Você está na página 1de 3

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2017.2

PRÁTICA 9 – REGIME TRANSITÓRIO EM CIRCUITOS RLC

1. Objetivos

• Estudar a resposta transitória de circuitos RLC série e paralelo, observando o


comportamento das correntes e tensões destes circuitos.
• Verificar de forma experimental os tipos de transitórios para um circuito de segunda ordem
RLC.

2. Revisão Teórica

O circuito RLC é um exemplo de circuito de segunda ordem, pois suas correntes e tensões são
descritas por uma equação diferencial de segunda ordem, apresentando a seguinte forma:

d 2 y (t ) dy (t )
2
+ 2α + ω02 =
0 (1)
dt dt
Onde: y(t): variável comum aos 3 elementos (corrente RLC-série e tensão RLC-paralelo)
A equação característica da equação (1) é dada por (2).

r 2 + 2α r + ω0 2 =
0 (2)

Assim, as raízes têm a forma geral:


r1,2 =−α ± α 2 − ω0 2 (3)

Também costuma-se definir ζ como a taxa de amortecimento:


α
ζ = (4)
ω0

Considerando a expressão anterior, a forma geral das raízes da equação característica pode ser,
ainda reescrita como:
−ζω0 ± ω0 ζ 2 − 1
r1,2 = (5)

Combinações de valores de w0 (frequência natural) e de (frequência neperiana) geram soluções


diferentes, o que implica em diferentes comportamentos transitórios do circuito, a saber:
subamortecido, superamortecido ou criticamente amortecido.

1
Prof. Harold; Sergio
1
ω0 = Frequência natural (2)
LC
1
α= RLC paralelo (3)
2RC
R
α= RLC série (4)
2L
ωd
= ω02 − α 2 Frequência angular amortecida (5)

Se α < ω0 , as raízes da equação característica são distintas e complexas conjugadas. Diz-se que
o sistema e subamortecido, pois sua resposta livre conterá oscilações amortecidas.
Se α = ω0 , as raízes da equação característica são reais e iguais. Diz-se que o sistema é
criticamente amortecido.
Se α > ω0 , as raízes da equação característica são reais e diferentes. Diz-se que o sistema e
supermortecido.

3. Materiais

• Gerador de funções de frequência e tensão variável


• Osciloscópio com dois canais
• Caixa de resistores variáveis
• Caixa de capacitores variáveis
• Bobina de 1000 espiras e sem núcleo
• Multímetro

4. Procedimento experimental

4.1 Circuitos RLC-série:

Monte o circuito RLC série conforme a Figura 1,


com R variável (máximo de 5,0 kΩ), C = 100 ηF e
L = 44 mH (bobina sem núcleo). A tensão e
frequência de entrada de 10 V e 100 Hz,
respectivamente. Figura 1. Circuito RLC série

a) Varie R e registre as formas de onda V0(t) e I0(t), para condições de subamortecimento,


superamortecimento e amortecimento crítico.
b) Meça a frequência de oscilação do circuito para a condição de subamortecido e calcule a
frequência de oscilação do circuito ω d.
c) Ajuste R para que o circuito tenha amortecimento crrítico e meça o valor de R para esta
condição.
d) A partir da teoria, calcule o valor de R para a condição de amortecimento em relação ao item
anterior (c).

2
Prof. Harold; Sergio
4.2 Circuito RLC paralelo

1.- Monte o circuito RLC paralelo conforme a


Figura 2, com R variável (máximo de 5,0 kΩ),
C = 100 ηF e L = 44 mH (bobina sem núcleo).
A tensão e frequência de entrada de 10 V e 100
Hz, respectivamente. Figura 2. Circuito RLC paralelo

a) Varie R e registre as formas de onda V0(t) e I0(t), para condições de subamortecimento,


superamortecimento e amortecimento crítico.
b) Meça a frequência de oscilação do circuito para a condição de subamortecido e calcule a
frequência de oscilação do circuito ω d.
c) Ajuste R para que o circuito tenha amortecimento crrítico e meça o valor de R para esta
condição.
d) A partir da teoria, calcule o valor de R para a condição de amortecimento em relação ao item
anterior (c).

5. Questões para o relatório

1. Discuta as semelhanças e diferenças observadas entre os dois circuitos estudados.


2. Discuta as diferenças observadas entre os parâmetros calculados e medidos. Aponte os fatores
que influenciaram na precisão dos resultados.
3. Discuta o efeito da resistência no comportamento dos circuitos em relação ao amortecimento.

CUIDADOS: Lembre que os terminais de terra dos ponteiros do osciloscópio, estão conectados
internamente no equipamento. A Figura 3 mostra a forma errada e certa de realizar as
medições com o osciloscópio.

Vin Canal 1

Figura 3: a) Medição errada b) Medição correta

Verifique que os capacitores e indutores se encontrem descarregados, evitando pequenos


choques elétricos (dica: para descarregar junte seus dois terminais).
Antes de ligar a energia e/ou equipamentos, verifique que as conexões estejam fixas e seguras
e lembre os cuidados de segurança num laboratório de circuitos elétricos.
3
Prof. Harold; Sergio

Você também pode gostar