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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LlNE
Ainda Mn loco:
DIVORCIO : A NOVA lEGISLAÇÃO 231
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NO 'ROXIMO NOMEIO I
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« PERGUNTE E RESPONDEREMOS .
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c PERGUNTE E RESPONDEREMOS ,.
Ano XIX - Nt 222 - Junho d. 1978
Ainda em loco :
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Publicamos abaixo o texto de uma conferência sobre o
divórcio proferida na Universidade Santa ürsula. aos 29/ 03/78,
pelo Dr. Newton Paulo Teixeira dos Santos. advogado e
professor de Ética e Legislação na Fscola de Comunicação da.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. O texto Se beneficia
tanto da per!cia do jurlsta Quanto da clareza dJdAtlca do
professor. Recorrendo a ponderacOes de ordem clentillca, his.
tÓrica e fUosóflc8, o mestre analisa a instituição do divórcio
como tal e a maneira como é vigente no BrasU, mostrando
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" cPERGU~TE E RESPONDEREMOS. 222/1978
DIVORCIO
Numa palestra despretcnciosa como a que pretendo fazer,
é claro que não poderia abranger tudo o que o problema.
oferece. seria preciso optar entre um enfoque sociológico.
rellgloso, ético, ou ainda preferir um desenvolvimento histó-
rico, ou me limitar à exegese da nova lei do divórcio. Diria
Que, se me aprofundasse nela, também não teria tempo. Então
preferi, neste encontro, apenas tocar em alguns pontos que
me parecem essenclaJs: na primeira parte, parece-me Impor.
tante defln1r O instituto do divórcio. Ê um enfoque sócio· jun.
dico, naturalmente aberto, mas que significa posicionamento
necessArlo. A seguir, darei uma rápida visão do direito compa.
rado, e perguntarei se o divórcio chega ao Brasil na hora
certa. Não é uma questão de ser contra ou a favor. Primeiro,
porque este debate perdeu o interesse, desde que temos um
texto legal vigente. Depois, os divorcistas também são eootra.
o divórcio; apenas acham ser um mal necessário. Portanto.
todos estão de acordo em q'ue ele seja um mal. Será necessá·
rio? Será. que essa necessidade justifica o mal que eie encerra?
,. A que$tõo do divórcio
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- adultérIo.
- tentativa de morte.
- sevicia ou Injúria gr&w.
- abandono do lar por dois anos consecutivos.
A jurisprudência abriu cada vez mais o conceito de 1njliria
grave. e por essa vilvula passava quase a totalidade dos
desquites litigiosos. Os demais casos eram raros. Ptlr isso. a
nova lei preferiu ser menos casuist&: entregOu de vez aC)
juiz C) poder dedecldir sobre ser ou MO caso de separaçlo.
a) conduta desonrosa
b) qualquer ato que importe em grave violação dos
deveres do casamento.
Essas duas hipóteses englobam as velhas causas do des-
quite, até com mais largueza.
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2 .4 . Divórcio. remédio
Temos, finalmente, o caso mais doloroso, que, ainda por
ironia, se chama de divórcio-remédio . .€ o que permite a um
cônjuge pedir a separação judicial, quando o outro estiver
acometido de grave docn;a mental.
:t, realmente. lamentável que a lei permita essa exce;ão.
e parece Que o próprio legislador teve ronsci~ncia de sua
irresponsablUdade. Primeiro, porque abrandou o projeto primi.
tivo 1 que falava também em cdoença contagiosa»_ Ora,
exatamente na hora em que um cônjuge mais necessita do
outro. nessa mesma hora ele se vê legalmente desprezado.
E note-se que o divórcio é concedido ao cônjuge 810.
Porque se poderia imagina r uma doença mental de origem
pisicol6gica. ca.usada pela presença Insuportãvel do outro
cônjuge: então a lei viria em seu socorro, como um verdadeiro
remédio. Mas não: um cônjuge pode pedir separação judicial
quando o outro estiver acometido de grave doent;a mental.
E, para que essa separação se dê. é preciso:
a) que a doenC;8 Sê tenha manifestado depois do casa.-
mento;
b) que a doença seja grave;
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t IeglUmo? t oporluno ... ?
criticar o papa?
Em aJrtteH: o
•
artigo 18m em mira "o direito de contestar o Pipa"
que alguns católicos vtm .rrogando a ,I 1'101 Cllllmos tempos. Atribuem. 5.S.
Paulo VI certe conl'l6ncla com o proleslanlWno o marxismo. A nm d.
11
Justificar IIS IUlIS crlllcae, esses crlst80s apelam 'aios da hl,t6rla da
plt.
Igreja. tencionando tl'llçlr um paralelismo entre a 'conlnlaçto' ocorrida
outrora e • qUI el•• hoje propugnam. Ela por que, nas ptglnas QUI ••
leguem, 110 consldartdo. OI prinCipal. aeonltclmantos da hlal6r1a dI:
Igreja eduz:ldOI peJos conle,tldO''': til, f.to., quando bem II"II,••CSOI, . .
mostram Inconslstent•• plt. lundamantar a conllat.çlo hoja.
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1. A voz da fé
1 . :Jt de supor Que quem critica o Sumo Pontífice.
juIgando·o condescendente com O erro, tem fé ... ou mesmo
deseja ter uma té ortodoxa e pura. Pois bem; que .enslna 8.
ré a respeito da autoridade papal?
_ Ensina tri!s pontos Importantes:
a) Cristo quis entregar a Pedro as chaves do Reino e
deu-lhe o poder de ligar e desligar, de tal modo que suas
decisões são ratificadas no céu (Mt 16, 16.19);
b) Cristo confiou a Pedro a missão de cconflrmar seus
Irmãos na tb (Lc 22,31s), de tal modo que é de Pedro que
os irmãos aprendem a reta fé;
c) Cristo constituiu Pedro pastor de seu rebanho
(Jo 21, 15-17), de tal modo que é Pedro quem gula e orienta
as ovelhas remidas pelo sangue de Cristo.
Nenhum fiel cat611co p6e em dúvida o contelido destes
textos blbllcos, que mais e mais forttm sendo explicitados
pelos teólogos e pelos fiéis até nossos dias. Quem recusa as
implicações destas passagens btbllcas, rejeitando a autoridade
primaclal de Pedro e seus sucessores, vem a ser protestante.
isto é, segue o principio do cUvro exame:.: 101ga e Interpreta
a Bíblia e a Tradição segundo seu bom senso subjetivo, criando
assJm ca sua fé . e «a sua Igreja:.. Foi o Que Lutero fez, e é
O que os Imitadores de Lutero tazem Quando dentro do protes·
tantismo vão suscitando novas divisões e subdivisões, todas
elas dependentes do 4:bom senso subjetivo::. dos respectivos
fundadores. Hoje em dia sabe-se que Lutero não tinha a
intenção de dividir a Igreja: desejava apenas criticar para
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CRrI'lCAR o PAPA? 25
2 .2 , o. qucntodedmanos
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2. 4 . Hon6rio I excomvngado. ?
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CRITICAR O PAPA? 29
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CRITICAR O PAPA '! 33
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As maravilh.. do palqullmo humano:
1. A te58 do livro
Joseph Murphy faz questão de pOr em relevo o grande
potencial do subconsciente humano; ê este que explica, em
grande parte, o comportamento tfplco de cada ser humano; é
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(o PODER DO SUBCONSCIENTE. 37
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38 ..:PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 222/ 1978
• p. 101: "Em S. Mateu! 18:19 pOdHa ler: 'S. dois tnlrt v~ .ob,. a
Terra concordartm a ,...,..110 de qualquar col.. que po,..,antura pedirem,
.....t,,"", concedida por meu Pai que u" nOI céus'. Quem .10 estes dois?
Slgnlllcam a unllo ou o acordo harmonioso entre o eonseIOn!. o o subeon!-
ciente sobre qualquer Idéia, deselo ou Imagem mental. Quando nlo mais
"ouver controvérsia alguma em nenhuma parta de sua mante, entlo sua
oraçao sert atendida" (p. 108) .
Analisando OS milagres real1zados em Lourdes. por exem.
Vlo, o autor os atribui também ao poder do subconsciente
movJdo pela fé. Tal terá sido o caso de Madame Bire, que,
cega (tendo os nervos óticos atrofiados e inutUizados), foi a
Lourdes e recuperou a vista. O autor julga que a fé da pacl.
ente desencadeou .. as forças curadoras sempre presentes no
subconsciente da enfenna» (p. 56).
A leitura do livro de Murphy pode impressionar o estu·
dloso, pois narra muitos casos maravilhosos tidos como efeitos
da fé e da oração, ou seja, do processo de auto.sugestiona e
2 . 2. Não
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cO PODER 00 SUBCONSCIENTE.
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queallo das fonte. do Pentatauco , encarada com a maUculo.ldada própria
do. aulore' germlntcos : ."m do. cÓdigos J. E. D. P (habitualmente reco-
nheeldos). os autores admUem a fonle H (N6mada), anlarlor ao ,.1110, por·
lador. de IladlçO.s multo anIlSl", que l i referem" vlcl. nOmada de t.r.el.
Tal senlança con.tltul a ma is flcente etapa da Intrincada quaa'lo da. orfo.
geNl do Pentateuco.
Lamentavelmente,
somente as mãos fechadas
nAo se unem às outras mãos fechadas.
Mas. mesmo assim,
entre elas se põe,
entre elas se .cruza,
A MÃO ABERTA DO CRISTO I .. . "