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DEUSELENA MARIA DE JESUS BORGES

A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS

ATUALIZAÇÕES DA PUNÇÃO INTRAVENOSA

São Bernardo do Campo


2

2018

DEUSELENA MARIA DE JESUS BORGES

A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS

ATUALIZAÇÕES DA PUNÇÃO INTRAVENOSA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Centro Universitário Anhanguera de São Bernardo
do Campo, como requisito parcial para a obtenção
do título de graduado em enfermagem.
Orientadora: Isadora Rossignolo
3

São Bernardo do Campo

2018
DEUSELENA MARIA DE JESUS BORGES

A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS

ATUALIZAÇÕES DA PUNÇÃO INTRAVENOSA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Centro Universitário Anhanguera de São
Bernardo do Campo, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)


4

São Bernardo do Campo, ...... de de 2018.

DEDICATÓRIA
5

Oferto esse trabalho primeiramente a Deus, por ser


essencial e autor do meu destino, meu socorro bem
presente na hora da angústia, e ao meu esposo
que com carinho e apoio não mediu esforços para
que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

AGRADECIMENTOS

Gratifico, sempre previamente a Deus, que me deu energia e benefícios para


concluir esse trabalho. Agradeço a minha mãe, que mesmo longe, me incentivou
durante todo o período que estive na faculdade. Enfim, retribuo aos meus amigos
que fizeram parte dessa etapa decisiva em minha vida.
6

BORGES, Deuselena Maria de Jesus De. A equipe de enfermagem frente às


atualizações da punção intravenosa.2018.p..Trabalho de Conclusão de Curso
Enfermagem - ​Centro Universitário Anhanguera de São Bernardo do Campo, São
Bernardo do Campo, 2018.

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como escopo versar sobre a equipe
de enfermagem frente às novas tecnologias e atualizações na punção intravenosa. A
metodologia adotada foi a revisão bibliográfica contando com artigos, revistas,
periódicos e internet, com o lapso temporal dos últimos dez anos, sendo necessário
pesquisas de matérias mais clássicos para basilar as comparações pertinentes ao
assunto. Conclui-se que a evolução tecnológica vem contribuindo no setor de saúde
colaborando para a eficiência, agilidade e qualidade no atendimento, tratamento e
cuidados de enfermagem, essa evolução está transformando a forma tradicional de
realizar a punção intravenosa, ou seja, até a chegada de novas tecnologias esse
procedimento era realizado por referências anatômicas e profissionais experientes.
O uso do venoscópio para inserção e progressão do cateter venoso central de
inserção periférica (PICC), ajudam com sucesso em 90 a 100,0% nos procedimentos
realizados em pacientes submetidos à implantação deste cateter guiado
(PARKINSON et al.,1998). Entende-se que o ultrassonografia vascular auxilia na
localização do vaso e aumenta as taxas de sucesso em relação ao posicionamento
central do cateter, com redução do número de tentativas As inserções de PICC pelas
veias basílica e cefálica foram facilitadas com o uso da ultrassonografia vascular, por
reduzir múltiplas tentativas de punção sem sucesso pelo método tradicional e reduzir
o tempo do procedimento em até cinco minutos.

Palavras-chave​:​ ​ Punção Intravenosa, Tecnologia Assistência de Enfermagem.


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BORGES, Deuselena Maria de Jesus De. The nursing team facing the intravenous
puncture updates.2018.p.. Nursing Course Completion Work - Anhanguera University
Center of São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, 2018.

ABSTRACT

The present work of conclusion of course has as scope to talk about the nursing
team in front of the new technologies and updates in the intravenous puncture. The
methodology adopted was the bibliographical review with articles, journals,
periodicals and the internet, with the time lapse of the last years, being necessary
studies of more classic subjects to base the comparisons pertinent to the subject. It is
concluded that technological evolution has contributed to the health sector
collaborating for efficiency, agility and quality in care, treatment and nursing care, this
evolution is transforming the traditional way of performing intravenous puncture, that
is, until the arrival of new technologies this procedure was performed by experienced
anatomical and professional references. The use of the venoscope for insertion and
progression of the central venous catheter peripheral insertion (PICC), successfully
help in 90 to 100.0% in the procedures performed in patients undergoing the
implantation of this guided catheter (PARKINSON et al., 1998). It is understood that
vascular ultrasonography aids in the location of the vessel and increases success
rates in relation to the central positioning of the catheter, reducing the number of
attempts PICC insertions through the basilic and cephalic veins were facilitated with
the use of vascular ultrasonography, by reducing multiple unsuccessful puncture
attempts by the traditional method and reducing procedure time by up to five minutes.
Keywords: Intravenous Puncture, Technology Nursing Assistance.
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Sumário
1 INTRODUÇÃO 10

2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA E O SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS NA


PUNÇÃO INTRAVENOSA 12

2.1 A DESCOBERTA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO(1438-1660) 12

2.2 A PRIMEIRA AGULHA HIPODÉRMICA 13

2.2.1 Linha de tempo de seringas descartáveis 15

3 O APARELHO DE ULTRASSOM UTILIZADO NA PASSAGEM DO PICC É


O VENOSCÓPIO 18

4 A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE ÀS TECNOLOGIAS


UTILIZADAS NA PUNÇÃO INTRAVENOSA 23

4.1 A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO 23

4.3.1 Inserção do cateter 23

4.1.2 Manutenção do cateter 24

Toda manipulação deve ser precedida de higiene das mãos; Usar gaze e fita
adesiva estéril ou cobertura transparente semipermeável estéril para cobrir o
sítio de inserção; Realizar a troca da cobertura com gaze e fita adesiva estéril a
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cada 48 horas ou a cada 7 dias se utilizar cobertura estéril transparente;


Qualquer tipo de cobertura deve ser trocada imediatamente, independente do
prazo, se estiver suja, solta ou úmida; Realizar desinfecção das conexões,
conectores valvulados e ports de adição de medicamentos com solução
antisséptica à base de álcool, com movimentos aplicados de forma a gerar
fricção mecânica, de 5 a 15 segundos; Avaliar, no mínimo uma vez ao dia, o
sítio de inserção dos cateteres centrais, por inspeção visual e palpação sobre o
curativo intacto (ANVISA, 2017). 24

4.1.3 Retirada do cateter 24

4.2 A ADMINISTRAÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR – USV NA


VISÃO DO COREN-SP 25

4.3 OS BUNDLES 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS 28

REFERÊNCIAS 28
10

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo verear sobre o


entendimento e aceitação da equipe de enfermagem perante as atualizações da
punção intravenosa, assim sendo, terapia intravenosa conta com as contribuições da
tecnologia para uma prática mais segura da assistência de enfermagem, visto que
as inovações estão disponíveis desde o cateter intravenoso periférico bem como os
centrais, acessórios com dispositivos de segurança e as bombas de infusão de
última geração. Nessa seara a equipe de enfermagem é a responsável pelo
procedimento de terapia intravenosa, especificamente o enfermeiro, para tanto o
mesmo deve estar bem treinado e apto ao manuseio das ferramentas disponíveis.

A evolução tecnológica vem contribuindo no setor de saúde colaborando para


a eficiência, agilidade e qualidade no atendimento, tratamento e cuidados de
enfermagem, essa evolução está transformando a forma tradicional de realizar a
punção intravenosa, ou seja, até a chegada de novas tecnologias esse procedimento
era realizado por referências anatômicas e profissionais experientes.

Entender sobre o uso das novas tecnologias frente a essas terapias é


necessário para que haja a expansão do conhecimento, não apenas incorporando
novos equipamentos na assistência de enfermagem, mas sim originando
profissionais aptos a utilizar essas tecnologias como objetivo de desfrutar
integralmente dos benesses oferecidas pela tecnologia para a promoção dos
cuidados cada vez mais seguros. Diante disso, questiona-se por meio da
problemática: Os profissionais de enfermagem estão atualizados diante as novas
tecnologias de punção intravenosa?

O objetivo geral é discutir a atuação da enfermagem frente às novas


tecnologias utilizadas na punção intravenosa e os secundários são: descrever sobre
a evolução histórica e o surgimento das tecnologias na punção intravenosa; estudar
sobre o aparelho de ultrassom utilizado na passagem do PICC e o venoscópio;
11

determinar a atuação da enfermagem frente às tecnologias utilizadas na punção


intravenosa.

A metodologia adotada se constitui na pesquisa teórica bibliográfica, acerca do tema


“a equipe de enfermagem frente às atualizações da punção intravenosa”, através de
análise de fonte de enfermagem, ou seja, livros, revistas, doutrinas, e publicações
científicas do período de 2007 a 2017, sendo necessário trazer à baila algumas
publicações mais clássicas para estabelecer a comparação da evolução do tema. As
bibliotecas para pesquisa do presente trabalho foram: Literatura da América Latina e
Caribe - LILACS, no sítio da Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME ​e Medical
Literature on Line - MEDLINE. As buscas virtuais foram realizadas durante seis
meses, utilizando os seguintes descritores: assistência, atualizações, punção e
venoscópio. Foram encontrados 1098 artigos;192 teses e 17 capítulos de livros com
até 10 anos de publicação, que continham em seu resumo referência às palavras
chave deste trabalho e foram excluídos os trabalhos que não faziam referência a
temática proposta, no entanto foram necessárias fontes mais antigas para o
aprimoramento de ideias e conceitos sobre o tema de forma comparativa,
assegurando por meio dessas identificar a evolução do assunto.
12

2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA E O SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS NA


PUNÇÃO INTRAVENOSA

Para apresentar sobre a evolução histórica e o surgimento das tecnologias na


punção intravenosa é necessário enfatizar sobre a descoberta do sistema
circulatório que acontece no renascimento (1438-1660), e sobre a primeira agulha
hipodérmica e a primeira transfusão sanguínea de animais em humanos que apesar
dos contratempos iniciais a terapia intravenosa vem evoluindo com efeitos positivos.

2.1 A DESCOBERTA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO(1438-1660)


William Doutor Harvey, médico da Inglaterra concentrou grande parte de sua
pesquisa na mecânica do fluxo sanguíneo no corpo humano. A maioria dos médicos
da época sentiu que os pulmões eram responsáveis ​por mover o sangue por todo o
corpo. A famosa, quando Doutor Harvey tinha 50 anos (MARTINS; SILVA, 2009)

Doutor Harvey, observando a noção de coração em animais vivos, conseguiu


ver que a sístole era a fase ativa do movimento do coração, bombeando o sangue
pela sua contração muscular. Tendo percebido que a quantidade de sangue
proveniente do coração em qualquer momento era demais para ser absorvida pelos
tecidos, ele conseguiu mostrar que as válvulas nas veias permitem que o sangue
flua apenas na direção do coração e para provar que o sangue circulou ao redor do
corpo e retornou ao coração a que se ressaltar que Fabricius, seu professor em
Pádua, descobriu as válvulas nas veias (MARTINS; SILVA, 2009).
13

Doutor Harvey na sua obra ​Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis


in Animalibus de Doutor Harvey, comumente conhecida como ​Motu Cordis​, foi
publicada em Latim em Frankfurt em 1628 onde ele resume suas descobertas
quanto a circulação sanguínea:

Demonstrou-se por motivo e experimenta que o sangue ao ritmo dos


ventrículos atravesse os pulmões e o coração e é bombeado para todo o
corpo. Lá passa por os poros no Carne nas veias através da qual retorna da
periferia em todo o centro, das veias mais pequenas às maiores, chegando
finalmente à veia cava e ao átrio direito. Isso ocorre em tal quantidade, com
tal saída através das artérias e como um refluxo através das veias, que não
pode ser fornecido pelos alimentos consumidos. Também é muito mais do
que é necessário para a nutrição. Portanto, deve-se concluir que o sangue
no corpo animal se move em um círculo continuamente e que a ação ou
função do coração é realizar isso por bombeamento. Este é apenas motivo
para o movimento e batida do coração​ (​HARVEY, 1628.p.72)​.

Os predecessores e contemporâneos de Doutor Harvey acreditavam que o


sangue fosse continuamente formado de novo a partir do alimento digerido, para ser
dissipado e usado nos tecidos e considerou que a função primária do coração era a
produção de calor. O sangue foi constantemente consumido na periferia e
reabastecido por nutrientes ingeridos, e isso foi realizado pelo ventrículo direito e
veias excelentes. Doutor Harvey estudou os corações não só de vários peixes,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos, mas também de várias outras espécies de
animais (MARTINS; SILVA, 2009).

Não se pode perder de vista, que o mais importante é que ele não só
comparou estes, ele os manipulou tanto na vida quanto nos animais mortos. Ele
isolou partes do coração; ele ligou e dividiu as artérias; ele exerceu pressão sobre as
veias de cada lado das válvulas. Suas observações de corações dissecados
mostraram que as válvulas no coração permitiram que o sangue flua em apenas
uma direção. Doutor Harvey mediu o volume do ventrículo esquerdo e calculou que
a quantidade de sangue que passa pelo coração de um homem em meia hora e
estabeleceu que era maior que a quantidade contida em todo o corpo (MARTINS;
SILVA, 2009).

A observação direta do batimento cardíaco de animais vivos mostrou que os


ventrículos se contraiam, dissipando a teoria de Galen de que o sangue era forçado
de um ventrículo ao outro e a dissecção do septo do coração mostrou que não
14

continha lacunas ou perfurações e ainda, Doutor Harvey removeu o coração batendo


de um animal vivo, continuou a bater, agindo como uma bomba, não um órgão
sugador (MARTINS; SILVA, 2009).

Em resumo em meados do século XVII, William Doutor Harvey fez as


primeiras abordagens acerca da utilização de vasos sanguíneos para terapias
medicamentosas, assim sendo, ele descobriu o fluxo de circulação, trazendo uma
nova concepção da forma como o sangue fluía nas veias.

2.2 A PRIMEIRA AGULHA HIPODÉRMICA


Várias formas de injeção intravenosa em infusão têm sido tão remotas quanto o
final do século XVI. No entanto, não foi até 1853 que Charles Gabriel Pravaz e
Alexander Wood desenvolveram uma agulha bem o suficiente para perfurar a pele. A
seringa foi o primeiro dispositivo usado para injetar morfina como analgésico. O
avanço também eliminou muitas das dificuldades técnicas que enfrentam as que
experimentam a transfusão de sangue (JOHNS, 2000).

Figura 1 - ​Seringa de metal, com êmbolo, operada por com sistema de


parafusos, que permitiam controlar a quantidade se substancia a ser injetada,
inventada por Charles Gabriel Pravaz​. ​.

Fonte​:http://www.gettyimages.com/detail/news-photo/the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invente
d-by-irish-news-photo/81889937#the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invented-by-irish-physician-
picture-id81889937

O crédito para a evolução da seringa hipodérmica universalmente útil com a sua


agulha oca e pontiaguda geralmente é dada ao Dr. Wood. Ele veio com a invenção
depois de experimentar com uma agulha oca para a administração de drogas e
15

descobriu que o método não era necessariamente limitado à administração de


opiáceos (BELLIS, 2017).

Figura 2 Aparato desenvolvido na tentativa de tratamento de neuralgias,


empregando opiáceos e morfina por via subcutânea

Fonte​:http://www.gettyimages.com/detail/news-photo/the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invente
d-by-irish-news-photo/81889937#the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invented-by-irish-physician-
picture-id81889937

Figura 3 ​O escocês Alexander Wood desenvolveu um aparato, com corpo e


êmbolo de vidro que era operado empurrando ou puxando o êmbolo dentro do
cilindro.

Fonte:http://www.gettyimages.com/detail/news-photo/the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invente
d-by-irish-news-photo/81889937#the-first-hypodermic-needle-and-syringe-invented-by-irish-physician-
picture-id81889937

Eventualmente, ele se sentiu confiante o suficiente para publicar um breve


artigo em ​The Edinburgh Medical and Surgical Review intitulado traduzido para o
português Um novo método de tratamento da neuralgia pela aplicação direta de
opiáceos aos pontos dolorosos. Ao mesmo tempo, Charles Gabriel Pravaz, de Lyon ,
16

estava fazendo uma seringa similar que rapidamente entrou em uso durante as
cirurgias sob o nome da Seringa Pravaz (BELLIS, 2017).

2.2.1 Linha de tempo de seringas descartáveis

Em primeiro momento Arthur E. Smith recebeu oito patentes dos EUA para
seringas descartáveis em 1949 e 1950 em seguida no ano de 1954, Becton,
Dickinson e Company criaram a primeira seringa descartável produzida em massa e
a agulha produzida em vidro. Foi desenvolvido para a administração em massa do
Dr. Jonas Salk da nova vacina contra a poliomielite Salk para um milhão de crianças
americanas. Nesse passo os produtos Roehr introduziram uma seringa hipodérmica
descartável de plástico chamada Monoject em 1955 (PHILLIPS,2010)

Por sua vez, Colin Murdoch, um farmacêutico de Timaru, Nova Zelândia,


patenteou uma seringa descartável de plástico para substituir a seringa de vidro em
1956. Murdoch patenteou um total de 46 invenções, incluindo um alarme de
assaltante silencioso, seringas automáticas para vacinar animais, a parte superior da
garrafa à prova de crianças e a arma tranquilizante. Já em 1961, Becton Dickinson
apresentou sua primeira seringa descartável de plástico, o Plastipak e ainda o
inventor afro-americano Phil Brooks recebeu uma patente dos EUA para uma
seringa descartável em 9 de abril de 1974 (BELLIS, 2017).

Nessa vereda a invenção das seringas para vacinas o crédito foi para Benjamin
A. Rubin que fez as primeiras agulha de vacinação e teste de ponta ou agulha de
vacinação. Este foi um refinamento para a agulha de seringa convencional
(PHILLIPS,2010).

Dr. Edward Jenner realizou a primeira vacinação. O médico inglês começou a


desenvolver vacinas estudando a ligação entre varíola e vaca, uma doença mais
suave. Ele injetou em um menino com cowpox e descobriu que o menino se tornou
imune à varíola. Jenner publicou suas descobertas em 1798. Em três anos, cerca de
100 mil pessoas na Grã-Bretanha foram vacinadas contra a varíola (BELLIS, 2017).
17

Registre-se ainda que existem às seringas microneedle é uma alternativa


indolor à agulha e seringa. Um professor de engenharia química do ​Georgia Institute
of Technology chamado Mark Prausnitz juntou-se ao engenheiro elétrico Mark Allen
para desenvolver o protótipo do dispositivo microneedle.É composto por 400 agulhas
microscópicas à base de silício - cada uma com a largura de um cabelo humano - e
parece algo parecido com o remendo de nicotina usado para ajudar as pessoas a
parar de fumar (BELLIS, 2017).

Suas minúsculas agulhas vazias são tão pequenas que qualquer medicamento
pode ser entregue através da pele sem atingir as células nervosas que criam dor. A
microelectrónica dentro do dispositivo controla o tempo e a dosagem do
medicamento entregue.

Outro dispositivo de entrega é o Hypospray. Desenvolvido pela ​PowderJect


​ m Fremont, Califórnia, a tecnologia usa hélio pressurizado para
Pharmaceuticals e
pulverizar medicamentos em pó secos na pele para absorção (BELLIS, 2017).

De acordo com Phillips (2010) na sua aprimorada obra Manual de Terapia


Intravenosa, no século XIX ocorreu a transfusão sanguínea de humanos para
humanos. Pasteur e Lister trabalham com a higienização e esterilização, consumo
de chaves salinas para reposição de perdas hidroeletrolíticas, higienização de mãos
na advertência de infecções, e no ano de 1940 houve trabalho sobre infusão
intra-óssea e cateter intravenoso flexível instalado por dissecção e por volta de as
décadas de 1940-1960 foram usados CCIP/PICC em Centro Terapia Intensiva e
Nutrição Parenteral.

No século XX com o advento da primeira e segunda guerra mundial acontece


a criação do banco de sangue, tendo em vista o tratamento dos soldados feridos em
guerra, somente em 1950 surgem dispositivos com designer moderno e
aprimorados, esses eram apresentados com uma composição de resina no canhão e
a agulha metálica.
18

3 O APARELHO DE ULTRASSOM UTILIZADO NA PASSAGEM DO PICC E


O VENOSCÓPIO

O advento de múltiplas técnicas e progresso tecnológico alusivo ao acesso


vascular permitiu o escape, do mesmo jeito que o acréscimo, da vida de incontáveis
pacientes. Porém seu uso não está isenta de problemas, uma vez que várias vezes
são capazes de alterar-se de maneira catastrófica. (BIOMEDICAL, 2016).

A Biomedical uma das empresas que fabricam o Cateter central de inserção


periférica em poliuretano PICC descreve que é um produto médico utilizado somente
19

uma vez, porém que fica por um grande período de tempo conectado ao paciente.
Ele é aconselhado para os seguintes pacientes neonatal, pediátrico e adultos,
indicado para pacientes que precisam de um cateter central e tem dificuldade de
acesso venoso periférico, tendendo diminuir o perigo de complicações, admitindo a
administração de drogas vasoativas, sedação contínua, quimioterapia,
hemoderivados, nutrição parenteral, antibioticoterapia, infusão de soluções e
medicamentos, retirada de amostras sanguíneas e medição da pressão venosa
central. (BIOMEDICAL, 2016).

Os fatores que beneficiam o uso do cateter são: Maior vida útil que os
cateteres periféricos; Possibilidade de monitorização hemodinâmica invasiva;
Possibilidade de administração de solução de alta osmolaridade (npt);
possibilidade de administração de drogas em lumens distintos.

Para melhor explicitar as vantagem do uso desse dispositivo elencamos o uso


em condições específicas como o em pacientes ainda crianças, adultos e idosos
(TOMA, 2004).

Os cateteres intra vascular estão indicados como acesso vascular central,


nutrição parenteral, tratamento da dor, coleta ou perfusão de sangue, preservando
assim a rede venosa periférica e reduzindo a troca regular de cateteres periféricos.
Tendo ele maior vida útil que os cateteres periféricos, ou seja, sua utilização, temos
a terapia de média e longa duração, com menores taxas de complicações
comparadas ao cateter venoso central; bem como redução do estresse e aumento
do conforto e bem estar da criança (TOMA, 2004).

Figura 4​ Cateter central de inserção periférica em poliuretano - PICC


20

Fonte:​ Google imagens (2017)

Uma das principais funções dos exames laboratoriais é auxiliar o médico em


um possível diagnóstico do paciente. Para tanto, todas as fases que antecedem a
execução dos testes, sobretudo a fase pré-analítica, devem ser realizadas com o
devido cuidado necessário para garantir a segurança do paciente e resultados
exatos. É na fase pré-analítica que ocorrem a maior parte dos erros que podem
gerar resultados não consistentes com o quadro clínico do paciente. Logo, para os
profissionais da área da saúde, uma das funções mais básicas e importantes é a
retirada de sangue dos pacientes para a realização de exames, com o advento do
Venoscópio esse procedimento ficou mais preciso e ágil (NICHOLS;
DOELLMAN,2007).

O Venoscópio é uma ferramenta reconhecida pela Agência Nacional de


Vigilância Sanitária - Anvisa e pelo FDA ​(Food and Drug Administration)​, além de
premiações reconhecidas internacionalmente, como o ​American Chemistry Council
(ACC) e o International Society for Laboratory Haematology (ISLH) (NICHOLS;
DOELLMAN,2007).

Através da combinação de luzes verde e vermelha projetadas sobre a pele, é


possível identificar, em um tom azulado, o gás carbônico transportado pelas veias,
assim sendo, a visualização da própria veia fica mais fácil antes mesmo de
21

puncionar o paciente. Existem Venoscópio para adultos, conhecido como


Venoscópio IV Plus e para crianças, conhecido como Venos Baby (NICHOLS;
DOELLMAN,2007).

Figura 5​ Venoscópio Baby

Fonte:​ Google imagens (2017)

Os dois trazem os mesmos benefícios para o paciente, sendo os principais:


Reduzir a ansiedade e a dor, pois o procedimento é mais seguro e menos
traumático; Reduzir a probabilidade de formação de hematomas (NICHOLS;
DOELLMAN,2007).

Já para o trabalhador da área da saúde os benefícios são: Reduzir a taxa de


punções malsucedidas; Garantir mais segurança e rapidez na hora da coleta;
Auxiliar na procura de veias em pacientes com difícil acesso venoso. Portátil,
compacto e anatômico, seu manuseio é fácil e possibilita, de forma não invasiva, a
visualização das veias através da luz (GREBENIK et al, 2004 ATKINSON et al.,
2005).

Com ele é possível obter parâmetros fundamentais para a punção da veia:


Calibre e diâmetro; Trajeto e bifurcações; Fluxo e permeabilidade (GREBENIK et al,
2004 ATKINSON et al., 2005).
22

Além disso, o Venoscópio IV Plus beneficia pacientes que têm o acesso


venoso difícil, como: Obesos; Idosos; Peles escuras; Pacientes crônicos
(GREBENIK et al, 2004 ATKINSON et al., 2005).

Assim sendo, o uso dessa tecnologia para inserção e progressão do cateter


venoso central de inserção periférica (PICC), ajudam com sucesso em 90 a 100,0%
nos procedimentos realizados em pacientes submetidos à implantação deste cateter
guiado (PARKINSON et al.,1998). Entende-se que o ultrassonografia vascular auxilia
na localização do vaso e aumenta as taxas de sucesso em relação ao
posicionamento central do cateter, com redução do número de tentativas (NICHOLS;
DOELLMAN,2007). As inserções de PICC pelas veias basílica e cefálica foram
facilitadas com o uso da ultrassonografia vascular, por reduzir múltiplas tentativas de
punção sem sucesso pelo método tradicional e reduzir o tempo do procedimento em
até cinco minutos (SANDHU; SIDHU, 2004).

Pesquisadores descrevem possível aumento do sucesso na inserção de PICC


e redução da incidência de complicações em crianças com o uso da USV, a partir da
experiência de uso desta tecnologia em um neonato de 850 gramas. Quanto à
inserção de cateteres centrais há controvérsias entre estudos que consideram a
ultrassonografia vascular- USV um instrumento facilitador do sucesso da punção e
na redução de complicações, enquanto outros demonstram redução do sucesso do
procedimento (MACHOTTA,2005). A taxa de sucesso e a ocorrência de
complicações dependerão de fatores que incluem o tamanho e a condição da
criança, experiência do profissional, local de inserção do cateter, presença de
anomalias vasculares, alterações da coagulação, cateterizações anteriores, dentre
outros (ATKINSON et al., 2005)

Já no uso da ultrassonografia vascular (USV) para o direcionamento do


cateter de PICC, a técnica apresenta tem sido descrita como eficiente e concretizo,
especialmente no momento em que usada em clientes com histórico de punções
prévias sem resultado, demonstrando bons efeitos para obtenção do acesso venoso
e apresentando-se como um caminho plausível ao procedimento clássico de punção,
23

que acontece por intermédio da visualização e palpação da barga venosa periférica


(EPSTEIN, 2011).

​ igura 6​ ​Aparelho VeinViewer


F

Fonte:​ Google imagens (2017)

Em Setembro de 2002, o ​National Institute of Clinical Excellence (NICE)


elaborou um documento intitulado "Orientações sobre a utilização de dispositivos
para obtenção de imagens ultrassonográficas para inserção de cateteres venosos
centrais”, que recomenda o uso como método preferencial para inserção eletiva de
cateteres venosos centrais na veia jugular interna em adultos e crianças (GREBENIK
et al, 2004 ATKINSON et al., 2005).

Estudo evidenciou que o uso do venoscópio contribuiu para o aumento do


sucesso, com redução do tempo para o procedimento e número de tentativas,
durante a cateterização da veia jugular interna em pacientes de unidades de
cuidados intensivos, por médicos pouco experientes, como residentes (SLAMA et
al.,1997). O uso da USV reduziu significantemente o insucesso no posicionamento
de cateteres nas veias jugular interna e subclávia, as complicações durante a
inserção e a necessidade de múltiplas tentativas para passagem do cateter, quando
comparado ao método tradicional de inserção de Cateter Venoso Central (SANDHU;
SIDHU, 2004).
24

4 A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE ÀS TECNOLOGIAS


UTILIZADAS NA PUNÇÃO INTRAVENOSA

A terapia intravenosa conta com as contribuições da tecnologia para uma


prática mais segura da assistência de enfermagem, assim sendo, inovações estão
disponíveis desde o cateter intravenoso periférico bem como os centrais ,
acessórios com dispositivos de segurança e as bombas de infusão de última
geração, nessa seara a equipe de enfermagem é a responsável pela procedimento
de terapia intravenosa, especificamente o enfermeiro , para tanto o mesmo deve
estar bem treinado e apto ao manuseio das ferramentas disponíveis .

4.1 A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO

A ANVISA lançou no mês de agosto de 2017, um informativo, com o objetivo


de colaborar com os profissionais de enfermagem listando as principais medidas de
prevenção de infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central no
que segue (ANVISA, 2017):

4.3.1 Inserção do cateter


Utilize um checklist de inserção de cateter central para assegurar as práticas
de prevenção de Infecção Primária da Corrente Sanguínea (IPCS) no momento da
inserção do cateter; Estabeleça kits de inserção de cateter que contenham todos os
insumos necessários para inserção do cateter central; Higienize as mãos antes e
após a inserção, bem como para qualquer tipo de manipulação do cateter; Utilizar
barreira máxima estéril no momento da inserção do cateter central: Campo estéril
25

ampliado, de forma a cobrir o corpo todo do paciente; Todos os profissionais


envolvidos na inserção devem usar gorro, máscara, avental estéril de manga longa,
luvas estéreis e óculos de proteção; Realizar a preparação da pele do paciente com
solução alcoólica de gliconato de clorexidina > 0,5%; Aguarde a secagem
espontânea do antisséptico antes de proceder à punção;Não realizar punção em
veia femoral de rotina, pois a inserção neste sítio está associada a maior risco de
desenvolvimento de infecção (ANVISA, 2017).

4.1.2 Manutenção do cateter

Toda manipulação deve ser precedida de higiene das mãos; Usar gaze e fita
adesiva estéril ou cobertura transparente semipermeável estéril para cobrir o sítio de
inserção; Realizar a troca da cobertura com gaze e fita adesiva estéril a cada 48
horas ou a cada 7 dias se utilizar cobertura estéril transparente;

Figura 7: Cateter

Fonte​: Google acadêmico (2016)


26

E ainda qualquer tipo de cobertura deve ser trocada imediatamente,


independente do prazo, se estiver suja, solta ou úmida; Realizar desinfecção das
conexões, conectores valvulados e ports de adição de medicamentos com solução
antisséptica à base de álcool, com movimentos aplicados de forma a gerar fricção
mecânica, de 5 a 15 segundos; Avaliar, no mínimo uma vez ao dia, o sítio de
inserção dos cateteres centrais, por inspeção visual e palpação sobre o curativo
intacto (ANVISA, 2017).

4.1.3 Retirada do cateter

Remover cateteres desnecessários; Cateteres inseridos em situação de


emergência ou sem a utilização de barreira máxima devem ser trocados para outro
sítio assim que possível, não ultrapassando 48 horas; Reavaliar diariamente a
necessidade de manutenção do cateter, com pronta remoção daqueles
desnecessários; Não realizar troca pré-programada dos cateteres centrais, ou seja,
não substituí-los exclusivamente em virtude de tempo de sua permanência (ANVISA,
2017)
A prevenção de infecções de corrente sanguínea relacionadas a CVC
abrange na aplicação das medidas de prevenção que são focadas na passagem do
cateter, na sua manipulação e na monitorização de sua retirada.

Apesar do reconhecimento da literatura mundial da importância da utilização


de cateter venoso central como recurso para manutenção da vida em pacientes,
atualmente têm-se descrito, inúmeras complicações associadas ao seu uso com
implicações de alto risco para os pacientes principalmente em pacientes críticos, em
especial a infecção (BRASIL,2010).

4.2 A ADMINISTRAÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR – USV NA


VISÃO DO COREN-SP
No que refere-se a capacitação especializada para a administração da
ultrassonografia vascular - USV ​Infusion Nurses Society assevera que aos médico e
os enfermeiros são permitidos a realização desse procedimento, o COREN-SP
27

também confirma no Parecer nº 03 de 2009 essa afirmativa logicamente mediante a


treinamento e capacitação dos mesmos, dessa forma, eles podem fazer o
procedimento tanto com cateteres periféricos quanto PICC (COREN-SP).

O Parecer nº 15/2014 do COFEN entende que na realização de anestesia


local por enfermeiros no procedimento do PICC:

O Enfermeiro com curso de Capacitação/Qualificação para Inserção do


PICC, em instituição que possua protocolo que normatize a aplicação de
anestésico local pelo Enfermeiro, e treinamento do profissional para esta
atividade, poderá realizar o procedimento de anestesia local, com a
lidocaína 1% e 2% sem vasoconstritor, no tecido subcutâneo, com a
finalidade de inserção do PICC. (CONSELHO FEDERAL DE
ENFERMAGEM, 2014.p.02)

O COFEN é quem determina as atuações de enfermagem pertinentes à


cateterização percutânea como ação do profissional de enfermagem, nesse contexto
a passagem e a retirada do cateter venoso central de inserção periférica – PICC,
inclusive o guiado por ultrassom e a prática da anestesia local com a finalidade de
inserir o PICC não são atos médicos e o enfermeiro treinado e capacitado pode
realizar esse procedimento conforme PARECER CT COREN-SP 043 /2013 PRCI n°
100.988. Válido lembrar que além do conhecimento técnico deverá o enfermeiro ter
habilidade técnica, deve o mesmo compreender a capacidade científica e noção no
que tange às normas que regulamentam o tema e os princípios éticos para a
prática segura da realização do procedimento assim é a recomendação do
(COREN –SP, 2013).

4.3 OS BUNDLES

A ​Infusion Nurses Society ( 2011), destaca que para um resultado positivo da


terapêutica com o PICC, incumbe ao Enfermeiro competências e celeridade para
manuseio do processo desde a fixação até a retirada do mesmo , os profissionais
devem estar preparados para às recomendações e contra indicações, avaliação dos
riscos e vantagens do mecanismo, a identificação dos pontos ético-legais aplicáveis,
sua análise e entendimento da indicação e contra indicação e prováveis dificuldades
e ainda aos cuidados e preservação com o cateter e a via de acesso
28

Já sobre a inserção do PICC, a INS Brasil adverte, em suas Diretrizes


Práticas para tratamento infusional (2013), que o profissional de enfermagem seja
preparado e capaz pelo estabelecimento credenciado juntamente ao COFEN
(INFUSION NURSES SOCIETY, 2013).

Assim sendo, os “Bundles”, que é um conjunto de boas práticas que resulta


na melhoria dos cuidados para os pacientes com cateter venoso foi proposto pelo, o
IHI (Institute for Health care Improvement), os quais são determinados a partir de
evidências científicas que visam estabelecer padronização do cuidado no que segue
(COFEN,2012):

BUNDLE 1 - Lavagem das mãos: A lavagem das mãos é um importante


cuidado que deve ser incorporado a nossa prática assistencial, devido ao seu grande
impacto no controle de infecções hospitalares. Ela deve ser realizada,
principalmente, antes do auxílio no procedimento de inserção do cateter (CVC) e nas
manipulações do cateter no momento de administração de medicamentos ou troca
de curativo (COFEN,2012). ​BUNDLE ​2 - Precaução máxima de barreira todos os
profissionais de saúde envolvidos no procedimento de inserção do cateter central
devem utilizar máscara, gorro, avental e luvas, e cobrir o paciente com campo
estéril, minimizando assim as chances de contaminação dos materiais e do cateter
(APECIH,2008).

Figura 8​ Fisiopatogênica da infecção


29

Fonte​: Maki, D. G. – In Bennet, J.; Brachman, P.; eds. Jospital Infectios, 3rd ed. Boston: Little,
Brown(1992)

Já o BUNDLE 3 - Antissepsia da pele com Clorexidina estudos comprovaram


que o uso de Clorexidina é mais eficaz que outras soluções antissépticas, tais como
o Iodopovidona. Por isso, no momento da inserção do cateter a pele deve ser
preparada com a apresentação alcoólica da solução, por meio da realização de
fricção por 30 segundos, após deve-se deixar a pele secar, por aproximadamente
dois minutos, antes de iniciar a punção(COFEN,2012). E o ​BUNDLE 4 - Sítio de
inserção adequado.Estudos comprovam que o uso da veia subclávia está associado
a menor risco de infecção, e a femoral possui risco aumentado, além de maior
chance de ocorrer TVP (trombose venosa profunda), portanto, podemos considerar
como veias padrão para punção a subclávia, ou jugular e por último a femoral
(COFEN,2012).

Quanto ao BUNDLE 5 - Reavaliação diária da necessidade de manutenção do


cateter O profissional não deve focar a atenção somente no procedimento que está
sendo realizado mas, sobretudo, precisa buscar toda e qualquer possibilidade de
inserir o cuidado para promover uma melhor qualidade de sua vida ao outro, uma
vez que o princípio norteador das ações de enfermagem é a educação do cliente e a
sua compreensão sobre a importância da prevenção (CHINN; KRAMER,1995).
30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dado o exposto conclui-se que no século XX com o advento da primeira e


segunda guerra mundial acontece a criação do banco de sangue, tendo em vista o
tratamento dos soldados feridos em guerra, somente em 1950 surgem dispositivos
31

com designer moderno e aprimorados, esses eram apresentados com uma


composição de resina no canhão e a agulha metálica.

Entende-se que os fatores que beneficiam o uso do cateter são: Maior vida útil
que os cateteres periféricos; Possibilidade de monitorização hemodinâmica invasiva;
Possibilidade de administração de solução de alta osmolaridade (npt);
possibilidade de administração de drogas em lumens distintos.Com o advento do
venoscópio que através da combinação de luzes verde e vermelha projetadas sobre
a pele, é possível identificar, em um tom azulado, o gás carbônico transportado
pelas veias, assim sendo, a visualização da própria veia fica mais fácil antes mesmo
de puncionar o paciente. Existem Venoscópio para adultos, conhecido como
Venoscópio IV Plus e para crianças, conhecido como Venos Baby.

A pesquisa permitiu identificar que a terapia intravenosa conta com as


contribuições da tecnologia para uma prática mais segura da assistência de
enfermagem, assim sendo, inovações estão disponíveis desde o cateter intravenoso
periférico bem como os centrais , acessórios com dispositivos de segurança e as
bombas de infusão de última geração, nessa seara a equipe de enfermagem é a
responsável pelo procedimento de terapia intravenosa, especificamente o
enfermeiro , para tanto o mesmo deve estar bem treinado e apto ao manuseio das
ferramentas disponíveis .

Por fim o ​COFEN é quem determina as atuações de enfermagem pertinentes


à cateterização percutânea como ação do profissional de enfermagem, nesse
contexto a passagem e a retirada do cateter venoso central de inserção periférica –
PICC, inclusive o guiado por ultrassom e a prática da anestesia local com a
finalidade de inserir o PICC não são atos médicos e o enfermeiro treinado e
capacitado pode realizar esse procedimento.

REFERÊNCIAS

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