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""!o qUal-to Congresso, em i(i'i?2, o ter' mo h..e.i~J~lU.o.n.l.~ ~':\o qu(-? p:':\r'ec(~


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Gramscl n~o acesso a esses documentos do COMINTERN,
somente teve
como alnda participou do quarto congresso. Diante disso, ~ ine-
. e um vinculo entre as de- A

gável, conforme Anderson, a existenclB d..


-f-i.fll<;:õe'i::. ela II I Int~~qlaciQnal aÇ.el"ca.da,heg~~monla e a .e~abon:\ç:ao
teorlca do pensador ltallano, A prlmelra vez, com efeIto, que
E~~:.t(~~tel"mo api:II"E~ce nos ~:;(,:~u!:; E~'i:;CI..].tQ'i:~, E.'IE.' faz I"(~~fel"ência à .a..U..i;1.,[j.-"
.<i..,a !jJ~. r;..Liu.5.!:;' d..Q f1..1:..o..l.d..;.U..J"ill;U;L c om ou t r os 9 ,- u p (.1
S e x p 1 o 1-a dos , ~:;o b I"e --
tudo luta
o calTlpe!.~J.nato,
na comum conb-a a opn:~ssao do caPltal".
lsso n~o se reveste de nenhum caráter ele novidade. No entanto, o
p os t 121-3.DI" d e 'i:!,
en vo 1 V]. ITIE.'nto do p E~n'i:>,,\m(~~n
t: el d E~ DI" am!:~c 1, "p €-~I"
m i t ri.u UlTli:i
tran~:;:i,ç:ão (. o .) 1',,\1-:::\ um,:I. t;eoria de hegemorl1a muito mais ampl<':\ cio
~ue havIa sIdo lmaglnado (...). Na verdade, Gramsci es- na RJssia
tendeu a noçao de hegemonia a partir da sua aplicaç:io original.
das perspectlvas da classe operárla em uma revoluçio burguesa
contra uma ordem feudal, para os mecanismos de dominaçio da bur-
DueSla sobre a classe oper~ria em uma sociedade caPltalista
estabilIzada". Embora lenha havido um precedente, nas teses da
III Internaclonal. este nio decorrla de uma an~lise mais detida
da dominaçio capitalista recente, "Gramscl, ao contrárIo, empre-
9a\',,' a~JC)\"a o c:onceJ.to de hegemonJ.a pal"a uma .aD.i..U,~ .d..i1~ll ~
o(i::i.t..1:.!.J.t.1J'}:.i1~
.d.i;l p..J;)J;L~~J;u.u:..g.1Lê..s.JJJJ. .oJ:..i.d.~il, F o 1 um p as 5 o n o v o ('! de""
c:l \::.l \' o o,, ( foIn cI('i:)"~:;o n, 1.98(.): 1.9 .".r..~ í.? "" 9 I":i.f C)~;.n (.') CI)":í.~Iri.n a I )., o q U(-:!'Co n ....
fere o caráter de novidade. Em Gramscl, além do mais, o conceito
de heDemonla vem acompanhado de uma ine~uivoca infase cultural.
Nesse sentido, a hegemonia nio é entendida apenas, como em Linln.
como cllr'o?~(j:;ao politu::a, "mas \:alflb~m C(:HflOdj.I-f-~..:~\C)mOI-aI, cultu)"al,
i d (~o 1 Ó9 i c a " (G )"u p P :1., i (i'? 8: i i ). P i:l.I"a ('i:I e, a h e 9 ('i:ITIo n 1 a St
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ele:' uma dupla PE~I-f:'.pect:i.'-.'a, como toda a açio polític;;\: "força f:.'
consenso, necessidade e liberdade, dominaçio e direçio unidos
di.':\lét:i.C:.;o €,~ hi.!::.t 01" lc<:\m(-:!'nte (~~fTI um todo" (Tav"u"€-~'i:~ di';:' ."ki:1U'i:;.,
1989:42).Vale a pena ressaltar, ainda, que a teoria dos intelec-
tuals de Gramscl decorre do destaque que ele concede ~ cultura
enquanto componente fundamental da hegemonla, uma vez que se tra-
t a d €~ ,. U fTIa é\ ç ~\ o (! u E~ é\ t :i.
n 9 f~ n a (,') ,,\P e nas <:\ (-:!'5 t I" U tU)" <:1 ~'C: o n Ô !fi1 C a e a

Organlzaç~o política da sociedade, mas, tamb~, age sobre o modo


de pensar, de conhecer e sobre as orlentaç5es ideológIcas e cul-
turaIs" (Tavares de Jesus, 1989:42). Tratando-se da questio da
he8emonla, finalmente, torna-se lmportante fazer uma breve refe-
rincIB ~ sociedade civil. AssIm sendo, o pensador sardo a carac-
terlza cama uma esfera da superestrutura, onde si o formulados e
clrculam a cultura, a ideologia, enfim, as relaç5es de direçio
pOlítica e ideológica, de hegemonia, de uma classe social com re-
l:;:l.i,;:;:\O :?:\~:;.outr':;:\~5, m<':\!5 também como o "1ug:;:'!)""
ond('2 t:Odi:I.~5 a~5 cl<.4.!5~:;e~;;
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~). ConfOI-ITI('2 c)'Donnel1 (j,907:'i.?'i), "() termo 'buroc)',:\t:í.co""autol"it<~"..


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I"\' e p a )- a s li 9 e I" Ü' a 19 li 1fta s das c a I"a c t €.r J:S t j. C clS u t :i.1 i ""
~ávels para del1mitar um tipo de Estado que deve ser distinguIdo
de outros, tambim autorit~rlos, que foram muito mais estudados -
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da sociedade civil. Do ponto de vista das facç6es milita-

)"€~'::> , a ascensio de Geisel significava o retorno da corrente sor-

bC)('li~;;t:~, tida como liberal e identificada como castelista. f <" v D'"'

r,~v,::: I . portanto, a transformaçio cio Brasil numa potincia moderna

dotada porim de alguma forma de democracia.

E:v:í.d~:nt \"!:ITI€.:nt€.: qu~: a "linh,:\. dur:i:l", c( d (~:n DITI i n ",d c(

"c':Jmun id,:ld(~ d ~: i n t' o i" ma ç: () ~~. s " f:.~ o~; ~;; f!: t 0:1'( e f.~ m <1 :i.~:; d i I" (~: t <:I.
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v:í.dos com a repressio e a tDrtura - que ganharam nDtivel autDno-

mia de açio, sobretudo no Governo Midici - reagiram violentamente

ao prDjeto liberalizante de Geisel, Golber~ e de seus colaborade-


I" (.::~;; castelistas. Deste lTIode,entre as quatro metas principais de
G (;)v e 1"I"iC)
G~:isli:,,:l , :,,\ p r' :i.me i \" ,:\. del<:\s, con fOI"me ~) k i ti ITI (;) \- (~: ( :i.~'Btj :

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dizia respeito ~ necessidade de assegurar o apoio majo-

rit~rio dos militares, sem o qual seria difícil realizar qualquer

mud<:\.nç<.o!. pol ít ie,":\ significativa. Para tanto. seria necessário

=> ~:'m d LI v i da, }"(~:!:d: ,- i n 9 :i.


r' (J I":::Ü C) cI €~ a ç: ~{ o da" 1 :i.
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contribuíram para acentuar o desgaste das Forças Ar-
m<:ldas diante de setores, cada vez mais amplos, da sociedade braL
t'> i I ~: i \..a . As metas restantes eram as seguintes: controlar os sub-

versivos. retorno à democracia e manter altas taxas de crescimen-

te econé)mic('J.

Por outro lado, 05 militares via perdendo aos pou-

cos os seus aliados civis. A classe burguesa, artífice do "moll1en-


to ):)\..
umi \..i C) II , começa a reivindicar um maior acesso à tomada dI"!:

d ',::C:l !:d5(-'!:s do governo e a exigir uma menor autonomia estatal. Um


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