Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Teorias da Justiça
Para Platão
Sócrates para rebater todas essas teses conceitua justiça a partir do homem dentro da polis, podemos dividir a alma
do homem em três partes: razão, coragem e temperança.
É o ideal moral de toda conduta social.
Ordem das relações humanas ou a conduta de quem se ajusta a essa ordem. Justiça como conformidade da conduta a
norma.
Para Aristoteles
A justiça é uma concepção fundamental dentro da teoria ético-política aristotélica, ela é a virtude que rege as
relações dos homens na cidade. Segundo Aristóteles a justiça é uma disposição de caráter que torna os homens
propensos a fazer e desejar o justo.
Este primeiro sentido de justiça é chamado de absoluto e corresponde à virtude em sua totalidade, enquanto uma
parte da virtude, a igualdade, será objeto da justiça em seu caráter particular.
Ele defende que a justiça advém de educar a sociedade, dessa forma defende a teoria de que a justiça é a virtude
integral perfeita.
Perfeita: A justiça é a forma perfeita de excelência moral porque ela é a prática efetiva da excelência moral perfeita.
Ela é perfeita porque quem possui o sentimento de justiça pode utilizá-la não só em relação a si mesmas, como
também em relação ao próximo.”
Eu posso utilizá-la comigo e com os outros, fazendo então com que se aproximem de mim.
Sendo então, justo nas pequenas coisas e tendo um ambiente justo facilitará.
“Justiça que integra os outros”.
A justiça, conforme dito alhures é considerada como a maior das virtudes, pois esta visa o “bem do outro”,
relacionando-se com o próximo.
Justiça Universal: é o cidadão cumpridor da lei. Trata-se de uma obediência do nómos, ou seja, ao ordenamento
jurídico expresso pelas normas, englobando também os costumes e princípios preponderantes em uma determinada
comunidade.
Justiça Particular: é uma espécie de justiça que, ao contrário dôo que ocorre com a justiça universal, se corresponde a
apenas uma parte da virtude e não a virtude total. Portanto, o justo particular é espécie do gênero Justo total.
Divide-se em duas espécies: Distributiva e Corretiva
A) Distributiva: É a que divide os recursos e bens comuns, sendo a mais fácil e mais comum nos tribunais. Devendo
ser feita segundo a contribuição de cada um para a produção desses bens. Esse tipo de justiça utiliza-se de geometria
e aritmética, onde as recompensas dadas a duas pessoas estejam entre si com os méritos respectivos.
A igualdade, pois, a ser observada é proporcional, ou seja, considera-se a situação das pessoas, repartindo-se os
benefícios DE ACORDO COM O SEU MÉRITO, e os encargos proporcionalmente à sua capacidade o resultado deve
ter por base o critério individual, assim como na fixação do salário a ser pago ao trabalhador.
Ex: Quando um pai que tem dois filhos dá dois chocolates para um e apenas um para o outro, o que é que este último,
que ganhou somente um chocolate, diz? “Isso não é justo!” E por que ele diz isso? Porque, na sua cabeça, ele, que é
igual ao irmão, merece igualmente ganhar dois chocolates.
Mas nós não sabemos os motivos do pai, e ele pode ter dado dois chocolates para o primeiro irmão porque ele lavou a
louça, por exemplo. Sendo assim, agora sabemos que o primeiro irmão mereceu os dois chocolates, e já não achamos
que o pai cometeu uma injustiça.
B) Corretiva: Méritos e desvantagens consiste em conformar-se as normas, mas precisamente as que prescrevem a
igualdade entre os méritos e vantagens ou entre as vantagens e desvantagens de cada um.
A função da justiça corretiva é exatamente a de corrigir a situação de injustiça. E como ela faz isso? Por meio de uma
relação de igualdade absoluta: quer dizer, retirando absolutamente tudo o que está com quem não deveria estar e
entregando para aquela pessoa que merecia originalmente.
Esse ato que corrige uma situação de injustiça, que realiza a justiça corretiva, é chamada de “ato de justiça.”
Ex: filha que cuidou do pai e tem o MÉRITO que as irmãs que cuidaram não tem, devendo estar ter direito a maior
parte do dinheiro. Irmãos que não cuidaram: demérito.
KANT, “dar a cada um o que é seu” para ter sentido deve ser: garantir aquilo que é seu. Ou lhe dar aquilo que lhe foi
tirado.
Kelsen: uma teoria pode fazer uma afirmação com base na experiência: só uma ordenação jurídica que não satisfaça
aos interesses de uns em detrimento de outros.
Existem grupos privilegiados na sociedade e acham que porque tem mais dinheiro estarão mais seguro que os outros.
THOMAS HOBBES, afirma que “a justiça consiste simplesmente na manutenção dos PACTOS, e que, portanto, onde
não há Estados com poder coercitivo que assegure a manutenção dos pactos, não existe Justiça, nem injustiça.
Neste caso, a justiça também é em conformidade com a uma regra, mesmo em se tratando de uma regra
simplesmente pactuada.
Justiça Teleológica
Justiça relacionada aos fins:
O objeto do juízo é a própria norma, e desse ponto de vista as diferentes teorias da justiça são os diferentes conceitos
do fim: felicidade, utilidade, liberdade e paz em relação ao qual se pretende medir a eficiência da norma como regra
para o comportamento o intersubjetivo.
Felicidade: é a utilidade de quem se destaca pela virtude, ou seja, é definir como justa as coisas que propiciam ou
mantêm a felicidade ou parte dela na sociedade.
Felicidade tem que ser vista de forma mais ampla. Momentos de felicidade não são felicidade, pois ela deve estar
sobre controle.
Aristóteles diz que alegria máxima, prazer máximo e satisfação= bem supremo.
O exercício da virtude mais elevada (intelecto, razão): cuidar do seu intelecto, ter o máximo de conhecimento.
Razão: Juntar, recolher e selecionar. Uma pessoa necessita de conhecimento, pois a ignorância faz sofrer.
È a mais importante de todas devido a RAZÃO.
A participação política pela prática da justiça: busca de ações para o bem estar tanto individual como coletivo.
A convivência com amigos: Faz bem e precisa dos amigos para ter a experiência da gratuidade.
A posse de suficiente quantidade de bens: é a quantidade de bens que você coloca como suficiente para ser feliz.
Utilidade: A utilidade e o fim da justiça é propiciar a felicidade e a segurança, mantendo a ordem na sociedade.
Liberdade: a tarefa suprema da natureza em relação à espécie humana... é uma sociedade em que a liberdade sob
leis extremas esteja unida, no mais alto grau possível, a um poder irreversível, o que é uma constituição civil
perfeitamente justa”.
Paz: é justa a ordenação que garanta a paz, afastando os homens do estado de guerra de todos contra todos, em que
vivem no “estado natural”.
Para a igualdade de forças e de todas as outras faculdades humanas, os homens vivem no estado natural, isto é, no
estado de guerra, não podem prender que sua conservação seja duradoura.
Igualdade como Reciprocidade: Segundo o qual cada um deve esperar dos outros tanto quanto os outros esperam
dele.
- Conhecimento científico.
- O juiz que vai julgar a questão apresentada pelas partes. Um que vota e outro que é votado. Chamamos de
subjetividade a essa esfera de interesses ou de vontade, de cada indivíduo, ou associação de indivíduos, que não
apenas existem, mas convivem com outros indivíduos com subjetividade própria.
- Cada subjetividade é um complexo de instintos egoísticos, desejos, aspirações, sentido de prazer, concepção de
valores, finalidades e de felicidades, concepção do mundo e da vida, e com capacidade de realização, maior ou
menor, tudo formando um microcosmo.
A igualdade é sempre uma abstraçao ̃ , já que não existem dois seres iguais, e o normal é a desigualdade.
A igualdade não é um “phýsis”, isto é, não existe na natureza. Ela é uma criação da ordem jurídica, desta depende. A
abstraçao
̃ de atributos irrelevantes é que permite a conceituação da igualdade.
O respeito à subjetividade não deve ser privilégio de alguns apenas. As pretensões reivindicadas serão atendidas na
medida em que possam ser asseguradas aos demais em iguais condições.
A igualdade consiste na negação de privilégios injustificado, de toda desigualdade que não decorra da natureza das
coisas.
Por ex: Escravidão, machismo, intolerâncias... todos são privilégios que devem sem combatidos.
E a equidade serve para fazer uma correção da justiça, no momento em que ela se torna ineficaz devido a sua
universalidade. Então, os juízes são autorizados pela lei a analisar os casos concretos, num modo para evitar lacunas
na lei. Portanto, Aristóteles considera que a equidade é justa, sendo melhor que a espécie de justiça mais conhecida.
AMIZADE: é uma virtude necessária a vida, mesmo que possuamos diversos bens e riqueza e saúde, poder ainda
assim não será suficiente para nossa realização plena pois nos falta a essencial e indispensável amizade. Na ética
aristotélica quanto mais influência e poder de manipular o homem mais necessidade ela terá de ter amigos.
A Justiça e a Amizade possuem os mesmos fins, mas considera a amizade superior a justiça, pois a justiça é utilizada
para contornar os atos em relação ao próximo que não conhecemos.