15
ullying, ou intimidação sistemática, é a prática de ação
ART. 1º Fica instituído o Programa de Combate
ção, humilhação ou discriminação. A palavra bullying tem ori- § 1º No contexto e para os fins desta Lei,
considera-se intimidação sistemática
gem na língua inglesa e significa “intimidação”. (bullying) todo ato de violência física
ou psicológica, intencional e repetitivo
O bullying é um problema social muito recorrente nas es- que ocorre sem motivação evidente,
praticado por indivíduo ou grupo, contra
colas de todo o mundo e, devido a sua gravidade, foi criada a uma ou mais pessoas, com o objetivo de
intimidá-la ou agredi-la, causando dor
Lei 13.185/15, que institui o programa de combate à intimidação e angústia à vítima, em uma relação de
desequilíbrio de poder entre as partes
sistemática ou bullying. envolvidas.
De acordo com a referida lei, a intimidação sistemática § 2º O Programa instituído no caput poderá
fundamentar as ações do Ministério da
também pode ser caracterizada pelos atos de ataques físicos, Educação e das Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação, bem como de
insultos, comentários maldosos, apelidos pejorativos, ameaças outros órgãos, aos quais a matéria diz
respeito.
por quaisquer meios, grafites depreciativos, expressões precon- ART. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemáti-
ca (bullying) quando há violência física
ceituosas, isolamento social consciente e premeditado, dentre ou psicológica em atos de intimidação,
humilhação ou discriminação e, ainda:
outras ações.
I– ataques físicos;
A lei tem o objetivo de prevenir e combater a prática da II – insultos pessoais;
intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade, imple- III – comentários sistemáticos e apelidos
pejorativos;
mentar e disseminar campanhas de educação, conscientização IV – ameaças por quaisquer meios;
expressões preconceituosas;
orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identi-
VI –
pilhérias.
cial e jurídica às vítimas e aos agressores, dentre outros.
VIII –
(cyberbullying), quando se usarem os I– prevenir e combater a prática da inti- zação e a mudança de comportamento
instrumentos que lhe são próprios para midação sistemática (bullying) em toda hostil;
depreciar, incitar a violência, adulterar a sociedade;
IX – promover medidas de conscienti-
fotos e dados pessoais com o intuito de
II – capacitar docentes e equipes pe- zação, prevenção e combate a todos
criar meios de constrangimento psicos-
dagógicas para a implementação das os tipos de violência, com ênfase nas
social.
ações de discussão, prevenção, orienta- práticas recorrentes de intimidação sis-
ART. 3º A intimidação sistemática (bullying)
ção e solução do problema; temática (bullying), ou constrangimento
pode ser classificada, conforme as ações
físico e psicológico, cometidas por alu-
praticadas, como: III – implementar e disseminar campa-
nos, professores e outros profissionais
nhas de educação, conscientização e
I– verbal: insultar, xingar e apelidar pe- integrantes de escola e de comunidade
informação;
jorativamente; escolar.
IV – instituir práticas de conduta e orien-
II – moral: difamar, caluniar, disseminar ART. 5º É dever do estabelecimento de ensino,
tação de pais, familiares e responsáveis
rumores; dos clubes e das agremiações recrea-
diante da identificação de vítimas e
tivas assegurar medidas de conscienti-
III – sexual: assediar, induzir e/ou abusar; agressores;
zação, prevenção, diagnose e combate
IV – social: ignorar, isolar e excluir; dar assistência psicológica, social e
V– à violência e à intimidação sistemática
tem em sofrimento ou com o intuito de cia mútua; dos objetivos e diretrizes do Programa
ART. 4º Constituem objetivos do Programa refe- mecanismos e instrumentos alternativos 90 (noventa) dias da data de sua publi-
rido no caput do art. 1º: que promovam a efetiva responsabili- cação oficial.
Denunciação Caluniosa
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
pessoa que faz a comunicação de um crime que não
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
ocorreu, gerando uma investigação policial ou adminis- ART. 339. Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instau-
trativa, processo judicial, inquérito civil ou ação de improbidade ração de investigação administrativa,
inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, pode ser responsabilizada pelo administrativa contra alguém, imputan-
do-lhe crime de que o sabe inocente:
crime de denunciação caluniosa, previsto no artigo 339 do Có-
PENA – reclusão, de dois a oito anos, e
gãos do Estado, como delegacia, fórum, Ministério Público, para imputação é de prática de contravenção.
Conspurcação
A
LEI 9.605/98
palavra conspurcar significa manchar, sujar, deteriorar
ART. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar
de forma permanente, e a Lei 9.605/98, que trata das edificação ou monumento urbano:
e atividades lesivas ao meio ambiente, prevê como crime o ato § 1º Se o ato for realizado em monumento
ou coisa tombada em virtude do seu
O
LEI 12.965/14 – MARCO CIVIL DA INTERNET DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS
Marco Civil da Internet garante a privacidade e prote-
ART. 1º Esta Lei estabelece princípios, garantias, ART. 7º O acesso à internet é essencial ao
ção de dados pessoais, mas garante a disponibilização direitos e deveres para o uso da inter- exercício da cidadania, e ao usuário são
net no Brasil e determina as diretrizes assegurados os seguintes direitos:
de dados mediante Ordem Judicial. A Lei 12.965/14, conhecida para atuação da União, dos Estados, do
I– inviolabilidade da intimidade e da
Distrito Federal e dos Municípios em
vida privada, sua proteção e indenização
como “Marco Civil da Internet”, estabelece princípios, garantias, relação à matéria.
pelo dano material ou moral decorrente
ART. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil de sua violação;
direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. tem os seguintes princípios:
II – inviolabilidade e sigilo do fluxo de
A referida lei prevê como princípios que regulam o uso da I– garantia da liberdade de expressão, suas comunicações pela internet, salvo
comunicação e manifestação de pen- por ordem judicial, na forma da lei;
internet no Brasil, enumerados no artigo 3º, dentre outros, o samento, nos termos da Constituição
Federal; III – inviolabilidade e sigilo de suas
asseguram, como direitos e garantias dos usuários de internet, III – proteção dos dados pessoais, na
IV – não suspensão da conexão à inter-
forma da lei;
net, salvo por débito diretamente decor-
no artigo 7º, a inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comuni- IV – preservação e garantia da neutralidade rente de sua utilização;
de rede;
cações e inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas V– manutenção da qualidade contratada
V– preservação da estabilidade, segu- da conexão à internet;
dos, se forem requisitados por ordem de um juiz, e diz que o VII – preservação da natureza participativa
possam afetar sua qualidade;
A) justifiquem sua coleta; I– impliquem ofensa à inviolabilidade qualificação pessoal, filiação e endere- forma da regulamentação, informações
B) não sejam vedadas pela legislação; e e ao sigilo das comunicações privadas, ço, na forma da lei, pelas autoridades que permitam a verificação quanto ao
Roubo e Furto
R
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
oubo e furto são crimes contra o patrimônio. Furto é
FURTO
crime menos grave, pois não há violência Ex.: Bater ART. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa
alheia móvel:
carteira. Roubo ocorre com ameaça e violência. Ex.: Assalto com
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
arma. multa.
nuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência. § 2º Se o criminoso é primário, e é de pe-
queno valor a coisa furtada, o juiz pode
O Código Penal prevê para o furto pena de reclusão de 1 a 4 substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços,
anos e multa. A lei prevê aumento de pena para quem cometa ou aplicar somente a pena de multa.
apenas a pena de multa, é o chamado furto privilegiado. § 4º A pena é de reclusão de dois a oito
anos, e multa, se o crime é cometido:
O Código Penal também descreve o furto qualificado, si-
I– com destruição ou rompimento de
tuações onde a pena é mais grave em razão das condições do obstáculo à subtração da coisa;
curso entre pessoas, entre outras. III – com emprego de chave falsa;
mediante grave ameaça ou violência. A pena prevista é de 4 a 10 § 5º A pena é de reclusão de três a oito anos,
se a subtração for de veículo automotor
anos e multa. A lei também prevê aumento de pena para o co- que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior.
metimento de crime sob certas circunstâncias como, utilização FURTO DE COISA COMUM
de arma, auxílio de mais uma pessoa, restrição de liberdade da ART. 156. Subtrair o condômino, co-herdeiro ou
sócio, para si ou para outrem, a quem
Crime de Ameaça
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
crime de ameaça é previsto no artigo 147 do Código Penal
AMEAÇA
e consiste no ato de ameaçar alguém, por palavras, ges- ART. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou
gesto, ou qualquer outro meio simbóli-
tos ou outros meios, de lhe causar mal injusto e grave e, como co, de causar-lhe mal injusto e grave:
punição, a lei determina detenção de um a seis meses ou multa. PENA – detenção, de um a seis meses, ou
multa.
A promessa de mal pode ser contra a própria vítima, contra PARÁGRAFO ÚNICO. Somente se procede me-
diante representação
pessoa próxima ou até contra seus bens.
PECULATO
A ameaça é considerada um crime de menor potencial ART. 312. Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem
ofensivo, por isso é apurado nos juizados especiais criminais, e móvel, público ou particular, de que tem
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
o condenado poder ter a pena de prisão substituída por outra em proveito próprio ou alheio:
pena alternativa, como prestação de serviço à comunidade, pa- PENA – reclusão, de dois a doze anos, e
multa.
gamento de cestas básicas a alguma instituição, dentre outras. § 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcioná-
rio público, embora não tendo a posse
Para a ocorrência do crime não precisa que o criminoso do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou
concorre para que seja subtraído, em
cumpra o que disse, basta que ele tenha intenção de causar proveito próprio ou alheio, valendo-
-se de facilidade que lhe proporciona a
medo e que avítima se sinta atemorizada. qualidade de funcionário.
PECULATO CULPOSO
Peculato
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente
O crime de peculato tem como objetivo punir o funcionário para o crime de outrem:
se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de tercei- ração do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se
ro. Está descrito no artigo 312 do Código Penal, que prevê pena lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta.
o servidor público não teve intenção de cometer o crime, bem utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem:
como para os casos onde o servidor incorrer em erro de outra PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
multa.
pessoa, conforme artigo 313 do mesmo Código.
Prevaricação
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal em seu artigo 319 prevê o crime de preva-
PREVARICAÇÃO
ricação que tem como objetivo punir funcionários pú- ART. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevida-
mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
blicos que dificultem, deixem de praticar ou atrasem, indevida- disposição expressa de lei, para satisfa-
zer interesse ou sentimento pessoal:
mente, atos que são obrigações de seus cargos, os pratica contra
PENA – detenção, de três meses a um ano,
Autoacusação Falsa
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
pessoa que, de alguma forma, procura a autoridade po-
AUTOACUSAÇÃO FALSA
licial e assume ter cometido crime que na verdade foi ART. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de cri-
me inexistente ou praticado por outrem:
cometido por outra pessoa, ou assume crime que não existiu,
PENA – detenção, de três meses a dois
incorre no crime previsto no artigo 341 do Código Penal, que anos, ou multa.
Incitação ao Crime
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 286, descreve o delito de in-
INCITAÇÃO AO CRIME
citação ao crime, que consiste em incentivar, estimular, ART. 286. Incitar, publicamente, a prática de crime:
publicamente, que alguém cometa um crime e prevê pena de PENA – detenção, de três a seis meses, ou
multa.
Múnus Público
A
palavra múnus tem origem no latim e significa dever,
vistos em lei.
Omissão de Socorro
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 135, descreve o delito de
ART. 135. Deixar de prestar assistência, quando
omissão de socorro, que consiste na atitude de deixar de possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à
socorrer pessoas em situação de vulnerabilidade, como crian- pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não
ças abandonadas ou perdidas, pessoas inválidas, com ferimen- pedir, nesses casos, o socorro da autori-
dade pública:
tos, ou em situação de risco ou perigo. A lei também prevê que PENA – detenção, de um a seis meses, ou
multa.
comete o crime quem, verificando a situação de socorro, deixa
PARÁGRAFO ÚNICO. A pena é aumentada de
Condicionamento de Atendimento
Médico-Hospitalar Emergencial
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Lei 12.653/12, alterou o Código Penal para inserir o arti-
CONDICIONAMENTO DE ATENDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR
EMERGENCIAL
go 135-A, que descreve o crime de condicionamento de
ART. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissó-
atendimento médico-hospitalar emergencial, o qual consiste ria ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários
na proibição de exigência de garantias, como cheque, nota pro- administrativos, como condição para o
atendimento médico-hospitalar emer-
O objetivo da Lei é a proteção da vida e da saúde, e a puni- PARÁGRAFO ÚNICO. A pena é aumentada até
o dobro se da negativa de atendimento
ção prevista é de detenção de 3 meses a 1 ano e multa. No caso resulta lesão corporal de natureza grave,
e até o triplo se resulta a morte.
Falsa Identidade
N
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
os artigos 307 e 308, o Código Penal descreve os de-
FALSA IDENTIDADE
litos de falsa identidade. O artigo 307 define como ART. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
identidade para obter vantagem, em
crime o ato de atribuir-se ou a terceiro falsa identidade para proveito próprio ou alheio, ou para cau-
sar dano a outrem:
obter vantagem ou causar dano a alguém, e prevê pena de
PENA – detenção, de três meses a um ano,
detenção de 3 meses a um ano e multa. O crime descrito no ou multa, se o fato não constitui ele-
mento de crime mais grave.
artigo 308 consiste no ato de usar como se fosse próprio do- ART. 308. Usar, como próprio, passaporte, título
de eleitor, caderneta de reservista ou
cumento de identificação de outra pessoa, como passaporte, qualquer documento de identidade
alheia ou ceder a outrem, para que dele
título de eleitor e outros, e a pena é de 4 meses de detenção se utilize, documento dessa natureza,
próprio ou de terceiro:
a 2 anos de reclusão.
PENA – detenção, de quatro meses a dois
É importante destacar que os crimes de falsa identidade anos, e multa, se o fato não constitui
elemento de crime mais grave.
cumento falso.
de prisão antes do julgamento é medida excepcional, Título deverão ser aplicadas observan-
do-se a:
quando não for possível a aplicação de outra medida, obser- I– necessidade para aplicação da lei
penal, para a investigação ou a instru-
vando-se o artigo 282, §6º, que prevê que a prisão preventiva ção criminal e, nos casos expressamente
previstos, para evitar a prática de infra-
apenas deve ser decretada quando não for possível aplicar ou- ções penais;
No mesmo sentido, o artigo 313 limita os casos em que a ções pessoais do indiciado ou acusado.
em casos nos quais a própria condenação não enseje o encar- § 2º As medidas cautelares serão decretadas
pelo juiz, de ofício ou a requerimen-
ceramento. Esses últimos são casos nos quais a pena máxima to das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representa-
é inferior ou igual a quatro anos, ressalvadas as exceções le- ção da autoridade policial ou mediante
requerimento do Ministério Público.
gais, se o crime envolver violência doméstica e familiar contra § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de
perigo de ineficácia da medida, o juiz,
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com ao receber o pedido de medida caute-
lar, determinará a intimação da parte
deficiência. contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias,
A lei permite que as medidas cautelares sejam decretadas permanecendo os autos em juízo.
desde o início da investigação, até antes do trânsito em julgado, § 4º No caso de descumprimento de qual-
quer das obrigações impostas, o juiz,
e podem ser aplicadas em qualquer infração que tenha pena de ofício ou mediante requerimento do
Ministério Público, de seu assistente ou
restritiva de liberdade, desde que atenda aos requisitos do ar- do querelante, poderá substituir a me-
dida, impor outra em cumulação, ou, em
tigo 282: necessidade de garantia da lei e do processo penal e último caso, decretar a prisão preventiva
(art. 312, parágrafo único).
adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar
ou substituí-la quando verificar a falta
fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. de motivo para que subsista, bem como
medidas cautelares impostas, a prisão preventiva pode ser de- § 6º A prisão preventiva será determinada IV – proibição de ausentar-se da Comarca
quando não for cabível a sua substitui- quando a permanência seja convenien-
cretada. ção por outra medida cautelar (art. 319). te ou necessária para a investigação ou
instrução;
ART. 283. Ninguém poderá ser preso senão em
As medidas restritivas de direitos enumeradas no artigo flagrante delito ou por ordem escrita e V– recolhimento domiciliar no período
Crime de Estupro
É
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
de domínio público que forçar alguém a praticar atos
ESTUPRO
sexuais constitui crime definido no artigo 213 do Códi- ART. 213. Constranger alguém, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
go Penal. O estupro consiste na imposição da prática sexual por ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso:
ameaça ou violência, e tem como pena prisão de 6 a 10 anos.
PENA – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez)
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
midades ou deficiências mentais, ou que, por qualquer outro
ART. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro
motivo, tenham sua capacidade de resistência diminuída. Por ato libidinoso com menor de 14 (cator-
ze) anos:
exemplo, uma pessoa que foi dopada, ou está alcoolizada, mes- PENA – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos.
mo que esteja em estado de inconsciência por vontade própria,
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as
não pode ter sua intimidade violada, pois não está em condi- ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental,
ções de expressar sua vontade. Nem mesmo o marido pode não tem o necessário discernimento para
a prática do ato, ou que, por qualquer ou-
obrigar a esposa a praticar ato sexual. tra causa, não pode oferecer resistência.
do aumentada no caso de lesão corporal grave, de 10 a 20 anos; PENA – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte)
anos.
Incolumidade Pública
A
palavra incolumidade tem origem na palavra incólume,
ameaça de danos.
entre outros.
Incêndio
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 250, descreve o delito de
INCÊNDIO
incêndio, que consiste na atitude de gerar um incêndio ART. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a
vida, a integridade física ou o patrimô-
que coloque em risco a vida ou os bens de outra pessoa. nio de outrem:
O objetivo da norma é inibir a prática de atos que causem PENA – reclusão, de três a seis anos, e
multa.
perigo comum, quando diversas pessoas ou bens podem correr AUMENTO DE PENA
risco. A pena prevista é de 3 a 6 anos de reclusão e multa. A lei § 1º As penas aumentam-se de um terço:
cendiar o carro para pedir o seguro, e para os demais casos A) em casa habitada ou destinada a habitação;
Se o incêndio ocorrer de forma culposa, ou seja, sem inten- C) em embarcação, aeronave, comboio ou
veículo de transporte coletivo;
ção, as penas previstas são mais brandas, de 6 meses a 2 anos D) em estação ferroviária ou aeródromo;
INCÊNDIO CULPOSO
Invasão de Computador
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40 definidas em lei, ou o controle remoto
Código Penal, em seu artigo 154-A, descreve o delito de não autorizado do dispositivo invadido:
INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO
invasão de dispositivo informático. O crime consiste no ART. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio,
PENA – reclusão, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa, se a conduta não
conectado ou não à rede de computa-
ato de invadir computador ou dispositivo semelhante de outra dores, mediante violação indevida de
constitui crime mais grave.
crime resultar prejuízo econômico, pode ser aumentada em até § 1º Na mesma pena incorre quem produz,
I– Presidente da República, governado-
res e prefeitos;
oferece, distribui, vende ou difunde
um 1/3. Para o caso de a invasão resultar em obtenção de con- dispositivo ou programa de computador II – Presidente do Supremo Tribunal
ciais ou industriais, informações sigilosas, ou o controle remoto § 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um dos, do Senado Federal, de Assembleia
não autorizado do dispositivo invadido, a pena é maior, reclu- nômico. lativa do Distrito Federal ou de Câmara
Municipal; ou
§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de
são de 6 meses a 2 anos, e multa, podendo ser aumentada em conteúdo de comunicações eletrônicas IV – dirigente máximo da administração
privadas, segredos comerciais ou in- direta e indireta federal, estadual, muni-
até 1/3 se os dados obtidos forem divulgados. Caso o crime seja dustriais, informações sigilosas, assim cipal ou do Distrito Federal.
Discriminação ou Preconceito
A
LEI 7.716/89
Lei 7.716/89 define os crimes resultantes de preconcei-
ART. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os
to, que podem ser cometidos por intolerância racial, ét- crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião
ART. 2º (Vetado).
sas previstas na lei estão as práticas de impedimento de acesso
ART. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém,
blicos ou privados, e negativa de atendimento em restaurantes, reta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.
bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público PARÁGRAFO ÚNICO. Incorre na mesma pena
quem, por motivo de discriminação de
em geral. raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional, obstar a promoção funcional.
Inicialmente, a lei foi elaborada para a punição de crimes
PENA – reclusão de dois a cinco anos.
resultantes de preconceito de raça ou de cor, e ficou conheci- ART. 4º Negar ou obstar emprego em empresa
privada.
da como lei do racismo, mas a lei 9.459, de 13 de maio de 1997,
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por mo-
acrescentou os termos etnia, religião e procedência nacional, e tivo de discriminação de raça ou de cor
ou práticas resultantes do preconceito
ampliou a proteção da lei para vários tipos de intolerância. de descendência ou origem nacional ou
étnica:
As penas previstas podem chegar até 5 anos de reclusão e I– deixar de conceder os equipamentos
necessários ao empregado em igualda-
variam de acordo com o tipo de conduta. de de condições com os demais traba-
lhadores
O intuito da norma é de preservar os objetivos fundamen-
II – impedir a ascensão funcional do
tais descritos na Constituição Federal, mais especificamente de empregado ou obstar outra forma de
benefício profissional;
promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, III – proporcionar ao empregado trata-
mento diferenciado no ambiente de tra-
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. balho, especialmente quanto ao salário.
de trabalhadores, exigir aspectos de termas ou casas de massagem ou esta- ART. 20. Praticar, induzir ou incitar a discrimina-
aparência próprios de raça ou etnia para belecimento com as mesmas finalidades. ção ou preconceito de raça, cor, etnia,
emprego cujas atividades não justifi- religião ou procedência nacional.
PENA – reclusão de um a três anos.
quem essas exigências.
PENA – reclusão de um a três anos e
ART. 11. Impedir o acesso às entradas sociais
PENA – reclusão de dois a cinco anos. multa.
em edifícios públicos ou residenciais
ART. 5º Recusar ou impedir acesso a estabele- e elevadores ou escada de acesso aos § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou vei-
cimento comercial, negando-se a servir, mesmos: cular símbolos, emblemas, ornamentos,
atender ou receber cliente ou compra- distintivos ou propaganda que utilizem
PENA – reclusão de um a três anos.
dor. a cruz suástica ou gamada, para fins de
PENA – reclusão de três a cinco anos. PENA – reclusão de dois a quatro anos. I– o recolhimento imediato ou a busca e
apreensão dos exemplares do material
ART. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimen- ART. 15. (Vetado).
respectivo;
to em restaurantes, bares, confeitarias,
ART. 16. Constitui efeito da condenação a perda
ou locais semelhantes abertos ao públi- II – a cessação das respectivas trans-
do cargo ou função pública, para o ser-
co. missões radiofônicas, televisivas, ele-
vidor público, e a suspensão do funcio-
trônicas ou da publicação por qualquer
PENA – reclusão de um a três anos. namento do estabelecimento particular
meio;
por prazo não superior a três meses.
ART. 9º Impedir o acesso ou recusar atendi-
III – a interdição das respectivas mensa-
mento em estabelecimentos esportivos, ART. 17. (Vetado).
gens ou páginas de informação na rede
casas de diversões, ou clubes sociais
ART. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 mundial de computadores.
abertos ao público.
desta Lei não são automáticos, devendo
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da
PENA – reclusão de um a três anos. ser motivadamente declarados na sen-
condenação, após o trânsito em julgado
tença.
ART. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimen- da decisão, a destruição do material
to em salões de cabeleireiros, barbearias, ART. 19. (Vetado). apreendido.
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal em seu artigo 154 descreve o delito de vio-
VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL
lação de segredo profissional, que consiste no ato de ART. 154. Revelar alguém, sem justa causa, se-
gredo, de que tem ciência em razão de
divulgar, sem justificativa, segredo de que tenha tido ciência função, ministério, ofício ou profissão,
e cuja revelação possa produzir dano a
em razão de relação profissional, e cuja revelação possa causar outrem:
prejuízo a alguém. Exemplo: servidor público que trabalha em PENA – detenção, de três meses a um ano,
ou multa.
processo que tem documentos sigilosos e que os divulga cau- PARÁGRAFO ÚNICO. Somente se procede me-
diante representação.
sando danos à imagem das partes.
4 anos e multa.
Falsidade Ideológica
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
crime de falsidade ideológica está previsto no artigo
FALSIDADE IDEOLÓGICA
299 do Código Penal, que descreve a conduta crimino- ART. 299. Omitir, em documento público ou parti-
cular, declaração que dele devia constar,
sa como sendo o ato de omitir a verdade ou inserir declaração ou nele inserir ou fazer inserir decla-
ração falsa ou diversa da que devia ser
falsa, em documentos públicos ou particulares, com o objetivo escrita, com o fim de prejudicar direito,
criar obrigação ou alterar a verdade
de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre sobre fato juridicamente relevante:
fato juridicamente relevante. A configuração do crime exige que PENA – reclusão, de um a cinco anos, e
multa, se o documento é público, e re-
a fraude (informação falsa ou omissão de fato relevante) ocorra clusão de um a três anos, e multa, se o
documento é particular.
em documento verdadeiro. Exemplo: mentir que está matricu- PARÁGRAFO ÚNICO. Se o agente é funcionário
público, e comete o crime prevalecendo-
lado em curso para tirar carteira de estudante. -se do cargo, ou se a falsificação ou
alteração é de assentamento de registro
A pena prevista é de até 5 anos de reclusão e multa, em civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Imputabilidade Penal
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40 EMOÇÃO E PAIXÃO
artigo 26 do Código Penal descreve o conceito do que é
DA IMPUTABILIDADE PENAL ART. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
por doença ou mal desenvolvimento mental, não podiam en- ART. 26. É isento de pena o agente que, por
EMBRIAGUEZ
doença mental ou desenvolvimento
tender que o ato que cometeram era um crime, e por isso não mental incompleto ou retardado, era, ao II – a embriaguez, voluntária ou culposa,
tempo da ação ou da omissão, inteira- pelo álcool ou substância de efeitos
O artigo também considera como inimputáveis os menores acordo com esse entendimento. § 1º É isento de pena o agente que, por em-
lidade ocorre quando a pessoa comete o crime sob a condição capaz de entender o caráter ilícito do § 2º A pena pode ser reduzida de um a dois
fato ou de determinar-se de acordo com
terços, se o agente, por embriaguez,
de embriaguez completa, decorrente de situação imprevisível esse entendimento.
proveniente de caso fortuito ou força
MENORES DE DEZOITO ANOS maior, não possuía, ao tempo da ação
ou inevitável, seja por álcool ou outra droga semelhante, e que ou da omissão, a plena capacidade de
ART. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são
lhe retire totalmente a capacidade de entendimento. penalmente inimputáveis, ficando sujei- entender o caráter ilícito do fato ou de
Cabe ressaltar que para ser isento de pena, tanto no caso ção especial. tendimento.
Responsabilidade do Morador
O
LEI 10.406/02
Código Civil em seu artigo 938 descreve a responsabili-
art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte
dade que o morador tem pelos danos e prejuízos causa- dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem
dos em razão de coisas que caiam ou sejam lançadas do local lançadas em lugar indevido.
da, mas que, por um golpe de vento, caia sobre pedestre que
A
LEI 9.605/98 ou que cause danos diretos à saúde da
Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98, em seu artigo 54, população;
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS
descreve o crime de poluição, que consiste no ato de ART. 54. Causar poluição de qualquer natureza
III – causar poluição hídrica que torne
necessária a interrupção do abasteci-
em níveis tais que resultem ou possam
causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a resultar em danos à saúde humana,
mento público de água de uma comuni-
dade;
ou que provoquem a mortandade de
saúde humana ou segurança dos animais ou destrua a flora. animais ou a destruição significativa IV – dificultar ou impedir o uso público
da flora: das praias;
Um exemplo clássico desse tipo de crime é a queimada de lixo
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e V– ocorrer por lançamento de resíduos
doméstico, que emite poluição na forma de fumaça, causa ris- multa.
sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos,
e multa.
criada para estabelecer as normas de proteção e defe- ART. 13. O torcedor tem direito a segurança nos
locais onde são realizados os eventos
sa do torcedor. Ela tem como um dos pontos principais a segu- esportivos antes, durante e após a reali-
zação das partidas.
rança durante os eventos esportivos.
PARÁGRAFO ÚNICO. Será assegurado acessi-
A norma garante que o torcedor tenha direito à segurança bilidade ao torcedor portador de defici-
ência ou com mobilidade reduzida.
antes, durante e depois do evento, descrevendo as condições ART. 13-A. São condições de acesso e permanência
do torcedor no recinto esportivo, sem
para entrada no ambiente onde ocorrerá a disputa esportiva, prejuízo de outras condições previstas
em lei:
bem como as condições de permanência, ou seja, o que pode e
I– estar na posse de ingresso válido;
o que não pode ser feito dentro do local das competições. II – não portar objetos, bebidas ou
substâncias proibidas ou suscetíveis de
Outro ponto importante garantido pela norma é o direito gerar ou possibilitar a prática de atos de
violência;
de acessibilidade ao torcedor portador de deficiência ou com
III – consentir com a revista pessoal de
IX – não invadir e não incitar a invasão, para que aquele encaminhe suas recla- ART. 17. É direito do torcedor a implementação
de qualquer forma, da área restrita aos mações no momento da partida, em local: de planos de ação referentes a segu-
competidores; rança, transporte e contingências que
A) amplamente divulgado e de fácil acesso; e
possam ocorrer durante a realização de
X– não utilizar bandeiras, inclusive com B) situado no estádio.
eventos esportivos.
mastro de bambu ou similares, para
§ 1º É dever da entidade de prática desporti-
outros fins que não o da manifestação § 1º Os planos de ação de que trata ocaput-
va detentora do mando de jogo solucio-
festiva e amigável. serão elaborados pela entidade respon-
nar imediatamente, sempre que possí-
vel, as reclamações dirigidas ao serviço sável pela organização da competição,
PARÁGRAFO ÚNICO. O não cumprimento das
de atendimento referido no inciso III, com a participação das entidades de
condições estabelecidas neste artigo
prática desportiva que a disputarão e
implicará a impossibilidade de ingresso bem como reportá-las ao Ouvidor da
do torcedor ao recinto esportivo, ou, se dos órgãos responsáveis pela segurança
Competição e, nos casos relacionados
for o caso, o seu afastamento imedia- pública, transporte e demais contingên-
à violação de direitos e interesses de
to do recinto, sem prejuízo de outras cias que possam ocorrer, das localida-
consumidores, aos órgãos de defesa e
sanções administrativas, civis ou penais des em que se realizarão as partidas da
proteção do consumidor.
eventualmente cabíveis. competição.
ART. 15. O detentor do mando de jogo será uma
ART. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a § 2º Planos de ação especiais poderão ser
das entidades de prática desportiva
14 da Lei 8.078/90, a responsabilidade apresentados em relação a eventos es-
envolvidas na partida, de acordo com os
pela segurança do torcedor em even- portivos com excepcional expectativa de
critérios definidos no regulamento da
to esportivo é da entidade de prática público.
competição.
desportiva detentora do mando de jogo
§ 3º Os planos de ação serão divulgados no
e de seus dirigentes, que deverão: ART. 16. É dever da entidade responsável pela
sítio dedicado à competição de que tra-
organização da competição:
I– solicitar ao Poder Público competen- ta o parágrafo único do art. 5º no mes-
te a presença de agentes públicos de I– confirmar, com até quarenta e oito mo prazo de publicação do regulamento
segurança, devidamente identificados, horas de antecedência, o horário e o definitivo da competição.
responsáveis pela segurança dos tor- local da realização das partidas em que
ART. 18. Os estádios com capacidade superior a
cedores dentro e fora dos estádios e a definição das equipes dependa de
10.000 (dez mil) pessoas deverão man-
demais locais de realização de eventos resultado anterior;
ter central técnica de informações, com
esportivos;
II – contratar seguro de acidentes pesso- infraestrutura suficiente para viabilizar o
II – informar imediatamente após a ais, tendo como beneficiário o torcedor monitoramento por imagem do público
decisão acerca da realização da partida, portador de ingresso, válido a partir do presente.
dentre outros, aos órgãos públicos de momento em que ingressar no estádio;
ART. 19. As entidades responsáveis pela organi-
segurança, transporte e higiene, os da-
III – disponibilizar um médico e dois zação da competição, bem como seus
dos necessários à segurança da partida,
enfermeiros-padrão para cada dez mil dirigentes respondem solidariamente
especialmente:
torcedores presentes à partida; com as entidades de que trata o art. 15
A) o local;
e seus dirigentes, independentemente
B) o horário de abertura do estádio; IV – disponibilizar uma ambulância para
da existência de culpa, pelos prejuízos
C) a capacidade de público do estádio; e cada dez mil torcedores presentes à
causados a torcedor que decorram de
partida; e
D) a expectativa de público; falhas de segurança nos estádios ou
III – colocar à disposição do torcedor V– comunicar previamente à autoridade da inobservância do disposto neste
orientadores e serviço de atendimento de saúde a realização do evento. capítulo.
três crimes contra alterações ou interferências em re- trem, vantagem ou promessa de van-
tagem patrimonial ou não patrimonial
O artigo 41-C considera crime a conduta de pedir ou aceitar competição esportiva ou evento a ela
associado:
dinheiro, ou alguma vantagem, para alterar ou falsificar o resul- PENA – reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos
e multa.
tado de uma competição. Já no artigo 41-D, as condutas con-
ART. 41-D. Dar ou prometer vantagem patrimo-
sideradas como crime são as de dar ou prometer dinheiro ou nial ou não patrimonial com o fim de
alterar ou falsear o resultado de uma
vantagem em troca da alteração do resultado. Por fim, o artigo competição desportiva ou evento a ela
associado:
41-E puni qualquer forma de fraude que interfira no resultado PENA – reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos
e multa.
de evento esportivo.
ART. 41-E. Fraudar, por qualquer meio, ou contri-
Para todos os casos, a pena prevista é: reclusão de até 6 buir para que se fraude, de qualquer
forma, o resultado de competição es-
O
ESTATUTO DO TORCEDOR – LEI 10.671/03
Estatuto do Torcedor, que tem como principal objetivo a
DA ALIMENTAÇÃO E DA HIGIENE
proteção dos torcedores, traz expressamente em seu texto ART. 28. O torcedor partícipe tem direito à higie-
ne e à qualidade das instalações físicas
a garantia de que as instalações para o público sejam adequadas dos estádios e dos produtos alimentí-
cios vendidos no local.
e seguras, e que os alimentos a serem servidos devem ter boa
§ 1º O Poder Público, por meio de seus ór-
procedência e qualidade. A lei proíbe que os produtos vendidos gãos de vigilância sanitária, verificará o
cumprimento do disposto neste artigo,
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
pessoa que faz a comunicação de um crime que não
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO
ocorreu, gerando a atuação de uma autoridade no in- ART. 340. Provocar a ação de autoridade, comu-
nicando-lhe a ocorrência de crime ou
tuito de investigar o falso crime, pode ser responsabilizada pelo de contravenção que sabe não se ter
verificado:
crime de comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do
PENA – detenção, de um a seis meses, ou
Código Penal, e está sujeita a uma pena de até 6 meses de de- multa.
tenção e multa.
não existe.
Veja também:
Fraude Processual
O
FRAUDE PROCESSUAL
Código Penal em seu artigo 347 descreve o delito de
ART. 347. Inovar artificiosamente, na pendência
fraude processual, que consiste no ato de modificar in- de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
tencionalmente dados de processo, com intuito de levar juiz ou com o fim de induzir a erro o juiz ou o
perito:
perito a erro. A pena prevista é de 3 meses a 2 anos e multa. PENA – detenção, de três meses a dois
anos, e multa.
Exemplo: inserir depoimento falso no inquérito policial.
PARÁGRAFO ÚNICO. Se a inovação se destina
Na hipótese de a fraude ocorrer em processo penal, as pe- a produzir efeito em processo penal,
ainda que não iniciado, as penas apli-
Desobediência
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
crime de desobediência está previsto no artigo 230 do
DESOBEDIÊNCIA
Código Penal, que descreve a conduta criminosa como ART. 330. Desobedecer a ordem legal de funcioná-
rio público:
sendo o ato de não acatar ordem legal de funcionário público.
PENA – detenção, de quinze dias a seis
Exemplo: Juiz intima testemunha a depor e ela não comparece. meses, e multa.
suas funções.
O
LEI 10.406/02
Código Civil em seu artigo 936 descreve a responsabili-
ART. 936. O dono, ou detentor, do animal ressar-
dade que o dono tem pelos danos e prejuízos causados cirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
responsabilizado.
Lavagem de Dinheiro
A
LEI 9.613/98 II – participa de grupo, associação ou
Lei 9.613/98 descreve o crime de “lavagem” ou ocultação escritório tendo conhecimento de que
DOS CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E
VALORES
sua atividade principal ou secundária
de bens, muito conhecido como lavagem de dinheiro,
ART. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, ori- é dirigida à prática de crimes previstos
que consiste no ato de ocultar ou dissimular a origem ilícita de gem, localização, disposição, movimen- nesta Lei.
A denominação de lavagem de dinheiro surgiu, pois o di- PENA – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez)
§ 4º A pena será aumentada de um a dois
terços, se os crimes definidos nesta
anos, e multa.
nheiro adquirido de forma ilícita é sujo, e necessita ter uma Lei forem cometidos de forma reitera-
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para da ou por intermédio de organização
aparência de legalidade; ou seja, precisa ser lavado para pare- ocultar ou dissimular a utilização de criminosa.
bens, direitos ou valores provenientes
ilícito, de obras de arte ou produtos de luxos para revendê-los em ou recebe em garantia, guarda, tem em a qualquer tempo, por pena restritiva
depósito, movimenta ou transfere; de direitos, se o autor, coautor ou partí-
seguida, para dar a aparência de um operação comercial legal. III – importa ou exporta bens com valores
cipe colaborar espontaneamente com
as autoridades, prestando esclareci-
não correspondentes aos verdadeiros.
A pena prevista é de 3 até 10 anos de reclusão e multa. A mentos que conduzam à apuração das
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:
infrações penais, à identificação dos
Lei prevê penas maiores para os casos nos quais o crime ocorra I– utiliza, na atividade econômica ou autores, coautores e partícipes, ou à lo-
financeira, bens, direitos ou valores pro- calização dos bens, direitos ou valores
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. venientes de infração penal; objeto do crime.
soa com Deficiência, em seu artigo 90, descreve como hospitais, casas de saúde, entidades de
abrigamento ou congêneres:
crime o ato de abandonar pessoa com deficiência em hospitais, PENA – reclusão, de 6 (seis) meses a 3
(três) anos, e multa.
casas de saúde ou locais semelhantes.
PARÁGRAFO ÚNICO. Na mesma pena incorre
A pena prevista é de 6 meses a 3 anos de reclusão e multa. quem não prover as necessidades bási-
cas de pessoa com deficiência quando
A norma também prevê que o responsável por suprir as necessi- obrigado por lei ou mandado.
A
ESTATUTO DO IDOSO – LEI 10.741/03
Lei 10.741/03, também conhecida como Estatuto do Ido-
ART. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou
so, em seu artigo 96, descreve o delito de discriminação dificultando seu acesso a operações
bancárias, aos meios de transporte, ao
contra idoso, que consiste no ato de, em razão da idade, tratar direito de contratar ou por qualquer
outro meio ou instrumento necessário
a pessoa de forma injusta ou desigual, criando empecilhos ou ao exercício da cidadania, por motivo
de idade:
dificuldades de acesso a operações bancárias, meios de trans- PENA – reclusão de 6 (seis) meses a 1
(um) ano e multa.
porte, ou criar embaraços ao exercício da cidadania.
§ 1º Na mesma pena incorre quem desde-
A pena prevista é de 6 meses a 1 ano de reclusão e multa. nhar, humilhar, menosprezar ou dis-
criminar pessoa idosa, por qualquer
O
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Distrito Federal é uma unidade da federação que pos-
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
DOS MUNICÍPIOS
em seu artigo 32, que trata da organização política e adminis-
ART. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,
trativa do Distrito Federal, proibiu sua divisão em Municípios. votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois
O Distrito Federal tem uma estrutura política diferente das terços dos membros da Câmara Muni-
cipal, que a promulgará, atendidos os
demais unidades federativas do país. Há um governador e uma princípios estabelecidos nesta Consti-
tuição, na Constituição do respectivo
Câmara Legislativa com 24 deputados distritais, mas não há pre- Estado e os seguintes preceitos:
ção para prefeito, vice e vereadores, que devem ocorrer de ma- DO DISTRITO FEDERAL
fiança, no caso de prisão em flagrante, em que o proce- te, o juiz deverá fundamentadamente:
lei, conforme o artigo 310, inciso III do Código de Processo Pe- preventiva, quando presentes os re-
quisitos constantes do art. 312 deste
nal. Apesar da prisão ser legal, o magistrado pode entender que Código, e se revelarem inadequadas
ou insuficientes as medidas cautelares
O relaxamento da prisão ocorre nas hipóteses de prisão PARÁGRAFO ÚNICO. Se o juiz verificar, pelo
auto de prisão em flagrante, que o agen-
preventiva, que sofreu algum tipo de ilegalidade, ou não possui te praticou o fato nas condições constan-
tes dos incisos I a III docaputdo art. 23 do
A revogação da prisão cabe tanto para prisão preventiva mentadamente, conceder ao acusado
liberdade provisória, mediante termo de
quanto para a prisão temporária, que ocorreram dentro da le- comparecimento a todos os atos proces-
suais, sob pena de revogação.
galidade, mas que não são mais úteis para o processo criminal. ART. 322. A autoridade policial somente poderá
conceder fiança nos casos de infração
Veja também: cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos.
Fiança
PARÁGRAFO ÚNICO. Nos demais casos, a fian-
Resistência
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
delito de resistência está previsto no artigo 329 do Códi-
RESISTÊNCIA
go Penal, que descreve a conduta criminosa como sen- ART. 329. Opor-se à execução de ato legal, me-
diante violência ou ameaça a funcio-
do o ato de se opor ou resistir à execução de ato legal, com vio- nário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxílio:
lência ou ameaça, à pessoa que o esteja praticando. Costuma
PENA – detenção, de dois meses a dois
gera o crime.
Conselho de Sentença
A
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – DECRETO-LEI 3.689/41 ART. 449. Não poderá servir o jurado que:
constituição do conselho de sentença está prevista no
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CON-
SELHO DE SENTENÇA
I– tiver funcionado em julgamento
artigo 447 do Código de Processo Penal, que trata da anterior do mesmo processo, indepen-
ART. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um)
dentemente da causa determinante do
composição do Tribunal do Júri, prevendo que o mesmo é com- juiz togado, seu presidente e por 25 (vin-
julgamento posterior;
te e cinco) jurados que serão sorteados
posto de um juiz de direito, que é seu presidente, e de 7 jurados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais II – no caso do concurso de pessoas,
constituirão o Conselho de Sentença em
houver integrado o Conselho de Senten-
leigos (membros da comunidade), que são sorteados dentre cada sessão de julgamento.
ça que julgou o outro acusado;
ART. 448. São impedidos de servir no mesmo Con-
uma lista de 25 indicados. selho:
III – tiver manifestado prévia disposição
da sessão.
§ 1º O mesmo impedimento ocorrerá em relação
às pessoas que mantenham união estável ART. 452. O mesmo Conselho de Sentença poderá
reconhecida como entidade familiar. conhecer de mais de um processo, no
§ 2º Aplicar-se-á aos jurados o disposto so- mesmo dia, se as partes o aceitarem, hi-
Locupletamento ou
Enriquecimento sem Causa
A
CÓDIGO CIVIL – LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
palavra locupletamento deriva de locupletar, que sig-
DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
nifica enriquecer, ou ter acréscimo de patrimônio ou ART. 884. Aquele que, sem justa causa, se enrique-
cer à custa de outrem, será obrigado a
riquezas, não necessariamente de forma ilícita. Todavia, no âm- restituir o indevidamente auferido, feita
a atualização dos valores monetários.
bito jurídico, a palavra geralmente é utilizada no sentido de en-
PARÁGRAFO ÚNICO. Se o enriquecimento tiver
riquecimento sem causa, ou ilícito, que ocorre em prejuízo a por objeto coisa determinada, quem a
recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a
O tema é tratado pelo Código Civil, em seu artigo 884, que foi exigido.
Ex: multas contratuais que sejam desproporcionais, taxas tros meios para se ressarcir do prejuízo
sofrido.
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
artigo 130 do Código Penal descreve o delito de perigo
PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO
de contágio venéreo, que consiste no ato de colocar ART. 130. Expor alguém, por meio de relações se-
xuais ou qualquer ato libidinoso, a con-
alguém em risco de contaminação por ato sexual, sabendo tágio de moléstia venérea, de que sabe
ou deve saber que está contaminado:
que possui doença que pode ser transmitida, mas deixa de
PENA – detenção, de três meses a um ano,
A pena é maior para o caso de a pessoa ter a intenção de PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
multa.
transmitir a doença, neste caso a punição é de reclusão de 1 a § 2º Somente se procede mediante repre-
sentação.
4 anos e multa.
A
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI 8.078/90
maioria dos contratos que envolvem relação de consu-
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
mo, com pagamento a prazo, ou seja, os famosos bole- ART. 51. São nulas de pleno direito, entre outras,
as cláusulas contratuais relativas ao for-
tos, possuem previsão de multa para o caso de não pagamento necimento de produtos e serviços que:
no dia de vencimento. Todavia, essa multa possui um limite ART. 52. No fornecimento de produtos ou servi-
ços que envolva outorga de crédito ou
proibi expressamente que as multas ocasionadas pelo não pa- requisitos, informá-lo prévia e adequa-
damente sobre:
gamento na data pactuada sejam estipuladas acima de 2% do I– preço do produto ou serviço em moe-
da corrente nacional;
valor da prestação, e determina queas cláusulas, seja no bole-
II – montante dos juros de mora e da
to, carnê ou contrato de consumo,que estabeleçam multa por taxa efetiva anual de juros;
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
delito de exposição ou abandono de recém-nascido
EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO
está previsto no artigo 134 do Código Penal, que des- ART. 134. Expor ou abandonar recém-nascido,
para ocultar desonra própria:
creve como conduta criminosa o ato de desamparar ou expor o
PENA – detenção, de seis meses a dois
§ 2º Se resulta a morte:
Para a configuração do crime, é indispensável que a atitude
PENA – detenção, de dois a seis anos.
tenha sido motivada pelo objetivo de esconder ato que causou ABANDONO DE INCAPAZ
O referido crime é muito parecido com o crime de aban- de, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do
para que esse crime se configure, não há necessidade de inten- PENA – reclusão, de um a cinco anos.
AUMENTO DE PENA
A
LEI 13.363/16 § 3º O direito assegurado no inciso IV deste
Lei 13.636/16, alterou o estatuto da advocacia, Lei artigo à advogada adotante ou que der à
ART. 1º Esta Lei altera a Lei 8.906/94, e a Lei
luz será concedido pelo prazo previsto no
8.906/94, e o Código de Processo Civil, Lei 13.105/16, para 13.105/15 (Código de Processo Civil), para
§ 6º do art. 313 da Lei 13.105/15 (Código de
estipular direitos e garantias para a ad-
garantir direitos às advogadas gestantes, adotantes, ou que es- vogada gestante, lactante, adotante ou
Processo Civil).”
que der à luz e para o advogado que se ART. 3º O art. 313 da Lei 13.105/15 (Código de
tejam amamentando. tornar pai. Processo Civil), passa a vigorar com as
que descreve direitos como a reserva de vagas nas garagens dos “Art. 7º-A.São direitos da advogada: ...
I – gestante:
IX – pelo parto ou pela concessão de ado-
fóruns ou tribunais, a entrada nos mesmos sem passar pelos a) entrada em tribunais sem ser submetida ção, quando a advogada responsável pelo
a detectores de metais e aparelhos de raios
detectores de metais ou raio x, e o acesso a creches ou locais X;
processo constituir a única patrona da
causa;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns
para atendimento dos bebes. Quanto à atuação profissional, a dos tribunais;
X – quando o advogado responsável pelo
III – gestante, lactante, adotante ou que der partir da data do parto ou da concessão da
são dos prazos processuais quando forem a única advogada de à luz, preferência na ordem das sustenta- adoção, mediante apresentação de certidão
ções orais e das audiências a serem realiza-
seu cliente. das a cada dia, mediante comprovação de
de nascimento ou documento similar que
A
LEI 7.170/83
Lei 7.170/93 define os crimes contra a segurança nacio-
ART. 20. Devastar, saquear, extorquir, roubar,
nal, a ordem política e a social, e prevê que quem pra- sequestrar, manter em cárcere privado,
incendiar, depredar, provocar explosão,
ticar os atos descritos na mesma, por discordar do sistema po- praticar atentado pessoal ou atos de
terrorismo, por inconformismo político
lítico; ou com objetivo de obter dinheiro para manutenção de ou para obtenção de fundos destinados
à manutenção de organizações políticas
de devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em corporal grave, a pena aumenta-se até o
dobro; se resulta morte, aumenta-se até
Poderes da União.
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40 ou, ainda, aluga original ou cópia de
violação de direito autoral está prevista no artigo 184 do obra intelectual ou fonograma, sem a
VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
expressa autorização dos titulares dos
Código Penal, que descreve a conduta criminosa como ART. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são direitos ou de quem os represente.
conexos:
sendo o ato de infringir direitos inerentes ao autor, ou com eles § 3º Se a violação consistir no oferecimento
PENA – detenção, de 3 (três) meses a 1 ao público, mediante cabo, fibra óti-
relacionados. Um exemplo muito corriqueiro são as falsifica- (um) ano, ou multa. ca, satélite, ondas ou qualquer outro
sistema que permita ao usuário realizar
§ 1º Se a violação consistir em reprodução
ções, ou os chamados produtos piratas, que são copiados e total ou parcial, com intuito de lucro a seleção da obra ou produção para
e multa, que também é aplicada no caso de os produtos copia- anos, e multa. anos, e multa.
Falsificação de Alimentos
N
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
as festas de fim de ano cuidado com ofertas exces-
FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE
SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
sivamente vantajosas ou produtos sem procedência,
ART. 272. Corromper, adulterar, falsificar ou alterar
minosa como crime o ato de corromper, adulterar, ou falsificar § 1º-A Incorre nas penas deste artigo quem
fabrica, vende, expõe à venda, importa,
produtos alimentícios em geral, como comidas ou bebidas, com tem em depósito para vender ou, de
qualquer forma, distribui ou entrega a
teor alcoólico ou não, de modo que venha trazer riscos à saúde consumo a substância alimentícia ou o
produto falsificado, corrompido ou adul-
caso de o crime ocorrer de forma culposa, ou seja, sem inten- MODALIDADE CULPOSA
§ 2º Se o crime é culposo:
ção, a pena é diminuída, passa a ser de 1 a 2 anos e multa.
PENA – detenção, de 1 (um) a 2 (dois)
O artigo ainda prevê que quem fabrica, vende ou, de qual- anos, e multa.
Termo de Garantia
O
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI 8.078/90 § 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo de-
Código de Defesa do Consumidor, no intuito de dar efe-
recai sobre o fabricante ou distribuidor. II – noventa dias, tratando-se de forneci- PARÁGRAFO ÚNICO. O termo de garantia ou
tenção, ou multa.
Preso Provisório
P
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI 7.210/84
§ 4º O preso que tiver sua integridade física,
reso provisório é aquele cuja prisão foi decretada com
cesso penal, com direito a ampla defesa e contraditório, para § 1º Os presos provisórios ficarão separados
ART. 85. O estabelecimento penal deverá ter
lotação compatível com a sua estrutura
de acordo com os seguintes critérios:
que o juiz, ou conselho de sentença, no caso do Tribunal do Júri, e finalidade.
I– acusados pela prática de crimes he-
O Conselho Nacional de
possa chegar a uma decisão e, consequentemente, aplicar uma diondos ou equiparados;
PARÁGRAFO ÚNICO.
Veja também:
Prisões Cautelares
Rebelião de Presos
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
delito de motim de presos está previsto no artigo 354 do
MOTIM DE PRESOS
Código Penal, que descreve a conduta criminosa como ART. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a
ordem ou disciplina da prisão:
sendo o ato de os presos se rebelarem causando desordem ou
PENA – detenção, de seis meses a dois
Sonegação de Imposto
A
LEI 4.729/65 prejuízo das sanções administrativas
palavra sonegar significa esconder ou omitir. O crime
cabíveis;
ART 1º Constitui crime de sonegação fiscal:
A
da com multa no valor de R$ 293,47 (du-
infração de dirigir sob a influência de álcool ou outra ART. 161. Constitui infração de trânsito a inob-
servância de qualquer preceito deste zentos e noventa e três reais e quarenta
substância entorpecente é de amplo conhecimento pú- Código, da legislação complementar ou e sete centavos);
e é considerada como infração gravíssima, tendo como pena- PARÁGRAFO ÚNICO. As infrações cometidas
III – infração de natureza média, punida
com multa no valor de R$ 130,16 (cento e
em relação às resoluções do CONTRAN
lidade multa de 10 vezes o valor da referida infração, e mais a terão suas penalidades e medidas
trinta reais e dezesseis centavos);
medida administrativa de recolhimento do documento de ha- que determine dependência: fator multiplicador ou índice adicional
específico é o previsto neste Código.
INFRAÇÃO – gravíssima;
bilitação e retenção do veículo. ART. 259. A cada infração cometida são computa-
PENALIDADE – multa (dez vezes) e suspen-
dos os seguintes números de pontos:
Para o caso de reincidência, a multa pode ser aplicada em são do direito de dirigir por 12 (doze)
meses. I– gravíssima – sete pontos;
dobro. O valor da multa é definido pelo artigo 258 do mesmo di- MEDIDA ADMINISTRATIVA – recolhimento do II – grave – cinco pontos;
documento de habilitação e retenção
ploma legal, que prevê, para o caso de infração gravíssima, mul- do veículo, observado o disposto no §
III – média – quatro pontos;
já ter sido autuado pela mesma infração anteriormente. multa prevista no caput em caso de tância psicoativa que determine depen-
reincidência no período de até 12 (doze) dência:
L
LEI 5.650, DE 1º DE ABRIL DE 2016 nos meses subsequentes, a partir
ei Distrital 5.650/16 estabelece as normas para fiscali- II –
caso de reincidência, multa de 1 salário mínimo, além da obri- de implementação desta Lei: pode ser apresentada às autoridades
envolvidas no programa, que definem a
A) advertência verbal: o infrator é adverti-
gação de participação em cursos educativos. do verbalmente e deve recolher o objeto
melhor medida de punição;
LOMAN – 38 ANOS
A
Lei Complementar 35/79, também conhecida como Lei
A
LEI 7.210/84
Lei 7.210/84, também conhecida como Lei de Execuções
ART. 1º A execução penal tem por objetivo
Penais – LEP, tem como finalidade efetivar as disposi- efetivar as disposições de sentença ou
decisão criminal e proporcionar condi-
ções de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições ções para a harmônica integração social
do condenado e do internado.
para a harmônica integração social do condenado e do inter- ART. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tri-
bunais da Justiça ordinária, em todo o
nado. Território Nacional, será exercida, no
processo de execução, na conformidade
Após o fim dos recursos para a condenação penal, o pro- desta Lei e do Código de Processo Penal.
cesso entra na fase de execução da pena, momento em que é PARÁGRAFO ÚNICO. Esta Lei aplicar-se-á
igualmente ao preso provisório e ao
A Lei de Execuções Penais dispõe sobre os direitos e deve- sujeito à jurisdição ordinária.
A
LEI 9.433/97
Lei 9.433/97, que instituiu a Política Nacional de Recur-
ART. 49. Constitui infração das normas de utiliza-
sos Hídricos, prevê diversas infrações e penalidades ção de recursos hídricos superficiais ou
subterrâneos:
administrativas para o uso irregular da água. O artigo 49, V, des- I– derivar ou utilizar recursos hídricos
para qualquer finalidade, sem a respec-
creve, especificamente, que perfurar poços ou operá-los sem tiva outorga de direito de uso;
ção dos recursos hídricos e enseja penalidades de: advertência, derivação ou a utilização de recursos
hídricos, superficiais ou subterrâneos,
multa diária ou proporcional ao dano de até 10 mil reais, além que implique alterações no regime,
quantidade ou qualidade dos mesmos,
A conduta também pode ser considerada com crime, pois a III – (VETADO);
Lei 9.605/98, que regulamenta as sanções penais e administrati- IV – utilizar-se dos recursos hídricos ou
executar obras ou serviços relacionados
vas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambien- com os mesmos em desacordo com as
condições estabelecidas na outorga;
te, prevê como crime a conduta de Construir, reformar, ampliar, V– perfurar poços para extração de água
subterrânea ou operá-los sem a devida
instalar ou fazer funcionar obras ou serviços potencialmente po- autorização;
luidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais com- VI – fraudar as medições dos volumes
de água utilizados ou declarar valores
III – embargo provisório, por prazo de- ART. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar
terminado, para execução de serviços ou fazer funcionar, em qualquer parte
e obras necessárias ao efetivo cumpri- do território nacional, estabelecimen-
mento das condições de outorga ou tos, obras ou serviços potencialmente
para o cumprimento de normas refe- poluidores, sem licença ou autorização
rentes ao uso, controle, conservação e dos órgãos ambientais competentes, ou
proteção dos recursos hídricos; contrariando as normas legais e regula-
Monitoração Eletrônica:
Fiscalização de Presos a Distância
A
LEI DE EXECUÇÕES PENAIS – LEI 7.210/84 poderá acarretar, a critério do juiz da
Lei 12.258/10 alterou a Lei de Execuções Penais, para execução, ouvidos o Ministério Público e
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
incluir a possibilidade de monitoração eletrônica de ART. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por
a defesa:
ção ou vigilância de presos, que geralmente ocorre por meio II – autorizar a saída temporária no regi-
temporária;
me semiaberto;
de tornozeleiras ou pulseiras eletrônicas, que permitem que III – (VETADO);
III – (VETADO);
IV – (VETADO);
as autoridades responsáveis fiscalizem o cumprimento da IV – determinar a prisão domiciliar;
V– (VETADO);
gime domiciliar e também determina os cuidados que devem ter der aos seus contatos e cumprir suas
ART. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser
orientações;
revogada:
com os equipamentos, bem como os deveres a serem cumpridos. II – abster-se de remover, de violar, de
I– quando se tornar desnecessária ou
modificar, de danificar de qualquer for-
Caso o preso viole os deveres estabelecidos para o uso das ma o dispositivo de monitoração eletrô-
inadequada;
revogação das autorizações de saídas temporárias ou da prisão da dos deveres previstos neste artigo sua vigência ou cometer falta grave.
domiciliar e advertência.
SURSIS, e estabelece os requisitos para sua aplicação. ART. 77. A execução da pena privativa de liberda-
de, não superior a 2 (dois) anos, poderá
O mencionado Instituto beneficia o condenado à pena que ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, desde que:
não seja superior a 2 anos, com a suspensão da mesma por até 4 I– o condenado não seja reincidente em
crime doloso;
anos, desde que cumpridas as condições estabelecidas pelo juiz.
II – a culpabilidade, os antecedentes,
Para receber o benefício, a lei estabelece: que o condenado a conduta social e personalidade do
agente, bem como os motivos e as cir-
não pode ser reincidente em crime doloso; que os elementos cunstâncias autorizem a concessão do
benefício;
referentes à prática do crime, tais como a culpabilidade, os an- III – Não seja indicada ou cabível a subs-
tituição prevista no art. 44 deste Código.
tecedentes, a conduta social e a personalidade do agente e ou-
§ 1º A condenação anterior a pena de multa
tros descritos na lei, permitam a concessãodo benefício; e, por não impede a concessão do benefício.
doloso; não pague a pena de multa; ou descumpra as condições ART. 78. Durante o prazo da suspensão, o con-
denado ficará sujeito à observação e ao
Com o fim do prazo de suspensão e mediante o cumprimen- § 1º No primeiro ano do prazo, deverá o con-
denado prestar serviços à comunidade
to das condições o condenado obtém a extinção de sua pena. (art. 46) ou submeter-se à limitação de
fim de semana (art. 48).
II – frustra, embora solvente, a execução ART. 82. Expirado o prazo sem que tenha havido
de pena de multa ou não efetua, sem revogação, considera-se extinta a pena
motivo justificado, a reparação do dano; privativa de liberdade.
está previsto no artigo 275 do Código Penal, que descre- ART. 275. Inculcar, em invólucro ou recipiente de
produtos alimentícios, terapêuticos ou
ve a conduta criminosa como sendo o ato de indicar falsamen- medicinais, a existência de substância
que não se encontra em seu conteúdo
te, em embalagem ou recipiente de alimentos ou remédios, a ou que nele existe em quantidade me-
nor que a mencionada:
presença de substância que o mesmo não tem, ou que tenha,
PENA – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco)
falsa também constitui crime, conforme artigo 276 do mencio- PENA – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco)
anos, e multa.
nado Código.
Tombamento
O
DECRETO-LEI 25/37
Decreto-Lei 25/37 tem como objeto a organização e a
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
a ser regido por um regime especial de propriedade, com res- artigo só serão considerados parte
integrante do patrimônio histórico o
trições que tem a finalidade de protegê-lo como memórias para artístico nacional, depois de inscritos
separada ou agrupadamente num dos
Os bens tombados não podem ser destruídos, nem repa- § 2º Equiparam-se aos bens a que se refere
o presente artigo e são também sujeitos
rados ou restaurados, sem a prévia autorização do Serviço do a tombamento os monumentos natu-
rais, bem como os sítios e paisagens
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob pena de multa. que importe conservar e proteger pela
feição notável com que tenham sido do-
Os delitos cometidos contra coisas tombadas são equipa- tados pelo natureza ou agenciados pelo
indústria humana.
rados aos crimes praticados contra o patrimônio nacional.
ART. 2º A presente lei se aplica às coisas per-
tencentes às pessôas naturais, bem
como às pessôas jurídicas de direito
privado e de direito público interno.
4) que pertençam a casas de comércio de ART. 6º O tombamento de coisa pertencente ART. 10. O tombamento dos bens, a que se refe- § 2º Na hipótese de deslocação de tais bens,
objetos históricos ou artísticos; à pessôa natural ou à pessôa jurídica re o art. 6º desta lei, será considerado deverá o proprietário, dentro do mes-
5) que sejam trazidas para exposições come- de direito privado se fará voluntária ou provisório ou definitivo, conforme esteja mo prazo e sob pena da mesma multa,
morativas, educativas ou comerciais:
compulsóriamente. o respectivo processo iniciado pela noti- inscrevê-los no registro do lugar para
6) que sejam importadas por emprêsas es- que tiverem sido deslocados.
ficação ou concluído pela inscrição dos
trangeiras expressamente para adôrno dos ART. 7º Proceder-se-à ao tombamento voluntá-
referidos bens no competente Livro do
respectivos estabelecimentos. rio sempre que o proprietário o pedir e § 3º A transferência deve ser comunicada
Tombo.
PARÁGRAFO ÚNICO. As obras mencionadas a coisa se revestir dos requisitos neces- pelo adquirente, e a deslocação pelo
nas alíneas 4 e 5 terão guia de licença sários para constituir parte integran- PARÁGRAFO ÚNICO. Para todas os efeitos, proprietário, ao Serviço do Patrimônio
para livre trânsito, fornecida pelo Ser- te do patrimônio histórico e artístico Histórico e Artistico Nacional, dentro do
salvo a disposição do art. 13 desta lei, o
viço ao Patrimônio Histórico e Artístico nacional, a juízo do Conselho Consultivo mesmo prazo e sob a mesma pena.
tombamento provisório se equiparará
Nacional. do Serviço do Patrimônio Histórico e ao definitivo. ART. 14. A coisa tombada não poderá saír do
Artístico Nacional, ou sempre que o país, senão por curto prazo, sem trans-
CAPÍTULO II – DO TOMBAMENTO CAPÍTULO III – DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO
mesmo proprietário anuir, por escrito, à ferência de domínio e para fim de
ART. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e notificação, que se lhe fizer, para a ins- ART. 11. As coisas tombadas, que pertençam à intercâmbio cultural, a juízo do Conse-
Artístico Nacional possuirá quatro Livros crição da coisa em qualquer dos Livros União, aos Estados ou aos Municípios, lho Consultivo do Serviço do Patrimônio
do Tombo, nos quais serão inscritas as do Tombo. inalienáveis por natureza, só poderão Histórico e Artistico Nacional.
obras a que se refere o art. 1º desta lei,
ser transferidas de uma à outra das
a saber: ART. 8º Proceder-se-á ao tombamento compul- ART. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no
referidas entidades.
sório quando o proprietário se recusar a artigo anterior, a exportação, para fora
1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográ-
anuir à inscrição da coisa. PARÁGRAFO ÚNICO. Feita a transferência, do país, da coisa tombada, será esta
fico e Paisagístico, as coisas pertencentes às
categorias de arte arqueológica, etnográfica, dela deve o adquirente dar imediato sequestrada pela União ou pelo Estado
ART. 9º O tombamento compulsório se fará de
ameríndia e popular, e bem assim as men- conhecimento ao Serviço do Patrimônio em que se encontrar.
acôrdo com o seguinte processo:
cionadas no § 2º do citado art. 1º.
Histórico e Artístico Nacional. § 1º Apurada a responsábilidade do proprie-
2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas 1) o Serviço do Patrimônio Histórico e Artís-
ART. 12. A alienabilidade das obras históricas ou tário, ser-lhe-á imposta a multa de cin-
de interêsse histórico e as obras de arte tico Nacional, por seu órgão competente,
histórica; notificará o proprietário para anuir ao tom- coenta por cento do valor da coisa, que
artísticas tombadas, de propriedade de
no Livro do Tombo das Belas Artes, as coi- bamento, dentro do prazo de quinze dias, permanecerá sequestrada em garantia
3) pessôas naturais ou jurídicas de direito
sas de arte erudita, nacional ou estrangeira; a contar do recebimento da notificação, ou do pagamento, e até que êste se faça.
privado sofrerá as restrições constantes
para, si o quisér impugnar, oferecer dentro
4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, da presente lei. § 2º No caso de reincidência, a multa será
do mesmo prazo as razões de sua impugna-
as obras que se incluírem na categoria das
ção. elevada ao dôbro.
artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras. ART. 13. O tombamento definitivo dos bens de
2) no caso de não haver impugnação dentro propriedade particular será, por inicia- § 3º A pessôa que tentar a exportação de
§ 1º Cada um dos Livros do Tombo poderá
do prazo assinado. que é fatal, o diretor do
ter vários volumes. tiva do órgão competente do Serviço do coisa tombada, alem de incidir na multa
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Patrimônio Histórico e Artístico Nacio- a que se referem os parágrafos anterio-
§ 2º Os bens, que se inclúem nas catego- Nacional mandará por símples despacho
nal, transcrito para os devidos efeitos res, incorrerá, nas penas cominadas no
que se proceda à inscrição da coisa no com-
rias enumeradas nas alíneas 1, 2, 3 e 4
petente Livro do Tombo. em livro a cargo dos oficiais do registro Código Penal para o crime de contra-
do presente artigo, serão definidos e
de imóveis e averbado ao lado da trans- bando.
3) se a impugnação for oferecida dentro
especificados no regulamento que for
do prazo assinado, far-se-á vista da mes- crição do domínio.
expedido para execução da presente lei. ART. 16. No caso de extravio ou furto de qual-
ma, dentro de outros quinze dias fatais, ao
§ 1º No caso de transferência de proprieda- quer objéto tombado, o respectivo pro-
ART. 5º O tombamento dos bens pertencentes à órgão de que houver emanado a iniciativa
prietário deverá dar conhecimento do
União, aos Estados e aos Municípios se do tombamento, afim de sustentá-la. Em de dos bens de que trata êste artigo,
seguida, independentemente de custas, será fáto ao Serviço do Patrimônio Histórico
fará de ofício, por ordem do diretor do deverá o adquirente, dentro do prazo
o processo remetido ao Conselho Consul- e Artístico Nacional, dentro do prazo de
Serviço do Patrimônio Histórico e Artísti- de trinta dias, sob pena de multa de
tivo do Serviço do Patrimônio Histórico e cinco dias, sob pena de multa de dez
co Nacional, mas deverá ser notificado à dez por cento sôbre o respectivo valor,
Artístico Nacional, que proferirá decisão a por cento sôbre o valor da coisa.
entidade a quem pertencer, ou sob cuja fazê-la constar do registro, ainda que se
respeito, dentro do prazo de sessenta dias,
guarda estiver a coisa tombada, afim de a contar do seu recebimento. Dessa decisão trate de transmissão judicial ou causa ART. 17. As coisas tombadas não poderão, em
produzir os necessários efeitos. não caberá recurso. mortis. caso nenhum ser destruidas, demolidas
dade das mencionadas obras, sob pena pena de multa de cem mil réis, elevada
Presas Grávidas
A
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – DECRETO-LEI 3.689/41
Lei 13.434/17 alterou o artigo 292 do Código de Proces-
ART. 292. Se houver, ainda que por parte de ter-
so Penal e acrescentou o parágrafo único, cuja redação ceiros, resistência à prisão em flagrante
ou à determinada por autoridade com-
introduz uma garantia para as mulheres grávidas que estejam petente, o executor e as pessoas que
o auxiliarem poderão usar dos meios
presas. Segundo o mencionado parágrafo, as detentas grávidas necessários para defender-se ou para
vencer a resistência, do que tudo se
não podem ser algemadas enquanto estiverem no período que lavrará auto subscrito também por duas
testemunhas.
antecede o parto, durante o mesmo, e no período puerperal PARÁGRAFO ÚNICO. É vedado o uso de alge-
mas em mulheres grávidas durante os
imediato, fase pós-parto, em que a mulher experimenta modi- atos médico-hospitalares preparatórios
para a realização do parto e durante o
ficações físicas e psíquicas. trabalho de parto, bem como em mu-
lheres durante o período de puerpério
imediato.
Detetive Particular
A
LEI 13.432/17
Lei 13.432/17 dispõe em seu texto da regulamentação da
ART. 2º Para os fins desta Lei, considera-se
lei, o detetive particular é o profissional que planeja e executa forma de sociedade civil ou empresa-
rial, planeje e execute coleta de dados
coleta de dados e informações de caráter não criminal, utili- e informações de natureza não criminal,
com conhecimento técnico e utilizando
zando de conhecimento técnico e recursos tecnológicos legais, recursos e meios tecnológicos permi-
tidos, visando ao esclarecimento de
com o objetivo de atender os interesses de seu contratante. assuntos de interesse privado do con-
tratante.
O detetive particular fica proibido de participar de serviço § 1º Consideram-se sinônimas, para efeito
desta Lei, as expressões “detetive par-
que configure ou contribua para a prática de infração penal ou ticular”, “detetive profissional” e outras
que tenham ou venham a ter o mesmo
tenha caráter discriminatório. objeto.
Por fim, a lei ainda prevê direitos e deveres inerentes à ART. 5º O detetive particular pode colaborar
com investigação policial em curso, des-
II – aceitar contrato de quem já tenha mações que lhe forem confiados pelo
detetive particular constituído, salvo: cliente;
V– zelar pela conservação e proteção de ART. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua
documentos, objetos, dados ou infor- publicação.
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
o cônjuge sobrevivente com o con-
artigo 236 do Código Penal descreve o delito de indu- VII –
norância de crime anterior ao casamento; ou ignorância quanto ART. 1.521. Não podem casar: I– o que diz respeito à sua identidade,
sua honra e boa fama, sendo esse erro
os ascendentes com os descendentes,
a defeito físico irremediável, ou doença grave e transmissível.
I–
tal que o seu conhecimento ulterior
seja o parentesco natural ou civil;
torne insuportável a vida em comum ao
As situações impeditivas ao casamento também estão des- II – os afins em linha reta; cônjuge enganado;
adotado e o adotado com quem o foi do casamento, que, por sua natureza, torne
adotante; insuportável a vida conjugal;
podem se casar: os ascendentes com os descendentes, seja o
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, III – a ignorância, anterior ao casamento,
parentesco natural ou civil; os afins em linha reta; o adotante e demais colaterais, até o terceiro grau de defeito físico irremediável que não
inclusive; caracterize deficiência ou de moléstia
com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi grave e transmissível, por contágio ou por
V– o adotado com o filho do adotante;
herança, capaz de pôr em risco a saúde
do adotante; os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais co- VI – as pessoas casadas; do outro cônjuge ou de sua descendência.
seu consorte.
Crime de Explosão
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 251, descreve o delito de ex-
EXPLOSÃO
plosão e prevê como conduta criminosa o ato de colo- ART. 251. Expor a perigo a vida, a integridade físi-
ca ou o patrimônio de outrem, mediante
car vidas ou patrimônio em perigo, por meio de explosão, arre- explosão, arremesso ou simples colo-
cação de engenho de dinamite ou de
messo ou instalação de explosivos ou substâncias equiparadas. substância de efeitos análogos:
O objetivo da norma é inibir a prática de atos que causem PENA – reclusão, de três a seis anos, e
multa.
perigo comum, onde diversas pessoas ou bens podem correr § 1º Se a substância utilizada não é dinamite
ou explosivo de efeitos análogos:
risco. A pena prevista é de três a seis anos de reclusão e multa.
PENA – reclusão, de um a quatro anos, e
AUMENTO DE PENA
lhante, a pena é de reclusão de um a quatro anos.
§ 2º As penas aumentam-se de um terço, se
A Lei prevê penas maiores, com aumento de até 1/3, para ocorre qualquer das hipóteses previstas
no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada
hipóteses mais graves, como no caso de explosão para atingir ou atingida qualquer das coisas enume-
radas no II do mesmo parágrafo.
Se a explosão ocorrer de forma culposa, ou seja, sem in- § 3º No caso de culpa, se a explosão é de
dinamite ou substância de efeitos
tenção, as penas previstas são mais brandas, de detenção de análogos, a pena é de detenção, de seis
meses a dois anos; nos demais casos, é
seis meses a dois anos, se a substância utilizada foi dinamite; e de detenção, de três meses a um ano.
Arrependimento Posterior
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
artigo 16 do Código Penal descreve o arrependimento
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
posterior como uma das causas de redução de pena, ART. 16. Nos crimes cometidos sem violência
ou grave ameaça à pessoa, reparado o
que pode incidir no caso de o acusado de crime cometido sem dano ou restituída a coisa, até o rece-
bimento da denúncia ou da queixa, por
violência se arrepender e decidir reparar o dano ou devolver o ato voluntário do agente, a pena será
reduzida de um a dois terços.
objeto. No entanto, para que seja válido, ele deve ocorrer antes
que haja uma acusação formal, que pode ser feita pelo Minis-
Delator ou Colaborador?
A
LEI 12.850/13
pesar de ser comum o uso do termo “delação premia-
DA COLABORAÇÃO PREMIADA
da”, esse termo foi utilizado por uma lei mais antiga, a ART. 4º O juiz poderá, a requerimento das par-
tes, conceder o perdão judicial, reduzir
Lei 8.072/90, que dispõe sobre os crimes hediondos e trata da em até 2/3 (dois terços) a pena privativa
de liberdade ou substituí-la por restriti-
“delação”, em seu artigo 8º, usando a palavra denunciar, que va de direitos daquele que tenha cola-
borado efetiva e voluntariamente com a
remete ao termo delação. investigação e com o processo criminal,
desde que dessa colaboração advenha
A Lei 12.529/11, que dispõe sobre regras de prevenção e re- um ou mais dos seguintes resultados:
pressão às infrações contra a ordem econômica, também trouxe I– a identificação dos demais coautores
e partícipes da organização criminosa e
regras referentes ao instituto de colaboração premiada e usou das infrações penais por eles praticadas;
de abranger o maior número de regras sobre o mencionado correntes das atividades da organização
criminosa;
instituto jurídico, trouxe expressamente em seu texto o título IV – a recuperação total ou parcial do
produto ou do proveito das infrações
“Da Colaboração Premiada” e utilizou, paranomear a pessoa que penais praticadas pela organização
criminosa;
entrega as informações, a palavra “colaborador”.
V– a localização de eventual vítima com
Vejam outras leis que tratam do tema. a sua integridade física preservada.
33 Lei 12.529/11, art. 86 – usa o termo “colaborem”; § 1º Em qualquer caso, a concessão do be-
nefício levará em conta a personalidade
33 Lei 8.072/90, art. 8º – usa o termo “denunciar”; do colaborador, a natureza, as circuns-
colaborador, ainda que esse benefício declarações do colaborador e de có- § 14. Nos depoimentos que prestar, o cola- II – as condições da proposta do Ministé-
não tenha sido previsto na proposta ini- pia da investigação, será remetido ao borador renunciará, na presença de seu rio Público ou do delegado de polícia;
cial, aplicando-se, no que couber, o art. juiz para homologação, o qual deverá defensor, ao direito ao silêncio e estará
28 do Decreto-Lei 3.689, de 3 de outubro III – a declaração de aceitação do colabo-
verificar sua regularidade, legalidade e sujeito ao compromisso legal de dizer a
de 1941 (Código de Processo Penal). voluntariedade, podendo para este fim, verdade. rador e de seu defensor;
tença, a pena poderá ser reduzida até a mente em seu desfavor. IV – participar das audiências sem conta- oito) horas.
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º, clusive audiovisual, destinados a obter I– o relato da colaboração e seus possí- de ser sigiloso assim que recebida a de-
o respectivo termo, acompanhado das maior fidelidade das informações. veis resultados; núncia, observado o disposto no art. 5º.
Colaboração Premiada
D
LEI 12.850/13
e acordo com o artigo 4º da Lei 12.850/13, norma que
DA COLABORAÇÃO PREMIADA
unificou a legislação sobre a colaboração premiada, ART. 4º O juiz poderá, a requerimento das par-
tes, conceder o perdão judicial, reduzir
para que o colaborador receba os benefícios expressos na lei é em até 2/3 (dois terços) a pena privativa
de liberdade ou substituí-la por restriti-
necessário que as informações fornecidas tragam um dos se- va de direitos daquele que tenha cola-
borado efetiva e voluntariamente com a
guintes resultados: identificação de outros criminosos; revela- investigação e com o processo criminal,
desde que dessa colaboração advenha
ção de estrutura e tarefas da organização criminosa; prevenção um ou mais dos seguintes resultados:
de ocorrência de outros crimes; recuperação de valores; locali- I– a identificação dos demais coautores
e partícipes da organização criminosa e
zação de eventuais vítimas. das infrações penais por eles praticadas;
colaborador, ainda que esse benefício declarações do colaborador e de có- § 14. Nos depoimentos que prestar, o cola- I– o relato da colaboração e seus possí-
não tenha sido previsto na proposta ini- pia da investigação, será remetido ao borador renunciará, na presença de seu veis resultados;
cial, aplicando-se, no que couber, o art. juiz para homologação, o qual deverá defensor, ao direito ao silêncio e estará
II – as condições da proposta do Ministé-
28 do Decreto-Lei 3.689, de 3 de outubro verificar sua regularidade, legalidade e sujeito ao compromisso legal de dizer a
rio Público ou do delegado de polícia;
de 1941 (Código de Processo Penal). voluntariedade, podendo para este fim, verdade.
sigilosamente, ouvir o colaborador, na III – a declaração de aceitação do colabo-
§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia § 15. Em todos os atos de negociação, con- rador e de seu defensor;
presença de seu defensor.
ou o processo, relativos ao colaborador,
firmação e execução da colaboração, o
poderá ser suspenso por até 6 (seis) § 8º O juiz poderá recusar homologação à IV – as assinaturas do representante do
colaborador deverá estar assistido por
meses, prorrogáveis por igual período, proposta que não atender aos requisitos Ministério Público ou do delegado de po-
defensor.
até que sejam cumpridas as medidas de lícia, do colaborador e de seu defensor;
legais, ou adequá-la ao caso concreto.
colaboração, suspendendo-se o respec- § 16. Nenhuma sentença condenatória será
V– a especificação das medidas de
§ 9º Depois de homologado o acordo, o co-
tivo prazo prescricional. proferida com fundamento apenas nas
proteção ao colaborador e à sua família,
laborador poderá, sempre acompanha-
declarações de agente colaborador. quando necessário.
§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput, o Mi- do pelo seu defensor, ser ouvido pelo
nistério Público poderá deixar de ofere- membro do Ministério Público ou pelo ART. 5º São direitos do colaborador: ART. 7º O pedido de homologação do acordo
cer denúncia se o colaborador: delegado de polícia responsável pelas será sigilosamente distribuído, conten-
I– usufruir das medidas de proteção
I– não for o líder da organização crimi- investigações. do apenas informações que não possam
previstas na legislação específica;
nosa; identificar o colaborador e o seu objeto.
§ 10. As partes podem retratar-se da propos-
II – ter nome, qualificação, imagem e de-
ta, caso em que as provas autoincrimi- § 1º As informações pormenorizadas da
II – for o primeiro a prestar efetiva cola-
mais informações pessoais preservados;
natórias produzidas pelo colaborador colaboração serão dirigidas diretamente
boração nos termos deste artigo.
não poderão ser utilizadas exclusiva- III – ser conduzido, em juízo, separadamen- ao juiz a que recair a distribuição, que
§ 5º Se a colaboração for posterior à sen-
mente em seu desfavor. te dos demais coautores e partícipes; decidirá no prazo de 48 (quarenta e
tença, a pena poderá ser reduzida até a oito) horas.
metade ou será admitida a progressão § 11. A sentença apreciará os termos do acor- IV – participar das audiências sem conta-
do homologado e sua eficácia. § 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz,
de regime ainda que ausentes os requi- to visual com os outros acusados;
ao Ministério Público e ao delegado de
sitos objetivos.
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judi- V– não ter sua identidade revelada polícia, como forma de garantir o êxito
§ 6º O juiz não participará das negociações cial ou não denunciado, o colaborador pelos meios de comunicação, nem ser das investigações, assegurando-se ao
realizadas entre as partes para a forma- poderá ser ouvido em juízo a requeri- defensor, no interesse do representado,
fotografado ou filmado, sem sua prévia
lização do acordo de colaboração, que mento das partes ou por iniciativa da amplo acesso aos elementos de prova
autorização por escrito;
ocorrerá entre o delegado de polícia, o autoridade judicial. que digam respeito ao exercício do di-
investigado e o defensor, com a manifes- VI – cumprir pena em estabelecimento
reito de defesa, devidamente precedido
§ 13. Sempre que possível, o registro dos atos
tação do Ministério Público, ou, conforme penal diverso dos demais corréus ou de autorização judicial, ressalvados os
de colaboração será feito pelos meios
o caso, entre o Ministério Público e o condenados. referentes às diligências em andamento.
ou recursos de gravação magnética,
investigado ou acusado e seu defensor.
estenotipia, digital ou técnica similar, in- ART. 6º O termo de acordo da colaboração § 3º O acordo de colaboração premiada deixa
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º, clusive audiovisual, destinados a obter premiada deverá ser feito por escrito e de ser sigiloso assim que recebida a de-
o respectivo termo, acompanhado das maior fidelidade das informações. conter: núncia, observado o disposto no art. 5º.
Advocacia Administrativa
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 321, descreve o delito de
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
advocacia administrativa e prevê, como conduta crimi- ART. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente,
interesse privado perante a administra-
nosa, o ato de um servidor público defender interesses parti- ção pública, valendo-se da qualidade de
funcionário:
culares, junto ao órgão da administração pública onde exerce
PENA – detenção, de um a três meses, ou
defendido não ser legítimo, neste caso a pena pode ser de 3 além da multa.
Soltar Balão
A
LEI 9.605/98
Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98, em seu artigo 42,
DOS CRIMES CONTRA A FLORA
descreve como crime as condutas de fabricar, vender ART. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar
balões que possam provocar incêndios
ou soltar balões que possam causar incêndios. nas florestas e demais formas de vege-
tação, em áreas urbanas ou qualquer
O objetivo da norma é proteger as florestas e vegetações, tipo de assentamento humano:
bem como evitar riscos para a vida humana, dos animais ou PENA – detenção de um a três anos ou
multa, ou ambas as penas cumulativa-
Adulteração de Quilometragem
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
hodômetro é um instrumento constante dos painéis dos
ESTELIONATO
veículos, cuja finalidade é registrar o número de quilô- ART. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
metros rodados, informação que permite uma previsão do des- mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio
gaste do mesmo, devido ao uso. fraudulento:
7º, IX, da Lei 8.137/90, com previsão de pena de detenção de 2 a anos, ou multa.
Descriminalização X Legalização
D
LEI 9.605/98
escriminalização significa que o ato ou conduta deixou
ART. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio cons-
de ser crime, ou seja, não há mais punição no âmbito purcar edificação ou monumento urbano:
ministrativo, e pode sofrer sanções como multas, prestação de PARÁGRAFO ÚNICO. Se o ato for realizado em
monumento ou coisa tombada em vir-
serviços ou frequência em cursos de reeducação. Por exemplo, tude do seu valor artístico, arqueológico
ou histórico, a pena é de seis meses a
a Lei 12.408/11 alterou a redação do artigo 65 da Lei 9.605/98 e um ano de detenção, e multa.
intenção de descriminalizar o ato de grafitar, que era uma con- edificação ou monumento urbano:
Legalização significa que o ato ou conduta passou a ser § 1º Se o ato for realizado em monumento
ou coisa tombada em virtude do seu
permitido por meio de uma lei, que pode regulamentar a práti- valor artístico, arqueológico ou histórico,
a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano
Acautelamento de Provas
A
cautelamento é a preservação ou guarda das provas
sões, em seu artigo 7º, descreve formas de violência doméstica familiar contra a mulher, entre outras: ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar
a violência física, entendida como
contra a mulher, como sendo, dentre outras: violência física, pela
I–
qualquer método contraceptivo ou
qualquer conduta que ofenda sua inte-
que a force ao matrimônio, à gravidez,
gridade ou saúde corporal;
prática de atos que ofendam a sua saúde ou integridade física; ao aborto ou à prostituição, mediante
II – a violência psicológica, entendida
coação, chantagem, suborno ou ma-
violência psicológica, por condutas que lhes causem qualquer como qualquer conduta que lhe cause
nipulação; ou que limite ou anule o
dano emocional e diminuição da auto-
forma de danos emocionais; violência sexual, por qualquer for- -estima ou que lhe prejudique e per-
exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
turbe o pleno desenvolvimento ou que
ma de constrangimento a presenciar, manter ou a participar de vise degradar ou controlar suas ações, IV – a violência patrimonial, entendida
comportamentos, crenças e decisões,
como qualquer conduta que configure
relação sexual não desejada; violência patrimonial, por atos que mediante ameaça, constrangimento,
retenção, subtração, destruição parcial
humilhação, manipulação, isolamento,
ou total de seus objetos, instrumentos
restrinjam ou impeçam o uso de seus bens, direitos e recursos vigilância constante, perseguição contu-
de trabalho, documentos pessoais, bens,
maz, insulto, chantagem, ridicularização,
financeiros, bens ou documentos pessoais ou de trabalho; e, exploração e limitação do direito de ir
valores e direitos ou recursos econômi-
cos, incluindo os destinados a satisfazer
e vir ou qualquer outro meio que lhe
violência moral, caracterizada por atos que configurem calúnia, cause prejuízo à saúde psicológica e à suas necessidades;
autodeterminação;
a violência moral, entendida como
difamação ou injúria.
V–
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
qualquer conduta que a constranja a difamação ou injúria.
Violência Moral
A
LEI 11.340/06 presenciar, a manter ou a participar de
Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, traz
relação sexual não desejada, mediante
ART. 7º São formas de violência doméstica e
em seu texto diversas formas de violências que podem familiar contra a mulher, entre outras:
intimidação, ameaça, coação ou uso da
força; que a induza a comercializar ou a
I– a violência física, entendida como
ser praticadas contra a mulher. Uma das formas é a violência qualquer conduta que ofenda sua inte-
utilizar, de qualquer modo, a sua sexu-
alidade, que a impeça de usar qualquer
gridade ou saúde corporal;
moral. O texto legal descreve como sendo violência moral qual- método contraceptivo ou que a force
quer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. como qualquer conduta que lhe cause à prostituição, mediante coação, chan-
dano emocional e diminuição da auto- tagem, suborno ou manipulação; ou
Por exemplo, pode caracterizar violência moral, xingamen- -estima ou que lhe prejudique e per- que limite ou anule o exercício de seus
turbe o pleno desenvolvimento ou que direitos sexuais e reprodutivos;
tos ou atribuição de fatos que não são verdadeiros. vise degradar ou controlar suas ações,
IV – a violência patrimonial, entendida
comportamentos, crenças e decisões,
como qualquer conduta que configure
mediante ameaça, constrangimento,
retenção, subtração, destruição parcial
humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contu- ou total de seus objetos, instrumentos
e vir ou qualquer outro meio que lhe cos, incluindo os destinados a satisfazer
autodeterminação;
V– a violência moral, entendida como
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
qualquer conduta que a constranja a difamação ou injúria.
Induzimento, Instigação ou
Auxílio a Suicídio
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
artigo 122 do Código Penal descreve o delito de induzi-
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO
mento, instigação ou auxílio a suicídio, que consiste no ART. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se
ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
ato de ajudar alguém a tirar a própria vida. A pena prevista é
PENA – reclusão, de dois a seis anos, se o
ocorra; ou, de 1 a 3 anos de reclusão, se o resultado não for a resulta lesão corporal de natureza grave.
A pena é duplicada para o caso do crime ser praticado por I– se o crime é praticado por motivo
egoístico;
motivo egoístico, e se a vítima for menor, ou tiver sua capacida-
II – se a vítima é menor ou tem diminuí-
de de resistência reduzida por qualquer motivo. da, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.
Subtração de Criança
O
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI 8.069/90
artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente des-
ART. 237. Subtrair criança ou adolescente ao po-
creve o delito subtração de criança com intuito de co- der de quem o tem sob sua guarda em
virtude de lei ou ordem judicial, com o
locação em lar substituto, que consiste no ato de tomar uma fim de colocação em lar substituto:
ou guarda sobre ela, com a finalidade de colocá-la em outro lar. CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES
Para a caracterização desse crime é essencial que o objetivo do
ART. 249. Subtrair menor de dezoito anos ou in-
criminoso seja inserir a criança em família diversa da que se terdito ao poder de quem o tem sob sua
guarda em virtude de lei ou de ordem
Trata-se do crime de subtração de incapazes, previsto no artigo menor ou curador do interdito não o
exime de pena, se destituído ou tem-
249, que consiste na subtração de menor de 18 anos, ou pessoa porariamente privado do pátrio poder,
tutela, curatela ou guarda.
interditada, da pessoa que lhe tenha poder familiar ou guarda. § 2º No caso de restituição do menor ou do
interdito, se este não sofreu maus-tratos
Este crime esta descrito no capítulo que tem como objetivo a ou privações, o juiz pode deixar de apli-
car pena.
proteção do pátrio poder, tutela ou curatela, e tem como pena
Acareação
A
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40 que possa influir na decisão da causa,
acareação é um procedimento previsto tanto no Código
divergirem as suas declarações.
DA ACAREAÇÃO
de Processo Civil quanto no Código de Processo Penal, ART. 229. A acareação será admitida entre acusa-
§ 1º Os acareados serão reperguntados para
que expliquem os pontos de diver-
dos, entre acusado e testemunha, entre
cuja finalidade é a apuração da verdade, por meio do confronto testemunhas, entre acusado ou teste-
gência, reduzindo-se a termo o ato de
acareação.
munha e a pessoa ofendida, e entre as
entre partes, testemunhas ou outros participantes de processo pessoas ofendidas, sempre que diver- § 2º A acareação pode ser realizada por
girem, em suas declarações, sobre fatos videoconferência ou por outro recurso
judicial, que prestaram informações prévias divergentes. ou circunstâncias relevantes. tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real.
O procedimento está previsto no artigo 229 do Código de PARÁGRAFO ÚNICO. Os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os ART. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o
Processo Penal, que permite a realização da acareação quando pontos de divergências, reduzindo-se a pagamento da despesa que efetuou
termo o ato de acareação. para comparecimento à audiência, de-
houver divergência nas declarações entre acusados, ofendidos CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 13.105/15
vendo a parte pagá-la logo que arbitra-
da ou depositá-la em cartório dentro de
e testemunhas. ART. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a re- 3 (três) dias.
querimento da parte:
ART. 463. O depoimento prestado em juízo é con-
Da mesma forma, o Código de Processo Civil, em seu artigo a inquirição de testemunhas referidas
I– siderado serviço público.
nas declarações da parte ou das teste-
461, prevê a possibilidade de realização de acareação quando munhas;
PARÁGRAFO ÚNICO. A testemunha, quando
sujeita ao regime da legislação traba-
partes e testemunhas derem declarações divergentes sobre os II – a acareação de 2 (duas) ou mais lhista, não sofre, por comparecer à au-
testemunhas ou de alguma delas com a diência, perda de salário nem desconto
fatos de processo em que participem. parte, quando, sobre fato determinado no tempo de serviço.
Grilagem
G
LEI 6.766/79
ou desmembramento não registrado no
rilagem é um termo que surgiu de uma prática para
ART. 50. Constitui crime contra a Administração Registro de Imóveis competente.
dar aspectos de envelhecimento a falsos documentos, Pública. II – com inexistência de título legítimo de
do solo para fins urbanos, sem autori- 18, §§ 4º e 5º, desta Lei, ou com omissão
dos e com buracos, dando uma aparência “forçada” de que os zação do órgão público competente, ou fraudulenta de fato a ele relativo, se o
em desacordo com as disposições desta fato não constituir crime mais grave.
documentos seriam antigos. Lei ou das normas pertinentes do Distri-
PENA – Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco)
to Federal, Estados e Municípios;
A Lei 6.766/79 regulamenta o parcelamento de solo urbano anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem)
II – dar início, de qualquer modo, ou efe- vezes o maior salário mínimo vigente
e traz disposições penais quanto aos crimes praticados contra tuar loteamento ou desmembramento no País.
como o ato de registrar loteamento não aprovado, o registro de venda, reserva de lote ou quaisquer quenta) vezes o maior salário mínimo
outros instrumentos que manifestem a vigente no País, sem prejuízo das san-
promessa ou contrato de compra e venda, bem comoos registros intenção de vender lote em loteamento ções administrativas cabíveis.
de 1 a 2 anos e multa.
Revelia
O
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 13.105/15
artigo 344 do Código de Processo Civil, descreve a revelia
DA REVELIA
como o ato de o réu deixar de se defender, mesmo ten- ART. 344. Se o réu não contestar a ação, será con-
siderado revel e presumir-se-ão verda-
do sido citado, ou oficialmente informado, por ato da justiça, da deiras as alegações de fato formuladas
pelo autor.
existência de um processo judicial contra ele.
ART. 345. A revelia não produz o efeito menciona-
Caso seja decretada a revelia, o réu ainda pode intervir no III – a petição inicial não estiver acompa-
nhada de instrumento que a lei consi-
processo, do ponto em se encontre, mas não será mais comu- dere indispensável à prova do ato;
nicado dos prazos do processo, conforme prevê o artigo 346 do IV – as alegações de fato formuladas pelo
autor forem inverossímeis ou estiverem
A
ESTATUTO DO IDOSO – LEI 10.741/03
Lei 10.741/03, Estatuto do Idoso, prevê como crime a con-
ART. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde,
duta de colocar em risco a vida ou a saúde do idoso, física ou psíquica, do idoso, submeten-
do-o a condições desumanas ou degra-
cuidados indispensáveis. A pena prevista é de 2 meses a 1 ano gado a fazê-lo, ou sujeitando-o a traba-
lho excessivo ou inadequado:
de detenção, e multa. Se o resultado do crime for lesão corporal PENA – detenção de 2 (dois) meses a 1
(um) ano e multa.
grave, a pena aumenta para 1 a 4 anos de reclusão. Por fim, se o
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de
§ 2º Se resulta a morte:
mencionado artigo, o crime ocorre por qualquer tipo de modifi- representação visual:
quer forma de representação visual que dissimule a participa- PARÁGRAFO ÚNICO. Incorre nas mesmas
penas quem vende, expõe à venda, dis-
A pena prevista é de 1 a 3 anos dereclusão e multa. Quem armazena o material produzido na for-
ma do caput deste artigo.
o crime.
Coisa Julgada
O
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 13.105/15 ART. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as
conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do
questões já decididas relativas à mesma
DA COISA JULGADA
Código de Processo Civil, que a descreve como sendo ART. 502. Denomina-se coisa julgada material a
lide, salvo:
dispensa das vias recursais, tornando definitiva a decisão que mente decidida.
ART. 506. A sentença faz coisa julgada às partes
“coisa julgada” só é mencionado no artigo 5º, inciso XXXVI, que mento do mérito; cujo respeito se operou a preclusão.
II – a seu respeito tiver havido contradi- ART. 508. Transitada em julgado a decisão de
o descreve como garantia fundamental e prevê que a lei não tório prévio e efetivo, não se aplicando mérito, considerar-se-ão deduzidas e re-
no caso de revelia; pelidas todas as alegações e as defesas
pode prejudicar a coisa julgada.
que a parte poderia opor tanto ao aco-
III – o juízo tiver competência em razão
lhimento quanto à rejeição do pedido.
da matéria e da pessoa para resolvê-la
como questão principal. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Embaraçar Investigação
A
LEI 12.850/13
Lei 12.850/13 define o conceito de organizações crimi-
ART. 2º Promover, constituir, financiar ou inte-
nosas e dispõe sobre regras de investigação criminal. grar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa:
Segundo a mencionada lei, considera-se organização criminosa PENA – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)
anos, e multa, sem prejuízo das penas
a associação de 4 ou mais pessoas, de forma estruturada, com correspondentes às demais infrações
penais praticadas.
tarefas definidas para cada uma, para prática de crimes, cuja
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem im-
pena seja maior que 4 anos de reclusão. pede ou, de qualquer forma, embaraça
a investigação de infração penal que
O artigo 2º, § 1º descreve um crime que muitos enten- envolva organização criminosa.
de reclusão, a mesma prevista para o crime descrito no artigo pratique pessoalmente atos de execução.
Tribunal do Júri
A
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – DECRETO-LEI 3.689/41 outros núcleos comunitários a indicação
função de jurado do Tribunal do Júri, conforme texto no
de pessoas que reúnam as condições
DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
para exercer a função de jurado.
artigo 436 do Código de Processo Penal, é obrigatória, e ART. 425. Anualmente, serão alistados pelo pre-
ART. 426. A lista geral dos jurados, com indicação
sidente do Tribunal do Júri de 800
para ser alistado, o cidadão precisa ter mais de 18 anos, não ter (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhen-
das respectivas profissões, será publica-
da pela imprensa até o dia 10 de outu-
tos) jurados nas comarcas de mais de
antecedentes criminais, ser eleitor e aceitar prestar o serviço de 1.000.000 (um milhão) de habitantes,
bro de cada ano e divulgada em editais
afixados à porta do Tribunal do Júri.
de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
forma não remunerada. nas comarcas de mais de 100.000 (cem § 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou
mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 mediante reclamação de qualquer do
O alistamento é realizado pelo Presidente do Tribunal do (quatrocentos) nas comarcas de menor povo ao juiz presidente até o dia 10
população. de novembro, data de sua publicação
Júri, que requisitará às autoridades, associações, instituições,
definitiva.
§ 1º Nas comarcas onde for necessário,
universidades, entre outros, a indicação de pessoas que possu- poderá ser aumentado o número de § 2º Juntamente com a lista, serão transcri-
jurados e, ainda, organizada lista de tos os arts. 436 a 446 deste Código.
am os requisitos legais para funcionarem como jurados. suplentes, depositadas as cédulas em
§ 3º Os nomes e endereços dos alistados,
urna especial, com as cautelas mencio-
em cartões iguais, após serem verifica-
Se for convocado, o cidadão não pode recusar, a não ser nadas na parte final do § 3º do art. 426
dos na presença do Ministério Público,
deste Código.
de advogado indicado pela Seção local
que apresente motivo relevante, devidamente comprovado, ou § 2º O juiz presidente requisitará às autori-
da Ordem dos Advogados do Brasil e de
dades locais, associações de classe e de defensor indicado pelas Defensorias Pú-
demonstre a ocorrência de hipóteses de força maior.
bairro, entidades associativas e culturais, blicas competentes, permanecerão guar-
instituições de ensino em geral, universi- dados em urna fechada a chave, sob a
A multa, aplicada para a ausência injustificada, pode ser de
dades, sindicatos, repartições públicas e responsabilidade do juiz presidente.
Exploração de Prestígio
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 357, descreve o delito de ex-
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
ploração de prestígio, que se trata de um crime contra a ART. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qual-
quer outra utilidade, a pretexto de in-
administração da justiça e consiste no ato de pedir ou receber, fluir em juiz, jurado, órgão do Ministério
Público, funcionário de justiça, perito,
dinheiro ou qualquer outro tipo de benefício, sob o argumento tradutor, intérprete ou testemunha:
de exercer influência sobre servidores e autoridades do poder PENA – reclusão, de um a cinco anos, e
multa.
judiciário, Ministério Público, demais funcionários que auxiliam PARÁGRAFO ÚNICO. As penas aumentam-se
de um terço, se o agente alega ou insi-
no exercício da justiça e de testemunhas. A pena prevista é de nua que o dinheiro ou utilidade tam-
bém se destina a qualquer das pessoas
1 a 5 anos de reclusão e multa. referidas neste artigo
Injúria Racial
O
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
Código Penal, em seu artigo 140, descreve o delito de
INJÚRIA
injúria, que consiste na conduta de ofender a digni- ART. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a digni-
dade ou o decoro:
dade de alguém, e prevê como pena, a reclusão de 1 a 6 me-
PENA – detenção, de um a seis meses, ou
mesmo artigo, trata-se de uma forma de injúria qualificada, na vel, provocou diretamente a injúria;
mo, previsto na Lei 7.716/12. Para sua caracterização é neces- § 2º Se a injúria consiste em violência ou
vias de fato, que, por sua natureza ou
sário que haja ofensa à dignidade de alguém, com base em pelo meio empregado, se considerem
aviltantes:
elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou PENA – detenção, de três meses a um ano,
e multa, além da pena correspondente à
deficiência. Nesta hipótese, a pena aumenta para 1 a 3 anos de violência.
Conciliação
O
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 13.105/15
novo Código de Processo Civil, que entrou em vigência
ART. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicio-
em março de 2015, trouxe uma importante inovação do nal ameaça ou lesão a direito.
nado diploma legal, no texto do § 3º, do artigo 3º, inseriu como vel, a solução consensual dos conflitos.
torais e descreve, em seu artigo 79, as normas para uti- ART. 79. O autor de obra fotográfica tem direi-
to a reproduzi-la e colocá-la à venda,
lização de obra fotográfica. observadas as restrições à exposição,
reprodução e venda de retratos, e sem
O mencionado artigo, em seu § 1º, determina que se uma prejuízo dos direitos de autor sobre a
obra fotografada, se de artes plásticas
pessoa quer utilizar as fotografias tiradas por alguém deve indi-
protegidas.
car, de forma clara, o nome do autor. No § 2º do mesmo artigo, § 1º A fotografia, quando utilizada por tercei-
ros, indicará de forma legível o nome do
há uma proibição expressa de alteração das fotos por terceiro, seu autor.
O artigo 108 da mesma lei prevê, expressamente, que o uso sonância com o original, salvo prévia
autorização do autor.
de qualquer tipo de obra intelectual, sem a identificação de ART. 108. Quem, na utilização, por qualquer
modalidade, de obra intelectual, deixar
seu autor, gera dever de indenização por danos morais, além de indicar ou de anunciar, como tal, o
nome, pseudônimo ou sinal conven-
de obrigação de divulgação do nome de seu verdadeiro criador. cional do autor e do intérprete, além
de responder por danos morais, está
obrigado a divulgar-lhes a identidade
da seguinte forma:
Crime de Usura
A
LEI 1.521/51 que intervierem na operação usuária,
Lei 1.521/51 dispõe sobre crimes contra a economia po-
bem como os cessionários de crédito
ART. 4º Constitui crime da mesma natureza a
pular. Em seu artigo 4ª, a norma prevê o crime de usura usura pecuniária ou real, assim se con-
usurário que, cientes de sua nature-
pecuniária ou real, e descreve a conduta delituosa como sendo A) cobrar juros, comissões ou descontos
transmissão ou execução judicial.
periores aos limites legais, ou realizar contrato abusando da si- quantia permutada por moeda estran-
geira; ou, ainda, emprestar sob penhor
I– ser cometido em época de grave crise
econômica;
que seja privativo de instituição oficial de
tuação de necessidade da outra parte para obter lucro excessi- crédito;(Vide Lei 1.807, de 1953) II – ocasionar grave dano individual;
B) obter, ou estipular, em qualquer contra-
vo. A pena prevista é de 6 meses a 2 anos de detenção e multa. to, abusando da premente necessidade,
III – dissimular-se a natureza usurária do
O termo agiotagem também é utilizado como sinônimo de lucro patrimonial que exceda o quinto do
IV – quando cometido:
valor corrente ou justo da prestação feita ou
usura, todavia, a cobrança de ágios, dentro dos limites legais prometida. A) por militar, funcionário público, ministro
PENA – detenção, de 6 (seis) meses a 2 de culto religioso; por pessoa cuja condi-
não é considerado crime, é exatamente o que os bancos fazem (dois) anos, e multa, de cinco mil a vinte ção econômico-social seja manifestamente
superior à da vítima;
mil cruzeiros.
A
CÓDIGO PENAL – DECRETO-LEI 2.848/40
mbos são crimes contra a administração da Justiça. O
PATROCÍNIO INFIEL
crime de patrocínio infiel é descrito no artigo 355 do ART. 355. Trair, na qualidade de advogado ou
procurador, o dever profissional, preju-
Código Penal, que descreve como conduta delituosa a traição dicando interesse, cujo patrocínio, em
juízo, lhe é confiado:
do dever profissional, por advogado que ao invés de proteger,
PENA – detenção, de seis meses a três
patrocínio simultâneo, esta previsto no mesmo artigo 355, porém artigo o advogado ou procurador ju-
dicial que defende na mesma causa,
no parágrafo único. Também é uma espécie de traição aquela simultânea ou sucessivamente, partes
contrárias.
sional.
A
LEI 1.521/51
Lei 1.521/51 dispõe sobre crimes contra a economia po-
ART. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os
pular. Em seu artigo 2ª, inciso XI, a norma prevê como crimes e as contravenções contra a eco-
nomia popular, Esta Lei regulará o seu
intuito de gerar medida diversa da real, no intuito de enganar o (dois) anos, e multa, de dois mil a cin-
quenta mil cruzeiros.
consumidor.